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DECRETA
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
CAPÍTULO I
I – Ceará Acolhedor: engloba ações voltadas para a inclusão social, direitos humanos e civis, com
reconhecimento assegurados à população cearense, respeitando a diversidade e priorizando os
segmentos vulneráveis e suas potencialidades, com direcionamento para a melhoria dos indicadores de
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redução da pobreza, e o acesso aos direitos socioassistenciais às famílias e indivíduos em situação de
vulnerabilidade e de riscos pessoais e sociais;
IV – Ceará Pacífico: engloba ações da segurança pública, mas não se resume a elas, estendendo-se a
iniciativas intersetoriais, com as ações preventivas da pacificação, a partir da atuação articulada,
integrada e compartilhada dos órgãos e entidades públicas estaduais, municipais e federais e da
sociedade civil;
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§ 4º O Anexo de Metas e Prioridades poderá ser revisado para contemplar entregas geradas
no tocante ao enfretamento de situações de emergência ou de calamidade pública devidamente
reconhecidas pela Assembleia Legislativa, bem como à minimização de seus efeitos.
§ 5º As metas físicas das entregas constantes do Anexo I desta LDO, atualizarão os seus
quantitativos físicos declarados no Plano Plurianual 2020-2023 para o exercício 2023.
§ 6º O Anexo I desta Lei poderá ser atualizado após sua publicação por ocasião da
Adequação do PPA 2020-2023, realizada em 2022 para o ano 2023, visando assegurar a integração dos
instrumentos de planejamento e atendendo ao disposto no art. 203, § 2.º, da Constituição do Estado do
Ceará e ao §4.º do art. 13 da Lei Estadual n.º 17.160, de 29 de dezembro de 2019, alterada pela Lei nº
17.219, de 03 de junho de 2020, e pela Lei nº 17.776, de 23 de novembro de 2021, devendo a Secretaria
do Planejamento e Gestão, após a publicação da referida Adequação, atualizar o Anexo I e republicá-lo
em seu sítio eletrônico, caso seja necessário.
CAPÍTULO II
§ 1º Cada programa identificará as ações necessárias para atingir os seus objetivos, sob a
forma de atividades, projetos e operações especiais, especificando os respectivos valores para o
cumprimento das metas, bem como as unidades orçamentárias responsáveis pela realização da ação.
§ 3º As categorias de programação de que trata esta Lei serão identificadas no Projeto de Lei
Orçamentária de 2023 e na respectiva Lei, bem como nos créditos adicionais, por programas e
respectivos projetos, atividades ou operações especiais.
Art. 7º O Projeto de Lei Orçamentária e a respectiva Lei, para o ano de 2023, serão
constituídos, de:
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I - texto da Lei;
II - quadros da receita e da despesa, conforme dispõe o § 1º do art. 2º da Lei nº 4.320, de 17
de março de 1964;
III - demonstrativos orçamentários consolidados relacionados no anexo IV desta Lei;
Art. 8º Na proposta e na Lei Orçamentária Anual, a receita será detalhada por sua natureza,
de acordo com a Portaria Interministerial nº 163/2001, da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério
da Fazenda e da Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão,
observadas suas alterações posteriores e demais normas complementares pertinentes.
I - esfera orçamentária;
II - classificação institucional;
III - classificação funcional;
IV - classificação econômica da despesa – Categoria Econômica, Grupo e Natureza da
Despesa e Elemento de Despesa;
V - modalidade de aplicação;
VI - programas e ações (projeto, atividade ou operação especial);
VII - regionalização;
VIII - fontes de recursos e identificador de uso;
IX - identificador de resultado primário;
X - balancete orçamentário e financeiro.
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§ 1º A esfera orçamentária tem por finalidade identificar cada tipo de orçamento, conforme
o art. 203 da Constituição Estadual, constando na Lei Orçamentária pelas seguintes legendas:
§ 10. As fontes de recursos, de que trata este artigo, serão consolidadas, segundo o grupo de
recursos do Tesouro e Outras Fontes, conforme detalhado no Demonstrativo do Sumário Geral da
Receita por Fonte.
§ 12. O identificador de Resultado Primário (RP), de caráter indicativo, tem como finalidade
auxiliar a apuração do resultado primário previsto no Anexo de Metas Fiscais do anexo II desta Lei,
devendo constar no Projeto de Lei Orçamentária de 2023 e na respectiva Lei em todos os grupos de
natureza de despesa, identificando se a despesa é:
§ 13. A consolidação do orçamento por região será feita em conformidade com as regiões de
planejamento criadas pela Lei Complementar Estadual nº 154, de 20 de outubro de 2015.
§ 14. As despesas não regionalizadas, por não serem passíveis de regionalização quando da
elaboração do orçamento anual, serão identificadas na Lei Orçamentária Anual e na execução
orçamentária pelo localizador de gasto que contenha a expressão “Estado do Ceará” e código
identificador “15”.
§ 15. As despesas não regionalizadas, conforme disposto no § 14 deste artigo poderão ser
regionalizadas na execução orçamentária, mediante processamento no Sistema de Contabilidade do
Estado, que registre a efetiva localização da despesa nas regiões do Estado, de forma a favorecer e
tornar transparente a interiorização dos gastos.
