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LEI 1.579/2015
DE 11/03/2015
()PREFEITO MUNICIPAL DE BOA ESPERANÇA, Estado do Espírito Santo, faço saber que a Câmara
l\1unicipal aprovou e eu sanciono, na forma do Art. 75, incisos V, da Lei Orgânica do Município de Boa
Esperança, a seguinte Lei:
Art. 1º Esta Lei institui o Plano Mnnicipal de Saneamento Básico, nos termos do Anexo Único, destinado a
anicular, integrar e coordenar recursos tecnológicos, humanos, econômicos e financeiros para execução dos
serviços públicos municipais urbanos de abastecimento de água e esgotamento sanitário no Município, em
conformidade com o estabelecido na Lei Federal Nº 11.445/2007, e sua regulamentação, e Lei Estadual Nº
9.096/2008.
Art. 2° O Plano Municipal de Saneamento Básico, instituído por esta Lei, será revisto periodicamente a cada
04 (quatro) anos, sempre anteriormente à elaboração do plano Plurianual.
Parágrafo Único. O Poder Executivo Municipal deverá encaminhar a proposta de revisão do Plano Municipal
de Saneamento Básico à Câmara dos Vereadores, devendo constar as alterações, caso necessárias, a atualização
e a consolidação do plano anteriormente vigente.
Art. 3° Na hipótese de delegação dos serviços, a proposta de revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico
deverá ser elaborada em articulação com o prestador dos serviços, e estar em compatibilidade com as diretrizes,
metas e objetivos:
§ 1º A revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico deverá seguir as diretrizes dos planos das bacias
hidrográficas em que estiver inserido.
§ 2º O Poder Executivo Municipal, na realização do estabelecido neste artigo, poderá solicitar cooperação
técnica ao Estado do Espírito Santo.
Art. 4° As revisões do Plano Municipal de Saneamento Básico não poderão ocasionar a inviabilidade técnica ou
desequilíbrio econômico-financeiro da prestação, devendo qualquer acréscimo de custo ter a respectiva fonte de
custeio, e a anuência do prestador, na hipótese de delegação dos serviços. ~
-----------------------------------------------------------------------------------------·---------t-----------~--- .
Av. Senador Eurico Rezende, nº 780 1 Centro J Boa Esperança - ES
CEP29.845-000 1 Telefone: (27) 3768.6518 1 Fax: (27) 3768.6515 1 E-mail: planejamentogestao@ oaesperanca.es.gov.br
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
MUNICÍPIO DE BOA ESPERANÇA
SECRETARIA MUNICIPAL DE PLANEJAMENTO E GESTÃO
Parágrafo Único. No caso de descumprimento do estabelecido no caput, o prestador dos serviços, se houver,
fita obrigado a cumprir o Plano Municipal de Saneamento Básico em vigor à época da delegação, nos termos do
an. 19, § 6º da Lei Federal Nº 11.445/2007.
Art. 5º Fica o Poder Executivo Municipal autorizado a celebrar Convênio de Cooperação com o Estado do
:&pírito Santo, em consonância com o artigo 241 da Constituição Federal, artigo 8° da Lei nº 11.445/07, e
anigo 13 da Lei Estadual nº 9.096/08, o qual definirá a forma de atuação associada nas questões afetas ao
saneamento básico do Município de Boa Esperança- ES.
Art. 6º Fica o Poder Executivo autorizado a celebrar Contrato de Programa com a Companhia Espírito
Santense de Saneamento - CESAN, nos termos da Lei Federal nº 11.107, de 06/04/2005 c/c o art. 24, XXVI
da lei 8.666, de 22/06/1993, delegando a prestação de serviços de abastecimento de água e esgotamento
sanitário, compreendendo, entre outros, a execução de obras de infra-estrutura e atividades afins, a operação e
manutenção dos sistemas, pelo prazo de 30 (trinta) anos, prorrogável por igual período.
Parágrafo único. Fica o prestador de serviços autorizado a buscar formas de associação com o setor privado,
via subconcessão, parceria público-privada ou outras formas de parceria legalmente admitidas.
Art. 7° Fica o Município de Boa Esperança - ES, autorizado a firmar Convênio com vistas a delegar à Agência
de Saneamento Básico e Infra -Estrutura Viária do Espírito Santo - ARSI, a regulação, fiscalização e
controle dos serviços públicos delegados de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, em consonância
com o art. 8° da Lei nº 11.445/07 e art.12 da Lei Estadual nº 9.096/08.
Art. 8° Para fins de desonerar o custo da tarifa de serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário,
viabilizando o estabelecimento de uma tarifação de cunho social, na hipótese de delegação dos serviços, fica a
Companhia Espírito Santense de Saneamento-CESAN isenta de todos os tributos e preços públicos municipais
incidentes, direta ou indiretamente, sobre os serviços prestados.
Gabinete do Prefeito de Boa Esperança- ES, aos 11 dias do mês de março do ano de 2015.
CEP 29.845-000 1 Telefone: (27) 3768.6518 1 Fax: (27) 3768.6515 1 E-mail: planejamentogestao@boaesperanca.es.gov.br
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PREFEITURA MUNICIPAL DE BOA ESPERANÇA
MARÇ0/2014
'
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PLANO MUNICIPAL OE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Prefeito Municipal
Romualdo Antônio Gaigher Milanese
Vice-Prefeito
Valdir Turini
Equipe de Governo
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BDA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Coordenação do PMSB
Gean Breda Queiras
Participacões Técnicas
Edemilson Cunha dos Santos
Kariny Alves Costa de Lima Santos
2S de março de 2014
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO .......................................................................................................14
2. INTRODUÇÃ0 ...........................................................................................................16
3. OBJETO ....................................................................................................................18
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
PORTE .............................................................................................................................82
Captação ........................................................................................................................... 85
Tratamento ....................................................................................................................... 85
Reservação ....................................................................................................................... 85
Captação ........................................................................................................................... 86
Tratamento ....................................................................................................................... 86
Reservação ....................................................................................................................... 86
Captação ........................................................................................................................... 87
Tratamento ....................................................................................................................... 87
Reservação ....................................................................................................................... 87
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Tratamento....................................................................................................................... 88
Reservação ....................................................................................................................... 88
Captação........................................................................................................................... 89
Estação Elevatória de Água Bruta .................................................................................... 89
Tratamento....................................................................................................................... 89
Reservação ....................................................................................................................... 89
Captação........................................................................................................................... 90
Tratamento....................................................................................................................... 90
Reservação ....................................................................................................................... 91
Captação........................................................................................................................... 91
Adutora de Água Bruta .................................................................................................... 91
Tratamento....................................................................................................................... 92
Elevatória de Água Tratada ............................................................................................. 92
Reservação ....................................................................................................................... 92
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
11.1.8. Km 20................................................................................................................ 92
Características Gerais ....................................................................................................... 92
Captação ........................................................................................................................... 92
Adutora de Água Bruta .................................................................................................... 92
Estação Elevatória de Água Bruta .................................................................................... 93
Tratamento ....................................................................................................................... 93
Reservação ....................................................................................................................... 93
Rede de Distribuição ......................................................................................................... 93
12. ESTUDO DE PROJEÇÕES E DEMANDAS ......................................................................94
12.1. METODOLOGIA E PARÂMETROS DE PROJETO .......................................................... 94
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
HÍDRICOS .......................................................................................................................137
27. REFERENCIAS..........................................................................................................139
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
LISTA DE FIGURAS
Figura 4: Percentual de moradores com acesso a água ligada à rede e esgoto sanitário
Figura 7: Taxa de mortalidade de menores de 5 anos de idade a cada mil nascidos vivos -
Figura 13: Sistema de Abastecimento de Água (SAA) na cidade de Boa Esperança ................ 63
Figura 14: Área proposta para instalação da ETE e do ponto de lançamento ......................... 99
f 10
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
LISTA DE QUADROS
Quadro 6: Principais atividades agrícolas (Área, Produção, Produtividade e valor total das
2012 .................................................................................................................................. 37
Quadro 13: Unidades de saúde ligadas ao Sistema Único de Saúde, por tipo de prestador -
Abril/2009 ......................................................................................................................... 42
Quadro 18: Situação dos mananciais em relação à outorga de captação (Bacia do rio
ltaúnas) ............................................................................................................................. 59
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
·········································································································································· 77
Quadro 27: Faixas de classificação para o IQA adotado pela CESAN ....................................... 79
Quadro 45: Tabela de Tarifas Aplicáveis de acordo com as faixas de consumo, praticadas pela
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
LISTA DE GRÁFICOS
·········································································································································· 75
Gráfico 5: Percentuais de perdas de faturamento no período de janeiro a dezembro de 2013.
