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RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO

Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp


2021

26 de maio de 2021
Controladoria-Geral da União (CGU)
Secretaria Federal de Controle Interno (SFC)

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO
Órgão: Ministério do Desenvolvimento Regional
Unidade Examinada: Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
- Sabesp
Município/UF: São Paulo/SP
Relatório de Avaliação: 905565
Missão
Elevar a credibilidade do Estado por meio da participação social, do controle
interno governamental e do combate à corrupção em defesa da sociedade.

Avaliação
O trabalho de avaliação, como parte da atividade de auditoria interna, consiste
na obtenção e na análise de evidências com o objetivo de fornecer opiniões ou
conclusões independentes sobre um objeto de auditoria. Objetiva também
avaliar a eficácia dos processos de governança, de gerenciamento de riscos e de
controles internos relativos ao objeto e à Unidade Auditada, e contribuir para o
seu aprimoramento.
POR QUE A CGU REALIZOU ESSE
QUAL FOI O TRABALHO?
TRABALHO O tema Saneamento Básico é um dos
REALIZADO principais desafios do País, e quando se trata
de um dos seus componentes, o Esgotamento
PELA CGU? Sanitário, os dados mais recentes do Sistema
Nacional de Informações sobre Saneamento -
Avaliação da execução do
Snis mostram que apenas pouco mais da
Subcrédito 0410.549-93 no
metade da população tem acesso à rede de
âmbito de Contrato de
coleta de esgoto, sendo que do volume de
Financiamento com recursos
esgoto gerado menos da metade recebe
do FGTS, firmado em
tratamento. São Paulo é o município com a
02.12.2013, entre o tomador
maior população, na Região Metropolitana de
Sabesp e o agente financeiro
São Paulo, sem tratamento de esgotos: cerca
Caixa Econômica Federal,
de 450 mil habitantes, conforme dados do Snis
para execução de obras de
de 2018.
Esgotamento Sanitário no
âmbito do Programa QUAIS AS CONCLUSÕES
Saneamento Para Todos.
ALCANÇADAS PELA CGU? QUAIS
AS RECOMENDAÇÕES QUE
DEVERÃO SER ADOTADAS?
Verificou-se adequação da execução de atos
de gerenciamento do Contrato de
Financiamento pela Caixa Econômica Federal,
quanto aos aspectos de observância de
requisitos formais e técnicos de
acompanhamento das obras e autorizações de
pagamentos.
Adicionalmente, identificaram-se ações de
monitoramento por parte do Comitê Gestor de
Água e Esgoto, composto por integrantes da
Prefeitura e do Estado de São Paulo, e por
parte da Agência Reguladora de Saneamento e
Energia do Estado de São Paulo - Arsesp, que
atuam com o intuito de assegurar que os
investimentos realizados sejam compatíveis
com o estipulado em contrato e com o Plano
Municipal de Saneamento Básico.
Houve atraso na execução das obras que foi
justificado pela Sabesp.
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

Arsesp - Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo


BSCA - Boletim de Solicitação e Comprovação de Aplicação de Recursos
Caixa - Caixa Econômica Federal
Cetesb - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo
CGU - Controladoria-Geral da União
ETE - Estação de Tratamento de Esgoto
FPD - Ficha de Processamento de Desembolso
FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
Gifug - Gerência de Filial do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
Gigov/SP - Gerência Executiva São Paulo
PAC - Programa de Aceleração do Crescimento
PMSB - Plano Municipal de Saneamento Básico
RAE - Relatório de Acompanhamento de Engenharia
RRE - Relatório Resumo de Empreendimento
RMSP - Região Metropolitana de São Paulo
Sabesp - Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
Sima - Secretaria de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente
Snis - Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 6

RESULTADOS DOS EXAMES 9

1. O ritmo de execução das obras não está adequado à definição inicial do cronograma
do financiamento, mas houve reprogramação e apresentação de justificativas. 9

2. As condicionantes para entrada em operação das obras foram equacionadas. 15

3. Não houve atraso na disponibilização de recursos para implementação das obras. 17

4. As ações previstas apresentam compatibilidade com os planos de saneamento


municipais. 19

5. Existem ações de acompanhamento, monitoramento e avaliação dos resultados


estabelecidos nos Contratos de Concessão e nas normas e políticas relacionados ao
Sistema de Esgotamento Sanitário. 22

CONCLUSÃO 26
INTRODUÇÃO
Em decorrência do Relatório de Avaliação nº 201902801 desta Controladoria Regional da
União no Estado de São Paulo - CGU-Regional/SP, o qual foi concluído em novembro de 2020
e teve como objeto o levantamento de informações acerca da situação atual dos sistemas de
esgotamento sanitário, bem como a avaliação das ações do Governo Federal para a melhoria
dos serviços de esgotamento sanitário na Região Metropolitana de São Paulo, que possui
elevado grau de contaminação e de comprometimento dos seus cursos d’água, foi
selecionado para avaliação o Subcrédito 0410.549-93, com valor de investimento total de R$
393,469 milhões, integrante de um contrato de financiamento de obras de esgotamento
sanitário, firmado em 02.12.2013, entre a Caixa Econômica Federal e a unidade auditada,
Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp. O financiamento utiliza
recursos do FGTS e foi realizado no âmbito do Programa Saneamento Para Todos. Os exames
desta avaliação foram realizados entre 26.01.2021 e 17.02.2021.

O objeto do referido Subcrédito, que ainda está em execução, é referente à Etapa IV do


Projeto de Despoluição do Rio Tietê. Trata-se da execução de Coletores-Tronco, Coletores
Secundários e Interligações, Linhas de Recalque, e duas Estações Elevatórias de Esgotos, na
Várzea Esquerda do Rio Tietê, na Região Leste de São Paulo, para interligação ao subsistema
São Miguel (um dos cinco que compõe o Sistema Principal de Esgotos da Região Metropolitana
de São Paulo).

As justificativas de execução do empreendimento, apresentadas no Plano de Trabalho para


seleção de empreendimento e encaminhadas pelo proponente Sabesp previamente à
assinatura do Contrato de Financiamento, indicam o seguinte panorama relacionado à
intervenção:

As obras ora pleiteadas têm como objetivo o fechamento da malha de transportes


dos efluentes gerados em uma das áreas mais adensadas do município de São Paulo.

Em área [...] carente de sistemas de afastamento, o empreendimento proposto


possibilitará a condução destes efluentes para tratamento na ETE São Miguel. O
ganho ambiental através da melhoria das condições de córregos e rios da região,
alinhado ao ganho em saúde da população ribeirinha representará um forte avanço
para esta região. [...]

A região a ser atendida pelo empreendimento conta com uma população total de
1,85 milhão de pessoas, com uma extensão de rede coletora implantada de 1.297
Km com 288.716 ligações. Entretanto os coletores implantados necessitam serem
interligados de maneira a possibilitar o encaminhamento dos efluentes para
tratamento o que gera a demanda do Sistema ora proposto. [...]

Com a implantação do Sistema proposto, pretende-se elevar o índice de tratamento


para 83% na área de atuação do mesmo. [...]

