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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO E SOCIOECONÔMICAS- ESAG


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO

Curso: MESTRADO PROFISSIONAL EM ADMINISTRAÇÃO

Área de Especialidade: Coprodução, Governança, Inovação e Finanças


Públicas

AVALIAÇÃO DAS AÇÕES DE SANEAMENTO E A ADEQUAÇÃO DAS


POLÍTICAS PÚBLICAS COM RELAÇÃO AO NOVO MARCO DO SANEAMENTO
BÁSICO NOS MUNICÍPIOS DE SANTA CATARINA: INVESTIMENTOS PARA A
UNIVERSALIZAÇÃO DO SETOR E MELHORIA DOS ÍNDICES DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO

069.317.579-62

Florianópolis
2023
1- INTRODUÇÃO - CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA E
OBJETIVO DA PESQUISA

As políticas públicas destinadas ao saneamento básico, definido pela Lei nº


11.445/2007 como o "conjunto de serviços, infraestrutura e instalações operacionais de
abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos
sólidos, drenagem urbana e manejo de águas pluviais urbanas", têm enfrentado obstáculos para
sua efetiva implementação no país. Devido às particularidades de cada um dos seus
componentes, este estudo focará especificamente nos setores de água e esgoto.
Consoante dados do Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento-SNIS,
em 2021, a cobertura de rede de abastecimento de água para a população geral no Brasil era de
84,2% e o atendimento com rede de coleta e tratamento de esgoto de 55,8%, tornando sua
universalização desafiadora.
A Lei Federal nº 14.026/2020, que estabeleceu o Novo Marco Legal do
Saneamento Básico, tem como objetivo a universalização do setor até o final de 2033, através
do atendimento de 99% da população com água potável e 90% com coleta e tratamento de
esgoto. Essa Lei apresenta mecanismos que visam atrair investimentos privados, introduzir
novos modelos de negócios, aumentar a autonomia municipal por meio da regionalização,
incentivando a criação de consórcios, microrregiões e regiões, e uniformizar a regulação do
setor. A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) é responsável por estabelecer
normas de referência para regulamentar o setor.
Embora haja incentivo ao investimento privado no setor de saneamento, as
empresas estatais que atualmente operam grande parte dos sistemas de água e esgoto nos
municípios podem enfrentar dificuldades para manter seus contratos, uma vez que o Art. 10 da
Lei nº 14.026/2020 exige licitação para contratação, tanto para empresas públicas quanto
privadas. Além disso, essas empresas estatais geralmente atuam em municípios com menor
viabilidade econômico-financeira, que não são tão atrativos para o mercado privado. Por isso,
a regionalização prevista no Art. 2 da Lei nº 11.445/2007 é fundamental para garantir a
continuidade do atendimento nessas regiões.
Ao avaliar o saneamento no estado de Santa Catarina, observa-se que a cobertura
de água atende 90,93% da população total, enquanto a de esgoto abrange apenas 27,66% do
estado, de acordo com os dados de 2021 do SNIS. Esses números reforçam a necessidade
urgente de investimentos significativos para que a universalização seja alcançada até 2033. De
acordo com a Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (CASAN), dos 295 municípios
catarinenses, cerca de 2,8 milhões de habitantes são atendidos por ela, que opera em 193
municípios. Os demais municípios são atendidos por autarquias, sistemas autônomos
municipais (SAMAES, SEMASA, EMASA) e contratos de concessão.
Inserido nesse contexto, o objetivo geral desta pesquisa é avaliar as ações de
saneamento e a adequação das políticas públicas às exigências do novo Marco do Saneamento
Básico nos municípios de Santa Catarina. A análise será realizada sob a perspectiva dos
investimentos necessários para atingir a universalização do setor, bem como para a manutenção
dos ativos existentes.
Além disso, são objetivos específicos o levantamento de informações sobre as
iniciativas dos municípios do estado para melhorar os índices de abastecimento de água e
esgotamento sanitário e a análise da implantação das estratégias de regionalização previstas no
Art. 3 da Lei nº 11.445/2007, a fim de equalizar a composição dos municípios com realidades
distintas e garantir sua viabilidade econômico-financeira.

