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Estudo Técnico - EFCP


Sistema de Abastecimento de Água
Sistema de Esgotamento Sanitário
 

Município de Jaguaquara
 

Entroncamento de Jaguaquara

Maio / 2019
 
 

Prefeitura Municipal de Jaguaquara


Prefeito: Giuliano de Andrade Martinelli
Vice-Prefeito: Nilton Santiago da Hora

Procuradoria Geral do Município


Drª. Mônica Pryscilla Moura

Chefe de Gabinete
Silvia Letícia dos Santos Di Tommaso

Secretaria Municipal de Planejamento


Selma Rodrigues Marques Bomfim

Comitê Executivo de Elaboração do Estudo


Antônio Francisco Lima de Andrade (Secretaria de Infraestrutura)
José Ivanaldo Saraiva dos Santos (Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente)
Edione Oliveira Agostinone (Secretaria de Assistência Social)
Renata Rose da Silva Almeida (Secretaria de Saúde)
Jurema Bomfim de Quadros (Secretaria de Educação)

Colaboradores Externos (colaboração técnica):


Arivan Pinheiro Sampaio (Gerente do Escritório Local - EMBASA)
Adanete Oliveira (Coordenação de Contratualização USJ - EMBASA)
César Abud Melhem (Gerente da Unidade Regional de Jequié/ USJ- EMBASA)
Clécio Costa Cruz (Gerente da Unidade de Estudos Econômicos e Gestão de
Investimentos - EMBASA)

 
 

INDICE
 

1 - INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 6 

2 – DIAGNÓSTICO MUNICIPAL DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO


SANITÁRIO ................................................................................................................................................... 7 

2.1 Considerações Iniciais .......................................................................................................................... 7 

2.2 - Diagnóstico do Município ............................................................................................................... 8 

2.2.1 Aspectos Históricos ........................................................................................................................ 8 

2.2.2 Localização .................................................................................................................................... 10 

2.2.3 Aspectos geográficos ................................................................................................................... 10 

2.2.4 Indicadores de Saúde .................................................................................................................. 11 

2.2.5 Qualidade da Água Distribuída para a População .................................................................. 11 

2.2.6 Características do Sistema de Abastecimento de Água Atual ............................................. 13 

2.2.7 Características do Sistema de Esgotamento Sanitário Atual ................................................ 16 

2.2.8 Projeção Demográfica .................................................................................................................. 18 

2.3.1 Área de Atendimento .................................................................................................................... 19 

2.3.2 Abastecimento de Água ............................................................................................................... 19 

2.3.3 Sistema de Esgotamento Sanitário ............................................................................................ 20 

2.4 Programas, Projetos e Ações Propostas ......................................................................................... 21 

2.4.1 Abastecimento de Água ............................................................................................................... 21 

2.4.2 Sistema de Esgotamento Sanitário ............................................................................................ 23 

2.5 Investimentos ........................................................................................................................................ 27 

2.6 Fontes de Financiamentos ................................................................................................................. 27 

2.7 Conclusão ............................................................................................................................................. 28 

2.8 Ações para Emergências e Contingências ...................................................................................... 28 

3. Comprovação de Viabilidade Técnica e Econômico-financeira ...................................................... 32 

 
 

1 - INTRODUÇÃO

Em 04 de novembro de 2013 o Município de Jaguaquara e o Estado da Bahia firmaram convênio


de cooperação para a regulação, fiscalização e prestação dos serviços públicos de
abastecimento de água e esgotamento sanitário na vigência da gestão associada. O convênio,
autorizado pela lei municipal nº 855, de 06 de novembro de 2013, possibilita a parceria entre
estes dois entes federados.

Uma vez que a Empresa Baiana de Águas e Saneamento S.A. (Embasa) já presta esses
serviços públicos no território de Jaguaquara e considerando que integra a administração
indireta do ente conveniado Estado da Bahia, o titular dos serviços (ou seja, o Município de
Jaguaquara) pode contratar esse prestador por meio de contrato de programa.

Assim, em atendimento aos requisitos legais para o setor de abastecimento de água e


esgotamento sanitário com o objetivo de firmar Contrato de Programa entre o Município de
Jaguaquara e a Embasa, foi elaborado o presente Estudo que Fundamenta o Contrato de
Programa (EFCP).

Este Estudo é composto de diagnóstico e comprovação de viabilidade técnica econômica-


financeira da prestação dos serviços públicos de abastecimento de água e esgotamento
sanitário, atendendo assim ao § 5º-A, artigo 11 da LEI 11.445 de 2007 na vigência da Medida
Provisória 868/2018, que define:

Na hipótese de não existência do plano de saneamento básico aprovado nos termos


estabelecidos no § 1º do art 19, as condições de validade previstas nos incisos I e II do caput
poderão ser supridas pela aprovação pelo titular de estudo que fundamente a contratação, com
o diagnóstico e a comprovação da viabilidade técnica e econômica-financeira da prestação dos
serviços, observado o disposto no § 2º.

 
 

2 – DIAGNÓSTICO MUNICIPAL DE
ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
 

2.1 Considerações Iniciais

O presente DIAGNÓSTICO MUNICIPAL DE SANEAMENTO abrange os serviços de


abastecimento de água e esgotamento sanitário. Foi elaborado com base em estudos e
informações fornecidas pela Embasa, órgãos municipais e estaduais. É oferecido para discussão
e aprovação pelo Município, conforme previsto na Lei Federal n° 11.445/07, artigo 19, que
estabelece as diretrizes a serem seguidas no planejamento.
Tem por objetivo estabelecer o planejamento de ações e projetos de saneamento de
maneira a que esteja em concordância com os princípios norteadores da política nacional e
estadual de saneamento, assegurando recursos que garanta a expansão gradual e progressiva
do acesso aos serviços públicos de água e dos serviços de esgotamentos sanitário, contribuindo
para a promoção da saúde e o desenvolvimento do município.
Os principais estudos utilizados para a elaboração do DIAGNÓSTICO MUNICIPAL foram:
a) Levantamento de informações fornecidas pela Embasa juntamente com o Município;
b) Plano de contingência elaborado considerando a continuidade dos serviços de água e
esgotamento sanitário por prestador no município.
c) Dados municipais: IBGE, Comitê da Bacia do Médio Rio de Contas, Embasa, Prefeitura
Municipal;
d) Dados da População censo 2010, com estimativas 2017: IBGE;
e) Qualidade da água fornecida para a população: dados da Embasa relativa à portaria de
Consolidação nº 05 de 28/09/2017 - Anexo 5 do Ministério da Saúde.
f) Projeção de População e Domicílios;

O DIAGNÓSTICO MUNICIPAL será utilizado pelo município para:


a) Acompanhar o Contrato de Prestação de Serviços;
b) Integrar o Plano de Bacias;
c) Elaborar Leis, Decretos, Portarias e Normas relativas aos serviços de água e esgoto.

O DIAGNÓSTICO MUNICIPAL deverá ser atualizado a cada 4 anos, ou, quando houver
alteração do Plano Diretor Municipal, na implementação de novos sistemas produtores de água
ou na implementação de novas estações de tratamento dos esgotos.

 
 

