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Novo Marco Legal do

Saneamento Básico

O que muda e o que pode melhorar?


Novo Marco Legal do Saneamento


O novo marco legal do saneamento, sancionado por meio da Lei
nº 14.026/2020, traz diversas mudanças relevantes para o
cenário do saneamento básico brasileiro.

As principais metas do novo marco legal do saneamento são


universalizar e qualificar a prestação dos serviços no setor até
2033, garantindo que 99% da população brasileira tenha acesso
à água potável e 90% ao tratamento de esgoto e a coleta
seletiva.
35 milhões
de brasileiros não têm acesso a água potável.

Fonte: NeoWater, 2021.


104 milhões
de pessoas não têm acesso ao tratamento de esgoto e a
coleta seletiva (quase metade da população).

Fonte: NeoWater, 2021.


Falta do Tratamento
de Água e Esgoto

Presença
Presença da DQO Presença da MO
de Fe 3+

Presença de
Aumento da DBO Redução da OD
Eutrofização
15 mil mortes e 350
mil internações
Ocorrem por conta da falta de saneamento
básico - a ausência da prestação de serviços
dessa natureza pode ocasionar a
proliferação de doenças como leptospirose,
disenteria bacteriana, esquistossomose,
febre tifóide, cólera, parasitóides e dengue.

Fonte: NeoWater, 2021.


Objetivos
Água Potável Coleta e Tratamento
99% da população com água 90% da população com coleta e
potável até 2033. tratamento de esgoto até 2033.

Eficiência Incentivo Privado


Criação de ações para diminuição Incentivo ao investimento privado
do desperdício de água e o através da abertura de licitações.
aproveitamento da água da
chuva.
O que muda?
Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, de criação da Agência Nacional de Águas
(ANA): Agora a Política Nacional de Recursos Hídricos, passa agora a se chamar
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), com competência para
editar normas de referência para a regulação dos serviços públicos de
saneamento básico. De acordo com a lei, as regras deverão também estimular a
cooperação entre os entes federativos e estimular a livre concorrência, a
competitividade, a eficiência e a sustentabilidade econômica das empresas .

Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2003, que dispõe sobre o quadro de pessoal


da ANA: A nova lei altera o nome e as atribuições do cargo de especialista em
recursos hídricos e saneamento básico da ANA.

Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, que trata sobre normas gerais de contratação
de consórcios públicos: A partir de agora, será obrigatória a abertura de licitação,
na qual poderão concorrer prestadores de serviço públicos ou privados.
Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que estabelece as diretrizes nacionais
para o saneamento básico no país: As diretrizes previstas nessa lei servirão de
referência para a ANA na elaboração das normas de regulação dos serviços
públicos de saneamento básico. As mudanças preveem também a articulação
com as políticas públicas, como de desenvolvimento urbano e regional, combate
à pobreza, proteção ambiental e promoção da saúde; o estímulo à pesquisa, ao
desenvolvimento e à utilização de tecnologias apropriadas; e a seleção
competitiva do prestador dos serviços.

Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010, que instituiu a Política Nacional de


Resíduos Sólidos: A nova lei determina que os plano municipal de gestão
integrada de resíduos sólidos deverão ser revisados, no máximo, a cada dez
anos. A lei também estabelece um prazo para o fim dos lixões no país.
Lei nº 13.089, de 12 de janeiro de 2015, que institui o Estatuto da Metrópole:
A nova lei estende as regras do estatuto às unidades regionais de saneamento
básico.

Lei nº 13.529, de 4 de dezembro de 2017, que trata da participação da União em


fundos de projetos de concessões e parcerias público-privadas: Com a nova lei a
União poderá participar e destinar recursos para fundo com a finalidade
exclusiva de financiar serviços técnicos especializados, como é o caso do
saneamento básico. As mudanças também tratam do patrimônio e do estatuto
do fundo.
Principais Mudanças
Maior participação do setor privado;
Fim do direito de preferência a empresas estaduais. Agora, para ter uma
concessão, é obrigatória a abertura de licitação, com concorrência tanto
pública quanto privada;
Monitoramento das metas: Caso não sejam cumpridas as empresas podem
perder o direito de executar o serviço;
Atendimento a um grupo de municípios por uma mesma empresa.
Criação da Agência Nacional de Águas (ANA) que agora será a responsável a
resolver impasses e definir normas.
Vantagens
Redução de Maior Criação de Novos Valorização da
gastos com Saúde Produtividade Empregos Economia
A cada 1 real investido Maior produtividade Com a geração de Valorização da cidade
em saneamento pode do trabalho devido a empregos no setor público e no valor de imóveis
economizar 4 reais em criação de metas. e no steror privado. e turismo.
saúde pública.
REFERÊNCIAS
Brasil. Mensagem nº 396, de 15 de julho de 2020. Diário Oficial da União
2020; 16 jul.
Brasil. Novo Marco de Saneamento é sancionado e garante avanços para o
país. https://www.gov.br/pt-br/noticias/transito-e-
transportes/2020/07/novo-marco-de-saneamento-e-sancionado-e-garante-
avancos-para-o-pais (acessado em 27/Jul/2020).
» https://www.gov.br/pt-br/noticias/transito-e-transportes/2020/07/novo-
marco-de-saneamento-e-sancionado-e-garante-avancos-para-o-pais
Brasil. Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020. Atualiza o marco legal do
saneamento básico e dá outras providências. Diário Oficial da União 2020;
16 jul.
Sousa ACA, Gomes JP. Desafios para o investimento público em
saneamento no Brasil. Saúde Debate 2019; 43(n.esp. 7):36-49.
Sousa ACA, Costa NR. Ação coletiva e veto em política pública: o caso do
saneamento no Brasil (1998-2002). Ciênc Saúde Colet 2011; 16:3541-52.
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