§ 16. O empenho da despesa não poderá ser realizado com modalidade de aplicação a definir
(MA 99) e sem registro da modalidade de licitação.
§ 17. O identificador de Resultado Primário - RP de que trata o § 12 deste artigo poderá ser
atualizado por Decreto.
Art. 11. A Lei Orçamentária conterá demonstrativo consolidado das receitas e despesas do
Fundo Estadual de Combate à Pobreza – FECOP e do Fundo de Inovação Tecnológica – FIT.
Art. 12. A Lei Orçamentária e seus créditos adicionais discriminarão, em ação orçamentária
específica na unidade orçamentária competente dos Poderes, do Ministério Público e da Defensoria
Pública, seus órgãos e entidades vinculadas, inclusive as empresas públicas dependentes e sociedades de
economia mista, as dotações destinadas ao atendimento de:
Art. 13. Para efeito do disposto no art. 9º, os órgãos e entidades do Poder Executivo, do
Poder Judiciário, do Poder Legislativo, compreendendo o Tribunal de Contas do Estado, do Ministério
Público e da Defensoria Pública encaminharão para a Secretaria do Planejamento e Gestão, por meio do
Sistema Integrado Orçamentário e Financeiro - SIOF, até 31 de agosto de 2022, suas respectivas
propostas orçamentárias, para fins de consolidação do Projeto de Lei Orçamentária, observadas as
disposições desta Lei, em especial o que dispõe o art.94.
Parágrafo único. Caso não seja atendido o prazo estipulado no caput, ficam consideradas
como limite do Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2023 as dotações consignadas na Lei
Orçamentária Anual de 2022 para a categoria econômica Despesas Correntes.
Art. 14. Os recursos destinados à publicidade e ao apoio cultural deverão fortalecer veículos
públicos, comunitários, independentes e privados, em conformidade com o que dispõe o art. 157 da
Constituição do Estado do Ceará, garantida a transparência das parcerias firmadas pela Administração
Pública, regidas pela Lei Federal nº 13.019, de 31 de julho de 2014 ou segundo o regramento da Lei
Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal e das Leis Federais das
Licitações e Contratos Administrativos (nº 8.666, de 21 de junho de 1993 e nº 14. 133, de 1º de abril de
2021).
§ 1º A Lei Orçamentária Anual – LOA está autorizada a destinar recursos para os diversos
eventos educativos, esportivos, culturais e religiosos, que compõem o Calendário Oficial de Eventos do
Estado do Ceará.
Art. 15. O Poder Executivo enviará à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei de Diretrizes
Orçamentárias e o Projeto de Lei Orçamentária Anual, como também os de abertura de créditos
adicionais especiais, sob a forma de impressos e meios eletrônicos.
Parágrafo único. O Poder Executivo e o Poder Legislativo divulgarão esta Lei de Diretrizes
Orçamentárias e a Lei Orçamentária Anual na internet e em linguagem de fácil compreensão.
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CAPÍTULO III
Seção I
Das Diretrizes Gerais
§ 1º Para os fins do previsto neste artigo, e em atendimento ao que preceitua os arts. 200 e
seu parágrafo único; 203, § 2.º, inciso III; e 211, incisos I, II, III e IV e seu parágrafo único, todos da
Constituição Estadual, o Poder Público Estadual divulgará o Balanço Geral do Estado e manterá
informações atualizadas de fácil acesso na rede internet.
Art. 18. Visando propiciar o controle dos custos das ações e a avaliação dos resultados dos
programas do Governo, contribuindo para a elevação da eficiência e eficácia da gestão pública, os
órgãos e entidades da Administração Pública deverão observar, quando da elaboração da Lei
Orçamentária, de seus créditos adicionais e da respectiva execução, a classificação da ação orçamentária
em relação à prevalência da despesa, conforme abaixo mencionada:
§ 5º As informações de que trata o parágrafo anterior ficarão disponíveis em até 180 (cento e
oitenta) dias contados da publicação desta Lei.
Seção II
Da Elaboração e Execução do Orçamento
Art. 20. Será assegurado aos membros do Poder Legislativo o acesso ao sistema corporativo
de convênios e congêneres do Poder Executivo Estadual e-Parcerias, apresentando informações que
permitam a avaliação e o acompanhamento da gestão.
Parágrafo único. Será disponibilizada, após a aprovação desta Lei, mediante solicitação
formal, senha de acesso aos sistemas para membros do Poder Legislativo.
§ 1º Aos limites estabelecidos no caput deste artigo poderão ser acrescidas as despesas de
manutenção e funcionamento de novos serviços e instalações cuja aquisição ou implantação estejam
previstas para os exercícios de 2022 e 2023.
§ 3º Dos limites estabelecidos no caput deste artigo deverão ser excluídas as dotações
orçamentárias autorizadas em créditos adicionais em 2022, destinadas a despesas de caráter eventual.
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Art. 22. No Projeto de Lei Orçamentária de 2023, as receitas e as despesas serão orçadas a
preços de 2023, com base nos parâmetros macroeconômicos projetados para 2023, conforme
discriminado no anexo II - Anexo de Metas Fiscais desta Lei.
Art. 23. A alocação dos créditos orçamentários na Lei Orçamentária Anual, será feita
diretamente na unidade orçamentária responsável pela execução das ações correspondentes, ficando
proibida a consignação de recursos a título de transferência para unidades integrantes dos Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social.