·········································································································································· 76
Gráfico 6: Perdas por ligação (Litros/ligação.dia) no período de janeiro a dezembro de 2013 .
.......................................................................................................................................... 76
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
1. APRESENTAÇÃO
O Plano Municipal de Saneamento Básico, nos termos preconizados pelo Art. 32 da Lei
Não obstante, tendo em vista que, de acordo com o Art. 192 "a prestação de serviços
públicos de saneamento básico observará plano, que poderá ser específico para cada
serviço" e, tendo em vista a necessidade de desenvolver ações para adequação dos serviços
resíduos sólidos e à drenagem e manejo das águas pluviais urbanas, trabalhos estes em fase
demanda futura de serviços, para o horizonte de 30 (trinta) anos. Tem como finalidade a
O presente plano foi concebido seguindo as diretrizes elaboradas pela concessionária dos
De acordo com a Lei de Política Nacional de Saneamento (Lei 11.445/07) o presente Plano
Municipal de Saneamento Básico deve ser divulgado através de audiência pública, colocado
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
em consulta pública para receber sugestões, bem como ser revisto a cada 4 (quatro) anos e
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
2. INTRODUÇÃO
continuidade pode ser considerado como uma das questões fundamentais do momento
atual, postas como desafio para as políticas sociais. Desafio que coloca a necessidade de se
A Política Pública (art. 92) e o Plano de Saneamento Básico (art. 19), instituídos pela Lei
11.445/07, são os instrumentos centrais da gestão dos serviços. Conforme esses dispositivos,
deveres dos usuários. O Plano estabelece as condições para a prestação dos serviços de
maior benefício ao menor custo, somando-se a isso melhorias na qualidade de vida e saúde;
Como atribuições indelegáveis do titular dos serviços, a Política e o Plano devem ser
públicos de saneamento básico (inciso IV, art. 32). Além das diretrizes da Lei Nacional de
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PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
horizonte de 30 (trinta) anos. Foi elaborado a partir de dados levantados junto à Companhia
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SISTEMAS OE ABASTECIMENTOOE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
3. OBJETO
diretrizes e requisitos poderão receber apoio técnico e financeiro das várias esferas do
funções de gestão dos serviços de saneamento básico, das garantias para o atendimento
essencial à saúde, dos direitos e deveres dos usuários, do sistema de informações para o
controle e a avaliação dos serviços e dos mecanismos e normas de regulação, bem como a
limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais.
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PLANO MUNICIPAL OE SANEAMENTO BÁSICO OE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS OE ABASTECIMENTOOE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Legislação Federal
República Federativa do Brasil, especificamente em seus artigos 21, XX e 23, IX, que
Municípios; art. 225, que disciplina o direito ambiental ecologicamente equilibrado; e o art.
196, no que tange ao direito à saúde e sua relação com esta espécie de serviço (Art. 196Q).
para o saneamento básico é uma das leis federais mais importantes para o setor do
um marco divisório bem definido para o setor de saneamento no Estado brasileiro, pois
dos serviços de saneamento básico, a partir das quais os municípios deverão estabelecer
A partir da promulgação da Lei Ng 11.445/2007, cabe ao município, como titular dos serviços
controle dos serviços executados pelo operador, fixar direitos e deveres dos usuários,
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PLANO MUNICIPAL OE SANEAMENTO BÁSICO OE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS OE ABASTECIMENTOOE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
de saneamento básico.
A Lei N2 11.107/2005 também é muito importante para o saneamento básico porque dispõe
sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos. Em seu art. 22, §32 estabelece
condições a que deverá atender, observada a legislação de normas gerais em vigor". Coube
Recursos Hídricos, pois trata do uso racional e sustentável da água, proporcionando meios
agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê
leis ordinárias, que não dispõem especificamente sobre este serviço público, entre as quais
podem ser citadas, como principais: Lei N2 6.776/1979 - Lei de Parcelamento do Solo-, Lei
apesar de este tipo de serviço público ser considerado essencial para a vida dos cidadãos em
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
potabilidade.
água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições
define critérios e procedimentos para o uso agrícola de lodos de esgoto gerados em estações
Legislação Estadual
b) Lei Nº 5.818/1998 que dispõe sobre a Política Estadual de Recursos Hídricos, institui o
Espírito Santo - SIGERH/ES, a LEI Nº 7.499/2003 que dispõe sobre sistemas particulares de
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Legislação Municipal
Santo.
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos (art. 3Q, caput, alíneas "a" a "d").
Com efeito, a LDNSB rompe com a concepção tradicional de que o saneamento básico é
Portanto, quem for o titular dos serviços de saneamento básico, será do conjunto de
o titular dos serviços de saneamento básico. A LDNSB também foi omissa sobre a matéria.
associada que pode ser concretizada pelos consórcios públicos ou pelos convênios de
forma efetiva, a saída para o impasse da titularidade dos serviços de saneamento básico,
viabilizando, assim, a boa gestão deles. Isso se explica porque os entes políticos se juntam
para resolver problemas comuns a todos, os quais sozinhos não seriam capazes de resolver.
Com isso, a gestão dos serviços de saneamento básico partirá de um consenso construído
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
6. CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO
6.1. HISTÓRIA
Um dos últimos refúgios indígenas, Boa Esperança foi terra habitada pelos índios Botocudos.
O município de Boa Esperança foi criado a partir de uma pequena sesmaria de terras, dando
origem aos primeiros povoados, atraídos pela exploração de madeira da região, rica em
jacarandá e peroba. Em 1920 foi instalada a primeira serraria de madeira movida a vapor,
transportado através do braço do rio São Mateus (Rodrigues, L.; Lino, R.; Kuster, 1. S.; Verly,
J.R., 2011).
madeira em toras que eram transportadas, por meio do rio do Norte alcançando o rio São
Mateus, até a cidade de São Mateus, onde as madeiras eram segregadas e as de melhor
No ano de 1939, o transporte da madeira, que até então era feito somente por bois de canga
e pelo rio do Norte, passa a ser realizado por caminhão, surgindo assim às primeiras
O município de Boa Esperança foi elevado à categoria de Distrito em 1949, através da Lei
nº 65.265, de 22 de outubro de 1949, sendo criado anos depois, pela Lei nº 1.912, de 28 de
dezembro de 1963, que foi publicada no Diário Oficial em 04 de janeiro de 1964. O município
foi desmembrado de São Mateus e instalado no dia 03 de maio de 1964 (Azevedo e Kohlz).
com a monocultura do café, aliada à extração de madeira que ainda continuava a ser feita
pelos desbravadores.
Boa Esperança é um município brasileiro do estado do Espírito Santo, com uma área de
428,61 Km' (cerca de 0,93% do territorio estadual). Localiza-se na região noroeste a uma
latitude de 18º 32' 24" sul e a uma longitude de 40º 17' 45" oeste, estando a uma altitude de
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
140 metros, limita-se ao Norte com o Município de Pinheiros, ao Sul com Nova Venécia, a
Leste com São Mateus e a Oeste com Ponto Belo (Rodrigues, L.; Lino, R.; Kuster, 1. S.; Verly,
J.R., 2011).
sede.
À distância até a capital do Estado é de cerca de 280 km tanto pela rodovia ES-130 via Nova
Venécia totalmente asfaltada, como pela BR-101 via São Mateus, também totalmente
asfaltada (Rodrigues, L.; Lino, R.; Kuster, 1. S.; Verly, J.R., 2011).
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
6.4. TURISMO
Quanto aos aspectos Turísticos, o município de Boa Esperança oferece alguns atrativos
turísticos com paisagens naturais ideais para quem aprecia o contato com a natureza. O
turismo. Dentre os destaques turísticos podemos citar; (Rodrigues, L.; Lino, R.; Kuster, 1. S.;
• Pedra da Botelha
postal do município. O local atraia aventureiros de toda parte para a realização de escaladas,
maravilhar com a paisagem de tirar o fôlego. O trajeto dura em média uma hora.