2- JUSTIFICATIVA

A Constituição Federal de 1988 reconhece, em seu artigo 6º, que a saúde é um


dos direitos sociais fundamentais que devem ser assegurados pelo Estado a todos os seus
cidadãos. Dessa forma, o saneamento básico, que está diretamente relacionado com os índices
de saúde da população, é um serviço essencial que deve ser garantido como um direito humano.
Além de promover a saúde, o saneamento básico também contribui para a preservação do meio
ambiente e exerce influência na economia do país.
De acordo com Lange e Dutra (2021), cada R$ 1 investido no saneamento
proporciona R$ 29,19 em benefícios sociais aos brasileiros – mais saúde, qualidade de vida,
dignidade, bem-estar e melhores condições socioeconômicas.
O saneamento é um fator determinante para a saúde da população, no entanto,
muitos países, principalmente os menos desenvolvidos, ainda enfrentam desafios na
erradicação de doenças relacionadas à falta de saneamento básico adequado. De acordo com
Ludwig et al. (1999), as parasitoses intestinais são um grave problema de saúde pública, com
índices que podem chegar a 90% em países subdesenvolvidos, agravando-se em áreas de baixo
nível socioeconômico. Esses parasitas podem causar diarreias crônicas e desnutrição, afetando
principalmente o desenvolvimento humano em crianças.
Nesse sentido, a universalização do saneamento básico é imprescindível para
garantir a saúde e o bem-estar de toda a população, e o objetivo desta pesquisa busca auxiliar
nessa finalidade.
Considerando a perspectiva do controle externo sobre o Novo Marco Legal do
Saneamento, transcreve-se a Nota Técnica nº 001/2022 da Atricon:

12. Para o atingimento das metas estabelecidas na Lei nº 14.026/2020 é esperado considerável
aporte de recursos do setor privado ao longo dos anos, notadamente em forma de Parcerias
Público-Privadas (PPP), novas concessões e até mesmo desestatizações, situação que exigirá dos
Tribunais de Contas o enfrentamento das complexidades envolvidas nas novas previsões legais
e, sobretudo, nos empreendimentos relacionados ao saneamento básico.
13. De igual modo, a revisão dos contratos, inclusão das novas metas de universalização, os
procedimentos de licitação e a formação dos consórcios públicos e microrregiões deverão ser
objeto de acompanhamento pelos Tribunais de Contas, seja em razão do grande aporte de
recursos envolvidos, seja em face das situações jurídicas que decorrerão dos novos arranjos.

Desse modo, a proposta de pesquisa vai ao encontro da atividade precípua dos


Tribunais de Contas, por intermédio do controle externo dos atos da administração pública
relativos ao saneamento básico.
No mesmo sentido, o Tribunal de Contas de Santa compõe a Rede Integrar de
Políticas Públicas Descentralizadas, que é uma rede colaborativa, formada pelos Tribunais de
Contas do Brasil, com o objetivo de estabelecer cooperação técnica para fiscalização e
aperfeiçoamento do ciclo de implementação de políticas públicas descentralizadas no Brasil.
Nesse contexto, consta na programação de 2023 da Rede Integrar a Auditoria Coordenada a
respeito da aplicação do Novo Marco do Saneamento Básico, convergindo para o objetivo dessa
pesquisa.

3- FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Considerando que o Novo Marco Legal do Saneamento Básico é regido pela Lei
nº 14.026/2020, uma legislação recente, a base teórica disponível para este tema consiste
principalmente em artigos e pesquisas de especialistas que discorrem sobre os desafios da
universalização do saneamento e a aplicação da referida Lei para alcançar tal objetivo.
De acordo com pesquisa elaborada pelo Instituto Trata Brasil em parceria com a
GO Associados sobre os avanços do Novo Marco Legal do Saneamento Básico no Brasil em
2022:

O estudo deixa claro que os investimentos no setor precisam evoluir consideravelmente para que
se possa cumprir as metas estabelecidas no Novo Marco Legal do Saneamento. Dois anos após
a aprovação do Marco, é possível avaliar uma mudança de cenário, principalmente com os
investimentos garantidos por meio dos leilões, concessões e parcerias no setor. Entretanto, ainda
é necessário a busca de soluções para municípios com contratos irregulares, cujos índices de
saneamento são bastante precários. Investir em saneamento básico garante mais saúde e
qualidade de vida para toda população.