Parágrafo único. A vedação contida no art. 205, inciso V, da Constituição Estadual, não
impede a descentralização de créditos orçamentários para execução de ações de responsabilidade da
unidade descentralizadora, em conformidade com o Decreto Estadual vigente.
I - fixadas despesas sem que estejam definidas as fontes de recursos e legalmente instituídas
as unidades executoras;
II - incluídos projetos com a mesma finalidade em mais de um órgão, ressalvados os casos
de complementariedade de ações;
III - previstos recursos para aquisição de veículos de representação, ressalvadas as
substituições daqueles com mais de 4 (quatro) anos de uso ou em razão de danos que exijam
substituição;
IV - previstos recursos para pagamento a servidor ou empregado da Administração Pública,
por serviços de consultoria ou assistência técnica custeados com recursos provenientes de convênios,
acordos, ajustes ou instrumentos congêneres firmados com órgãos ou entidades de direito público ou
privado, nacionais ou estrangeiros;
V - classificadas como atividades, dotações que visem ao desenvolvimento de ações
limitadas no tempo e das quais resultem produtos que concorram para expansão ou aperfeiçoamento da
ação do Governo, bem como classificadas como projetos ações de duração continuada;
Parágrafo único. Após o prazo mencionado no inciso VI, finalizada a concepção dos
projetos e atendidas às demais condições legais, observado seu cronograma financeiro, os recursos
relativos às operações de crédito poderão ser incluídos no orçamento por meio de emendas e créditos
adicionais.
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Art. 25. As receitas vinculadas e as diretamente arrecadadas por órgãos, fundos, autarquias,
inclusive as especiais, fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, empresas públicas e
sociedades de economia mista, a que se refere o art. 50 desta Lei, somente poderão ser programadas para
custear as despesas com investimentos e inversões financeiras depois de atenderem, integralmente, às
necessidades relativas ao custeio administrativo e operacional, inclusive pessoal e encargos sociais, bem
como o pagamento de juros, encargos e amortização da dívida.
Art. 26. A Lei Orçamentária de 2023 e os créditos especiais, observado o disposto no art. 45
da Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000, somente incluirão ações novas se:
I - tiverem sido adequada e suficientemente contemplados:
a) os projetos em andamento;
b) as ações relativas ao custeio administrativo e operacional da Administração Pública
Estadual;
c) a contrapartida para os projetos com financiamento externo e interno e convênios com
outras esferas de governo;
d) os compromissos com o pagamento do serviço da dívida e os decorrentes de decisões
judiciárias;
§ 1º Serão entendidos como projetos em andamento aqueles que a execução financeira, até
30 de junho de 2022, ultrapassar 10% (dez por cento) do seu custo total estimado.
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Art. 30. Na Lei Orçamentária Anual, as despesas com juros, encargos e amortizações da
dívida corresponderão às operações contratadas e às autorizações concedidas até 31 de agosto de 2022.
Art. 33. Para efeito do disposto no § 3º do art. 16 da Lei Complementar Federal nº 101, de 4
de maio de 2000, entende-se como despesas irrelevantes aquelas cujo valor não ultrapasse, para bens e
serviços, os limites fixados na legislação estadual vigente, para as modalidades licitatórias a que se
refere o art. 24, incisos I e II, da Lei Federal n.º 8.666, de 21 de junho de 1993 e o art. 75, incisos I e II,
da Lei Federal nº14.133, de 1º de abril de 2021.
Seção III
Das Emendas Parlamentares
Art. 35. O Projeto de Lei Orçamentária 2023 consignará recursos nos Encargos Gerais do
Estado, em 2(duas) ações orçamentárias específicas para atendimento das programações decorrentes de
emendas parlamentares, conforme disposto abaixo:
I - para emendas de caráter geral no montante de R$ 30.000.000,00 (trinta milhões de reais);
II - para emendas no âmbito do Programa de Cooperação Federativa – PCF no montante de
R$ 46.000.000,00 (quarenta e seis milhões de reais).
§ 1º O valor máximo, por parlamentar, destinado às emendas corresponderá a 1/46 (um
quarenta e seis avos) dos montantes previstos em cada uma das ações dos incisos I e II,
Art. 38. Ao Projeto de Lei Orçamentária não poderão ser apresentadas emendas que:
Art. 39. Após a etapa de proposição das emendas, as que apresentarem impedimentos de
ordem técnica que porventura forem identificados pela SEPLAG ou pelos órgãos e entidades
responsáveis pela execução das emendas, serão comunicados, com as devidas justificativas, à Comissão
de Orçamento, Finanças e Tributação da Assembleia Legislativa.
Seção IV
Das Alterações da Lei Orçamentária
Art. 40. Os projetos de lei relativos a créditos adicionais serão apresentados na forma e com
o detalhamento da Lei Orçamentária Anual.
Art. 41. A criação de órgãos, bem como a inclusão de programa e/ou ação ao Orçamento de
2023 será realizada mediante abertura de crédito adicional especial.
§ 1º Acompanharão os projetos de lei relativos aos créditos, de que trata o caput deste
artigo, exposições de motivos circunstanciadas que os justifiquem.