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
• Pedra do Presidente
• Prainha de Areial
praia de água doce e areia branca formada pelo Rio do Norte (rio que marca a divisa entre os
finais de semana para dar suporte aos visitantes e não há restrição para quem quiser
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTDDE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Boa Esperança possui 62 % de sua topografia plana, e os 38% restante sendo acidentadas. O
relevo varia de suavemente ondulado a plano, sendo o ponto mais elevado o Morro do
mesmo está sofrendo com os efeitos da agricultura convencional praticada sem critério. O
manejo do solo sem critérios técnicos, como por exemplo, uso inadequado da irrigação, uso
abusivo de defensivos químicos, exposição do solo e uso frequente sem rotação de culturas
vem contribuindo para a ampliação das áreas erodidas (Rodrigues, L.; Lino, R.; Kuster, 1. S.;
6.5.2. Clima
O clima é tropical úmido, com inverno seco e chuvas máximas no verão com precipitação
média do mês mais seco superior a 60 mm. Nos meses mais frios, a média varia entre 11,8 e
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
A média das precipitações pluviométricas nos últimos 20 anos compreendidos entre 1987 a
2007 atinge valores de 1064 mm, com um período de maior precipitação entre os meses de
novembro a março, concentrando quase 70 % da chuva anual nestes meses (Rodrigues, L.;
todos os meses do ano, sendo que o período de excedente hídrico ocorre apenas no mês de
dezembro. Já nos meses de janeiro, março e novembro não há nem deficiência nem
excedente hídrico. O local apresenta distribuição sazonal das chuvas com dois períodos bem
distintos: um seco, entre os meses de abril a outubro, e outro chuvoso nos demais meses.
%0NA$ NATURAJS
6.5.3. Hidrografia
As bacias que compõem a paisagem hidrográfica do município são as dos rios ltaúnas e São
Mateus, que totaliza uma área de 433,0Km 2 • Destaca-se como principais rios: ltauninhas e
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Córrego Perlete
água de Boa Esperança, afluente do rio ltaúnas, onde possui uma barragem de nível para
demonstra que essa captação está no limite da sua disponibilidade hídrica (REZENDE, 2002).
urbano e tem se tornado escassa devido a utilização da água para irrigação das propriedades
produtores rurais que possuem barragens a fim de atender a demanda da cidade. Deste
modo, pode-se inferir que a captação no Córrego Perlete, já nõa atende as necessidade
Rio ltaúnas
O Rio ltaúnas brota aos pés da serra que separa capixabas e mineiros, pouco antes de chegar
à Bahia. Banha oito municípios em sua bacia hidrográfica, percorrendo 34 km até chegar ao
mar. Parte do trajeto está dentro do Parque Estadual de ltaúnas. Junto ao mar, ainda
É formado por dois braços, o rio Cotaxé ou rio do Norte, com 224 km de extensão, cuja
nascente se localiza no município de Ouro Verde, em Minas Gerais, e o rio São Mateus ou
Cricaré, ou ainda Braço Sul, com 188 km, com nascente localizada no município de
6.5.4. Vegetação
Boa Esperança está localizada no entorno do semiárido, tornando a região propensa a seca e
a processos de desertificação. Por outro lado, por possuir fragmentos florestais, o município
está inserido no Corredor Ecológico Córrego do Viado. Dos 42.953,00 ha, restam hoje
6.6. POPULAÇÃO
Em pesquisa realizada pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, divulgada
Espírito Santo, o 62º lugar (0,694), no ranking do l.D.H. - Índice de Desenvolvimento Humano
distribuição (Rodrigues, L.; Lino, R.; Kuster, 1. S.; Verly, J.R., 2011).
LOCALIZAÇÃO DO 1 li 1 1
DOMICÍLIO
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PLANO MUNICIPAL OE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
100,00%
90,00%
72,11%
80,00%
70,00%
60,00% 111 Urbana
50,00%
Ili Rural
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
QCXJ% ·1<'.'-~~~~~~·---r--~~~.~--~·--~"
20CXJ 2010
POP. IBGE
20001
2001 2 13.752
2002 2
2003 2 13.918
20042
2005 2 14.165
2006'
2007 3
20082
2009 2 13.119
20101 14.199
2011 2 14.239
20122
Fonte: (1) Censo Demográfico - IBGE (1991/2000); (2) Estimativas populacionais - IBGE; (3) Contagem
populacional - IBGE (1996/2007).
«t 32
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Valor Posição no
ranking
Fonte: Relatório de Informações Sociais. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. 2013. Banco
de Desenvolvimento do Espírito Santo S/A (BNDES).
Nota: (1) CADÚNICO significa cadastro único para os programas sociais do governo federal.
da mão de obra local no que se refere à atividade alcooleira, e o problema social que traz
Apesar dos grandes significados da cafeicultura, vários agricultores optam por diversificar
suas propriedades, com o objetivo de dispor de fontes alternativas de renda, como por
pimenta-do-reino e cereais (Rodrigues, L.; Lino, R.; Kuster, 1. S.; Verly, J.R., 2011).
A agricultura representa 78% da economia do municio, e desses 78%, 43% são das colheitas
do café, iniciadas em maio. O município também tem uma forte potência na cultivação e
Cerca de 27% da população são desempregados e 14% são analfabetos (Rodrigues, L.; Lino,
Agropecuária
8,36
Comércio e Serviços
Fonte:http://www.ijsn.es.gov.br/index.phpption=com_content&view=category&layout=blog&id=281&1temid=
258.
Quadro 6: Principais atividades agrícolas (Área, Produção, Produtividade e valor total das principais atividades
agropecuárias do município).
li
Produto Área Total Área a ser Quantidade Rendimento
(ha) Colhida (ha) Produzida (J) Médio (kg/ha) .
Coco-da-baía
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
--
Fonte: http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/pesquisas/ppm/default.asp e
PEIXES
······~··~35
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
-
- ·Artesanato 3
Os aspectos fundiários de um município refletem, a grosso modo, a forma como a terra está
conceituar a partir desses números. Optamos por utilizar dados do Incra (Instituto Nacional
conceito de propriedade familiar (entre outros aspectos, para ser considerada familiar, a
base familiar, onde os trabalhos produtivos são feitos pela própria família ou no regime de
Boa Esperança
M 36
'~
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SISTEMAS OE ABASTECIMENTOOE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
A agricultura familiar é de grande importância para o município, sendo ela responsável por
arrendatários.
Boa Esperança gera em média cerca de 08 toneladas de lixo doméstico por mês. Todo esse
No entanto, para administrar essa destinação a prefeitura tem um alto custo, pois paga por
aterro. Essa realidade que se buscou despertar nos educadores e nos agentes para que o
Segundo a Secretaria de Meio Ambiente, "a capacitação do corpo docente e dos agentes de
A concessionária de energia elétrica é a ESCELSA - Espírito Santo Centrais Elétricas S/A, que
Quadro 11: Consumo e consumidores de energia elétrica, segundo classes de consumo - 2012.
·~··· t37
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SISTEMAS OE ABASTECIMENTOOE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Neste Município, em 2010, 72,0% dos moradores tinham acesso à rede de água geral com
considerado adequado.
abastecimento, com canalização em pelo menos um cômodo, era de 95,3%. Com acesso à
-19 ••
Figura 4: Percentual de moradores com acesso a água ligada à rede e esgoto sanitário adequado - 1991-2010.
6.9. EDUCAÇÃO
No município, em 2010, 12,3% das crianças de 7 a 14 anos não estavam cursando o ensino
para que, em futuro próximo, não haja mais analfabetos, é preciso garantir que todos os
100
o 1991
80 li 2010
60
40
20
O IDEB é um índice que combina o rendimento escolar às notas do exame Prova Brasil,
Esperança está na 2.145.ª posição, entre os 5.565 do Brasil, quando avaliados os alunos da
O IDEB nacional, em 2011, foi de 4,7 para os anos iniciais do ensino fundamental em escolas
públicas e de 3,9 para os anos finais. Nas escolas particulares, as notas médias foram,
s.o
o 2009
•
11111 2011
'·º
4.0
3.0
•
2.B
1.0
0.B
•
De acordo com a Secretaria de Educação, o município de Boa Esperança possuía cerca de:
..
Nível de Ensino
.. . Rural
Educação Infantil
Ensino Fundamental 3 21
Ensino Médio
Supletivo 6 1
Total
6.10. SAÚDE
O número de óbitos de crianças menores de um ano no município, de 1995 a 2010, foi 68. A
taxa de mortalidade de menores de um ano para o município, estimada a partir dos dados
Das crianças de até 1 ano de idade, em 2010, 3,0% não tinham registro de nascimento em
cartório. Este percentual cai para 0,7% entre as crianças até 10 anos.
O número de óbitos de crianças de até um ano informados no Estado representa 99,8% dos
Esse valor sugere que pode ter um baixo índice de subnotificação de óbitos no município.