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Com a implantação do Sistema proposto será possível o encaminhamento de
diversos lançamentos in natura para tratamento, sendo que o impacto sobre a saúde
da população será significativo gerando um decréscimo no numero de atendimentos
pelo Sistema de Saúde Local. Estima-se que a implantação do empreendimento irá
gerar 7.140 empregos diretos, 3.360 empregos indiretos e 11.000 empregos efeito
renda. [...]

A implantação do Sistema ora proposto, segue as diretrizes do Plano Diretor de


Esgotos que teve sua última revisão em 2010. Através das sucessivas fases de
implantação do Projeto Tietê, o sistema de afastamento dos esgotos da área em
questão foi sendo implantado. O empreendimento em questão é o fechamento
desta malha, sendo portanto a consecução das diretrizes apontadas pelo Plano
Diretor de Esgotos.

Para a avaliação objeto desta ação de controle, foram definidas as seguintes questões de
auditoria relativas ao mencionado Subcrédito 0410.549-93:
1 - O ritmo de execução das obras está adequado?
As subquestões previstas para este item se referem a: se o Plano de Trabalho e
Contrato de Financiamento foram elaborados com o objeto quantificado em etapas e
metas por meio de cronograma físico e financeiro; se o prazo de execução do objeto
do Contrato de Financiamento foi compatível com o cronograma físico-financeiro
previsto; e se foram realizadas as contrapartidas financeiras estabelecidas para o
Contrato de Financiamento.
2 - As condicionantes para entrada em operação das obras foram equacionadas?
As subquestões previstas para este item se referem a: se a área de implantação
do empreendimento possui licenciamento ambiental; se foram realizados processos
de licitação e firmados contratos para as obras e serviços; se as obras previstas em
contrato dependiam de outras obras para entrar em operação; se as obras foram
realizadas em áreas sob a responsabilidade do tomador; e se foi realizado Trabalho
Técnico Social - TTS para os moradores das áreas de intervenção.
3 - Há atraso na disponibilização de recursos para implementação das obras?
A subquestão deste item se refere a: se o atraso injustificado gerou custos
financeiros (reajustes) ou outros prejuízos.
4 - As ações previstas têm relação com os planos de saneamento municipais?
A subquestão deste item se refere a: se o objeto da licitação apresenta
compatibilidade com os planos de saneamento dos municípios envolvidos.
5 - Existem ações de acompanhamento, monitoramento e avaliação dos resultados
estabelecidos nos Contratos de Concessão e nas normas e políticas, relacionados ao
Sistema de Esgotamento Sanitário?
As subquestões previstas para este item se referem a: se houve monitoramento
das ações para execução de obras de saneamento no âmbito das prefeituras

7
municipais ou pela Arsesp; e se existem indicadores para avaliar a efetividade das
ações em execução.

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RESULTADOS DOS EXAMES
1. O ritmo de execução das obras não está adequado à definição
inicial do cronograma do financiamento, mas houve reprogramação
e apresentação de justificativas.
O ritmo de execução das obras não seguiu a definição inicial do cronograma do financiamento,
mas houve uma reprogramação do mesmo que foi aprovada pela Caixa, e justificativas foram
apresentadas pela Sabesp. A seguir detalhamos a situação.

A) O Contrato de Financiamento foi elaborado com objeto definido em etapas e metas, por
meio de plano de trabalho e cronograma.

A Gerência Executiva de Governo de São Paulo - Gigov/SP, da Caixa, por meio do Ofício
1083/2020/GIGOV/SP, de 30.12.2020, e também pela disponibilização do processo referente
ao Subcrédito 0410.549-93, demonstrou a existência do prévio Plano de Trabalho para seleção
de empreendimento, do Contrato de Financiamento, dos seus Aditivos (Cartas Reversais) e
dos respectivos Cronogramas.

O referido Contrato de Financiamento, firmado em 02.12.2013 entre o Tomador/Agente


Promotor (responsável pela execução, acompanhamento e fiscalização) Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp e o Agente Financeiro Caixa Econômica
Federal, abrange nove Subcréditos referentes a municípios da Região Metropolitana de São
Paulo e a execução de obras no âmbito do Programa Saneamento Para Todos, no valor total
de cerca de R$ 1,229 bilhão, lastreados com recursos do FGTS e contrapartida de 5%.

A seguir estão os dados previstos referentes ao Subcrédito 0410.549-93, objeto desta


auditoria:

- Objeto: Sistema de Esgotamento Sanitário, integrante da 4ª Etapa do Projeto de


Despoluição do Rio Tietê, executado na Várzea Esquerda do Tietê, da Região Leste do
Município de São Paulo, que, numa primeira fase de execução, foi composto por 63,715 km
de Coletores-Tronco, 31,574 km de Coletores Secundários e Interligações, duas Estações
Elevatórias de Esgotos, e 2.097 km de Linhas de Recalque, para encaminhamento à Estação
de Tratamento de Esgoto - ETE São Miguel dos efluentes gerados na região;
- Investimento Total: R$ 393,469 milhões;
- Financiamento (FGTS): R$ 373.795.550,00;
- Contrapartida da Sabesp: R$ 19.673.450,00 (5%);
- Data de Assinatura: 02.12.2013;
- Carência: 48 meses (até dezembro de 2017);
- Cronograma de Desembolso Inicial: até 48 meses, definido inicialmente entre julho
de 2014 até dezembro de 2017;

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- Amortização: 240 meses a partir do final da carência;
- Juros: 6% ao ano.

Verificou-se que o cronograma de desembolso inicial não foi seguido. A Sabesp atrasou o início
da execução, conforme justificativas apresentadas no item 1-B deste relatório. Dessa forma,
o Laudo de Análise Técnica de Engenharia - LAE somente foi emitido pela Caixa em setembro
de 2014, quando estava disponível a planilha vencedora da licitação (Contrato 6583-14, de
junho de 2014, detalhado no item 2-B deste relatório).

Apesar de o Cronograma de Desembolso inicial indicar início em julho de 2014, o primeiro


Relatório de Acompanhamento de Engenharia - RAE foi emitido pela Caixa em fevereiro de
2015, informando que a obra somente se iniciou em agosto de 2014. Dessa forma, conforme
os extratos bancários da conta vinculada ao Subcrédito, o primeiro desembolso somente
ocorreu em março de 2015, após a emissão do primeiro RAE.

Em abril de 2019, um Parecer Técnico de Reprogramação foi emitido pela Caixa, aprovando
itens do Aditivo firmado pela Sabesp em fevereiro de 2019 para o Contrato 6583-14/2014.
Dessa forma, foi emitida pela Caixa, em abril de 2019, a Carta Reversal 59/2019, referente à
reprogramação contratual que alterou o prazo do último desembolso para julho de 2022 (um
atraso de cerca de 4,5 anos em relação ao prazo inicial), e informando um saldo a licitar de R$
335.449.087,23, referente a cinco projetos, duas Estações Elevatórias de Esgotos, 81,655 km
de Coletores e Interceptores, e 2,097 km de Linhas de Recalque, além do item já programado
e licitado: 13,634 km de Coletores e Interceptores.