§ 3º Os créditos especiais aprovados pela Assembleia Legislativa serão abertos por decreto
do Poder Executivo;
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§ 4º Os decretos de créditos adicionais decorrentes de leis específicas que contenham
dispositivos que criem ações orçamentárias ou programas de governo não serão computadas no limite de
abertura de crédito suplementar estabelecido na Lei Orçamentária Anual.
Art. 42. Durante a execução orçamentária, poderão ser incorporados ao orçamento anual,
mediante abertura de crédito adicional suplementar, por Decreto do Poder Executivo:
Art. 43. O Poder Executivo poderá, mediante decreto, transpor, remanejar, transferir ou
utilizar, total ou parcialmente, as dotações orçamentárias aprovadas na Lei Orçamentária de 2023 e em
seus créditos adicionais, em decorrência da extinção, transformação, transferência, incorporação ou
desmembramento de órgãos e entidades, bem como de alterações de suas competências ou atribuições,
e ainda, em casos de complementaridade ou similaridade, mantida a estrutura programática, expressa
por categoria de programação, conforme definida no art. 4º, § 3º desta Lei, inclusive os títulos, os
descritores, as metas e os objetivos, com o respectivo detalhamento por esfera orçamentária e grupo de
natureza da despesa, assim como os atributos dos programas vigentes no PPA 2020-2023.
Art. 44. As alterações orçamentárias que não modifiquem o valor global da categoria de
programação e do grupo de despesa não ensejam a abertura de créditos adicionais e poderão ocorrer no
sistema de contabilidade para ajustar:
Seção V
Das Diretrizes Específicas do Orçamento da Seguridade Social
Seção VI
Das Diretrizes Específicas para os Poderes Legislativo, compreendendo o
Tribunal de Contas do Estado e Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública
Art. 47. Para efeito do disposto nos arts. 49, inciso XIX; 99, § 1°, e 136, todos da
Constituição Estadual, e art. 134, § 2º, da Constituição Federal, ficam estipulados os seguintes limites
para a elaboração das propostas orçamentárias dos Poderes Legislativo, compreendendo o Tribunal de
Contas do Estado, e Judiciário, bem como do Ministério Público e, no que couber, da Defensoria
Pública:
I - as despesas com pessoal e encargos sociais obedecerão ao disposto nos arts. 69, 70, 71,
72, 73, 74, 75, 76 e 77 desta Lei;
II - as demais despesas com custeio administrativo e operacional obedecerão ao disposto no
art. 21 desta Lei.
Art. 48. Para efeito do disposto no art. 9º desta Lei, as propostas orçamentárias do Poder
Legislativo, compreendendo o Tribunal de Contas do Estado, do Poder Judiciário, do Ministério Público
e da Defensoria Pública serão encaminhadas à Secretaria do Planejamento e Gestão - SEPLAG, por
meio do Sistema Integrado Orçamentário e Financeiro – SIOF, até 31 de agosto de 2022, de forma que
possibilite o atendimento ao disposto no inciso VI, do § 3° do art. 203 da Constituição Estadual.
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§ 1º O Poder Executivo colocará à disposição dos Poderes e demais órgãos mencionados no
caput, no mínimo 30 (trinta) dias antes do prazo final para encaminhamento de suas propostas
orçamentárias, o estudo e a estimativa da receita para o exercício de 2023 e a respectiva memória de
cálculo.
§ 2º Caso não seja atendido o prazo estipulado no caput, ficam consideradas como limite do
Projeto de Lei Orçamentária Anual 2023 as dotações consignadas na Lei Orçamentária Anual de 2022
para a categoria econômica Despesas Correntes.
Seção VII
Das Diretrizes Específicas do Orçamento de Investimentos das
Empresas Controladas pelo Estado
Art. 49. Constará da Lei Orçamentária Anual o Orçamento de Investimento das Empresas
Públicas e Sociedades de Economia Mista em que o Estado detenha a maioria do capital social com
direito a voto, de acordo com art. 203, § 3°, inciso II da Constituição Estadual.
Art. 50. Não se aplicam às empresas públicas e às sociedades de economia mista, de que
trata o artigo anterior, as normas gerais da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, no que
concerne ao regime contábil, à execução do orçamento e ao demonstrativo de resultado.
§ 1º Excetua-se do disposto no caput deste artigo a aplicação, no que couber, dos arts. 109 e
110 da Lei Federal nº 4.320, de 17 de março de 1964, para as finalidades a que se destinam.
Seção VIII
Da Programação da Execução Orçamentária e Financeira e sua Limitação
Art. 51. O Poder Executivo deverá elaborar e publicar até 30 (trinta) dias após a publicação
da Lei Orçamentária de 2023, cronograma anual de desembolso mensal, por Poder e Órgão, e metas
bimestrais de arrecadação, nos termos dos arts. 8º e 13 da Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de
maio de 2000, com vistas ao cumprimento das metas estabelecidas no anexo de que trata o art. 22 desta
Lei.
§ 1º O cronograma de desembolso mensal da despesa deverá estar compatibilizado com a
programação das metas bimestrais de arrecadação.