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Entre 1997 e 2008, no Estado, a taxa de mortalidade de menores de 1 ano corrigida para as
áreas de baixos índices de registro reduziu de 19,3 para 14,5 a cada mil nascidos vivos, o que
1 Q91"i 1 QQfi 1 CIQ7 1QQR 1 QQQ ,?000 ?001 ?00:' :"00~ ?001\ ?OO!i ?001' ?007 :;>OOA ;?OOQ ?01 O
Figura 7: Taxa de mortalidade de menores de 5 anos de idade a cada mil nascidos vivos - 1995-2010.
Algumas doenças são transmitidas por insetos, chamados vetores, como espécies que
216
220
200
'i/!i'
180
160
140
120
100
132
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80
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cr 41
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No município, entre 2001 e 2009, houve 473 casos de doenças transmitidas por mosquitos,
mortalidade (a cada 100 mil habitantes) associada às doenças transmitidas por mosquitos no
possui:
Quadro 13: Unidades de saúde ligadas ao Sistema Único de Saúde, por tipo de prestador -Abril/2009.
.. . . .
. . .' Número de prestadores
Total
Público Municipal 11 52,38
Privado sem fins lucrativos
Privado 2 9,52
Pessoa Física
Sindicato
Fonte: DATASUS. Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde -Abril/2009. Elaboração: Instituto Jones dos
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Nesse contexto, fica evidente a importância da Educação Ambiental, a qual exerce o papel
Para tanto, torna-se necessário atuar junto às escolas da área de abrangência dos
impactos da implantação dos sistemas, como sua operação e tarifação, tem sido um
impactos ambientais.
Para tanto, a metodologia qualitativa se apresentou como uma alternativa para elucidar as
.f 43
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domiciliar, eventos em datas alusivas ao meio ambiente, além de visitas as ETAs e ETEs
adotadas.
inadequada dos poços freáticos ou artesianos, sistema de tratamento de água, uso correto
da água tratada, limpeza da caixa d'agua, tratamento e destino adequado dos esgotos
domésticos, lançamento indevido de óleo usado nas redes, adesão aos sistemas e os
de equipes que atuem como agentes multiplicadores iniciando e/ou ampliando a abOrdagem
Busca-se, através das ações desenvolvidas, otimizar o uso dos sistemas operados, além de
44
t
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A bacia hidrográfica do rio ltaúnas drena as águas de oito municípios, desaguando por fim no
Oceano Atlântico. Nos 34 quilômetros finais de seu trajeto, atravessa o Parque Estadual de
ltaúnas, uma área de preservação ambiental que forma uma grande extensão de alagados,
animais marinhos.
A bacia do rio ltaúnas encontra-se em uma região de clima tropical úmido. A partir da
análise dos registros pluviométricos de três estações selecionadas: São João do Sobrado,
ambiental na bacia.
predominantes implicam numa maior ocorrência da poluição do tipo difuso. Com pequenos
centros urbanos a contribuição a partir das fontes de poluição pontuais típicas em regiões
urbanas parece não ser de grande escala, devido à baixa densidade demográfica da bacia,
mas nos períodos de estiagem podem representar uma pressão significativa considerando-se
a limitação do processo de diluição característica dessa época, por conta da baixa vazão no
sistema fluvial.
,_.\ ..
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podendo culminar em poluição dos corpos hídricos, caracterizando a poluição do tipo difuso.
A região hidrográfica do rio ltaúnas situa-se no extremo norte capixaba. O ltaúnas é um rio
de domínio estadual com afluentes nos estados da Bahia e Minas Gerais. Sua área de
ltaúnas pela margem esquerda são: córrego Barreado, ribeirão ltauninhas, córrego Dourado,
córrego Santa Luzia, córrego da Lama, córrego da Estiva, córrego Grande e o córrego
Taquaruçu. Pela margem direita: córrego Dezoito, córrego Limoeiro, rio do Sul, córrego
Palmeiras, córrego Guariba, rio Preto do Norte, córrego do Angelim. A sua classificação no
Nas cabeceiras do rio ltaúnas, onde se situam os afluentes da margem esquerda, os totais
pluviométricos, média anual, variam entre 870 e 1040 mm. Pela margem direita os índices
de precipitação pluviométrica são um pouco maiores, variando entre 1040 e 1170 mm. Os
baixos índices pluviométricos na bacia do rio ltaúnas indicam certa limitação para o
baixo índice pluviométrico da região faz com que a disponibilidade hídrica da bacia seja
reduzida.
Esperança e São Mateus, e totalmente os municípios de: Pedro Canário, Mucurici, Montanha
e Pinheiros. Nos municípios são produzidas atividades produtivas de setores variados como
pecuária, piscicultura, turismo, agricultura e produção industrial. Na indústria destaca-se a
outros cultives perenes como pimenta do reino e café. São também importantes as culturas
~ r
·······~··.·.·.•.·.
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REBIO córrego do Veado, córrego Grande, parque estadual ltaúnas, reserva ecológica do
sustentável: a RPPN fazenda Cristina, a APA Conceição da Barra e a floresta nacional do Rio
Preto.
Ponto Belo (parte), Boa Esperança (parte) e São Mateus (parte) são localizados dentro da
A Figura 9 apresenta o mapa com os limites da bacia do rio ltaúnas no Estado do Espírito
llA
Legenda
Limite (la Bocia
M Unid3des de Conservação
~ lJtn1tG Mulli.c:<P31
""""'RKI ttaunas
,-..,__, Rios Pllocipai~
• '$ad~s
Escala -1:500.000
6 4 o 16
SÃO MATEUS Km
···~ r 47
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O Rio São Mateus, cujas nascentes estão localizadas em Minas Gerais, a cerca de 1000m de
altitude, é formado por dois braços: o rio Cotaxé (braço Norte), que nasce no município de
ltambacuri - MG, com 244 km de extensão e o rio Cricaré (braço Sul), que nasce no
município de São Félix de Minas - MG, com 188 km. Da nascente até a altura de Nova
Venécia - ES e Boa Esperança - ES, tanto esse curso d'água como seus afluentes, possuem
Água Doce do Norte, Barra de São Francisco, Boa Esperança, Conceição da Barra,
Ecoporanga, Mucuri, Nova Venécia, Ponto Belo, Vila Pavão e São Mateus e outros 12
A região atravessada tem, basicamente, dois tipos climáticos: o tropical úmido (chuvoso),
nas proximidades do litoral, e o principal sub-úmido, com estação seca no inverno, nas
cabeceiras.
O Rio Cricaré ou Braço Sul do Rio São Mateus: nasce no Alto do Mantena, a uma altitude de
aproximadamente 750 metros, no município de São Felix de Minas. Esse rio drena uma área
de 1.761,03 km 2 , e tem como principais tributários, pela margem esquerda, os córregos São
José do Mantena e Pitengo e o ribeirão ltabira, e, pela margem direita, o córrego Central e o
ribeirão Manteninha.
O Rio Preto nasce na Serra do São Mateus, no município de Nova Belém, a 730 metros de
312,02 km 2 ). Sua extensão, até o limite da área em estudo, é de 23 km, e até a foz, 51 km, no
rio Cricaré ou Braço Sul do Rio São Mateus no Estado do Espírito Santo.
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indiscriminado, tanto nas cabeceiras como na região dos tabuleiros costeiros. Há problemas
de eutrofização de represas e lagos, poluição por pesticidas organo - sintéticos usados nas
lavouras intensivas. Além disso, verifica-se a construção de estradas mal projetadas e não
Além dos problemas causados pela erosão das margens dos rios da bacia, devido à
destruição das matas ciliares, detectou-se alguns malefícios causados por algumas obras
hidráulicas, como, por exemplo, a drenagem de zonas inundáveis com grandes modificações
da calha dos rios; e a construção de barragens sem padrões técnicos adequados que trazem
prejuízos para abastecimento público, pois não garantem a vazão regular dos rios.
A partir do advento da Lei 9433/97, Lei das Águas, o estado de Minas Gerais cria a Lei
Atlântico Leste, está localizada a bacia SMl, uma das últimas bacias hidrográficas a criar seu
CBH.
A Bacia Hidrográfica do Rio São Mateus, tem efetiva e contínua mobilização desde o ano de
bacia desde então e mesmo com a mudança política de representantes dos municípios, as
Assim, em todas estas reuniões, sobressai a necessidade de ações práticas nesta bacia,
saneamento dos centros urbanos através do tratamento de esgotos, lixos residenciais e lixos
culturas, seus potenciais a serem explorados e suas regionalidades que precisam ser
····~···t 49
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para esta microrregião. Uma região que apesar de não possuir grandes empresas, com
exploração dos recursos hídricos, excelente produtora de vários produtos básicos industriais
e de consumo e que faz uma grande diferença na balança comercial do estado e do país.