2.2 - Diagnóstico do Município

2.2.1 Aspectos Históricos

Plantada em terras férteis, num recanto deste imenso Brasil, torna-se conhecida a
história de Jaguaquara a partir de 1840, conforme nos relatam os documentos e nos contam
seus primeiros filhos. Nasceu esta próspera cidade de uma fazenda chamada 'Toca da Onça'
que em 1840 pertenceu a Manoel Esteves de Souza, época em que foi inventariada, por morte
de sua mulher Maria Tereza de Jesus. Feita a partilha, ficou a fazenda pertencendo a Manoel
Inácio Barreto e sua esposa Maria Cândida de Jesus, filha do casal acima citado. Com o
falecimento de Manoel Inácio Barreto e sua mulher; ficou a fazenda pertencendo a sua filha
Maria Francisca de Jesus, sendo registrada pelo seu tutor em 12 de junho de 1858. Passando-a
posteriormente a Manoel Coelho Lima que a vendeu em 16 de junho de 1877 a Fortunato
Coelho & Cia. Firma estabelecida em Aratuípe, Estado da Bahia, a qual foi sucedida pela firma
Pinho Avelar & Cia. que juntamente a Antônio Gomes Pita organizou uma sociedade comercial
sob a denominação de Gomes Pita & Cia., instalada na sede da fazenda Toca da Onça,
extinguindo-se em 1895, com o falecimento do sócio Antônio Gomes Pita.
Em julho de 1896, Fortunato Pinho Avelar & Cia e Guilherme Martins do Eirado e Silva
fundaram uma sociedade mercantil com a denominação de Guilherme Silva & Cia., sediada na
fazenda Toca da Onça. Tendo ficado como sócio gerente da companhia, o Coronel Guilherme
transferiu sua residência para a fazenda Toca da Onça em 2 de julho de 1896.
Começa, assim, a verdadeira história de Jaguaquara, com a chegada à fazenda Toca da
Onça, do casal Guilherme Martins do Eirado e Silva e Maria Luzia de Souza e Silva,
batalhadores incansáveis para a criação do nosso município. Na sede da fazenda existiam,
então, três casas: uma de residência, casa sede, mais tarde doada pelo Coronel Guilherme às
Franciscanas Imaculatinas, hoje, ampliada, é o Colégio Luzia Silva, nome dado em homenagem
a sua esposa; uma de negócio com depósitos, dependências de empregados e rancharia para
viajantes, foi demolida para construir a atual Praça J. J. Seabra; e uma outra “casa de farinha”
que foi reformada e pertenceu ao Deputado Federal Dr. Menandro Minahim.
A nova família radicada na fazenda Toca da Onça criava laços de amizade e os negócios
prosperavam. Em 12 de outubro de 1901, foi revalidado o contrato social, agora, integrando a
firma Fortunato Pinho Avelar & Cia, participando em igualdade de condições, com parte do
capital social da firma. A firma Guilherme Silva & Cia. funcionou 12 anos, de 1896 a 1908, até
que o Coronel Guilherme adquiriu a parte da firma que cabia a Fortunato Pinho Avelar & Cia,
inclusive a fazenda Toca da Onça, e feito distrato social passou a girar a nova firma com a razão
social de Guilherme Martins do Eirado e Silva.

 
 

Em 1912 foi iniciada a construção das primeiras casas que formariam o povoado Toca da
Onça, cujo território fazia parte do município de Areia, atual Ubaíra, sob a orientação e incentivo
daquele que tinha o firme propósito de transformá-lo em cidade.
Em 1913, após enfrentar árduas lutas consegue o senhor Guilherme Silva a construção
da estação da estrada de ferro Nazaré, na sede do povoado, pois queriam, outros, que a
estação fosse construída na Casca. Ele já amava demais esta terra que o recebeu, que o
inspirou, que o projetou politicamente em todo Sudoeste baiano e que serviu de berço para nove
dos seus dez filhos, por isso não admitia a passagem da estrada de ferro por fora do povoado.
Em 1915 consegue a sua segunda vitória, é aprovada e sancionada a Lei nº 174 de 05
de outubro de 1915, que mudou para Jaguaquara a denominação do povoado Toca da Onça.
Denominação que segundo Teodoro Sampaio, famoso engenheiro civil baiano, em língua
indígena Tupi traduz a sua origem primitiva: JAGUAR = onça, QUARA = toca.
Em 16 de maio de 1916 foi criado o distrito de sub delegacia de Jaguaquara pelo Decreto
nº 1540; e pela Lei estadual nº 1192 de 04 de junho de 1917 foi transferido o 5º distrito de paz do
povoado de Pé de Serra para o de Jaguaquara; então um povoado novo e próspero. O distrito
de Jaguaquara figura entre os componentes do município de areia, nos quadros de apuração do
recenseamento geral de 01 de setembro de 1920. Pela Lei estadual nº 1472 de 18 de maio de
1921, Jaguaquara foi elevada a categoria de Vila e Município sendo, consequentemente, seu
território desanexado do município de Areia.
Conforme o Decreto nº 2473 de 30 de maio de 1921, a primeira eleição para intendente
de Jaguaquara foi realizada em 03 de julho de 1921, sendo o primeiro intendente eleito o senhor
Guilherme Martins do Eirado e Silva, o qual foi empossado em 26 de agosto de 1921. Pela Lei nº
1560 de 17 de julho de 1922, criou-se o termo Judicial de Jaguaquara e no dia 20 do mesmo
mês foi nomeado o Bacharel Antônio Ferreira Santos. A instalação do termo e posse do seu
primeiro Juiz deu-se a 07 de setembro de 1922, data comemorativa do centenário da
Independência do Brasil. A sede do município de Jaguaquara foi elevada à categoria de cidade
pela Lei nº 1673 de 30 de agosto de 1923.
Na divisão administrativa pertinente ao ano de 1933, são os distritos de Jaguaquara,
Itiruçu e Rio Preto que constituem o município. Havendo várias modificações no seu quadro
territorial ficou finalmente estabelecido, pelo Decreto-Lei estadual nº 141 de 31 de dezembro de
1943, que o município ficaria composto dos seguintes distritos: Jaguaquara, Apuarema, Ipiúna e
Itiruçu. No entanto, o Decreto estadual nº 12978 de 01 de junho de 1944 restabeleceu o
município de Itiruçu, cujo território foi desanexado do de Jaguaquara, que ficou constituído
apenas de três distritos: Jaguaquara, Apuarema e Ipiúna. Posteriormente, o distrito de Apuarema
foi elevado à categoria de município tendo o seu território desanexado do de Jaguaquara, logo, o
município de Jaguaquara é composto pelos distritos de Jaguaquara e Ipiúna.

 
 

A população do município, de acordo com estimativas do IBGE para 2018 foi de 54.163,
sendo que aproximadamente 76% dessa população concentram-se nas áreas urbanas do
município (Fonte: IBGE).
Em 2014 o Produto Interno Bruto (PIB) municipal foi estimado em R$ 441,3 milhões e o
PIB per capita em R$ 8.005,15. De toda riqueza produzida no município, no ano de 2014, 74,6%
era proveniente do setor de comércio e serviços. O setor industrial respondia por 9,9% do Valor
Agregado Bruto (VAB), e o setor primário (agropecuária), foi responsável por 15,6% do VAB do
município de Jaguaquara (Fonte: SEI BA).

2.2.2 Localização
 

 
Figura 1 - Microrregião Jequié. Fonte: IBGE. Figura 2 - Município de Jaguaquara. Fonte: IBGE.
   

2.2.3 Aspectos geográficos

O município de Jaguaquara com uma área de aproximadamente 924,743 Km2 está


localizado na mesorregião Centro Sul Baiano, microrregião Jequié, a uma altitude média de
667m acima do nível do mar e caracteriza-se pelo clima semiárido e subúmido a seco, que é
caracterizado pela irregular distribuição pluviométrica, chuvas com pluviosidade média de 800 a
1.400mm, temperatura média anual de 23ºC e umidade relativa do ar em torno de 80%. Faz
divisa com os municípios de Irajuba, Itaquara, Wenceslau Guimarães, Itamari, Apuarema, Jequié
e Itiruçu.

 
 

2.2.4 Indicadores de Saúde


 
O aspecto analisado foi à verificação do número de internações por infecções e por
doenças do aparelho digestivo podem estar relacionados por deficiências dos serviços de
saneamento (água e esgoto).
O gráfico abaixo apresenta a quantidade de registro que deram entrada nas unidades de
saúde do município com CID relacionados a doenças do aparelho digestivo ocasionadas por
veiculação hídrica nos últimos 6 anos.

Figura 3 - Número de Internações por Doenças do Aparelho Digestivo na cidade de Jaguaquara.


Fonte: Secretaria Municipal de Saúde.
 

2.2.5 Qualidade da Água Distribuída para a População


 

A qualidade da Água Distribuída para a População deve atender a legislação específica


estabelecida pela União e pelo Estado da Bahia referente à qualidade da água que trata e
distribui à população, citadas a seguir:
 Portaria de Consolidação nº 05 de 28/09/2017 - Anexo 5 do Ministério da Saúde.
 Decreto Federal 5440, de 04 de maio de 2005;
Em atendimento a Legislação Federal, decreto 5440, anualmente a Embasa elabora e
divulga em seu site, relatórios sobre a qualidade da água e mensalmente informa na conta da
água dos clientes, dados referentes à qualidade da água.