A seguir a localização das obras já executadas e das obras em desenvolvimento de projeto,


que estão bastante esparsas na área de intervenção:

Figura 1 - Localização da Bacia de Esgotamento Sanitário da intervenção (destacada em


amarelo mais claro), que abrange a Várzea Esquerda do Rio Tietê, geradora dos efluentes, na
Zona Leste do Município de São Paulo, com trechos em verde demonstrando as obras já
concluídas (Contrato 6.583-14/2014) e trechos em vermelho demonstrando as obras a licitar
em desenvolvimento de projetos (Contratos 5707/18, 5708/18, 5711/18,5, 5718/18,
5721/18, todos de 2020)

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Fonte: Nota Técnica emitida em março de 2021 pela Superintendência de Gestão de Projetos Especiais da Sabesp.

Figura 2 - Detalhamento do mapa de localização da Figura 1, demonstrando a área superior


esquerda da bacia sanitária, estando destacados em verde os trechos já executados, e em
vermelho os trechos a licitar em desenvolvimento de projetos. Na parte superior ao meio,
consta a localização da ETE São Miguel, à margem do Rio Tietê

Fonte: Nota Técnica emitida em março de 2021 pela Superintendência de Gestão de Projetos Especiais da Sabesp.

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Figura 3 - Detalhamento do mapa de localização da Figura 1, demonstrando a área superior
direita da bacia sanitária, estando destacados em verde os trechos já executados, e em
vermelho os trechos a licitar em desenvolvimento de projetos. Na parte superior central e à
direita, triângulos vermelhos demonstram a localização das Estações Elevatórias

Fonte: Nota Técnica emitida em março de 2021 pela Superintendência de Gestão de Projetos Especiais da Sabesp.

Figura 4 - Detalhamento do mapa de localização da Figura 1, demonstrando a área inferior


da bacia sanitária, estando destacados em verde os trechos já executados, e em vermelho os
trechos a licitar em desenvolvimento de projetos

Fonte: Nota Técnica emitida em março de 2021 pela Superintendência de Gestão de Projetos Especiais da Sabesp.

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B) O prazo de execução do objeto do Contrato de Financiamento está atrasado em relação
ao cronograma físico-financeiro inicial, com justificativas apresentadas pelo Tomador
Sabesp.

Conforme visto no subitem anterior, apesar de o Contrato de Financiamento referente ao


Subcrédito 0410.549-93 ter sido firmado em dezembro de 2013, com prazo de desembolso
(execução) até dezembro de 2017 (cerca de quatro anos), conforme reprogramação aprovada
pela Caixa o prazo do último desembolso foi alterado para julho de 2022. Isso denota um
atraso para a conclusão da execução (inicialmente prevista) de cerca de 4,5 anos.

Conforme o último Relatório de Acompanhamento de Engenharia - RAE emitido pela Caixa


para o Subcrédito de n° 0410.549-93, o de nº 34, emitido em janeiro de 2021, a parcela já em
execução do financiamento soma R$ 65.082.135,95 (cerca de 16,5%), restando R$
328.386.864,05 a licitar (cerca de 83,5%), para um valor total de financiamento de R$ 393,469
milhões. Do valor já em execução, o RAE nº 34 informa que restariam apenas R$ 6.461.160,92
a executar, ou 9,9%.

Conforme vimos, apesar de o Cronograma de Desembolso inicial indicar início em julho de


2014, o primeiro Relatório de Acompanhamento de Engenharia - RAE foi emitido pela Caixa
em fevereiro de 2015, informando que a obra somente se iniciou em agosto de 2014.
Portanto, num período de cerca de 6,5 anos a execução do financiamento avançou 16,5%.

Esse atraso demonstrado foi justificado pela Sabesp por meio do Ofício nº 206, de 12.02.2021,
nos encaminhado pela Secretaria Estadual de Infraestrutura e Meio Ambiente - Sima,
conforme a seguir:

O atraso na execução dos referidos Subcréditos justifica-se principalmente pela


severa crise hídrica ocorrida na região Sudeste no biênio 2014-2015, a qual
demandou ações para reduzir o risco hidrológico com a readequação dos
investimentos, onde foram priorizadas as obras de reforço da segurança hídrica e
consequentemente adiados outros investimentos igualmente importantes, mas
menos urgentes.

Nesse contexto, se por um lado as ações emergenciais e estruturantes demandaram


significativo volume de recursos orçamentários, por outro se registrou forte queda
nas receitas financeiras da Companhia, em razão especialmente do sucesso da
necessária política de bônus implantada na época. Consequentemente, foram
priorizados os investimentos necessários ao enfrentamento da crise e alongados os
cronogramas das demais ações que compõem o macroplanejamento da Empresa.

Um programa de obras da magnitude das previstas nos contratos de financiamento


em pauta, considerando as condições adversas impostas por uma metrópole da
dimensão da Região Metropolitana de São Paulo - RMSP, tem um longo período de
maturação. Uma vez alongados os seus cronogramas, tornam-se necessárias novas
avaliações em campo para verificação da permanência da validade dos projetos
disponíveis.

13
Adicionalmente, podemos pontuar o que segue: [...]

- Subcrédito 0410.549-93: foram executadas e concluídas as obras da primeira fase


de implantação de coletores-tronco na região das várzeas do Tietê, na região leste
do município de São Paulo, o que está em operação. Quanto às demais intervenções,
em função da dinâmica de ocupação da região, incluindo áreas de fundo de vale com
ocupações irregulares, foi necessária a adequação de projetos. Parte deles, está
concluída e em fase de montagem do pacote técnico e licitatório para contratação
da execução das obras, e parte com projetos contratados e em desenvolvimento,
com prazo de conclusão para este ano de 2021, após o que será realizada licitação
para contratação da execução das obras.

Ao se fazer uma busca na Internet, se confirmam as justificativas apresentadas pela Sabesp.


Na matéria “Entenda a crise no Cantareira” (em “http://g1.globo.com/sao-
paulo/noticia/2014/07/entenda-crise-no-cantareira.html”), informa-se que “o problema de
abastecimento de água na Grande São Paulo é decorrente da falta de chuva que aconteceu
especialmente no verão 2013/2014”. Ou seja, o Contrato de Financiamento ora analisado foi
assinado justamente em dezembro de 2013, bem no início do período da seca.

Em uma outra matéria na Internet, de junho de 2015, com o título “Sabesp suspende obras
de tratamento de esgoto por 120 dias - Além da suspensão temporária nos canteiros já
implementados, a companhia também está adiando o início de outras ações do projeto de
despoluição do Rio Tietê” (em “https://exame.com/negocios/sabesp-suspende-obras-de-
tratamento-de-esgoto-por-120-dias”), lê-se que “segundo o diretor econômico-financeiro da
estatal [Sabesp], Rui Affonso, o objetivo é ‘antecipar os investimentos em água concentrados
nos próximos dois anos para aumentar a segurança hídrica da região metropolitana’”. E
também informa-se que “após divulgar queda de R$ 1 bilhão no lucro em 2014, a companhia
anunciou que reduziria em 55% o investimento em coleta e tratamento de esgoto”.

C) Contrapartidas financeiras efetuadas conforme estabelecido no Contrato de


Financiamento.

A Gigov/SP da Caixa disponibilizou a planilha de cálculo utilizada para as liberações das


parcelas do financiamento (desembolsos), bem como os extratos das contas bancárias
vinculadas ao Subcrédito.