Todas as etapas legais e cumprimento ás orientações do IGAM e do CERH foram mais do que
de Minas Gerais.
BA
Legenda
Limite da Bacia
~ Unldacle$ de Conservaç.ao
(;3 Limite Municipal
Escala • 1 :730.000
1050 10 20
Km
so
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em 8 de fevereiro de 1967 pela lei n2 2.282 tendo como objetivo legal "planejar, projetar,
e esgotos sanitários". Foi modificada por meio das Leis n. 2.295/67 e regulamentada pelo
diretamente pelo Governo do Estado com 77,07% das ações e de forma indireta através da
Agência de Desenvolvimento em Redes do Espírito Santo com 22,24% das ações, totalizando
99,31%. Os 0,69% remanescentes das ações são detidas por acionistas não controladores. O
patrimônio líquido da CESAN (em 31 de dezembro de 2011) é de R$ 1,214 bilhão.
com os municípios.
Esgoto (ETEs).
Em 2011, seu quadro de empregados efetivos contou com 1.482 empregados efetivos,
51
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... • ••
Perfil por
Escolaridade
Fundamental 133 9 Gerencial 18 1,2 Estagiários 287
Técnicos
Administrativo/
Superior 458 30,9 1348 90,9
operacional
Ensino Médio
Ensino pós-
85 5,7 Diretor 5 0,3
médio
Não informado
Em média os serviços da Companhia cobrem mais de 70% do Espírito Santo e 98% de todas
as localidades por ela atendidas. A empresa de saneamento básico tem gestão sujeitas às
O sistema de tarifação é revisto anualmente, geralmente no mês de julho, tendo como base
investimentos efetuados com sua estrutura de custos e despesas. A cobrança pelos serviços
ocorre diretamente dos usuários tendo com base o volut)'le de água consumido e esgoto
reestruturado em 2002, com a definição da visão, missão e valores, e sua atualização é feita
em eventos que contam com a participação de mais de 400 empregados. Questionários são
enviados para os gestores, que interagem com a força de trabalho no processo de análise e
S2
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organizacionais da empresa.
de Saneamento - CESAN.
53
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Conselho de Administração
de tarifas, balanços e outras ações estratégicas. É composto por seis membros efetivos e seis
empregados.
O Conselho de Administração realiza pelo menos uma reunião por mês. As convocações
extraordinárias podem ser feitas pelo Presidente do Conselho ou pelo Diretor Presidente da
Companhia.
Conselho Fiscal
O Conselho Fiscal funciona de forma permanente, com o objetivo de garantir que as ações
com as deliberações da AGA. É composto por três membros, e respectivos suplentes, sendo
Diretoria
Administração.
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'
A decisão estratégica de aperfeiçoar os processos e as relações com os clientes levou à
Quadros 15 e 16.
AÇÃO
•--
- - . Ce1rtific:acã•o.-
•
- - ' Certificação.-Centro de Controle Operacional - CCO
-
Fonte: CESAN.
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··~!'iirama<ro seils'!'isi;i:;'!ir
,.~.2'&is~i\tro1i ae sl;~~fr«~ãé···
Implantação do ERP·SAP·lntegração dos Sistemas da Controladoria, Empreendimentos, Gestão da
Manutenção, Recursos Humanos e Suprimentos
Fonte: CESAN.
Entre outros critérios, o público é segmentado por renda familiar e faixa etária. Só responde
à pesquisa pessoas maiores de 16 anos, que tenham informações da conta de água e que
sejam chefes da família ou responsáveis pelo pagamento da conta. O índice de satisfação do
A pesquisa também avalia a satisfação dos clientes com todos os serviços prestados pela
~-··~··S6
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Vitória são certificados pela ISO 9001:2008 e avaliam a satisfação por meio de urnas
atendimento prestado. As sugestões são analisadas e, caso sejam viáveis, são desenvolvidas
e implantadas.
cidadãos e com as comunidades nas quais está inserida. Dessa forma, atua para desenvolver
implantação de novas obras até o estímulo ao uso correto dos serviços de saneamento
básico.
Ao mesmo tempo, a Cesan realiza investimentos sociais nas comunidades por meio de
reuniões, visitas técnicas e atendimento por demanda. Esses eventos envolvem os cidadãos
tem sido licenciados pela CESAN a partir de sua concepção. Os empreendimentos dos SAA e
SES antigos vêm sendo regularizados de forma gradativa. Visando adequar esses
e longo prazo e apresenta uma proposta de alteração da Legislação, por meio da criação de
cr 57
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licenciamento ambiental dos sistemas de abastecimento água (SAA) conforme pode ser
SEDE URBANA
UNIDADE SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE AGUA (SAA)
ATENDIDA
Fonte: CESAN.
A Licença Ambiental é uma autorização, emitida pelo órgão público competente, concedida
ao empreendedor para que exerça o seu direito à livre iniciativa, desde que atendidas às
ecologicamente equilibrado.
de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), órgão gestor das águas do domínio do Estado
do Espírito Santo, a outorga do direito de uso de recursos hídricos, cujos critérios estão
No que tange à Outorga de Direito de Uso dos Recursos Hídricos, desde a publicação da
·~ ·cr 58
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qualitativo dos usos da água e o efetivo exercício dos direitos de acesso à água.
(requerente) o direito de uso de recurso hídrico, por prazo determinado, nos termos e nas
hídrica, que por sua vez deve conter a avaliação dos limites outorgáveis estabelecidos pela
bacia. O IEMA adota como vazão de referência a vazão com permanência de 90% (Qg 0 ).
outorga foi realizado pela CESAN, por meio do Projeto águas Limpas, Estudo denominado
Para garantir o direito de uso dos mananciais que abastecem a população do município de
conforme pode ser observado no Quadro 18, conforme as exigências contidas na Legislação
Quadro 18: Situação dos mananciais em relação à outorga de captação (Bacia do rio ltaúnas).
•• •
• • •• OUTORGA
:'
MANANCIAL
Primeiro
Córrego requerimento
365692 7954572 63233360 25/07/2013 25L/s (requerido)
Perlete em 2008.
Novo
~·· t 59
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requerimento
Requerimento
Rio para
365714 7954638 63232472 25/07/2013 15L/s (requerido)
ltauninhas operação
emergencial
Fonte: CESAN.
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Em seu estado natural, a água, na maioria das vezes, não atende aos requisitos de qualidade
tornam necessária a aplicação de métodos de tratamento desde o mais simples até sistema
partículas finas em suspensão e em solução presentes na água bruta, bem como a remoção
de microrganismos patogênicos.
Nas Estações de Tratamento de Água (ETA) em operação na CESAN, que foram concebidas
manancial, por gravidade ou por recalque, ao passar pelas etapas de tratamento, conforme
Portaria n2 2.914/2011.
De acordo com o Censo de 2010 o município de Boa Esperança possui uma população total
de 14.199 habitantes sendo que destes 10.239 estão localizados na área urbana. No mês de
····.·~·······.
61
~t
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ÁGUA BRUTA
O Gráfico 2 apresenta os valores de consumo per capita total e per capita residencial
respectivamente.
ZOQOO
190,00
180,00
170,00
160,00
·ui
150,00 ·• H~·····•.···j
140,00
130,00
.•,..
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.. ..... ..... ....
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M
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M
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o
M
~
"
o
o
....... Cosumo per capita total {l/hab.dia) •••••••Per capita residencial Consumido (l/hab.dia)
-valor Médio Cosumo per capita total (l/hab.dia) -Valor Médio er capita residencial Consumido (l/hab.día)
Fonte: CESAN.
62
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caracterizam por possuírem grande umidade, geralmente maior que 95%, nesse sentido
sistema com captação, adução, tratamento, reservação e distribuição. A vazão média mensal
- LEGENDA:
*=
Rede adutora de água bruta
Rodo do dl'"'b"ição
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aproximadamente 29,0 até 36,0 L/s . A captação para a Estação de Tratamento é por
adução até a ETA se dá por meio de tubulação de ferro fundido e DEFOFO de DN 200mm
urbano e tem se tornado escassa devido a utilização da água para irrigação das propriedades
Foi implantada uma alternativa de captação emergencial, a partir do Rio ltauninhas, que se
conjunto são:
~ Q=110m 3/h
~ H =110 m.c.a
~ P =100cv
64
t
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CARACTERÍSTICAS CONJUNTOS: 01 e 02
... KSB
TIPO
POTÊNCIA lOOCV
ASSÍNCRONO
Fonte: CESAN.