 
 

Além das informações da conta, são disponibilizadas as informações através do Siságua


(Estadual) e do SNIS (Nacional), além da disponibilização, quando solicitado, ao município,
proporcionando as autoridades municipais o acompanhamento da qualidade do produto
disponibilizado.
A Embasa controla a qualidade da água em todo sistema de abastecimento, desde os
mananciais até o cavalete do imóvel dos clientes, coletando amostras e realizando análises
diariamente, conforme preconizado na legislação vigente.
O gráfico abaixo apresenta um resumo das análises realizadas em 2018 nas redes
distribuição no município de Jaguaquara, relacionando a quantidade exigida pelo plano de
amostragem, a quantidade realizada e a quantidade em conformidade, onde são analisados os
parâmetros de cor, turbidez, Escherichia coli, Coliformes Totais, Organismos Heterotróficos e
Cloro.

Fonte: Embasa

Cabe ressaltar que as análises apresentadas referem apenas às redes de distribuição,


sendo que outras análises são realizadas também na estação de tratamento e captação.
O presente Diagnóstico propõe a manutenção do controle da qualidade da água
distribuída atualmente, que deve ser atualizado ao longo do tempo com eventuais alterações nas
legislações.

 
 

2.2.6 Características do Sistema de Abastecimento de Água Atual

Atualmente o município de Jaguaquara possui aproximadamente 98% de cobertura de


água, em sua área urbana, cujos serviços são prestados pela Embasa, onde há um convênio
Entre Entes Federados (Estado e Município) assinado em 04/11/2013.
Possui Licença Operacional publicada através do D.O.E em 25/01/2017, Portaria INEMA
nº 13.331, com validade até 25/01/2025.
O município é abastecido por sistema integrado, que atende a sede e os municípios de
Irajuba, Itaquara e ao povoado Stela Câmara de Dubois. A estrutura do sistema é composta por
uma captação superficial de água bruta através de tomada direta do Rio Andaraí e do Rio das
Almas, por meio de 2 conjuntos motor-bomba (principal e reserva). Da captação do Rio Andaraí
até a estação de tratamento, existe 1 flutuante e 1 estação elevatória. Da captação do Rio das
Almas até a estação de tratamento, existe 1 flutuante e 3 estações elevatórias.

FOTO 01: CAPTAÇÃO RIO ANDARAÍ FOTO 02: CAPTAÇÃO RIO DAS ALMAS

A Estação de Tratamento de Água, tipo convencional, tem capacidade para tratar 105
litros de água por segundo. No momento, trata em média 94 litros de água por segundo. O
sistema produtor opera em média 21 horas por dia. Possui em sua estrutura 2 floculadores
hidráulicos, 2 decantadores de taxa acelerada e 6 filtros descendentes.

 
 

FOTO 03: ESTAÇÃO TRATAMENTO DE ÁGUA – ETA FOTO 04: ESTAÇÃO TRATAMENTO DE ÁGUA – ETA

FOTO 05: ESTAÇÃO TRATAMENTO DE ÁGUA – ETA

FOTO 06: FLOCULADORES E DECANTADORES FOTO 07: FILTROS

 
 

Efetua-se também os processos de desinfecção, cloração e fluoretação. São realizadas


diariamente, em laboratório existente na própria unidade operacional, análises físico-químicas
com amostragem de 2 em 2 horas. Também possui laboratório de substrato cromogênico.

FOTO 08: LABORATORIO ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA

A distribuição é efetuada por gravidade, abastecendo as zonas baixa/intermediária, e


através de recalque realizado por quatro conjuntos motor-bomba (principal e reserva), para o
Reservatório Apoiado de Distribuição (RAD) da zona alta Palmeiras, Ceara e Cruzeiro, e outro
reservatório para atender a zona alta do Urbis e Malvina. Outros dois conjuntos motor-bomba
(principal e reserva) abastecem três RAD’s no povoado Stela Câmara de Dubois que é atendido
por gravidade.
A reservação total do sistema é de 2.400m3. Sendo 3 localizados na Estação de
Tratamento de Água (100m³, 200m3 e 300m3), um de 500m3, um de 300m³ e outro de 150m³,
nas zonas baixas/intermediárias (Centro, Muritiba e Bela Vista), e de 200m³ e outro de 300m³
nas zonas altas da cidade (Urbis, Malvina, Palmeiras, Ceara e Cruzeiro).
Ao todo, são 30 quilômetros em adutoras e 108 quilômetros de rede de distribuição, com
diâmetros variando de 50 a 300 milímetros.
São 12.182 ligações domiciliares existentes no sistema de Jaguaquara, estando 9.917
ativas. O índice de hidrometração é de 99,97%.

 
 

2.2.7 Características do Sistema de Esgotamento Sanitário Atual

O sistema de esgotamento sanitário de Jaguaquara possui duas Estações de


Tratamento de Esgoto (ETE’s), uma na sede e outra no povoado Stela Câmara Dubois -
Residencial Cidade Nova. Ao todo, o sistema de esgotamento sanitário de Jaguaquara
possui área de cobertura em torno de 43%, em sua área urbana.
O Sistema de esgotamento da Sede de Jaguaquara - possui Licença Ambiental
publicada através do D.O.E em 31/01/2014, Portaria INEMA nº 6.836, com validade até
31/01/2018, processo de renovação realizado junto ao INEMA, nº
2018.001.0017555/INEMA/LIC-01755. Outorga concedida através da Portaria nº
6.836/2014, com validade até 31/01/2018. Esse Sistema foi inaugurado em janeiro de
2012.
A estrutura atual do sistema da sede possui 3 bacias ativas, geograficamente
delimitadas, compostas de 1 estação elevatória. A estação elevatória é dotada de
geradores que mantem a operação quando na ocorrência de interrupção de energia.
A ETE da sede tem capacidade para tratar 53,71 litros de esgoto por segundo. No
momento, trata em média 24,61 litros por segundo. Ela foi construída prevendo 100% de
atendimento da demanda do sistema, com horizonte de 20 anos. Possui em sua
estrutura 1 gradeamento para retenção de resíduos sólidos, 1 caixa de retenção de
areia, 2 DAFA’s (Digestor Anaeróbico de Fluxo Ascendente), 1 lagoa facultativa, 1 lagoa
de maturação e 2 leitos de secagem. Possui eficiência em torno de 80-90% e o corpo
receptor do efluente tratado é o Rio de Casca.
Ao todo, na sede, são 49,2 quilômetros em rede coletora convencional, 39,3
quilômetros em rede coletora condominial e 1,5 Km de linha de recalque, com diâmetros
variando de 150 a 400 mm. São 5.641 ligações intra-domiciliares existentes na sede de
Jaguaquara.
O Sistema de esgotamento do povoado Stela Câmara Dubois - Conjunto
Habitacional -Residencial Cidade Nova, não possui Licença Ambiental, a Outorga de
Lançamento de Efluentes foi publicada através do D.O.E em 13/06/2013, Portaria
INEMA nº 5194, com validade até 13/06/2017, em nome da Empresa FCK Construções
E Incorporações LTDA, com prazo para renovação até 03/10/2017, está em andamento

 
 

os pedidos de renovação da Outorga de Lançamento de Efluentes e Licença de


Operação. Esse Sistema foi inaugurado em janeiro de 2014.
A estrutura atual do sistema de esgotamento sanitário do Residencial Cidade
Nova possui uma bacia ativa, geograficamente delimitadas, composta de uma estação
elevatória.
A ETE do Residencial Cidade Nova tem capacidade para tratar 3,33 l/s. No
momento, trata em média 1,3 litros por segundo. Ela foi construída prevendo 100% de
atendimento da demanda do sistema e atinge esse índice. Possui em sua estrutura
gradeamento para retenção de resíduos sólidos, 01 caixa de retenção de areia, 01
DAFA (Digestor Anaeróbico de Fluxo Ascendente), 01 FAS (Filtro Aerado Submerso), 01
Decantador Secundário, 01 Caixa Cloradora, e 01 Tanque de Lodo. Possui eficiência em
torno de 80-90% de remoção de Carga Orgânica e o corpo receptor é o Riacho da Star.
O sistema do Residencial Cidade Nova possui 1.700 m em rede coletora e 16,6 m
de linha de recalque, com diâmetros variando de 100 a 150 mm. São 300 ligações
domiciliares existentes no sistema do Entroncamento de Jaguaquara.
São realizadas mensalmente, coleta e análise da qualidade do efluente que é
lançado no corpo receptor.