Após conferência integral da aderência entre os dados das planilhas e dos extratos (para as 33
Fichas de Processamento de Desembolso - FPD liberadas até janeiro de 2021), ficou
demonstrada a efetivação das contrapartidas. O procedimento de liberação das parcelas se
dá por meio do reembolso das despesas das execuções, que são sempre pagas
antecipadamente pela Sabesp para somente então solicitar à Caixa a liberação da
correspondente parcela do financiamento. Na Caixa, a liberação ocorre somente após a
vistoria da execução realizada pela sua equipe de Engenheiros, que atesta ou glosa valores
por meio da emissão dos Relatórios de Acompanhamento de Engenharia - RAEs. Dispondo do
valor atestado pelo RAE, após as solicitações da Sabesp, a Caixa realiza a liberação da parcela
14
do financiamento, descontado antes o percentual pactuado de contrapartida (5%), já pago à
empresa contratada pela Sabesp.

2. As condicionantes para entrada em operação das obras foram


equacionadas.
A seguir detalhamos a situação que demonstra que as condicionantes verificadas foram
efetivadas para as obras.

A) As licenças ambientais necessárias foram disponibilizadas.

Conforme verificação do processo referente ao Subcrédito 0410.549-93 - Sistema São Miguel,


do Contrato de Financiamento firmado em dezembro de 2013, as licenças ambientais
necessárias foram disponibilizadas.

Para o referido Subcrédito, uma vez que todas as frentes de obras em execução até o presente
possuem tubulação com diâmetro inferior a 1 metro, as mesmas estão dispensadas de Licença
de Instalação, conforme Resolução da Secretaria Estadual de Meio Ambiente nº 54/2007.
Ademais, a Declaração de Regularidade Ambiental disponibilizada pela Sabesp esclarece que
“conforme a Informação Técnica n° 004/12/ETH, de 18/01/2012, a equipe [...] do
Departamento Jurídico da Cetesb entende que o Plano Diretor de Esgotos da Região
Metropolitana de São Paulo é empreendimento concebido por trechos e etapas, não sendo
necessária a prorrogação de sua Licença Ambiental Prévia”.

Essa regularidade foi confirmada pelas respostas disponibilizadas: pela Sabesp, por meio do
Ofício P-031, de 27.01.2021; pela Arsesp, por meio do Ofício P-014, de 27.01.2021; bem como
pela Gigov/SP da Caixa, por meio do Ofício 1083/2020/GIGOV/SP, de 30.12.2020.

B) Foram realizados processos de licitação e firmados contratos para as parcelas do


financiamento que já foram iniciadas.

Para as parcelas já em execução do objeto do financiamento, correspondentes a cerca de


16,5% para o Subcrédito 0410.549-93, foram apresentados pela Sabesp os documentos
referentes às licitações e os respectivos contratos firmados.

Conforme já relatamos, o último Relatório de Acompanhamento de Engenharia - RAE firmado


pela Caixa para o Subcrédito de n° 0410.549-93, o de nº 34, emitido em janeiro de 2021, atesta
que a parcela já em execução do financiamento soma R$ 65.082.135,95, para um valor total
de financiamento de R$ 393,469 milhões. Do valor já em execução, restariam apenas R$
6.461.160,92 a executar, ou 9,9%. A Sabesp disponibilizou os seguintes contratos licitados
correspondentes:

15
- Contrato 6583-14, de 23.06.2014, firmado com DP Barros Pavimentação e Construção Ltda.,
referente à execução da 1ª fase da implantação dos Coletores-Tronco na área da Zona Leste
do Município de São Paulo, pelo valor de R$ 50.388.000,00, licitado por meio da modalidade
de Regime Diferenciado de Contratações Públicas - RDC, e aditivado em fevereiro de 2019
para R$ 58.019.912,77, um acréscimo de 15,1% referente à inclusão de preço extracontratual
para “serviços especiais” decorrentes da “impossibilidade de execução da solução prevista em
projeto para travessia do CTS [Coletor-Tronco Secundário] Ramal de Transmissão sob o
Córrego Jacu Pêssego”. A reprogramação foi aprovada pelo setor de engenharia da Caixa em
abril de 2019. O RAE 34 informa 100% de execução para esse contrato.

- Contratos 5707-18, 5708-18, 5711-18, 5718-18 e 5721-18, de 01.07.2020, firmados com


Dellut Engenharia e Tecnologia Ltda. (os dois primeiros e o último) e Estática Engenharia Ltda.
(os dois restantes), referentes à elaboração de projetos básicos específicos para as várias áreas
de intervenção locais (bacias sanitárias) a licitar, pelos valores respectivos de R$ 1.161.631,38,
R$ 1.129.881,89, R$ 2.100.000,00, R$ 1.579.999,39 e R$ 1.090.710,52, licitados por meio da
modalidade Licitação Sabesp (modalidade para aquisição de obras, bens e serviços que não se
enquadrem na modalidade Pregão, conforme a Lei 13.303/2016). O RAE 34 informa 8,5% de
execução para esse contrato.

C) As obras da operação de financiamento não dependem de outras obras para entrar em


operação.

Conforme verificação do processo referente ao Subcrédito 0410.549-93 - Sistema São Miguel,


do Contrato de Financiamento firmado em dezembro de 2013, por se referir a objetos de
execução de Coletores-Tronco, Coletores Secundários e Interligações, Estações Elevatórias de
Esgotos e Linhas de Recalque a serem conectados ao respectivo subsistema de esgotamento
sanitário já existente, as obras não dependem de outras obras para entrar em operação.

Isso foi confirmado pelas respostas disponibilizadas: pela Sabesp, por meio do Ofício P-031,
de 27.01.2021; pela Arsesp, por meio do Ofício P-014, de 27.01.2021; bem como pela Gigov/SP
da Caixa, por meio do Ofício 1083/2020/GIGOV/SP, de 30.12.2020.

D) As obras foram realizadas em áreas sob a responsabilidade do tomador, conforme os


relatórios dominiais disponibilizados.

Conforme verificação do processo referente ao Subcrédito 0410.549-93 - Sistema São Miguel,


do Contrato de Financiamento firmado em dezembro de 2013, a Sabesp emitiu Declaração
esclarecendo que todas as frentes integrantes do Contrato 6.583/14, firmado para a execução
da fase inicial do objeto do Subcrédito, são dispensadas de regularização dominial “por se
tratarem de obras lineares, em vias públicas, que não implicam em desapropriações”, na bacia
sanitária da Região Leste de São Paulo.

A Caixa também atestou o mesmo, por meio do Ofício 1083/2020/GIGOV/SP, de 30.12.2020.

16
E) O trabalho técnico social foi dispensado para os objetos das operações de financiamento.

Conforme verificação do processo referente ao Subcrédito 0410.549-93 - Sistema São Miguel,


bem como, por meio da resposta disponibilizada pela Gigov/SP da Caixa por meio dos Ofícios
1083/2020/GIGOV/SP, de 30.12.2020, confirma-se que o trabalho técnico social foi
dispensado para os objetos das operações de financiamento.