O tratamento das águas é completo. A ETA conta com as seguintes unidades: coagulação,
reagentes químicos.
CARACTERÍSTICAS CONJUNTOS: 01 e 02
MARCA KSB
TIPO
•• • • ••
• • 256mm
POTÊNCIA
ASSÍNCRONO 1710rpm
•
Fonte: CESAN.
65
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A adução de água tratada é feita através de adutora, com diâmetro nominal de 200 mm e
30,0 metros de extensão que abastece diretamente uma zona da rede de distribuição.
9.1.1.6. Reservação
Reservatório 02
Fonte: CESAN.
29.783
32mm PVC 967
STO ANTONIO P.
ALEGRE
75rnm PVC 2362
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Buscando a cada ano aprimorar a forma de tratar os impactos sociais e ambientais que
surgem no processo prestação de serviços públicos de abastecimento de água, por meio dos
IMPACTOS GERENCIAMENTO
Visando conhecer para melhor gerenciar, em 2010 foi iniciado um Projeto Piloto que visa estudar
as caractedstkas dos lodos gerados em algumas Estações de Tratamento de Água (ETA), bem
Lodo de ETA como seus.p.ossíveis impactos quando do seu lançamento nos corpos d'água. Os resultados irão
sübsidiár a CESAN lla tomada de decisão quanto ao gerenciamento dos mesmos.
Nos casos de falta d' água localizados, são mantidos diálogos constantes com as lideranças e
moradores para a realização de diagnósticos situacionais e avaliação técnica para adoção de
procedimentos necessários à correção do problema. Além disso, o atendimento, à população
afetad11 é reali.zado através de medidas emergenciais, como abastecimento com carros·pipa e
manobras operacionais.
Foi desenvolÇi(lo Plano de Comunicação Social que permite o relacionamento contínuo entre as
e
comunidades as empresas envolvidas nas obras de intervenção. A ação prioritária é esclarecer à
população sobre as atividades a serem implantadas pelo empreendimento e contribuir para
eliminar e/ou amenizar as possíveis insatisfações geradas, propiciando um convívio e relação
harmoniosa entre os envolvidos.
67
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IMPACTOS
Acidentes-
sinistros
Fonte: CESAN.
94,5% da população de Boa Esperança. No entanto o mesmo gráfico mostra que a cobertura
disponível é de 100%. Entende-se como população atendida. àquela que contribui para o
68
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
100,0
100,0
90,0
80,0
70,0
60,0 Ili Índice de Atendimento
Fonte: CESAN.
chegada à casa do cliente, ocorrem perdas de água que correspondem aos volumes não
consumo autorizado.
Diversos custos estão associados às perdas de água, são eles: o custo direto de produção de
As perdas de água podem ser de diferentes tipos, podendo ser classificadas em perda física
ou real e perda não física ou aparente, também classificadas como perda operacional e
perda comercial, respectivamente. As perdas físicas, que representam a parcela não
consumida, e as perdas não físicas, que correspondem à água consumida e não registrada.
69
t
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
O controle das perdas físicas pode ser realizado por meio da implementação das seguintes
ações:
faturamento, uma vez que seu principal indicador é a relação entre o volume disponibilizado
e o volume faturado.
autorizado;
b) Impedir o acesso de pessoas não autorizadas aos hidrantes e tomadas de carro pipa;
perdas de água para a correta medição e quantificação dos volumes de água que compõem
desempenho.
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
FATURADO - MEDIDO
FATURADO- ESTIMADO
. ·.VAZAMENTOS- ~ED~~
VAZAMENTOS EM RESERV,l\TÓRIOSf
Fonte: CESAN.
não aconselha o uso deste indicador para a gestão de perdas. Apesar de ser de fácil
Diante do exposto o indicador selecionado para acompanhamento das ações realizadas pela
CESAN será o Índice de Perdas por Ligação (IPL), indicador recomendado pela IWA.
perdas contidos no referido Sistema que utilizam em suas fórmulas volumes anualizados, ou
71
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
seja, representam a média dos dados dos últimos 12 meses. Os indicadores são descritos a
seguir:
Índice de Perdas
Vai. Disponibilizado - Vai. Água de Serviço - Vai. Consumido
na Distribuição
(IPD) = (Vai. Disponibilizado -Vai. Consumido)
Índice de Perdas
Vai. Disponibilizado -Vai. Água de Serviço -Vai. Faturado
de Faturamento
(IPF) = (Vai. Disponibilizado - Vai. Faturado)
A fórmula de cálculo do Índice de Perdas por Ligação (IPL) segundo metodologia da IWA -
Índice de Perdas
Vol. Disponibilizado -Vol. Água de Serviço -Vai. Consumido
por Ligação (IPL) - - - - ' - - - - - - - - ' " - - - - - - ' ' - - - - - - - -
= Média de ligações dos últimos 12 meses x 365 dias
.··~···~ 72
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
tratada exportado.
não medidas), para fins de faturamento. Inclui o volume de água tratada exportado.
d) Volume de água de serviço: Valor da soma dos volumes anuais de água usados para
f) Volume de água para atividades especiais: Volume de água utilizado para usos
para favelas e chafarizes, por exemplo, os usos para lavagem de ruas e rega de
73
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Reduzir o índice de perdas a um nível considerado aceitável tem sido um dos objetivos da
CESAN tendo em vista que esta atividade pode adiar ou eliminar a necessidade de aumento
hídricos.
metas estabelecidas no referido Plano o Quadro 25 mostra as ações que estão sendo
ATIVIDADES
Fonte: CESAN.
74
t
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
perdas de água. Além disso, contribui para melhoria no atendimento aos clientes e reduz os
custos operacionais.
Fonte: CESAN.
7S
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
-~ 1 3,8%
5,0%
3,5% 3,3%
5,6% 5,6%
5,9%
4,0%
3,0%
2,0%
1,0%
0,0%
jan/13 fev/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 set/13 out/13 nov/13 dez/13
Fonte: CESAN.
110,0
100,0 103,4
99,S
92,4
9l,4 90,1
90,0
8~0 +--·--·---,---·~·--r·-·-·~·--·T··---······r············-·.,········-··r·················r······················T···-·····-··r····-······r··················r···············r
jan/13 fcv/13 mar/13 abr/13 mai/13 jun/13 jul/13 ago/13 sct/13 out/13 nov/13 dcz/13
Fonte: CESAN.
76
PLANO MUNICIP!\L DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
parâmetros: pH, Turbidez, Cor, Flúor, Cloro, Alumínio, etc. O controle operacional é
realizado, entre outros, por meio de Jar-Test, Taxa de Filtração e Taxa de Expansão de
Filtros. Mensalmente são realizadas aproximadamente 1130 análises físico-químicas por
ETA.
PARÂMETROS SIGNIFICADOS
TURBIDEZ
CLORO
RESIDUAL LIVRE
Indica o.quanto a água é ácida (pH baixo) ou alcalina (pH alto). É importante parâmetro
Fonte: CESAN.
·~··· 77
,t
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
para consumo humano, supridos por manancial superficial e subterrâneo, devem coletar
amostras semestrais da água bruta, no ponto de captação, para análise de acordo com os
saúde humana.
A quantidade total e média dos resultados das análises da água tratada na rede de
distribuição para atender a Portaria nº 2914/2011, bem como relatórios anuais por
ela distribuída.
Antes do tratamento, a Cesan monitora as condições dos mananciais de onde obtém a água.
hidrobiológicas. Esse trabalho permite que a empresa decida sobre qual o método mais
qualidade.
para os parâmetros cor, tubidez, cloro residual, flúor e coliformes totais é realizado o cálculo
do Índice de Qualidade da Água Distribuída, onde o número total das análises referenciadas
anteriormente é dividido pelo total de amostras que atenderam aos padrões estabelecidos
classificação do IQA. No ano de 2012 o IQA para o município de Boa Esperança foi de 96,67.
78
PLANO MUNICIPAL OE SANEAMENTO BÁSICO OE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Classificação
.. 1 • 1 • D .
Quadro 27: Faixas de classificação para o IQA adotado pela CESAN.
Faixa(%)
'
Fonte: BIRD/CESAN.
O IQA é um indicador de controle de qualidade que foi implantado por sugestão do Banco
79
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Os principais agentes poluidores de águas nas áreas urbanas são os esgotos, que na maioria
das vezes são lançados diretamente nos corpos de água. A falta de tratamento dos esgotos
tratamento de esgoto.