FOTO 09: ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO FOTO 10: AREA DA LAGOA FACULTATIVA

 
 

FOTO 11:
AREA DA
LAGOA
DE

MATURAÇÃO FOTO 12: ESTAÇÃO ELEVATÓRIA ESGOTO - EEE

2.2.8 Projeção Demográfica


 

O serviço de saneamento deverá beneficiar a população das áreas caracterizadas urbanas


do Município, visando a expansão gradual e progressiva dos serviços, por meio de sistema
público e de condomínios particulares.
A seguir são apresentadas as projeções da população urbana e dos domicílios elaborados
para os próximos 30 (trinta) anos.

População Domicílios População Domicílios


Ano Ano
Urbana Urbanos Urbana Urbanos
2018 45.823 17.112 2033 56.515 20.112
2019 48.647 17.312 2034 57.077 20.312
2020 49.209 17.512 2035 57.639 20.512
2021 49.771 17.712 2036 58.201 20.712
2022 50.333 17.912 2037 58.763 20.912
2023 50.895 18.112 2038 59.325 21.112
2024 51.457 18.312 2039 59.887 21.312
2025 52.019 18.512 2040 60.449 21.512
2026 52.581 18.712 2041 61.011 21.712
2027 53.143 18.912 2042 61.573 21.912
2028 53.705 19.112 2043 62.135 22.112
2029 54.267 19.312 2044 62.697 22.312
2030 54.829 19.512 2045 63.259 22.512
2031 55.391 19.712 2046 63.821 22.712
2032 55.953 19.912 2047 64.383 22.912

 
 

Fonte: Embasa

2.3 Objetivos e Metas para Expansão dos Serviços

Objetivando o atendimento das áreas de ocupação regular com sistema de


abastecimento de água e sistema de esgotamento sanitário, priorizando as regiões mais
adensadas, ficam estabelecidas as metas abaixo discriminadas:

2.3.1 Área de Atendimento

 Sede Municipal e localidades atualmente atendidas pela prestadora;


 Não incluirá áreas de ocupação irregular. Entre muitas disfunções
possíveis pode-se citar: a desobediência às normas urbanísticas; o não recebimento
oficial das vias executadas e que devem ser doadas formalmente ao patrimônio público;
a falta de titulação correta da terra; a falta de correspondência entre o projeto
apresentado e o executado, entre outras.
 Não incluirá áreas de obrigação de fazer de terceiros (loteamento
clandestino ou loteamento irregular ou invasão).

2.3.2 Abastecimento de Água

Cobertura Mínima do Serviço Urbano


Ano Atual 5° 10° 15° 20° 25° 30°
Cobertura (%) 98,0 98,0 98,5 99,0 100,0 100,0 100,0

Objetivo: Medir o percentual de domicílios urbanos com disponibilidade de acesso ao sistema


público de abastecimento de água.
Unidade de medida: %
Fórmula de Cálculo: ICA = (EcoCadResAtÁgua+ DomDispÁgua) x100
DomÁreaAtendimento
Onde:
- ICA – Índice de cobertura dos domicílios com rede de abastecimento de água - ( %);
- EcoCadResAtÁgua - Economias cadastradas residenciais ativas de água – (unidades);
- DomDispÁgua - Domicílios urbanos com disponibilidade de atendimento por rede pública de
abastecimento - (unidades).
 
 

Programa de Controle de Perdas


Ano Atual 5° 10° 15° 20° 25° 30°
l/ramal/dia 96,5 <94 <91 <88 <85 <83 <80

Objetivo: Medir as perdas totais na rede de distribuição de água


Unidade de medida: litros por ramal x dia (L/ramal.dia)
Fórmula de Cálculo: IPL = VD – (VCM + VO) x 1000
NR 365
Onde:
- IPL – Índice de perdas totais na distribuição – (litros/ramal x dia);
- VD – Volume disponibilizado à distribuição = volume produzido + volume importado – volume
exportado - (m³/ano);
- VCM - Volume de consumo medido ou estimado - (m³/ano);
- VO – Volume relativo aos usos operacionais, emergências e sociais - (m³/ano);
- NR - Quantidade de ramais - média aritmética de 12 meses do número de ligações ativas de
água – (unidades).

2.3.3 Sistema de Esgotamento Sanitário

Cobertura Mínima do Serviço Urbano


Ano Atual 5° 10° 15° 20° 25° 30°
Cobertura (%)
Jaguaquara 37,1 48 58 65 72 77 80
Entroncamento 6,09 6,09 18 30 30 30 30

Objetivo: Medir o percentual de domicílios urbanos com disponibilidade de acesso ao sistema


público de esgotamento sanitário.
Unidade de medida: %
Fórmula de cálculo: ICE= (EcoCadResAtEsgoto + DomDispEsgoto) x 100
DomÁreaAtendimentoEsgoto
Onde:
- ICE – Índice de cobertura dos domicílios com rede de coleta de esgotos – (%);
- IcoCardResAtEsg – Economias cadastradas residenciais ativas de esgoto - (unidades);
- DomDispEsgoto - Domicílios urbanos com disponibilidade de atendimento por rede pública de
coleta de esgotos – (unidades).
 
 

2.4 Programas, Projetos e Ações Propostas

Para a área urbana, estão previstos diversos programas e ações, em 30 anos projetados,
visando a melhoria operacional e expansão do sistema de abastecimento de água, tanto na
produção quanto na distribuição, bem como a implantação do sistema de esgotamento sanitário,
dentre os quais podemos citar:
 Atendimento do crescimento vegetativo local (áreas já contempladas com redes de
distribuição de água e esgotamento sanitário);
 Expansão da cobertura de atendimento de água;
 Implantação do sistema de esgotamento sanitário;
 Implementação de ações para monitoramento e controle de perdas reais e aparentes
(remanejamento de redes, setorização, geofonamento e reparo de vazamentos, instalação
de macromedidores, instalação e substituição de hidrômetro, monitoramento de nível dos
reservatórios, substituição de redes de amianto e outros);
 Implantação do sistema de reaproveitamento de águas de lavagem e descarte.

2.4.1 Abastecimento de Água

A seguir estão relacionados os principais empreendimentos previstos para expansão do


sistema de abastecimento de água para o período de 30 anos e seus quantitativos estimados.

AÇÕES DE CURTO PRAZO (04 anos – 2019 até 2022)


 Melhorar e ampliar o sistema de abastecimento de água integrado
Jaguaquara/Itaquara/Irajuba – Obra iniciada em agosto/2018 e com previsão de
conclusão setembro/2019, comtemplando os serviços:
- Substituição de 2.912,00m da adutora de água bruta, sendo 832,00m em
DN300mm e 2.080,00m DN250mm, em material PVC-O;
- Ampliação de vazão, com substituição de equipamentos (quadros de comando e
conjuntos motor-bomba), em cinco estações elevatórias de água bruta;
- Implantação de 26.794,00m de adutora de água tratada, sendo 12.257,00m em
DN100mm, 2.060,00m em DN150mm, em material PVC DEFºFº, 4.458,00m em
DN100mm, 7.410,00m em DN150mm, em material PVC-O e 309,00m em DN150mm em
material Ferro Fundido (F°Fº).
Custo Total da Obra R$ 4,5 milhões
Custo Rateado da Obra Referente à Jaguaquara R$ 3.413.301,44;
 
 

 Automatizar a operação/distribuição do SAA, com monitoramento de reservatórios,


pontos de pressão, macromedidores, telecomando de estações elevatórias e boosters.
Custo Estimado R$ 400.000,00;
 Executar 880 ligações de água, conforme demanda do crescimento vegetativo/expansão
do sistema – Jaguaquara.
Custo Estimado R$ 264.000,00;
 Executar 320 ligações de água, conforme demanda do crescimento vegetativo/expansão
do sistema – Entroncamento de Jaguaquara.
Custo Estimado R$ 105.600,00;
 Atingir 100% de micromedição nas ligações existentes na sede e no Entroncamento de
Jaguaquara, com instalação de 1.410 hidrômetros.
Custo Estimado R$ 155.100,00;
 Reduzir a idade média do parque de micromedição para 8 anos, substituindo 3.500
hidrômetros na sede e no Entroncamento de Jaguaquara.
Custo Estimado R$ 210.000,00;
 Revisar o projeto para ampliação da vazão (oferta) no sistema de Entroncamento de
Jaguaquara, integrando-o aos sistemas de abastecimento de Maracás, Planaltino,
Lagedo do Tabocal e Itiruçu.
Custo Total do Projeto R$ 800.000,00
Custo Rateado do Projeto Referente Entroncamento de Jaguaquara R$ 200.000,00.

Custo Estimado Curto Prazo R$ 4.748.001,44.