Isso porque, conforme definido no Manual de Fomento do Programa Saneamento Para Todos
e na Portaria do Ministério das Cidades nº 464/2018, a previsão de trabalho técnico social
pode ser dispensada para objetos de Esgotamento Sanitário quando a solução não provocar
“mudança direta nas relações dos usuários com os serviços prestados”. Esse seria o caso, uma
vez que as obras financiadas apenas acrescentaram Coletores-Tronco, Coletores Secundários
e Interligações, Estações Elevatórias de Esgotos e Linhas de Recalque aos sistemas locais, para
encaminhamento para tratamento.

3. Não houve atraso na disponibilização de recursos para


implementação das obras.
Em análise aos registros de recebimentos e encaminhamentos de documentos suportes à
autorização de pagamentos, verificou-se que os aportes de recursos foram realizados de
forma tempestiva.
De acordo com o Manual de Fomento do Programa Saneamento para Todos - versão 3.23,
disponível na página eletrônica da Caixa Econômica Federal, nos contratos de financiamento
com recursos do FGTS, o Ministério do Desenvolvimento Regional deve atuar como Gestor da
Aplicação do FGTS e a Caixa Econômica Federal - Caixa como Agente Operador.
No Contrato de Financiamento firmado, em 02.12.2013, entre a Caixa, a Companhia de
Saneamento Básico do Estado de São Paulo - Sabesp e o Governo do Estado de São Paulo, o
qual inclui, dentre outros, o Subcrédito 0410.549-93 ora analisado, a Caixa atua também como
Agente Financeiro. Dessa forma, nesse contrato a Caixa Econômica Federal atua como agente
financeiro e agente operador do FGTS.
Conforme consta no processo de acompanhamento do contrato, a Gerência Executiva São
Paulo/SP - Gigov/SP atua como Agente Financeiro e a Gerência de Filial do Fundo de Garantia
por Tempo de Serviço - Gifug/SP atua como Operadora do FGTS.
O trâmite para o desembolso de recursos segue a seguinte rotina:
1. A Sabesp encaminha à Gigov/SP o documento denominado Relatório Resumo do
Empreendimento (RRE), com mapas de medições e solicitações de pagamentos;
2. A Caixa providencia a elaboração do Relatório de Acompanhamento de Engenharia -
RAE, por meio do qual se confirma a execução dos serviços descritos no RRE;
3. A Sabesp apresenta o Boletim de Solicitação e Comprovação de Aplicação de Recursos
- BSCA à Gigov/SP, com documentos de pagamentos e notas fiscais;

17
4. A Gigov/SP encaminha a Ficha de Processamento de Desembolso - FPD para a Gifug/SP
para que o Agente Operador libere recursos para o Agente Financeiro;
5. A Gifug/SP encaminha o Parecer com manifestação sobre o desembolso;
6. A Gigov/SP solicita o processamento do desembolso à agência bancária;
7. Os recursos são depositados na conta vinculada ao contrato.

Pelas datas dos documentos para o processamento de liberação de recursos, observa-se que
os desembolsos ocorreram sem intercorrências, com exceção ao RRE n° 34 em que o
pagamento ocorreu apenas em janeiro de 2019. Essa situação foi esclarecida em mensagem
da Gigov/SP para a Sabesp, datada de 03.10.2018, em que foi informado que o cronograma
do contrato havia expirado em junho de 2018, o que impossibilitava o desembolso referente
ao período entre junho e julho de 2018, em função da necessidade de reprogramação do prazo
do contrato.
Quadro - Datas de processamento de documentos
Data do
Data do Data da Data do Data do
RRE RAE Data do RAE PD Pedido de FPD
RRE FPD Parecer Desembolso
Desembolso
1 21/01/2015 1 11/02/2015 1 25/02/2015 1 13/03/2015 17/03/2015 19/03/2015
2 e 3 09/03/2015 2 12/03/2015 2 06/04/2015 2 06/04/2015 07/04/2015 09/04/2015
08/04/2015 09/04/2015
4e5 e 3e5 e 4 e 5 24/07/2015 3 24/07/2015 27/07/2015 29/07/2015
23/06/2015 31/06/2015
6 e 7 18/08/2015 6 21/08/2015 6e7 28/08/2015 4 01/09/2015 02/09/2015 04/09/2015
8 09/10/2015 7 23/09/2015 8 17/11/2015 5 18/11/2015 23/11/2015 25/11/2015
9 09/11/2015 8 24/11/2015 9 26/11/2015 6 27/11/2015 01/12/2015 03/12/2015
10 26/11/2015 9 10/12/2015 10 04/12/2015 7 10/12/2015 15/12/2015 17/12/2015
11 15/12/2015 10 10/12/2015 11 30/12/2015 8 04/01/2016 05/01/2016 07/01/2016
12/01/2016 23/02/2016
12 e 11 e 01/02/2016e 12 e
e e 9 07/04/2016 07/04/2016 11/04/2016
13 12 18/02/2016 13
17/01/2016 11/03/2016
10/08/2016 17/08/2016 14/09/2016
14 e 13 e 14 e
e e e 10 14/10/2016 17/10/2016 18/10/2016
15 14 15
30/09/2016 06/10/2016 13/10/2016
27/10/2016 11/11/2016
16 e e 16 e e 22/11/2016 25/11/2016
11 e 29/11/2016 e
17 e 11/11/2016 15 21/12/2016 17 e 28/11/2016 e e
12 28/12/2016
18 e 18 e 21/12/2016 21/12/2016
02/12/2016 10/12/2016
19 10/01/2017 16 10/01/2017 19 18/01/2017 13 11/01/2017 13/01/2017 17/01/2017
15/02/2017 08/03/2017 16/02/2017 20/02/2017
20 e 20 e 14 e 22/02/2017 e
e 17 27/03/2017 e e e
21 21 15 31/03/2017
22/03/2017 24/03/2017 28/03/2017 29/03/2017
22 25/05/2017 18 04/04/2017 22 25/05/2017 16 08/06/2017 14/06/2017 19/06/2017
23 25/07/2017 19 23/06/2017 23 26/07/2017 17 25/07/2017 26/07/2017 28/07/2017

18
25/07/2017 03/08/2017
24 e 24 e
e 20 06/09/2017 e 18 11/09/2017 14/09/2017 18/09/2017
25 25
31/08/2017 31/08/2017
26 27/09/2017 21 28/09/2017 26 27/09/2017 19 02/10/2017 03/10/2017 05/10/2017
27 27/10/2017 22 11/12/2017 27 27/10/2017 20 31/10/2017 03/11/2017 07/11/2017
09/01/2018 09/01/2018
28 e 28 e
e 23 26/02/2018 e 21 14/03/2018 14/03/2018 20/03/2018
29 29
02/02/2018 09/02/2018
30 20/03/2018 24 22/03/2018 30 22/03/2018 22 26/03/2018 26/06/2018 28/03/2018
12/04/2018 17/04/2018 18/04/2018 20/04/2018
31 e 31 e 23 e 24/04/2018 e
e 25 12/06/2018 e e e
32 32 24 20/06/2018
16/05/2018 15/05/2018 15/06/2018 18/06/2018
33 15/06/2018 26 12/06/2018 33 18/06/2018 25 21/06/2018 25/06/2018 27/06/2018
24/07/2018 24/07/2018 02/08/2018 02/08/2018
34 e 34 e 26 e 18/01/2019 e
e 27 17/08/2018 e e e
35 35 27 27/05/2019
09/08/2018 22/08/2019 21/05/2019 23/05/2019
36 15/05/2019 28 29/05/2019 36 27/05/2019 28 05/06/2019 06/06/2019 10/06/2019
37 03/07/2019 29 24/07/2019 37 03/07/2019 29 26/07/2019 26/07/2019 30/07/2019
38 22/10/2019 30 12/11/2019 38 29/10/2019 30 18/11/2019 25/11/2019 27/11/2019
Fonte: Elaborado a partir de informações obtidas no Processo referente ao Subcrédito 0410.549-93.