Além disso, em 2021, o Instituto Trata Brasil, em parceria com a Ex Ante


Consultoria Econômica, elaborou estudo sobre os “Benefícios Econômicos e Sociais da
Expansão do Saneamento no Estado de Santa Catarina”, apresentado as seguintes ponderações:

(...)
Caso Santa Catarina invista esses recursos e chegue à universalização até 2040, o estado teria
ganhos líquidos, ou seja, já descontados os investimentos necessários, de 14,8 bilhões em
benefícios. Num período de 35 anos, ou seja, até 2055 os ganhos seriam de R$ 23,9 bilhões.
(...)
O valor presente da economia total com a melhoria das condições de saúde da população desses
municípios entre 2021 e 2055 deve ser de R$ 8,8 bilhões, que resultará num ganho anual de R$
250,8 milhões.

Ademais, consoante Nota Técnica nº 01/2022 elaborada pela Associação dos


Membros dos Tribunais de Contas do Brasil – Atricon:
(...)
6. Por sua vez, estudo realizado por associação que representa empresas de saneamento aponta
serem necessários investimentos estimados em R$ 753 bilhões para o alcance das metas de
universalização dos serviços públicos de saneamento básico (atendimento de 99% da população
brasileira com água potável e de 90% da população com coleta e tratamento de esgotos, até 2033,
conforme art. 11-b da Lei nº 11.445/2007). Tais recursos, oriundos do setor público e privado,
mostram-se distantes dos atuais investimentos, apresentados no SNIS, para 2020, em R$ 6,02
bilhões para abastecimento de água e R$ 5,89 bilhões para esgotamento sanitário.
(...)
14. Diante de todo esse cenário, os Tribunais de Contas devem atuar por meio das funções
pedagógicas e fiscalizadoras, contribuindo para o aprimoramento da gestão dos recursos públicos
e para a eficiência da política pública.
(...)

De acordo com Antunes e D’oliveira (2020):

(...)
A importância da prestação regionalizada foi reconhecida pelo legislador que a considerou
princípio fundamental dos serviços de saneamento básico, “com vistas à geração de ganhos de
escala e à garantia da universalização e da viabilidade técnica e econômico-financeira dos
serviços” (art. 2º, XIV, Lei 11.445/2007).
(...)
Logo, existem quatro formas de prestação regionalizada: (1) por meio da região metropolitana,
aglomerações urbanas ou microrregiões de municípios limítrofes, de acordo com lei
complementar estadual; (2) por intermédio da unidade regional de saneamento básico,
constituída pelo agrupamento de Municípios não necessariamente limítrofes, que pode ser
instituída pelos Estados mediante lei ordinária; (3) por meio do
bloco de referência, constituído por Municípios não necessariamente limítrofes, que pode ser
instituída pela União Federal de forma subsidiária aos Estados mediante acordo voluntário entre
os integrantes; e, finalmente, (4) por gestão associada entre os entes federativos por meio de
consórcio público ou convênio de cooperação.
(...)
O novo marco legal do saneamento básico tem o mérito de estimular a concorrência entre agentes
econômicos, assim como aperfeiçoar o ambiente regulatório. Ao enfatizar a prestação
regionalizada do serviço, bem como com a previsão de metas de desempenho e das ambiciosas
metas de universalização, cuida-se de um desafio importante para tentar resolver os problemas
históricos do setor.
Esperamos que os avanços trazidos pela lei possam se refletir no mundo dos fatos, produzindo
os esperados benefícios para o setor e para a tão sonhada universalização do saneamento básico
a todas as famílias brasileiras.

Segundo o artigo “Em busca da universalização do acesso ao saneamento


básico”, de Loch (2022):
(...)
Nos ditames legais, a prestação regionalizada ocorre por meio das regiões metropolitanas,
aglomerações urbanas e microrregiões e aquela se dá pela constituição das unidades regionais.
Apesar do estabelecimento da titularidade municipal, a nova lei prescreveu competência aos
Estados para a definição da regionalização, o que de certo modo parece um contrassenso. Ao
tempo em que cria barreiras à participação das empresas estatais estaduais de saneamento, delega
a estes entes instrumentos relativos à instituição de verdadeira política pública para o setor, como
se titular fosse, o que até pode contribuir para a continuidade destas companhias.
(...)
Contudo, advém daqui um grande desafio aos Estados para formulação das Propostas de
regionalização: formar arranjos de municípios que, no conjunto, detenham viabilidade
econômico-financeira para a prestação dos serviços. Para isto, a nova lei tratou de oferecer
ferramentas, a serem justificadamente recepcionadas, as chamadas figuras de regionalização (art.
3º, inciso VI, alíneas a, b e c).
Assim, aos Estados incumbem duas questões de relevantes importância e dificuldade: ajustar um
verdadeiro tabuleiro de municípios compostos das mais diferentes realidades e, ao mesmo tempo,
demonstrar a viabilidade daquela composição, procurando resguardar a tecnicidade dos estudos
para evitar a fuga daqueles entes discordantes. Tarefa nada fácil e que exige avaliações de ordens
jurídica, econômico-financeira e de engenharia, o que demanda, por certo, a contratação de
consultorias e prazos compatíveis.
Além disso, os titulares dos serviços têm adesão facultada às estruturas regionais (art.
8-A), de modo que os municípios superavitários podem entender melhor seguir caminho
autônomo, contribuindo negativamente para o equilíbrio econômico-financeiro da região.
Situação análoga ocorre com os municípios de maior porte ao avaliarem o consórcio com
entes menores.
(...)