AÇÕES DE MÉDIO PRAZO (de 05 a 15 anos – 2023 até 2032)


 Implantar setorização física do sistema de abastecimento de água, delimitando
fisicamente áreas de monitoramento e instalando unidades de macromedição e estações
pitométricas, conforme projeto a ser elaborado.
Custo Estimado R$ 1.200.000,00;
 Executar obra para ampliação da vazão (oferta) no sistema de Entroncamento de
Jaguaquara, integrando-o aos sistemas de abastecimento de Maracás, Planaltino,
Lagedo do Tabocal, Itiruçu, Lafaiete Coutinho e Irajuba.
Custo Total da Obra R$ 75 milhões
Custo Rateado da Obra Referente Entroncamento de Jaguaquara R$ 17,6 milhões;
 Implantar novo sistema de reaproveitamento de águas de lavagem e desidratação de
lodo na estação de tratamento, desativando o sistema centrífugo atual.
Custo Estimado R$ 200.000,00;
 
 

 Atualizar e georreferenciar 100% do cadastro das redes de distribuição do sistema de


abastecimento de água da sede e Entroncamento de Jaguaquara.
Custo Estimado R$ 60.000,00;
 Executar 3.000 ligações de água, conforme demanda do crescimento
vegetativo/expansão do sistema na sede e no Entroncamento de Jaguaquara.
Custo Estimado R$ 990.000,00;
 Realizar melhorias na estrutura de abastecimento com instalação de válvulas, ventosas,
registros e substituição de ramais em 20mm, 25mm e 1”, na sede e entroncamento de
Jaguaquara.
Custo Estimado R$ 150.000,00;
 Ampliar a reservação do sistema, com construção de reservatórios com capacidade total
de 1.000m3.
Custo Estimado R$ 850.000,00;

Custo Estimado Médio Prazo R$ 20.950.000,00.

AÇÕES DE LONGO PRAZO (de 16 a 30 anos – 2033 até 2047)


 Executar 4.500 ligações de água, conforme demanda do crescimento
vegetativo/expansão do sistema na sede e no Entrocamento de Jaguaquara.
Custo Estimado R$ 1.485.000,00;

Custo Estimado Longo Prazo R$ 1.485.000,00.

2.4.2 Sistema de Esgotamento Sanitário

Visando superar a deficiência do município em relação ao serviço de esgotamento


sanitário, foi estabelecida para fim de plano, considerando horizonte de 30 anos, meta de 30%
de cobertura para a sede urbana. Para tal, será necessário realizar estudos ambientais, técnicos,
operacionais e econômicos, que irão subsidiar o projeto executivo do Sistema de Esgotamento
Sanitário, e posteriormente estabelecer o planejamento/cronograma de implantação e expansão
do empreendimento.
Contudo, faz-se importante ressaltar que ruas e bairros de baixadas, sem existência de
rede de drenagem e/ou com sistema deficitário/inoperante, tornando tais áreas susceptíveis a
inundações, não poderão ser contempladas com redes e elevatórias, até que se resolvam os
problemas.

 
 

Considerando os custos elevados necessários para implantação do sistema de


esgotamento, é válido que associado aos recursos próprios a serem disponibilizados pela
Concessionária responsável pela operação e manutenção do SES Jaguaquara, sejam pleiteados
e captados recursos vinculados à Programas Federais, ou de outra natureza, que visem
atendimento desta finalidade.

ENTRONCAMENTO DE JAGUAQUARA

AÇÕES DE CURTO PRAZO (até 04 anos – 2019 a 2022)


 Contratação de empresa de engenharia para elaboração do projeto de implantação do
Sistema de Esgotamento Sanitário de Entroncamento de Jaguaquara
Custo Estimado R$ 1.105.524,30

Etapas da Elaboração do Projeto de Implantação do SES:


1) Estudos de Concepção – conjunto de estudos e conclusões referentes ao
estabelecimento de todas as diretrizes, parâmetros e definições necessárias e
suficientes para a caracterização completa do sistema a projetar, tendo como
objetivos:
 Identificação e qualificação de todos os fatores intervenientes com o sistema de
esgotos;
 Diagnóstico do sistema existente, considerando a situação atual e futura (caso já
exista);
 Estabelecimento de todos os parâmetros básicos de projeto;
 Pré-dimensionamento das unidades dos sistemas, para as alternativas
selecionadas; - escolha da alternativa mais adequada mediante a comparação técnica,
econômica e ambiental, entre as alternativas, levantando os impactos negativos e
positivos;
 Estabelecimento das diretrizes gerais de projeto e estimativa das quantidades de
serviços que devem ser executados na fase de projeto;
2) Projeto Básico – conjunto de elementos necessários e suficientes, com precisão
adequada, para caracterizar a obra e o serviço, ou o complexo de obras ou serviços
objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos
preliminares, que assegurem a viabilidade do empreendimento, e que possibilite a
avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução;

 
 

3) Projeto Executivo – conjunto dos elementos necessários e suficientes à execução


completa da obra, de acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT).

Custo Estimado Curto Prazo R$ 1.105.524,30

AÇÕES DE MÉDIO PRAZO (2023 a 2033)


 Realizar trabalho de mobilização social, através de audiências públicas, palestras,
reuniões com lideranças locais e sociedade, para conscientização ambiental da
necessidade de implantação de sistema de esgotamento sanitário;
 Execução das Obras de Implantação do SES
Construção da Estação de Tratamento de Esgoto, Estações Elevatórias e Linhas de
Recalque.
Custo Estimado R$ 6.376.699,32
 Execução de 1.341 ligações, implantação de ramais e redes coletoras.
Custo Estimado R$ 2.011.500,00
 Ligação do Loteamento MCMV no SES Entroncamento de Jaguaquara.
Custo Estimado R$ 250.000,00.

Custo Estimado Médio Prazo R$ 8.638.199,32

AÇÕES DE LONGO PRAZO (2033 a 2047)


 Execução de 438 ligações, implantação de ramais e redes coletoras.
Custo Estimado R$ 657.000,00.

Custo Estimado Longo Prazo R$ 657.000,00


Custo Estimado Entroncamento Jaguaquara R$ 10.400.723,69

SEDE JAGUAQUARA
AÇÕES DE CURTO PRAZO (até 04 anos – 2019 a 2022)
 Implantar sistema de drenagem pluvial para proteção de lagoas e dragagem da lagoa
facultativa da Estação de Tratamento de Esgoto – Obra em andamento.
Custo Estimado R$ 99.951,00;

 
 

 Implantar rede coletora e ramais para atendimento de 90 novas ligações na rua de


acesso ao Loteamento Jatobá – Em fase de análise e aprovação do projeto.Custo
Estimado R$ 90.000,00;

 Implantar rede coletora e ramais para atendimento de 900 novas ligações conforme
demanda crescimento vegetativo / expansão do sistema.
Custo Estimado R$ 1.395.000,00.

Custo Estimado Curto Prazo R$ 1.584.951,00

AÇÕES DE MÉDIO PRAZO (2023 a 2033)


 Implantar rede coletora e ramais para atendimento de 4.450 novas ligações conforme
demanda crescimento vegetativo / expansão do sistema.
Custo Estimado R$ 7.375.000,00.

Custo Estimado Médio Prazo R$ 7.375.000,00

AÇÕES DE LONGO PRAZO (2033 a 2047)


 Implantar rede coletora e ramais para atendimento de 5.236 novas ligações conforme
demanda crescimento vegetativo / expansão do sistema, com construção de 3 estações
elevatórias e linhas de recalque.
Custo Estimado R$ 8.904.000,00;
 Elaborar projeto para ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto
Custo Estimado R$ 1.500.000,00;
 Ampliar a capacidade nominal da Estação de Tratamento de Esgoto
Custo Estimado R$ 6.000.000,00.

Custo Estimado Longo Prazo R$ 16.404.000,00


Custo Estimado Jaguaquara R$ 25.363.951,00

 
 

2.5 Investimentos
 

O plano de investimento em obras para adequação, expansão e implantação dos


sistemas de água e esgotamento sanitário está baseado em informações disponíveis, não
possuindo as características e detalhamento típico dos projetos de engenharia e meio ambiente.
As reais intervenções que serão realizadas nos sistemas de água e esgoto dependem de
estudos detalhados e projetos específicos e das respectivas aprovações ambientais e dos
demais órgãos de controle, que poderão resultar em ações, soluções e dispêndios diferentes dos
previstos.
Para o atendimento de todos os programas e ações dos próximos 30 anos, de forma
qualitativa e quantitativa, nas demandas dos sistemas de água e esgoto de Jaguaquara, são
necessários investimentos da ordem de R$ 62,8 milhões, em valores nominais.