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§ 4º Excetuadas as despesas com pessoal e encargos sociais, os cronogramas anuais de
desembolso mensal das demais despesas dos Poderes Executivo, Legislativo, compreendendo o Tribunal
de Contas do Estado e Judiciário, do Ministério Público e Defensoria Pública terão como referencial o
repasse previsto no art. 168 da Constituição Federal, na forma de duodécimos.
§ 5º O ato referido no caput poderá ser modificado na vigência do exercício fiscal para
ajustar as metas de realizações das receitas e o cronograma de pagamento mensal das despesas, com
vistas ao cumprimento da meta de resultado primário.
§ 5º O Poder Executivo, caso não comprometa o atingimento das metas fiscais previstas na
LDO, poderá ainda preservar outras despesas além das descritas no §4º do caput deste artigo.
Seção IX
Das Diretrizes para Realização de Parcerias em Regime de Mútua Cooperação com Pessoas
Jurídicas de Direito Privado ou Organizações da Sociedade Civil
Art. 53. A celebração de parcerias em regime de mútua cooperação entre o Poder Executivo
Estadual e pessoas jurídicas de direito privado sem fins lucrativos ou organizações da sociedade civil
que envolvam transferência de recursos financeiros para consecução de finalidades de interesse público
e recíproco, mediante convênios e quaisquer instrumentos congêneres, termos de colaboração, termos de
fomento ou acordo de cooperação, deverá atender às regras estabelecidas na Lei Complementar Estadual
nº 119, de 28 de dezembro de 2012 e em alterações posteriores, bem como na Lei Federal nº 13.019/14,
e em sua regulamentação em âmbito estadual, conforme o caso, e ser precedida do atendimento das
seguintes condições:
§ 1º O chamamento público previsto na alínea “b” do inciso I deverá ser divulgado por meio
de edital, contendo expressamente os critérios de seleção, considerando, como um dos critérios de
seleção, o cumprimento da Lei Federal nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000 – Lei de Aprendizagem.
Art. 54. Fica facultada aos demais poderes a adoção das regras aplicáveis ao Poder
Executivo Estadual ou a elaboração de regramento próprio, desde que atendido o disposto na Lei
Federal nº 13.019/14, para as parcerias com as Organizações da Sociedade Civil.
Seção X
Das Transferências para Pessoas Jurídicas do Setor Privado qualificadas como
Organizações Sociais
Art. 55. A transferência de recursos financeiros para fomento às atividades realizadas por
pessoas jurídicas do setor privado qualificadas como Organizações Sociais, nos termos da Lei Estadual
nº 12.781/97 e alterações posteriores, dar-se-á por meio de Contrato de Gestão e deverá ser precedida do
atendimento das seguintes condições:
I - previsão de recursos no orçamento do órgão ou da entidade supervisora da área
correspondente à atividade fomentada;
II - aprovação do Plano de Trabalho do Contrato de Gestão pelo Conselho de Administração
da Organização Social e pelo Secretário de Estado ou por autoridade competente da entidade
contratante;
III - designação, pelo Secretário de Estado ou por autoridade competente da entidade
contratante, da Comissão de Avaliação que irá acompanhar o desenvolvimento do programa de trabalho
e as metas estabelecidas no Contrato de Gestão;
IV - atendimento das condições de habilitação previstas na Lei Federal de licitação e
contratos administrativos;
V - adimplência da Organização Social junto a qualquer órgão ou entidade da Administração
Pública Estadual e Federal;
VI - definição de metas a serem atingidas, com os respectivos prazos de execução, assim
como os critérios objetivos de avaliação de desempenho, mediante indicadores de qualidade e
produtividade;
VII - estudo detalhado que contemple a avaliação precisa dos custos do serviço e dos ganhos
de eficiência esperados pela execução do contrato, a ser elaborado pelo órgão contratante.
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§ 3º Os relatórios de que trata o § 2.ºficarão disponíveis a partir de 180 (cento e oitenta) dias
contados da publicação desta Lei.
Seção XI
Das Transferências para Empresas Controladas pelo Estado
§ 3º Fica dispensada a celebração do Termo de Cooperação de que trata o § 2.º, nos casos de
transferências já fundamentadas em instrumento celebrado com a União, em que o Estado e as entidades
de que trata o caput sejam signatários e no qual estejam estipuladas as regras a serem observadas entre
as partes, inclusive quanto à propriedade de bens resultantes ou remanescentes do objeto pactuado, que
poderão destinar-se a outros entes federativos.
Seção XII
Art. 57. A celebração de parcerias em regime de mútua cooperação entre o Poder Executivo
Estadual e entes ou entidades públicas que envolvam transferência de recursos financeiros para
consecução de finalidades de interesse público e recíproco, mediante convênios e instrumentos
congêneres, deverá atender às regras estabelecidas na Lei Complementar Estadual nº 119/12 e alterações
posteriores, sua regulamentação e ser precedida do atendimento das seguintes condições:
Art. 58. As exigências previstas no inciso II, alíneas “a” a “d” do caput do artigo anterior
não se aplicam às transferências para atender exclusivamente:
Art. 59. Fica o Poder Executivo, por meio da Secretaria da Fazenda, autorizado a
estabelecer, no âmbito do Programa de Governança Interfederativa do Estado do Ceará, previsto na Lei
Complementar nº 180/18, campanhas de premiação a municípios que empreendam ações que objetivem
o fortalecimento da gestão e a performance fiscal, de forma cooperada e compartilhada, bem como aos
municípios que implementem projetos voltados à participação popular, à transparência e à educação
fiscal, estimulando a cidadania sobre a compreensão da importância dos tributos.