Por meio do Ofício nº 1083/2020/GIGOV/SP, de 30.12.2020, a Gerência Executiva de Governo


São Paulo/SP - Gigov/SP confirmou que não houve atraso na disponibilização de recursos ou
das contrapartidas para a implementação das obras.
Por meio do documento P-0031/2021, de 27.01.2021, a Companhia de Saneamento Básico do
Estado de São Paulo - Sabesp confirmou a informação prestada pela Gigov/SP de que não
houve atraso nos repasses realizados pela Caixa Econômica Federal e na composição da
contrapartida de responsabilidade da Sabesp.

4. As ações previstas apresentam compatibilidade com os planos de


saneamento municipais.
No extrato da proposta apresentada pela Sabesp (Carta Consulta 280.2.1110/2012), no
Processo Seletivo 2012 para habilitação na 2ª Etapa do Programa de Aceleração do
Crescimento - PAC, promovido pela Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental, do
Ministério das Cidades, o objeto da proposta foi descrito da seguinte forma:
Objeto da Proposta: Execução de coletores em área da Região Leste do Município
de São Paulo, abrangendo os distritos de Cangaíba, Ermelino Matarazzo, Vila Jacuí,
Jardim Helena, Vila Curuça e Itaim Paulista.

A seguir reproduzimos a descrição da Justificativa da Proposta:


As obras pleiteadas têm como objetivo o fechamento da malha de transportes dos
efluentes gerados em uma das áreas mais adensadas do município de São Paulo. Em
área com alto nível de atendimento por coleta e carente de sistemas de
afastamento. O empreendimento proposto possibilitará a condução destes
19
efluentes para o tratamento na ETE São Miguel. O ganho ambiental através da
melhoria das condições de córregos e rios da região, alinhado ao anho em saúde da
população ribeirinha, representará um forte avanço para esta região.

De acordo ainda com a proposta:


A implantação do sistema, segue as diretrizes do Plano Diretor de Esgotos que teve
sua última revisão em 2010. Através das sucessivas fases de implantação do Projeto
Tietê, o sistema de afastamento em questão foi sendo implantado. O
empreendimento em questão é o fechamento desta malha, sendo portanto a
consecução das diretrizes apontadas pelo Plano Diretor de Esgotos.

O Plano Municipal de Saneamento de São Paulo não apresenta detalhamento que permita a
identificação das obras, entretanto, relaciona as obras com as metas de universalização de
coleta e tratamento de esgotos. A versão 2010 desse Plano, subitem 5.3, relaciona as obras
previstas com a dos programas Córrego Limpo e a 3ª Etapa do Projeto Tietê.
Já na revisão 2019 do Plano Municipal de Saneamento de São Paulo, item 10 - Programas,
Projetos e Ações, tópico Planos de Ação e Investimentos Existentes, constam, dentre as obras
previstas, as obras da 4ª Etapa do Projeto Tietê.
O Plano de Metas (abril/2016 - 1ª revisão) no âmbito do Contrato de Prestação de Serviços
Públicos de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário, mediante o qual o Município
e o Estado de São Paulo outorgaram à Sabesp o direito de explorar com exclusividade a
prestação dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento sanitário da Capital,
pelo período de trinta anos, apresentava as seguintes metas:
Quadro - Metas para Coleta e Tratamento de Esgotos
Índice de atendimento - Índice de cobertura Índice de esgoto tratado em
Ano
coleta (%) - coleta (%) relação ao coletado (%)

2020 88,8 94,6 86

2024 92,3 97,3 93

2029 95 100 100

2039 95 100 100

Fonte: Informação obtida no Plano de Metas (abril/2016) do Contrato de Prestação de Serviços Públicos de
Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário que o Município e o Estado de São Paulo celebraram com a
Sabesp.

Os Editais de licitação Sabesp n° 6583/2014, n° 5707/2018, n° 5708/2018 e n° 5711/2018


descrevem as obras como integrantes da 4ª Etapa do Projeto Tietê.
O detalhamento dos coletores, estações elevatórias, linhas de recalque, coletores
secundários e interligações foi relacionado no campo reservado para justificativa da
viabilidade técnica-econômica do empreendimento da Carta Consulta 280.2.1110/2012. Este
detalhamento permite identificar trechos abrangidos pela ETE São Miguel que se encontram
predominantemente na zona leste do Município de São Paulo.
Como os editais incluem as obras financiadas pelo contrato, descritas como integrantes da 4ª
Etapa do Projeto Tietê, e as mesmas se destinam a coletar e transportar os esgotos gerados
para a Estação de Tratamento São Miguel, que produziria impacto direto nas metas de coleta
20
e tratamento de esgotos, presume-se que as obras são compatíveis com o Plano Municipal de
Saneamento.
Figura - Planta com obras planejadas e executadas até 2019 na área de abrangida pela ETE
São Miguel

21
Fonte: Disponibilizada em resposta ao Ofício n° 25669/2019/NAC-SP/São Paulo/CGU, no levantamento de
informações objeto do Relatório de Avaliação n° 201902801 desta CGU-Regional/SP.

Por meio do Ofício SIMA/GAB/206/2021, de 12.02.2021, a Secretaria de Estado de


Infraestrutura e Meio Ambiente, cujo titular ocupava o cargo de Presidente do Comitê Gestor,
encaminhou Nota Técnica, elaborada pela Sabesp, informando que as obras previstas são
compatíveis com o Plano Municipal de Saneamento de São Paulo:
Os investimentos no município de São Paulo são compatibilizados no âmbito do
Comitê Gestor do contrato de programa, na Comissão Temática do Programa de
Investimentos, que conta com a participação de representantes da Sabesp e da
PMSP e estão aderentes ao Plano Municipal de Saneamento e às áreas prioritárias
definidas pelo Município.

As obras previstas nos subcréditos são necessárias para ampliação do sistema de


coleta e tratamento de esgotos do município de São Paulo e consequentemente
alcance dos indicadores de tratamento de esgotos pactuados.

5. Existem ações de acompanhamento, monitoramento e avaliação


dos resultados estabelecidos nos Contratos de Concessão e nas
normas e políticas relacionados ao Sistema de Esgotamento
Sanitário.
A) Há monitoramento das obras de saneamento da Sabesp pelo Comitê Gestor de Águas e
Esgoto da Capital e pela Arsesp.
De acordo com as Cláusulas 1 e 67, do Contrato de Prestação de Serviços Públicos de
Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário, firmado em 23.06.2010, o Município e o
Estado de São Paulo outorgaram à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo
- Sabesp o direito de explorar com exclusividade a prestação dos serviços públicos de
abastecimento de água e esgotamento sanitário da Capital, pelo período de trinta anos.