AÇÕES PLANEJADAS 
PRAZO (ANOS)  RECURSOS 
ÁGUA  ESGOTO 
2019 ‐ 2022  R$ 4.535.126,34  R$ 2.690.475,30  R$ 7.225.601,74 
2023 ‐ 2032  R$ 21.050.000,00  R$ 16.013.199,32  R$ 37.063.199,32 
2033 ‐ 2047  R$ 1.485.000,00  R$ 17.061.000,00  R$ 18.546.000,00 
 INVESTIMENTOS  R$ 27.070.127,34  R$ 35.764.674,62  R$ 62.834.801,96  

2.6 Fontes de Financiamentos

O DIAGNÓSTICO MUNICIPAL foi desenvolvido admitido que para executar os investimentos,


a Política Nacional de Saneamento, criará possibilidades para equacionamento dos recursos
necessários para atender as metas propostas.
As principais fontes de recursos identificadas, conforme cenário setorial atual, para que
possam ser executadas as ações previstas no planejamento foram:
Geração de recursos tarifários (receitas menos despesas) para:
 Investimentos diretos;
 Contrapartidas de financiamentos;
 Reposição do parque produtivo;
 Garantias financeiras de financiamentos.
 Cobrança pelo Uso da Água;
 FGTS e FAT;
 Recursos privados;
 
 

 Expansão Urbana (loteadores, conjuntos habitacionais e loteamentos sociais).


As fontes de recursos identificadas poderão se transformar em investimentos frente ao
previsto no DIAGNÓSTICO MUNICIPAL das seguintes formas:
 Programas com recursos próprios (tarifa);
 Repasse a fundo perdido ou financiamentos (Estadual ou Federal)
 Financiamentos nacionais, BNDES e CEF (FAT e FGTS);
 Financiamentos internacionais (BID, BIRD, JBIC,etc.)
 Empreendimentos Imobiliários;
 Orçamento Fiscal (União, Estado e Município).

2.7 Conclusão

O presente DIAGNÓSTICO DE SANEAMENTO MUNICIPAL DE ÁGUA E


ESGOTAMENTO SANITÁRIO tem como objetivo o apresentar a situação atual dos serviços de
abastecimento de água e esgotamento sanitário do município de Jaguaquara, apontando as
diretrizes para expansão em um horizonte de 30 anos.
Para garantia dos investimentos e obras que se fizerem necessárias, este Diagnóstico
Municipal deverá servir como referência para a contratação de empresa especializada para a
elaboração dos necessários estudos de alternativas, estudos de concepção que consolidarão a
conformação final dos sistemas de água e esgoto da cidade, bem como, permitirão a
determinação das obras e ações necessárias para se atingir essa nova conformação.

2.8 Ações para Emergências e Contingências

As atividades acima descritas são essenciais para propiciar a operação permanente dos
sistemas de água e esgotos da cidade. De caráter preventivo, em sua maioria, buscam conferir
grau adequado de segurança aos processos e instalações operacionais evitando
descontinuidades.
Como em qualquer atividade, no entanto, sempre existe a possibilidade de ocorrência de
situações imprevistas. As obras e os serviços de engenharia em geral, e os de saneamento em
particular, são planejados respeitando-se determinados níveis de segurança, resultado de
experiências anteriores e expresso na legislação ou em normas técnicas.
Quanto maior o potencial de causar danos aos seres humanos e ao meio ambiente,
maiores são os níveis de segurança estipulados. Casos limites são, por exemplo, os de usinas
atômicas, grandes usinas hidrelétricas, entre outros.

 
 

O estabelecimento de níveis de segurança e, consequentemente, de riscos aceitáveis é


essencial para a viabilidade econômica dos serviços, pois quanto maiores os níveis de
segurança maiores são os custos de implantação e operação.
A adoção sistemática de altíssimos níveis de segurança para todo e qualquer tipo de obra
ou serviço acarretaria um enorme esforço da sociedade para a implantação e operação da
infraestrutura necessária a sua sobrevivência e conforto, atrasando seus benefícios. E o atraso
desses benefícios, por outro lado, também significa prejuízos à sociedade. Trata-se, portanto, de
encontrar um ponto de equilíbrio entre níveis de segurança e custos aceitáveis.
No caso dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, foram
identificados nos quadros 1 e 2 a seguir os principais tipos de ocorrências, as possíveis origens
e as ações a serem desencadeadas. Conforme acima relatado, a contratada disponibilizará seja
na própria cidade ou através do apoio de suas diversas unidades no Estado, os instrumentos
necessários para o atendimento dessas situações de contingência. Para novos tipos de
ocorrências que porventura venham a surgir, a prestadora promoverá a elaboração de novos
planos de atuação.

Quadro 1- Sistema de abastecimento de água


Ocorrência Origem Plano de Contingência
 Períodos de chuvas com  Comunicar à população,
ocorrência de inundação, em hospitais, Unidades Básicas de
geral, das instalações, Saúde, quartéis, instituições,
comprometendo a qualidade e autoridades competentes, entre
o funcionamento dos outros, através dos meios de
equipamentos e estruturas. comunicação disponível.
 Deslizamento de encostas  Contratar obras de reparos das
/movimentação do solo / instalações atingidas em
1.Falta d’água solapamento de apoios de caráter emergencial se preciso
generalizada estruturas com arrebentamento for.
da adução de água bruta.  Implementar de cronograma de
 Interrupção prolongada no abastecimento por manobras.
fornecimento de energia  Controlar a água disponível nos
elétrica nas instalações de reservatórios.
produção de água.  Adequar o plano de ação às
 Vazamentos de cloro nas características da ocorrência.
instalações de tratamento de  Disponibilizar caminhões pipa
água. para fornecimento emergencial

 
 

 Contaminação dos mananciais de água.


por acidentes como  Comunicar à concessionária de
derramamento de substâncias energia elétrica para a
tóxicas na bacia a montante, disponibilização de gerador de
alterando a qualidade da água emergência na falta continuada
que será captada, tornando-a de energia.
inadequada ao consumo.  Comunicar à polícia em caso de
 Ações de vandalismo. vandalismo.
 Deficiências de água nos  Adequar o plano de ação às
mananciais em períodos de características da ocorrência.
estiagem  Comunicar à população,
 Interrupção temporária no hospitais, Unidades Básicas de
fornecimento de energia Saúde, quartéis, instituições,
elétrica nas instalações de autoridades competentes, entre
produção e/ou distribuição de outros, através dos meios de
água comunicação disponível.
 Danificação de equipamentos  Comunicar à polícia em caso de
2. Falta d’água
de estações elevatórias de vandalismo
parcial ou
água tratada  Disponibilizar caminhões pipa
localizada
 Danificação de estruturas de para fornecimento emergencial
reservatórios e elevatórias de de água.
água tratada  Contratar obras de reparos das
 Rompimento de redes e linhas instalações atingidas em
adutoras de água tratada caráter emergencial se preciso
 Ações de vandalismo for.
 Implementar de cronograma de
abastecimento por manobras.
 Instalar equipamentos reserva.

Quadro 2 – Sistema de Esgotos Sanitários


Ocorrência Origem Plano de Contingência
Interrupção no fornecimento de  Comunicar à população,
1. Paralisação energia elétrica nas instalações de hospitais, Unidades Básicas de
da estação de tratamento. Saúde, quartéis, instituições,
tratamento de Danificação de equipamentos autoridades competentes, entre
esgotos eletromecânicos/ estruturas. outros, através dos meios de
Ações de vandalismo. comunicação disponível.

 
 

Interrupção no fornecimento de  Comunicar à polícia em caso de


2. Extravasa-
energia elétrica nas instalações de vandalismo
mentos de
bombeamento.  Comunicar à concessionária de
esgotos em
Danificação de equipamentos energia elétrica para a
estações
eletromecânicos/ estruturas disponibilização de gerador de
elevatórias
Ações de vandalismo. emergência na falta continuada
3. Desmoronamento de taludes/ de energia.
Rompimento paredes de canais.  Comunicar os órgãos de
de linhas de Erosões de fundos de vale. controle ambiental.
recalque, Rompimento de travessias.  Instalar equipamentos reserva.
coletores  Contratar obras de reparos das
tronco, instalações atingidas em
interceptores e caráter emergencial se preciso
emissários for.
Lançamento indevido e águas  Sinalizar e isolar a área como
pluviais em redes coletoras de medida preventiva de
esgoto. acidentes.
Obstruções em coletores de  Implantar sistema de desvio e

4. Ocorrência esgoto. isolamento do trecho avariado

de retorno de para não prejudicar as áreas

esgotos em circunvizinhas em caso de

imóveis acidentes em coletores de


esgoto.
 Executar trabalhos de limpeza e
desobstrução.