Art. 60. Fica o Poder Executivo Estadual autorizado a integrar os Consórcios Públicos
Interfederativos para a gestão e realização de ações, obras, investimentos e políticas públicas de
interesse comum.
Art. 61. A celebração de parcerias em regime de mútua cooperação entre o Poder Executivo
Estadual e organismos internacionais, ou órgãos pertencentes à sua estrutura organizacional, será regida
por lei específica.
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Art. 62. Quando o objeto da parceria se tratar de execução de obras de engenharia, deverá
ser incluída nas placas e nos adesivos indicativos a informação dos endereços e/ou meios de acesso ao
portal da transparência do Estado – CEARÁ TRANSPARENTE e ao Sistema de Ouvidoria do Estado.
Art. 63. Fica facultada aos demais poderes a adoção das regras aplicáveis ao Poder
Executivo Estadual ou a elaboração de regramento próprio.
Seção XIII
Da Contrapartida
Art. 64. É facultativa a exigência de contrapartida das pessoas jurídicas de direito privado
sem fins lucrativos e das organizações da sociedade civil para recebimento de recursos mediante
convênios ou instrumentos congêneres, termos de colaboração e termos de fomento firmados com o
Governo Estadual, ressalvado o disposto na Lei Federal nº 13.019/2014.
Art. 65. É obrigatória a contrapartida dos municípios, calculada sobre o valor transferido
pelo concedente, para recebimento de recursos mediante convênios e instrumentos congêneres
celebrados com a Administração Pública Estadual, podendo ser atendida por meio de recursos
financeiros, humanos ou materiais, ou de bens e serviços economicamente mensuráveis, segundo
critério de percentual da receita de impostos municipais em relação às receitas orçamentárias, assim
definidos:
I - 5% (cinco por cento) para os municípios cuja receita de impostos municipais em relação
ao total das receitas orçamentárias seja inferior a 5% (cinco por cento);
II - 7% (sete por cento) para os municípios cuja receita de impostos municipais em relação
ao total das receitas orçamentárias seja igual ou superior a 5% (cinco por cento) e inferior a 10% (dez
por cento);
III - 10% (dez por cento) para os municípios cuja receita de impostos municipais em relação
ao total das receitas orçamentárias seja igual ou superior a 10% (dez por cento) e inferior a 20% (vinte
por cento);
IV - 20% (vinte por cento) para os municípios cuja receita de impostos municipais em
relação ao total das receitas orçamentárias seja igual ou superior a 20% (vinte por cento).
§ 1º Para o cálculo de que trata o caput, deverão ser consideradas as informações mais
recentes divulgadas pelo Sistema de Finanças do Brasil, da Secretaria do Tesouro Nacional – Finbra, na
data da celebração da parceria.
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§ 4º A exigência da contrapartida prevista no caput não se aplica às parcerias celebradas para
atender exclusivamente às situações de emergência ou calamidade pública, formalmente reconhecidas
pelo Poder Executivo Estadual.
I - aumento de 2% (dois por cento) na arrecadação com redução em 2% (dois por cento) na
contrapartida;
II - aumento de 4% (quatro por cento) na arrecadação com redução em 3% (três por cento)
na contrapartida;
III - aumento de 6% (seis por cento) na arrecadação com redução em 4% (quatro por cento)
na contrapartida.
CAPÍTULO IV
§ 2º Os projetos de lei referidos no caput deste artigo não poderão versar sobre benefício
fiscal para:
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§ 2º Na estimativa das receitas da Lei Orçamentária Anual poderão ser considerados os
efeitos de proposta de alteração na legislação tributária e de contribuições que estejam em tramitação na
Assembleia Legislativa.
CAPÍTULO V
I - a projeção da despesa de pessoal de 2022 será calculada tomando por base a média
mensal da despesa empenhada em Pessoal e Encargos Sociais no primeiro semestre, excluindo as
despesas relacionadas à Folha Complementar;
II - a atualização para 2023 poderá ser realizada até o limite da variação do Índice de Preços
ao Consumidor Ampliado – IPCA, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística,
verificado nos parâmetros macroeconômicos estabelecidos no Anexo II – Anexo de Metas Fiscais desta
Lei, desde que os cenários projetados estejam consistentes com a realidade fiscal na elaboração da Lei
Orçamentária Anual para o exercício de 2023 ou até 90% (noventa por cento) da variação positiva da
Receita Corrente Líquida, ambos para o período de 12 (doze) meses, encerrado em junho do exercício
anterior a que se refere a Lei Orçamentária, conforme Emenda Constitucional nº 88, de 21 de dezembro
de 2016, respeitados os limites individualizados de cada Poder, definidos no art. 94 desta Lei.
§ 1º Aos limites estabelecidos no caput deste artigo poderão ser adicionados o crescimento
vegetativo da folha, conforme metodologia e parâmetros estabelecidos pela SEPLAG, e outros
acréscimos legais aplicáveis.