Conforme o artigo “Ampliação da participação da iniciativa privada e as


companhias estaduais de saneamento no Novo Marco Legal do Saneamento Básico” da
Damasceno (2022):

(...)
Um dos pilares do Novo Marco Legal do Saneamento Básico no Brasil- NMLSB é ampliar a
concorrência na prestação do serviço de saneamento, por meio do aumento da participação da
iniciativa privada. Contudo, no contexto geral, deve-se questionar se, de fato, haverá uma
concorrência, devido ao número reduzido de empresas nesse setor, a assimetria de informação
em favor das atuais empresas detentoras dos contratos, e a existência de monopólio natural.
(...)
Outro importante ponto, ainda a ser objeto de discussão específica, é sobre a real necessidade de
ampliação da participação da iniciativa privada objetivando maiores investimentos em
infraestrutura para a melhoria dos serviços prestados, nos casos dos grandes centros, em que as
instalações estão prontas e os investimentos necessários são mínimos. Para esses casos apenas
há a necessidade de operação e a manutenção da estrutura existente, e comumente as receitas são
recorrentes e previsíveis.
(...)
Destarte, para os municípios em que apenas será necessária a realização da operação e
manutenção da estrutura existente, e que os investimentos necessários são mínimos, e para os
casos em que o cenário anterior ao NMLSB já indicava o atingimento das novas metas fixadas,
a nova legislação não deu um tratamento diferenciado e determinou a ampliação da participação
da iniciativa privada, ao vedar a contratação direta das companhias estaduais de saneamento.

4- PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A presente pesquisa terá como escopo os 295 municípios do estado de Santa


Catarina, por meio das unidades responsáveis pelo gerenciamento dos sistemas de
abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto. O público-alvo desta pesquisa é
composto pelos cidadãos catarinenses, com foco na avaliação da cobertura dos sistemas de
abastecimento de água e coleta e tratamento de esgoto disponíveis no estado.
No que tange à coleta de dados, inicialmente, de modo a aprofundar os
conhecimentos acerca do tema, serão adotadas técnicas de pesquisa bibliográfica para
elaboração do referencial teórico, por meio de revisão sistemática. Esse tipo de pesquisa requer
que sejam realizadas consultas em livros, revistas e documentos existentes em bibliotecas ou
endereço eletrônico. Após essas consultas, realizar-se-á a leitura técnica dos materiais e o
registro de anotações, para posteriormente ser possível redigir o texto sobre o assunto, conforme
sugerido por (LUDWIG, 2009).
Após a revisão das fontes teóricas disponíveis, esta pesquisa se propõe a realizar
uma análise documental das legislações relacionadas ao Novo Marco Legal do Saneamento
Básico, bem como dos dados coletados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) e disponíveis na plataforma do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
(SNIS).
Em seguida, serão aplicados questionários nos 295 municípios de Santa
Catarina, buscando avaliar as ações de saneamento e a adequação das políticas públicas em
relação ao novo Marco do Saneamento Básico, bem como obter informações sobre as ações
desenvolvidas pelas unidades gestoras para melhorar os índices de abastecimento de água e
esgotamento sanitário.
De posse das informações disponíveis e dados obtidos, serão feitas análises
estatísticas de modo a obter os as respostas das propostas de objetivo desta pesquisa.
5- VIABILIDADE / IMPLEMENTAÇÃO