O operador dos serviços de saneamento deverá elaborar relatórios gerenciais contendo:


 A evolução dos atendimentos em abastecimentos de água, coleta de esgotos e tratamento
de esgotos, comparando o indicador com as metas do Diagnóstico;
 Plantas ou mapas indicando as áreas atendidas pelos serviços;
 Avaliação da qualidade da água distribuída para a população, em conformidade com a
portaria de Consolidação nº 05 de 28/09/2017 - Anexo 5 do Ministério da Saúde;
 Informações de evolução das instalações existentes no município, como por exemplos,
quantidade de rede de água e de esgotos, quantidades de ligações de água e esgotos,
quantidades de poços, estações de tratamento, estações elevatórias de esgotos, etc.
 Balanço patrimonial dos ativos afetados na prestação dos serviços;
 
 

 Informações operacionais indicando as ações realizadas no município, como por


exemplos, quantidade de análises de laboratório realizados, remanejamentos realizados nas
redes e ligações de água e esgotos, troca de hidrômetros, cortes da água, consertos de
vazamento, desobstrução de rede e ramais de esgotos, reposição asfáltica, etc.
 Dados relativos ao atendimento ao cliente, identificando o tipo de solicitação, separando a
forma de atendimento (Call Center, Balcão de atendimento e outros);
 Informações contendo Receitas, despesas e Investimentos realizados por ano.

3. Comprovação de Viabilidade Técnica e Econômico-financeira

3.1 Avaliação Econômico-financeira simplificada

A comprovação de viabilidade técnica e econômico-financeira do município de Jaguaquara foi baseada


no modelo fluxo de caixa livre descontado, amplamente utilizado pelo mercado para análise de projetos de
investimento. O estudo estabelece o fluxo de caixa do município em um horizonte de 30 anos
considerando as projeções das receitas, dos custos e dos investimentos de acordo com os parâmetros e
dados apresentados em Diagnóstico Simplificado e em informações contábeis e gerenciais cedidas pela
companhia de saneamento que opera os serviços de água e esgoto do município, posição de 31 de
dezembro de 2017.

3.2 Premissas

A área de abrangência da prestação dos serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário


é, principalmente, a área urbana do município, na data base do estudo de comprovação de viabilidade. A
expansão deverá atingir o nível desejado de cobertura dos serviços de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário previstas neste diagnóstico.
Os critérios técnicos básicos como população, domicílios, tarifas médias utilizados na comprovação da
viabilidade econômico-financeira, no  período  de  2018  a  2047,  advêm  de  dados  iniciais  na  data‐base  de 

dezembro de 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 

 
 

Quadro 01 - Projeção da Demandas dos Serviço de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário 
Período 2018‐2047 

Área de Atendimento  Economias Residenciais  Volume Faturado Total  Índice de Cobertura        Tarifas médias efetivas 


(hab) (econ) (m³) (%) (R$/m³)
Ano
População  Domicílios 
Água Esgoto Água Esgoto Água ‐ ICA Esgoto ‐ ICE Água Esgoto Média
Urbana Urbanos
2017 43.018 15.240          17.213               5.966 2.451.028       622.551 100,0% 39,1%       2,74        3,01       2,79
2018 43.572 15.507          17.515               6.310 2.489.959       667.668 100,0% 40,7%       2,84        3,08       2,89
2019 44.128 15.778          17.820               6.663 2.529.273       714.960 100,0% 42,2%       2,96        3,15       3,00
2020 44.688 16.052          18.129               7.027 2.568.969       764.508 100,0% 43,8%       3,07        3,22       3,11
2021 45.251 16.329          18.442               7.400 2.609.044       816.400 100,0% 45,3%       3,19        3,29       3,22
2022 45.816 16.609          18.758               7.783 2.649.498 870.724 100,0% 46,9%       3,19        3,24       3,20
2023 46.384 16.893          19.078               8.177 2.690.328 927.570 100,0% 48,4%       3,19        3,19       3,19
2024 46.955 17.180          19.401               8.581 2.731.533 987.032 100,0% 49,9%       3,19        3,14       3,18
2025 47.529 17.470          19.728               8.995 2.773.111 1.049.207 100,0% 51,5%       3,19        3,09       3,16
2026 48.105 17.763          20.059               9.420 2.815.059 1.114.194 100,0% 53,0%       3,19        3,04       3,15
2027 48.683 18.060          20.394               9.856 2.857.376 1.182.095 100,0% 54,6%       3,19        2,99       3,13
2028 49.264 18.360          20.732             10.303 2.900.058 1.253.017 100,0% 56,1%       3,19        2,95       3,12
2029 49.847 18.663          21.074             10.761 2.943.104 1.327.067 100,0% 57,7%       3,19        2,90       3,10
2030 50.432 18.969          21.419             11.230 2.986.510 1.404.357 100,0% 59,2%       3,19        2,85       3,08
2031 51.019 19.278          21.768             11.711 3.030.273 1.485.002 100,0% 60,7%       3,19        2,81       3,07
2032 51.609 19.591          22.121             12.203 3.074.392 1.569.120 100,0% 62,3%       3,19        2,76       3,05
2033 52.200 19.907          22.477             12.707 3.118.862 1.656.832 100,0% 63,8%       3,19        2,72       3,03
2034 52.793 20.226          22.837             13.222 3.163.680 1.748.264 100,0% 65,4%       3,19        2,68       3,01
2035 53.388 20.549          23.200             13.750 3.208.842 1.843.543 100,0% 66,9%       3,19        2,64       2,99
2036 53.984 20.874          23.567             14.290 3.254.346 1.942.801 100,0% 68,5%       3,19        2,59       2,97
2037 54.583 21.203          23.938             14.842 3.300.187 2.046.175 100,0% 70,0%       3,19        2,55       2,95
2038 55.182 21.436          24.201             15.005 3.346.417 2.074.838 100,0% 70,0%       3,19        2,55       2,95
2039 55.783 21.669          24.465             15.168 3.392.978 2.103.706 100,0% 70,0%       3,19        2,55       2,95
2040 56.386 21.903          24.729             15.332 3.439.865 2.132.777 100,0% 70,0%       3,19        2,55       2,95
2041 56.989 22.138          24.993             15.496 3.487.075 2.162.048 100,0% 70,0%       3,19        2,55       2,95
2042 57.594 22.372          25.259             15.661 3.534.603 2.191.516 100,0% 70,0%       3,19        2,55       2,95
2043 58.199 22.608          25.524             15.825 3.582.444 2.221.179 100,0% 70,0%       3,19        2,55       2,95
2044 58.806 22.843          25.790             15.990 3.630.594 2.251.033 100,0% 70,0%       3,19        2,55       2,95
2045 59.413 23.079          26.056             16.155 3.679.048 2.281.075 100,0% 70,0%       3,19        2,55       2,95
2046 60.021 23.315          26.323             16.321 3.727.800 2.311.302 100,0% 70,0%       3,19        2,55       2,95
2047 60.629 23.552          26.590             16.486 3.776.846 2.341.711 100,0% 70,0%       3,19        2,55       2,95  

 
 

O  Índice  de  Cobertura  de  Água  ‐    ICA  e o Índice  de Cobertura  de  Esgoto  – ICE  indicam o  percentual de 
domicílios urbanos com infraestrutura disponibilizada para o acesso da população ao sistema público de 
água e ao sistema público de esgotos no período do contrato.  