Art. 70. Para os fins do disposto nos arts. 19 e 20 da Lei Complementar Federal nº 101, de 4
de maio de 2000, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração, não poderá exceder os
seguintes percentuais da Receita Corrente Líquida - RCL:
Art. 71. Na verificação dos limites definidos no art. 70 desta Lei, serão também
computadas, em cada um dos Poderes, no Ministério Público e na Defensoria Pública, as seguintes
despesas:
I - com inativos e os pensionistas, segundo a origem do benefício previdenciário, ainda que
a despesa seja empenhada e paga por intermédio do Fundo Financeiro – FUNAPREV, do Fundo
Financeiro – PREVMILITAR e do Fundo Previdenciário - PREVID;
II - com servidores requisitados.
Parágrafo único. Serão consideradas contratos de terceirização de mão de obra, para efeito
do disposto no § 1º do art. 18 da Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de 2000, as despesas
provenientes de contratação de pessoal para substituição de servidores pertencentes a categorias
funcionais abrangidas por planos de cargos do quadro de pessoal de órgão ou entidade, sendo tais
despesas contabilizadas como Outras Despesas de Pessoal, as quais serão computadas para fins de
cálculo do limite da despesa total com pessoal.
Art. 72. Para fins de atendimento ao disposto no art. 169, § 1º, inciso II da Constituição
Federal, ficam autorizadas as concessões de quaisquer vantagens, criação de cargos, empregos e
funções, alterações de estruturas de carreiras, aumentos de remuneração, bem como admissões ou
contratações de pessoal a qualquer título, pelos órgãos e por entidades da Administração Direta ou
Indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, observadas as demais normas
aplicáveis.
Art. 73. Fica autorizada a revisão geral das remunerações, dos subsídios, dos proventos e
das pensões dos servidores ativos e inativos e pensionistas dos Poderes Executivo, Legislativo,
compreendendo o Tribunal de Contas do Estado, e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria
Pública, das autarquias e fundações públicas cujo percentual será definido em lei específica.
Art. 74. Para efeito da elaboração e execução da despesa de pessoal, os Poderes e órgãos
consignarão dotações específicas, distinguindo pagamento da folha normal e pagamento da folha
complementar.
§ 4º Fica vedada a emissão de empenho, liquidação e pagamento para despesas com pessoal
e encargos sociais, utilizando dotações orçamentárias consignadas no orçamento cujos títulos descritores
se apresentam de forma genérica e abrangente.
Art. 76. No exercício de 2023, observado o disposto no art. 37, inciso II, e art. 169 da
Constituição Federal, somente poderão ser admitidos servidores se:
CAPÍTULO VI
Art. 79. As operações de crédito interno e externo reger-se-ão pelo que determinam a
Resolução nº 40, de 20 de dezembro de 2001, alterada pela Resolução nº 5, de 3 de abril de 2002, e a
Resolução nº 43, de 21 de dezembro de 2001, alterada pela Resolução nº 6, de 4 de junho de 2007, todas
do Senado Federal, e na forma do Capítulo VII, da Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de maio de
2000.
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I - os contratos de operações de crédito, segregados por classificação da dívida e por credor,
discriminando os projetos, data de liquidação, moeda, periodicidade de vencimento e taxa de juros;
II - a previsão do serviço da dívida para 2023, detalhando os valores do principal da dívida,
dos juros e outros encargos.
CAPÍTULO VII
Art. 80. As entidades de direito privado beneficiadas com recursos públicos, a qualquer
título, submeter-se-ão à fiscalização do Poder concedente e do Poder Legislativo com a finalidade de
verificar o cumprimento de metas e objetivos para os quais receberam os recursos, nos termos
instituídos no art. 68 da Constituição do Estado do Ceará.
Art. 81. Fica autorizada a concessão pelo Poder Executivo de subvenção social a entidades
privadas sem fins lucrativos ou a agências de organizações internacionais com relevante atuação social
em âmbito estadual, observadas as disposições da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Parágrafo único. A concessão de que trata o caput dar-se-á mediante aprovação de lei
específica, na qual deverá ficar demonstrada a necessidade da medida, bem como definidos os termos e
condicionantes para a respectiva formalização.
Art. 82. O Portal da Transparência, como instrumento de divulgação das informações e das
movimentações financeiras feitas pelo Estado constantes nesta Lei, atenderá a todos os requisitos da Lei
nº 12.527, de 18 de novembro de 2011, e conterá, além das informações atualmente disponibilizadas,
pelo menos:
§ 4º As informações de que trata o § 3.º ficarão disponíveis a partir de 180 (cento e oitenta)
dias contados da publicação desta Lei.
Art. 83. São vedados quaisquer procedimentos no âmbito dos sistemas de orçamento,
programação financeira, contratos, convênios e instrumentos congêneres e contabilidade, que viabilizem
a execução de despesas sem que esteja comprovada a suficiente disponibilidade de dotação
orçamentária.
Parágrafo único. Os decretos expedidos que tenham como finalidade a abertura de créditos
suplementares deverão indicar quais ações suplementadas tiveram como fonte de recursos a anulação
dos créditos da Reserva de Contingência, além das motivações para a utilização da referida fonte.
Art. 85. O Projeto de Lei Orçamentária de 2023 será encaminhado à sanção até o
encerramento da Sessão Legislativa.