22
O instrumento definiu, por meio de sua Cláusula 53, entre outros encargos da Sabesp, o
investimento de, no mínimo, 13% da receita bruta obtida na Capital, em sistemas de
distribuição, coletores, produtores, de tratamento de esgotos e proteção de mananciais.
De acordo com as Cláusulas 5 e 6, o Comitê Gestor, formado por membros indicados pelo
Estado e pelo Município, estabelecerá processos para compatibilizar os Planos de Saneamento
Estadual, Municipal e Metropolitano, no que se refere ao planejamento de investimentos a
serem executados pela Sabesp, assim como para deliberar sobre alterações no Plano de
Investimentos.
Em registros de atas de reunião, observa-se que o Comitê Gestor dos Serviços de Água e
Esgoto da Capital Paulista delibera e monitora os resultados do Programa de Investimentos
da Sabesp no Município de São Paulo
Na Ata da Vigésima Sétima Reunião, o Programa de Investimentos da Sabesp no período
2013/2014 foi submetido para deliberação:
Passando à consideração do Item 2 da pauta, o Presidente submeteu à deliberação
do Comitê o “programa de Investimentos da SABESP no Município de São Paulo no
Período 2013/14 - Relatório da Comissão Temática”.
[...]
Na ocasião, os presentes examinaram minuciosamente os investimentos da SABESP
na capital paulista e acordaram em constituir uma comissão permanente, composta
por representantes da empresa e da PMSP, para periodicamente acompanhar a
evolução das intervenções.

O parágrafo 1° da Cláusula 2 do mencionado contrato de prestação de serviços estabelece a


regulação do contrato pela Arsesp:
§1° Serão aplicáveis, independentemente da vontade das PARTES, as
regulamentações expedidas pela ARSESP, desde que compatíveis com a proteção do
ato jurídico perfeito e que não entrem em conflito com normas de hierarquia
superior.

Por meio do Ofício SIMA/GAB/206/2021, de 12.02.2021, a Secretaria de Estado de


Infraestrutura e Meio Ambiente encaminhou Nota Técnica, elaborada pela Sabesp,
confirmando a atuação do Comitê Gestor e da Arsesp no acompanhamento das obras
previstas com a seguinte manifestação:
Os investimentos realizados no município de São Paulo são compatibilizados e
acompanhados no âmbito do Comitê Gestor do contrato de programa, que conta
com a participação de representantes da Sabesp e da PMSP. Por sua vez, a Arsesp
realiza continuamente o acompanhamento e a fiscalização dos investimentos
realizados no município.
As obras relacionadas aos dois contratos de financiamento são objetos de
fiscalização concomitante à sua implantação, no sentido de atenderem às exigências
previstas nos termos dos contratos firmados para execução das obras, às normas e
políticas atinentes ao esgotamento sanitário, à garantia de funcionalidade e aos
padrões de qualidade necessários.
Ademais, é importante assinalar que o agente financiador igualmente participa
dessas atividades de supervisão ao realizar os seus próprios processos fiscalizatórios,

23
tais como: a análise e a conformidade das informações físico-financeiras
apresentadas pela Sabesp, a solicitação de documentos que demonstrem a validade
das obras em relação ao ordenamento jurídico e a vistoria presencial das obras por
meio de corpo técnico especializado.

B) Existem indicadores para avaliar a efetividade das ações em execução


De acordo com o subitem 4.3.6 (Indicadores de Prestação dos Serviços) do Plano Municipal de
Saneamento de São Paulo:

A Lei Municipal 14..934, de 18/06/2009, que autoriza o poder executivo a celebrar


contratos com a Sabesp e a ARSESP, estabelece no artigo 13, inciso III, que a
elaboração do Plano Municipal de Saneamento Ambiental deverá ser orientada pela
“utilização dos indicadores sanitários, epidemiológicos e ambientais como
parâmetros de nível de qualidade de vida da população e como norteadores das
ações de saneamento”.

O Anexo IX do contrato de prestação de serviços entre a Sabesp, o Estado e o Município de


São Paulo previu os seguintes indicadores de desempenho aplicáveis aos serviços de
esgotamento sanitário:
I. INDICADORES DE NÍVEL DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO
[...]
3. Índice de cobertura do serviço de esgotamento sanitário Objetivo: medir o
percentual de domicílios com disponibilidade de acesso ao sistema público de coleta
de esgotos
[...]
4. Índice de atendimento dos domicílios com esgotamento sanitário Objetivo: medir
o percentual de domicílios ligados ao sistema público de coleta de esgotos
[...]
5. Índice de Tratamento dos Esgotos Coletados por volume Objetivo: medir a fração
de esgoto coletado que é encaminhado para tratamento
[...]
6. Índice de Tratamento dos Esgotos Coletados por economia (indicador em
construção) No sentido de aprimorar o processo de gestão dos sistemas de
esgotamento sanitário, a Sabesp tem trabalhado na introdução de um novo
indicador que melhor caracterize o atendimento com tratamento dos esgotos
provenientes de imóveis por ela atendidos. Caminha-se para definir este indicador
como sendo a relação entre as economias atendidas com coleta de esgotos
conduzidas para tratamento e as economias totais atendidas com coleta de esgoto.
Até a próxima revisão contratual, este novo indicador estará consolidado.
[...]

II INDICADORES DE EFICIÊNCIA, QUALIDADE NA OPERAÇÃO E PRODUTIVIDADE


...
10. Qualidade do Esgoto Tratado Este indicador passará a ser acompanhado quando
da implantação das unidades de tratamento terciário nas estações de tratamento de
esgoto do Sistema Principal de Esgotos da RMSP, devendo então, à época, ser
definido seu objetivo, unidade de medida, freqüência e formulação.
[...]
13.Densidade de obstruções da rede coletora de esgoto Objetivo: medir a
descontinuidade do fluxo no sistema de esgotamento sanitário
[...]
III. INDICADORES DE USO DA INFRAESTRUTURA DE PRODUÇÃO E TRATAMENTO

24
[...]
15.Índice de Utilização de Infraestrutura de Tratamento de Esgotos Objetivo:
acompanhar o grau de utilização das Estações de Tratamento de Esgoto
[...]
IV. INDICADORES DE INVESTIMENTOS

16. Índice de Investimentos em Saneamento Objetivo: verificar o percentual dos


investimentos realizados em saneamento
[...]
V. INDICADORES DE ATENDIMENTO AO CLIENTE

17. Reclamações por Economia Objetivo: medir as reclamações quanto à prestação


dos serviços de água e esgoto no município
[...]
18. Tempo Médio de Espera Objetivo: Medir a prontidão do sistema de atendimento
telefônico
[...]