O esgoto que sai das residências deve ser coletado por meio das redes e encaminhado para
as Estações são de Tratamento de Esgoto (ETE) para promover o seu tratamento reduzindo
O esgoto que sai das residências é conduzido através de redes coletoras, por gravidade ou
por recalque, até a ETE onde passa inicialmente por tratamento preliminar para remoção
dos sólidos grosseiros. A partir daí o esgoto passa por um processo de biodegradação, isto é,
decomposição da matéria orgânica pela ação dos microorganismos. Após esse processo o
esgoto é separado em duas fases: líquida, que é denominado de efluente líquido, e sólido,
constatou-se que não existe cadastro completo das poucas redes coletoras implantadas na
Segundo informações da prefeitura, existem seis estações de tratamento tipo fossa séptica
80
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
eficiência no tratamento. Além disso, pode-se observar alguns lançamentos in natura dos
esgotos em corpos d'água da região, visto que muitas das redes executadas atuam no
81
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
PORTE
A população residente em localidades distante da Sede do seu Município, sem acesso aos
Essas comunidades, que tem como fonte de abastecimento de água os pequenos córregos e
nascentes, lançam seus dejetos e resíduos nesses corpos d' água, reduzindo a disponibilidade
saneamento nessas áreas especiais se faz necessário para a prevenção, controle dos agravos
domiciliares e/ou coletivas de pequeno porte, merecem prioridade nesse contexto atual de
Por isso, que a elegibilidade da população beneficiada pela implantação dos serviços de
Desenvolvimento do Espírito Santo - BNDES, Instituto Jones dos Santos Neves - IJSN,
82
PLANO MUNICIPAL OE SANEAMENTO BÁSICO OE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS OE ABASTECIMENTOOE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Municipal - IDH-M, contribuindo para a redução das desigualdades sociais existentes nessas
regiões.
O Saneamento nas localidades de Pequeno Porte, nos municípios sob a concessão da CESAN,
município.
A CESAN, através da Divisão de Saneamento Rural, oferece apoio técnico com elaboração de
Ressaltamos que, a gestão do sistema pelo modelo Pró-Rural não dispensa o pagamento de
Rural, de modo a ser criado um Comitê para Gestão do Sistema, cujos componentes serão
saúde e bem estar de sua população, divide os custos e obrigações com a comunidade; a
O Município de Boa Esperança possui as Localidades de Cinco Voltas, Bela Vista 1 e li,
Córrego Pratinha, Córrego Sete, Cruzeiro, Escola Cier, Garrucha, Quilômetro Vinte,
Palmeirinha, Santo Antônio Pouso Alegre dotadas de Sistemas de Saneamento do Tipo PRÓ-
83
PIANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS OE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
BELA VISTA
CINCO VOLTAS
OBRA EM
SOBRADINHO ÁGUA 1150 2014 IMPLANTAÇÃO R$ 3.000.000,00
ANDAMENTO
TOTAL
Fonte: CESAN.
84
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Características gerais
Captação
Adutora de Água Bruta: Adução por meio de tubulação de 400,00m de PVC PBA DN 50,
Tratamento
Casa de química; filtro de drenagem simplificada em fibra de vidro de 31/s; caixa vertedora;
tanque de contato enterrado composto por 02 (duas) caixas d'água em fibra de vidro com
capacidade de 5m 3 cada.
Reservação
8S
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Rede de Distribuição
Implantado 478,00m de tubo PVC DN50, 72,00m de tubo PVC DN75 e 350,00 de tubo PVC
DN40.
Ligações Prediais
Características Gerais
Captação
Elevatória de água com bombas Trifásica, Barrilete fQ GQ 3", 02 conjuntos moto bomba com
Tratamento
Dosagem de cloro e flúor direto da casa de química associada a casa de bombas sobre o
poço freático.
Reservação
Reservatório impermeabilizado.
86
PLANO MUNICIPAL OE SANEAMENTO BÁSICO OE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Rede de Distribuição
últimas casas.
Características Gerais
Captação
Elevatória de água com bombas Trifásica, Barrilete 2", 02 conjuntos moto bomba com pot.=
Tratamento
Casa de Química sobre o poço freático com simples dosagem e aplicação de cloro e flúor.
Reservação
87
PLANO MUNICIPAL OE SANEAMENTO BÁSICO OE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS OE ABASTECIMENTOOE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Rede de Distribuição
Realizada através de rede à Escola Mepes, Escola Singular, Igreja e casa próximas do
11.1.4.Córrego Sete
Características Gerais
Captação
Captação subterrânea: Poço Freático 0 = 4,00m H = 5,00m sob Casa de Química e Casa de
Bombas.
Elevatória de água com bombas Trifásica, F2 GQ 3", 02 conjuntos moto bomba com pot.= 3,0
CV cada um.
Tratamento
Reservação
88
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Rede de Distribuição
Será executada com 1122 metros de Tubo PVC 12 JE DN 50, 606m em Tubo PVC Sold. DE 40,
Ligações Prediais
11.1.5. Cruzeiro
Características Gerais
Captação
Elevatória de água com bombas Trifásica, Barrilete 2", 02 conjuntos moto bomba com pot.=
Tratamento
Sobre o Poço Freático através de Casa de Química para dosagem de cloro e flúor.
Reservação
89
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Rede de Distribuição
Implantado 270m de Tubo PVC sold. D 50 e 762m em Tubo PVC sold D 40.
Ligações Prediais
Características Gerais
Captação
integralmente.
Tratamento
do PH. Instalação de filtro de pressão em fibra de vidro, com leito de areia e material
catalítico para remoção de ferro e manganês, mod. 60 DFL -4, Darka ou similar.
3
Instalação de tanque de contato construído com caixa d'água fibra de vidro, 5,0m ,
enterrado em 90% de sua altura, para mistura dos produtos químicos à água. Construção
90
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
moto-bombas, 3/4 cv, sendo 01 de reserva, elevando a água do tanque de contato para
o reservatório.
Reservação
encontra.
Rede de Distribuição
11.1.7. Garrucha
Características Gerais
Captação
de5m.
Adução por meio de tubulação com 258,00m de tubulação PVC PBA DN 50, ligando o novo
poço à ETA.
91
PLANO MUNICIPAL OE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS OE ABASTECIMENTOOE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Tratamento
pressão em fibra de vidro com leito filtrante cata'litico para remoção de ferro e manganês;
Elevatória de água tratada em alvenaria, padrão Pró-Rural, com 02 (dois) conjuntos moto-
Reservação
Rede de Distribuição
Ligações Prediais
11.1.8.Km 20
Características Gerais
Captação
92
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Elevatória de água com bombas Elevatória de água com bombas Trifásica, Barrilete 3", 02
Tratamento
Reservação
Reservatório metálico tipo taça de 15.000 L, com considerando a já prevista pelo Município,
Rede de Distribuição
93
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
estudos, projetos e planos existentes, além dos dados e das informações gerenciais e
operacionais.
valores adotados nos estudos e projetos existentes mais recentes, foram obtidos os
utilizados no cálculo das vazões de projeto, para o Município de Boa Esperança, apresentado
abaixo:
94
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
População
• (hab)
2012
2013 14.353 22,9 18,3
2014
2015 14.469 23,0 18,4
~f:fli~tlf'iAirs2~i ··•.: ;.•·. .:•. t'.">.·.·.~·.· .l..·••.·•.•·..· .•.·.·.•·•.·
1
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2.··.·.·.·.a
•.••.•••..··.1.·
•. ...·••.: . /
95
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÃSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
sede do município, prevê a mudança do manancial de captação de água para o Rio do Norte,
Para o pleno fornecimento de água, a captação consistirá de uma tomada d'água no Rio do
Norte a partir de um ressalto hidráulico existente e a ser recuperado. Ali devem ser
O projeto prevê que a tomada d'água será feita a partir de um poço de sucção com o nível
d'água elevado através do ressalto hidráulico existente, a ser recuperado e elevado. No poço
de sucção deverá ser feito um corte em rocha com a finalidade de aprofundar o mesmo,
Está previsto ainda o fechamento do poço de sucção através de comportas, com a finalidade
elevatórios para final de plano. A vazão máxima do sistema é de cerca de 77,0 l/s, mas com a
São previstas a intalação de adutora de água bruta de ferro fundido com extensão de cerca
de 5.080m (captação à ETA) com diâmetro de 300mm. A vazão de captação no Rio do Norte
(Quadro 30):
96
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Nº de unidades
Eficiência do conjunto
Potência do motor
• • • • 1
Frequência 60 Hz
Fonte: CESAN.
em flotadores.