Art. 86. Caso o Projeto de Lei Orçamentária de 2023 não seja encaminhado para sanção até
31 de dezembro de 2022, a programação dele constante poderá ser executada, em cada mês, até o limite
de 1/12 (um doze avos) do total de cada dotação, na forma da proposta originalmente encaminhada à
Assembleia Legislativa, até que seja sancionada e promulgada a respectiva Lei Orçamentária.
§ 3º Não se incluem no limite previsto no caput deste artigo, as dotações para atendimento
das seguintes despesas:
Art. 87. Até 72 (setenta e duas) horas após o encaminhamento à sanção governamental do
Autógrafo de Lei Orçamentária de 2023 e dos Autógrafos de Lei de créditos adicionais, o Poder
Legislativo enviará, em meio digital de processamento eletrônico, os dados e as informações relativos
aos Autógrafos, indicando:
Art. 88. As unidades responsáveis pela execução dos créditos orçamentários e adicionais
aprovados processarão o empenho da despesa, observados os limites fixados para cada órgão ou
entidade, unidade orçamentária, categoria de programação e respectivos grupos de natureza da despesa,
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fontes de recursos, modalidade de aplicação, identificador de uso e região, especificando o elemento da
despesa.
Art. 91. A política de aplicação dos recursos das agências financeiras oficiais de fomento,
que o Estado vier a constituir, será definida em projeto de lei específico.
Art. 92. A seleção de bolsistas e a respectiva concessão de bolsas para pesquisa e extensão
tecnológicas da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior- SECITECE, da Fundação
Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos – FUNCEME, e da Fundação Núcleo de Tecnologia
Industrial – NUTEC, passa a ser da responsabilidade da Fundação Cearense de Apoio ao
Desenvolvimento Científico e Tecnológico - FUNCAP.
Parágrafo único. O custeio das bolsas correrá por conta das dotações orçamentárias dos
órgãos e das entidades previstas neste artigo, descentralizadas nos termos do Decreto Estadual vigente, e
alterações, sendo vedada a utilização desses recursos para pagamento de bolsas de pesquisa e extensão
tecnológicas em outros órgãos ou entidades públicas ou privadas.
Art. 93. As despesas relativas ao pagamento a pessoas jurídicas do setor privado ou pessoas
físicas em caráter de doação, premiação ou reconhecimento público, deverão ser precedidas do
atendimento das seguintes condições:
Art. 94. Ficam estabelecidos, para o exercício de 2023, limites individualizados para as
despesas primárias correntes dos Poderes Executivo, Legislativo, compreendendo o Tribunal de Contas
do Estado, e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, nos termos que dispõem os arts.
43 e 43-B do Ato de Disposições Constitucionais Transitórias da Constituição do Estado, acrescidos,
respectivamente, pela Emenda Constitucional nº 88, de 21 de dezembro de 2016 e pela Emenda
Constitucional nº 102, de 03 de dezembro de 2020, equivalente a:
I - variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, publicado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para o período de 12(doze) meses, encerrado em junho de
2022; ou
II - 90% (noventa por cento) da variação positiva da Receita Corrente Líquida, para o
período de 12 (doze) meses, encerrado em junho do exercício de 2022.
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Parágrafo único. A aplicação dos parâmetros estabelecidos nos arts. 21 e 69 fica
condicionada também à observância dos limites estabelecidos nos incisos I e II deste artigo,
prevalecendo, no ano de 2023, a maior variação apurada no período.
Art. 95. Fica estabelecida como meta anual de investimentos para o exercício de 2023 a
média dos valores empenhados nos grupos de natureza da despesa 4 – Investimentos e 5 – Inversões
Financeiras, nas fontes 00 (Recursos Ordinários) e 10 (Fecop), nos últimos 4 (quatro) exercícios
anteriores à vigência desta lei.
Art. 96. A elaboração do Projeto de Lei Orçamentária para o exercício financeiro, com
fundamento na Constituição Federal, será realizada segundo os princípios da democracia, da justiça
social, da transparência, da unidade, da universalidade, da anualidade, da exclusividade, do equilíbrio,
da clareza, com a participação da sociedade civil do Estado do Ceará.
Parágrafo único. A participação de que trata o caput, dar-se-á após o envio projeto de Lei
Orçamentária Anual - PLOA à Assembleia Legislativa, que apresentará a minuta do projeto e seus
anexos para representantes da sociedade civil nas regiões, de forma a permitir a sua cooperação no
processo de inclusão das emendas ao projeto da LOA – 2023.
Art. 98. Para a retirada de recursos de Fundos que não estejam sob o gerenciamento do
Poder Executivo ou de seus órgãos delegados, deverá ser assegurada a provisão de devolução, no
Balanço Geral do Estado, para o Poder ou órgão a que estão vinculados os Fundos.
Art. 99. É facultado aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público,
ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública aplicar o mecanismo de ajuste fiscal, conforme disposto
no art.167 – A da Constituição Federal, quando a relação entre despesas correntes e receitas correntes
superar 95% (noventa e cinco por cento).
Art. 100. Após a publicação da Lei Orçamentária Anual – LOA, será disponibilizado no
sítio da Secretaria de Planejamento e Gestão – SEPLAG, o relatório das emendas estaduais aprovadas.
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Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
GOVERNADORA DO ESTADO DO CEARÁ
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