Por meio do Ofício SIMA/GAB/206/2021, de 12.02.2021, a Secretaria de Estado de


Infraestrutura e Meio Ambiente encaminhou Nota Técnica, elaborada pela Sabesp,
informando sobre a forma como se avalia a efetividade das obras:
A efetividade das ações em execução pode ser vista sob dois aspectos:
- Quanto à funcionalidade das intervenções: neste caso, esta avaliação se dá in loco
no processo de entrada em operação do sistema construído, com a efetiva
interligação da intervenção ao sistema do tratamento existente, fase em que se
realiza vistoria conjunta com a unidade operacional da Sabesp. Neste caso, as obras
já concluídas, objeto do Subcrédito 0410.509-12 foram interligadas à estação de
tratamento Barueri, ao passo que as obras objeto do Subcrédito 0410.549-93 foram
interligadas à estação de tratamento de São Miguel.
- Quanto aos indicadores empresariais: a avaliação de uma intervenção relacionada
a esgotamento sanitário utiliza como principal indicador o índice de tratamento dos
esgotos coletados. Neste caso, esse índice traduz a situação de atendimento de toda
a Região Metropolitana de São Paulo, assim como dos municípios que a integram, e
é apurado e avaliado no âmbito corporativo, como resultante de toda a
infraestrutura construída e colocada em operação ao longo do tempo em toda a sua
área geográfica, não estando restrita a cada obra individualmente.

Pelas informações contidas no Plano Municipal de Saneamento e no Anexo IX do Contrato de


prestação de serviços, pudemos identificar os indicadores utilizados para avaliar o
desempenho da Sabesp na prestação de serviços de saneamento no Município de São Paulo.
Conforme informado pela Sabesp, os indicadores são utilizados para traduzir a situação de
atendimento de toda a infraestrutura construída regionalmente.

25
CONCLUSÃO
Verificou-se adequação da execução, pela Caixa Econômica Federal, de atos de gerenciamento
do Contrato de Financiamento referente ao Subcrédito 0410.549-93, quanto aos aspectos de
observância de requisitos formais e técnicos de acompanhamento das obras e autorizações
de pagamentos.
Adicionalmente, identificaram-se ações de monitoramento por parte do Comitê Gestor de
Água e Esgoto, composto por integrantes da Prefeitura e do Estado de São Paulo, e por parte
da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo - Arsesp, que atuam
com o intuito de assegurar que os investimentos realizados sejam compatíveis com o
estipulado em contrato e com o Plano Municipal de Saneamento Básico.
Ademais, houve atraso na execução das obras que foi justificado pela Sabesp.
Segue a conclusão relativa às questões de auditoria, com base nos trabalhos realizados:
1. O ritmo de execução das obras está adequado?
O ritmo de execução das obras não está adequado à definição inicial do cronograma do
financiamento, mas houve uma reprogramação do mesmo que foi aprovada pela Caixa, e
justificativas, plausíveis, foram apresentadas pela Sabesp.
O contrato de financiamento foi elaborado, e reprogramado, com objeto definido em etapas
e metas, por meio de plano de trabalho e cronograma. As contrapartidas financeiras foram
efetuadas conforme estabelecido no contrato de financiamento.
2. As condicionantes para entrada em operação das obras foram equacionadas?
As condicionantes foram equacionadas. As licenças ambientais necessárias foram
disponibilizadas. Foram realizados pela Sabesp os processos de licitação e firmados os
contratos para as parcelas dos financiamentos que já foram iniciadas. As obras da operação
de financiamento, por suas características, não dependem de outras obras para entrar em
operação. As obras foram realizadas em áreas sob a responsabilidade do tomador, conforme
os relatórios dominiais disponibilizados. E o trabalho técnico social foi dispensado para os
objetos das operações de financiamento, em conformidade com a normatização vigente.
3. Há atraso na disponibilização de recursos para implementação das obras?
Não houve atraso. Pela análise das datas de documentos utilizados para o processamento de
liberação de recursos, verifica-se que os desembolsos ocorreram sem intercorrências que
pudessem acarretar prejuízo financeiro ou ao ritmo de execução das obras.
4. As ações previstas têm relação com o plano de saneamento municipal?
Há relação. O Plano Municipal de Saneamento Básico de São Paulo não apresenta
detalhamento que permita a identificação das obras, entretanto, relaciona as obras com as
metas de universalização de coleta e tratamento de esgotos.
Como os editais incluem as obras financiadas pelo contrato, como integrantes da 4ª Etapa do
Projeto Tietê, e as mesmas se destinam a coletar e transportar os esgotos gerados para a
Estação de Tratamento São Miguel, o que causaria impacto direto nas metas de coleta e
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tratamento de esgotos, presume-se que as obras são compatíveis com o Plano Municipal de
Saneamento.
Por meio do Ofício SIMA/GAB/206/2021, de 12.02.2021, a Secretaria de Estado de
Infraestrutura e Meio Ambiente informou que os investimentos são compatíveis com o Plano
Municipal de Saneamento Básico e com as áreas prioritárias definidas pelo Município.
5. Existem ações de acompanhamento, monitoramento e avaliação dos resultados
estabelecidos nos Contratos de Concessão e nas normas e políticas, relacionados ao Sistema
de Esgotamento Sanitário?
Existem as referidas ações. Em registros de atas de reunião, observa-se que o Comitê Gestor
dos Serviços de Água e Esgoto da Capital Paulista, composto por representantes do Município
e do Estado, delibera e monitora os resultados do Programa de Investimentos da Sabesp no
Município de São Paulo.
A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Meio Ambiente manifestou-se informando que os
investimentos realizados no Município de São Paulo são compatibilizados e acompanhados no
âmbito do Comitê Gestor do contrato, que conta com a participação de representantes da
Sabesp e da PMSP - e a Arsesp realiza o acompanhamento e a fiscalização dos investimentos
realizados no município.
No Plano Municipal de Saneamento e no Anexo IX do Contrato de prestação de serviços,
pudemos identificar os indicadores utilizados para avaliar o desempenho da Sabesp na
prestação de serviços de saneamento no Município de São Paulo.
Conforme informado pela Sabesp, os indicadores são utilizados para traduzir a situação de
atendimento toda infraestrutura construída regionalmente.

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ANEXOS
I – MANIFESTAÇÃO DA UNIDADE AUDITADA E ANÁLISE DA EQUIPE DE
AUDITORIA
Um Relatório Preliminar, contendo os apontamentos deste Relatório de Avaliação Final, foi
encaminhado para as eventuais manifestações da Sabesp e da Caixa, bem como para a Arsesp,
o Comitê Gestor dos Serviços de Águas e Esgoto da Capital Paulista, e a Secretaria Municipal
de Habitação da Prefeitura de São Paulo.

A Sabesp se manifestou por meio do Ofício P-0189, de 14.05.2021, informando: “após


consulta às áreas envolvidas, não temos nenhum fato novo a acrescentar”.

Da mesma forma a Arsesp, por meio de Ofício s/nº, de 13.05.2021, informou: “após análise
dos relatórios não identificamos nenhuma consideração a fazer em seu conteúdo por estar
em acordo com as informações prestadas anteriormente por esta agencia em consulta da
CGU”.

E o Comitê Gestor dos Serviços de Águas e Esgoto da Capital Paulista, por meio do Ofício
SIMA/GAB nº 747, de 20.05.2021, apenas reiterou a manifestação de concordância
encaminhada pela Sabesp, por meio do referido Ofício P-0189, de 14.05.2021.

A Caixa e a Secretaria Municipal de Habitação da Prefeitura de São Paulo não se manifestaram


dentro do prazo máximo de dez dias que lhes foi indicado.

Dessa forma, consideramos que houve concordância, por parte das entidades comunicadas,
com os termos deste relatório.

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