Em geral, a implementação bem-sucedida de políticas públicas requer uma série


de esforços e recursos, incluindo o engajamento de todas as partes interessadas, o
estabelecimento de metas claras, a alocação adequada de recursos financeiros e humanos, a
monitorização constante dos resultados, entre outros fatores.
No contexto do Marco do Saneamento Básico, é importante que as autoridades
públicas e as partes interessadas dos municípios de Santa Catarina sejam capazes de avaliar o
desempenho das políticas públicas de saneamento existentes e identificar áreas de melhoria.
Além disso, deve-se trabalhar na implementação de estratégias que possam facilitar a
implementação do novo marco legal, como o estabelecimento de parcerias público-privadas, o
aumento do investimento em infraestrutura e a criação de programas de capacitação para os
profissionais envolvidos.
Em resumo, a implementação bem-sucedida do novo Marco do Saneamento
Básico em Santa Catarina dependerá do compromisso das autoridades públicas e das partes
interessadas em trabalhar em conjunto para identificar e superar os desafios existentes, bem
como do apoio financeiro e técnico adequado para implementar as mudanças necessárias.
No que tange ao trabalho, a viabilidade da pesquisa é obtida pelos dados
disponíveis pelo SNIS e IBGE, assim como pelos questionários que serão aplicados aos
municípios em conjunto com o Tribunal de Contas do Estado de Santa Catarina.

6- CRONOGRAMA

ETAPAS PERÍODOS
Cursar disciplinas obrigatórias Ago./2023 a Jul./2024
Cursar disciplinas eletivas Fev./2024 a Dez./2024
Levantamento bibliográfico Ago./2023 a Dez./2023

Análise documental e aplicação de questionário Fev./2024 a Ago./2024


Defesa Qualificação Ago./2024
Sistematização da análise documental e questionários Fev./2024 a Dez./2024
Escrita da dissertação Fev./2025 a Jul./2025
Revisão e redação final Jul./2025
Defesa da dissertação Ago./2025
7- REFERÊNCIAS

ANTUNES, Paulo de Bessa; D’OLIVEIRA, Rafael Daudt. Breves considerações sobre o


novo marco regulatório do saneamento básico – Lei nº 14.026, de 15 de julho de 2020.
2020. Disponível em: http://genjuridico.com.br/2020/07/23/marco-regulatorio-saneamento-
basico/. Acesso em: 07 abr. 2023.

ASSOCIAÇÃO DOS MEMBROS DOS TRIBUNAIS DE CONTAS DO BRASIL -


ATRICON. NOTA TÉCNICA 01/2022: Marco Legal do Saneamento (Lei nº 11.445/2007).
Inovações trazidas pela Lei n14.026/2020.Reflexos na atuação dos Tribunais de Contas do
Brasil.. 1 ed. Brasília: Atricon, 2022. 7 p.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em:


http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 07 abr. 2023.

BRASIL. Lei n. 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Estabelece as diretrizes nacionais para o


saneamento básico; cria o Comitê Interministerial de Saneamento Básico; altera as Leis nos
6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.666, de 21 de junho de 1993, e 8.987, de 13 de fevereiro
de 1995; e revoga a Lei nº 6.528, de 11 de maio de 1978. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2007/lei/l11445.htm. Acesso em: 07 abr.
2023.

BRASIL. Lei n. 14.026/20, de 15 de julho de 2020. Atualiza o marco legal do saneamento


básico e altera a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000, para atribuir à Agência Nacional de Águas
e Saneamento Básico (ANA) competência para editar normas de referência sobre o serviço de
saneamento, a Lei nº 10.768, de 19 de novembro de 2003, para alterar o nome e as atribuições
do cargo de Especialista em Recursos Hídricos, a Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005, para
vedar a prestação por contrato de programa dos serviços públicos de que trata o art. 175 da
Constituição Federal, a Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, para aprimorar as condições
estruturais do saneamento básico no País, a Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010,
para tratar dos prazos para a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, a Lei nº
13.089, de 12 de janeiro de 2015 (Estatuto da Metrópole), para estender seu âmbito de aplicação
às microrregiões, e a Lei nº 13.529, de 4 de dezembro de 2017, para autorizar a União a
participar de fundo com a finalidade exclusiva de financiar serviços técnicos especializados.
Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/l14026.htm.
Acesso em: 07 abr. 2023.

BRASIL. MINISTÉRIO DA INTEGRAÇÃO E DO DESENVOLVIMENTO


REGIONAL. Sistema Nacional de Informação sobre Saneamento. 2021. Disponível em:
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S%20NO%20ESTADO%20DE%20SANTA%20CATARINA&text=O%20estudo%20traz%2
0uma%20abordagem,contratos%20sendo%20feitos%20no%20setor.. Acesso em: 07 abr.
2023.

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