FORMULAS DE CÁLCULO: 
ICA = (EcoCadResAtÁgua + DomDispÁgua) x 100 
                DomÁreaAtendimentoÁgua 

ICA  =  Índice  de  Cobertura  dos  Domicílios  Urbanos  com  Disponibilidade  de  Rede  Pública  de 
Abastecimento de Água (%) 

EcoCadResAtÁgua = economias cadastradas residenciais ativas de água (unidades) 

DomDispÁgua = domicílios não conectados, mas com disponibilidades de acesso a rede pública de 
abastecimento, sejam com ligações suprimidas ou com sistemas particulares (unidades) 

DomÁreaAtendimentoÁgua = projeção de domicílios, na área de atendimento com água, na data 
base da assinatura do contrato (unidades) 

 
ICE = (EcoCadResAtEsgoto + DomDispEsgoto) x 100 
                DomÁreaAtendimentoEsgoto 

ICE= Índice de Cobertura dos Domicílios Urbanos com Disponibilidade de Rede Pública de Coleta 
de Esgotos (%) 

EcoCadResAtEsgoto = economias cadastradas residenciais ativas de esgoto (unidades) 

DomDispEsgoto = domicílios não conectados, mas com disponibilidades de acesso a rede pública 
de coleta de esgoto (unidades) 

DomÁreaAtendimentoEsgoto  =  projeção  de  domicílios  com  esgotamento  sanitário,  na  área  de 
atendimento da data base da assinatura do contrato (unidades) 

3.3. Projeção de Receitas

As receitas são identificadas com base na tarifa média projetada do município e na projeção do volume
faturado, com atualização de valor pelo indicador de inflação IPCA e acréscimo de reajustes tarifários.

 
 

A projeção do volume faturado é calculada por meio do


volume medido/estimado médio por economia1 de água e esgoto e o número de
economias residenciais existentes. O volume medido/estimado é projetado considerando as variações de:
número de habitantes por domicílio, crescimento da renda per capita e na evolução do consumo de água
por habitante. As economias existentes atendidas no período estudado são estimadas considerando a
evolução populacional e as metas de atendimento propostas no estudo de diagnóstico.

3.4 Projeção de Custos

A projeção dos custos considera seu comportamento histórico e, principalmente, a sua relação frente à
evolução dos volumes, o que, indiretamente determina o crescimento dos sistemas e dos seus gastos. De
acordo com seu perfil, os custos são classificados em Diretos, Indiretos e Outros custos. Os custos diretos
são aqueles gastos na operação e expansão dos sistemas de água e esgoto do município, assim como na
estrutura administrativa de apoio à gestão. Os Custos indiretos são gerados a partir de gastos com
serviços de suporte (custos com sistemas de informática, advogados, licenças ambientais, projetos,
consultorias, contabilidade, tesouraria, captação de recursos, almoxarifado etc.). Os Outros custos
referem-se a perdas de faturamento, impostos sobre faturamento e imposto de renda.

Os principais parâmetros influenciadores dos custos são: produtividade do setor de saneamento,


produtividade da companhia que realiza gestão dos sistemas municipais de água e esgoto, preços dos
insumos e da mão-de-obra, custos com inadimplência e impostos.

3.5 Investimentos

Os investimentos referem-se aos ativos direcionados a cada município acrescido do Capital de Giro
necessário para operação dos sistemas. O total de ativos é composto pelo valor dos ativos existentes,
atualizados pelo IPCA, somados aos investimentos necessários para expansão, visando ao atendimento
das metas do estudo de diagnóstico e a reposição dos ativos já existentes.

O nível de cobertura de água tem a perspectiva de atingir 100% no período, enquanto que o indicador de
cobertura de esgotamento sanitário teria seu índice de cobertura elevado de forma gradual, chegando a
70% a partir de 2037. Os Fluxos dos Investimentos referem-se aos ativos direcionados ao município
acrescido do Capital de Giro necessário para operação dos sistemas. O total de ativos é composto pelo
valor dos Ativos existentes, atualizados pelo IPCA, (R$ 27.168.583) somados aos investimentos
necessários para expansão, visando à ampliação e à reposição dos ativos.

                                                            
1
 Economia é um conceito utilizado setor de saneamento para se referir unidades habitacionais, podendo ser imóveis unidomicilar, ou 
pluridomicilar, como apartamentos de um mesmo edifício. 
 
 

Quadro 02 ‐ Projeção do Fluxo de Investimentos dos Serviços de Abastecimento de Água e de 
Esgotamento Sanitário (Período 2018‐2047) 

Investimentos
Ano Imobilizado e  Var. Capital 
Total
Obras de Giro
2018                543.372            30.826                  574.198 
2019             4.582.499            38.201               4.620.700 
2020             1.117.804            36.912               1.154.716 
2021             1.527.677            39.179               1.566.856 
2022             2.451.075            15.501               2.466.575 
2023             4.972.733            15.758               4.988.492 
2024             5.548.430            16.017               5.564.448 
2025             2.807.015            16.278               2.823.293 
2026             1.995.774            16.541               2.012.314 
2027             2.017.533            16.804               2.034.337 
2028             2.634.291            17.070               2.651.361 
2029             2.327.950            17.336               2.345.286 
2030             7.966.476            17.604               7.984.080 
2031             8.105.568            17.873               8.123.441 
2032             8.244.660            18.144               8.262.804 
2033             2.165.548            18.415               2.183.963 
2034             2.180.276            18.688               2.198.964 
2035             2.195.004            18.962               2.213.965 
2036             2.209.732            19.236               2.228.968 
2037             2.224.460            19.511               2.243.971 
2038             3.739.188            13.020               3.752.208 
2039             2.283.916            13.113               2.297.029 
2040             5.298.644            13.205               5.311.849 
2041             5.373.372            13.296               5.386.668 
2042             2.448.100            13.386               2.461.485 
2043             2.462.828            13.474               2.476.302 
2044             2.477.556            13.561               2.491.117 
2045             2.492.284            13.646               2.505.930 
2046             2.507.012            13.731               2.520.742 
2047             2.521.740            13.813               2.535.553   

 
 
 

Quadro 03 ‐ Projeção dos Investimentos dos Serviços de Abastecimento de Água e de 
Esgotamento Sanitário – Valores Nominais (Período 2018‐2047) 

Investimentos com Abastecimento de Água Investimentos Esgotamento Sanitário
ANO
Reposição Expansão Reposição Expansão
2018                   543.371,66                                           ‐                                         ‐                                     ‐
2019                   543.371,66                         3.500.426,34                                         ‐                      538.701,00
2020                   613.380,18                            144.900,00                             10.774,02                      348.750,00
2021                   616.278,18                            544.900,00                             17.749,02                      348.750,00
2022                   627.176,18                            344.900,00                             24.724,02                   1.454.274,30
2023                   634.074,18                            359.000,00                             53.809,51                   3.925.849,66
2024                   641.254,18                            849.000,00                          132.326,50                   3.925.849,66
2025                   658.234,18                            699.000,00                          210.843,49                   1.238.937,50
2026                   672.214,18                               99.000,00                          235.622,24                      988.937,50
2027                   674.194,18                               99.000,00                          255.400,99                      988.937,50
2028                   676.174,18                            694.000,00                          275.179,74                      988.937,50
2029                   690.054,18                            354.000,00                          294.958,49                      988.937,50
2030                   697.134,18                         5.965.667,00                          314.737,24                      988.937,50
2031                   816.447,52                         5.965.667,00                          334.515,99                      988.937,50
2032                   935.760,86                         5.965.667,00                          354.294,74                      988.937,50
2033                1.055.074,20                               99.000,00                          374.073,49                      637.400,00
2034                1.057.054,20                               99.000,00                          386.821,49                      637.400,00
2035                1.059.034,20                               99.000,00                          399.569,49                      637.400,00
2036                1.061.014,20                               99.000,00                          412.317,49                      637.400,00
2037                1.062.994,20                               99.000,00                          425.065,49                      637.400,00
2038                1.064.974,20                               99.000,00                          437.813,49                   2.137.400,00
2039                1.066.954,20                               99.000,00                          480.561,49                      637.400,00
2040                1.068.934,20                               99.000,00                          493.309,49                   3.637.400,00
2041                1.070.914,20                               99.000,00                          566.057,49                   3.637.400,00
2042                1.072.894,20                               99.000,00                          638.805,49                      637.400,00
2043                1.074.874,20                               99.000,00                          651.553,49                      637.400,00
2044                1.076.854,20                               99.000,00                          664.301,49                      637.400,00
2045                1.078.834,20                               99.000,00                          677.049,49                      637.400,00
2046                1.080.814,20                               99.000,00                          689.797,49                      637.400,00
2047                1.082.794,20                               99.000,00                          702.545,49                      637.400,00
TOTAL             26.073.132,75                      27.070.127,34                    10.514.578,39                35.764.674,62

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