97
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
sede do município de Boa Esperança, teve como objetivo central unificar o sistema de
esgoto da cidade, que hoje se encontra desarticulado e de forma isolada. Buscou-se também
aproveitar ao máximo a rede coletora existente, que foram executadas com material em
São previstas 6 (seis) estações elevatórias de esgoto bruto para inversão de fluxo e reunir
A área prevista para instalação da Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário localiza-se nas
será o Córrego Boa Esperança. O emissário de descarga está localizado nas coordenadas
geográficas UTM 364.045E e 7.950.347S, o emissário possui 335 metros de comprimento seu
98
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
-~
'11'1'° 3114:1~0
•'~
i
•~
~
E
1
j Legenda:
®' Emissario: UTM 364.045 E 7.950.3475
(=:J ETE - UTM 364.206E 7.949.9985
o 35 70 1.io Ml!l('•s ~ Are:l U1banitada
·. ;\'·'--··'
~
\
99
«t
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE AGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Para atendimento das localidades de São Cristóvão, Valani, Gameleira, Guadalupe e Poço
distribuição de água.
LOCALIDADE SISTEMA
SÃO CRISTOVÃO
VALANI
GAMELEIRA
••
POÇOAZUt
Fonte: CESAN.
Além destes, nas localidades de Quilômetro Vinte e São Brás, também há necessidade de
100
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
SUBTERRÂNEA
aquíferos. Os aquíferos, por sua vez, são formações geológicas constituídas por rochas
101
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
No que diz respeito à utilização de águas subterrâneas para uso e abastecimento humano,
ainda não existe normativa estadual que determine parâmetros e exija outorga,
em seu Art. 49º que a perfuração de poços para extração de água subterrânea ou sua
Sendo assim, para extração de água de aquífero subterrâneo o usuário deverá submeter-se
aos critérios técnicos e procedimentos gerais para uso, bem como inspecionar o controle da
serem estabelecidos.
Tenho em vista que, a falta de controle e uso indiscriminado dos lençóis subterrâneos pode
se, sempre que possível, o uso da rede pública de abastecimento de água de forma
um tanque enterrado, que recebe os dejetos e águas servidas, retém a parte sólida e inicia o
102
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
A disposição final dos efluentes tratados devem atender aos critérios técnicos estabelecidos
Deve ser previsto, manutenção periódica do lodo biológico acumulado no fundo do sistema
103
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Hoje o sistema de água da sede do município tem uma cobertura de 100% da população
urbana. A meta é manter estes indicadores até o final de plano através de ampliação do
DESCRIÇÃO
Crescimento vegetativo X X X X X X X X X X X
Fonte: CESAN.
entre 2014 a 2043, de acordo com a execução de obras e serviços. Para manter a meta em
Fonte: CESAN.
••••••••
104
PLANO MUNICIPAL OE SANEAMENTO BÁSICO OE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS OE ABASTECIMENTOOE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
ampliação do SAA para atendimento da demanda torna-se essencial. Para tanto, sugere-se a
perdas a serem atingidos no período entre 2014 a 2043, de acordo com a previsão do Plano
de Perdas, que estabelece a execução de obras e serviços específicos para essa ação.
Perdas na distribuição
(%)
Fonte: CESAN
---
Deverão ser adotadas ações que visem à minimização das perdas de maneira geral, com a
físicas de água são constituídas pelos consumos não autorizados (furto a uso ilícito) e pelos
erros medição dos hidrômetros. As perdas físicas de água correspondem ao volume perdido
serviço), até ao hidrômetro do cliente. Alguns possíveis fatores que influenciam o índice
c) Ligações clandestinas;
d) Fraudes;
e) Tubulações antigas;
105
PlANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
DESCRIÇÃO
-1111
Construir EEEB's nas sub-bacias
X X X X
(Sede).
entre 2014 a 2042, de acordo com a execução de obras e serviços. Para manter a meta em
-·····
11111 ••••••
Fonte: CESAN.
106
PLANO MUNICIPAL OE SANEAMENTO BÁSICO OE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS OE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Ressalta-se que algumas das ações previstas neste Plano ainda não têm orçamento definido.
serviços.
com recurso do município, sendo a viabilização da captação desses recursos junto aos
107
PLANO MUNICIPAL OE SANEAMENTO BÁSICO OE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS OE ABASTECIMENTOOE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
DESCRIÇÃO
R$ 3.000*
*Recurso deve ser captado pelo município junto aos órgãos financiadores do setor de saneamento ou aporte
de recursos públicos adivindo do governo federal ou estadual ou municipal, para implantar as melhorias no
de recursos públicos adivindo do governo federal ou estadual ou municipal, para implantar as melhorias no
108
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
DESCRIÇÃO
R$100
de recursos públicos adivindo do governo federal ou estadual ou municipal, para implantação do sistema de
109
PLANO MUNICIPAL OE SANEAMENTO BÁSICO OE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS OE ABASTECIMENTOOE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
de recursos públicos adivindo do governo federal ou estadual ou municipal, para implantação do sistema de
de recursos públicos adivindo do governo federal ou estadual ou municipal, para implantação do sistema de
110
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
propiciar as condições para adoção de ações, rápidas e eficazes, para fazer frente aos
ocorrências indesejadas por meio de controles e monitoramentos das condições físicas das
Operadora em exercício deverá dispor de todas as estruturas de apoio com mão de obra,
Projetos e de toda área que se fizerem necessárias, inclusive áreas de suporte como
111
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
uma situação de emergência. Além disso, deve estabelecer procedimentos que permitam
agilizar as ações com eficácia nos locais onde ocorrer os imprevistos, reduzindo ao mínimo o
desencadeadas.
Quadro 43: Identificam as principais ocorrências, origem e ações de contigência para os Sistemas de
abastecimento de água.
112
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
113
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE AGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
saneamento básico, apesar de sua importância, durante muitos anos não teve um modelo
definição das tarifas. Nesta situação, o poder concedente tinha pouquíssima ou nenhuma
Depois de décadas de debates, propostas, e projetos de lei, em 2007, foi sancionada a Lei
saneamento básico. Esta nova legislação trouxe mudanças significativas para a prestação dos
prestação dos serviços. Agora, as referidas atividades deverão ser desempenhadas por
prestação dos serviços caberá a um ente público municipal ou a uma concessionária publica
ou privada.
O Capitulo V da Lei Federal nº. 11.445/07 estabelece as diretrizes gerais para a atividade
regulatória que deve ser exercida baseando-se nos princípios da independência decisória,
A regulação terá como objetivos estabelecer padrões e normas para a adequada prestação
dos serviços e para a satisfação dos usuários; garantir o cumprimento das condições e metas
dos órgãos integrantes do sistema nacional de defesa da concorrência; e definir tarifas que
tarifaria, mediante mecanismo que induzam a eficiência e eficácia dos serviços e que
114
PLANO MUNICIPAL OE SANEAMENTO BÁSICO OE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS OE ABASTECIMENTOOE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
Ambiente de Regulação
pela Lei nº 9.096/2008 e pela Lei Complementar nº 477 /2008, que criou a Agência
resíduos sólidos.
Além disso, determinam que esses serviços sejam realizados de maneira adequada à saúde
programa.
1 )
115
PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO OE BOA ESPERANÇA/ES
SISTEMAS OE ABASTECIMENTOOE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
A política e estrutura tarifária vigente, praticadas pela CESAN, são reguladas pela ARSI,
Nos termos do Art. 46º da Lei Nº 9.096 de 29 de dezembro de 2008, o reajuste das tarifas de
publicação desta Lei, a política tarifária a ser praticada pela CESAN será
Básico".
A Arsi, por meio da Nota Técnica GET/DA/ARSI Nº 001/2011 que deu origem à Resolução
cálculo das tarifas e, a metodologia para definição do Índice de Reajuste Tarifário - IRT.
O Quadro 44, a seguir, apresenta as categorias que compõem a estrutura tarifária da CESAN.
CATEGORIAS
Tarifa Social
Fonte: CESAN
Tarifa
A Agência Reguladora de Saneamento Básico e Infraestrutura Viária do Espírito Santo (Arsi)
CESAN. Entre outros objetivos, as medidas visam definir com objetividade os critérios para
116
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SISTEMAS DE ABASTECIMENTODE ÁGUA E ESGOTAMENTO SANITÁRIO
a redução do desperdício.
As tarifas são fixadas com base no custo dos serviços de abastecimento de água e
atualização das condições da prestação dos serviços e seus reflexos na composição dos
coletora de esgoto e de instalações hidros sanitárias prediais, entre outros. Além disso, as
Tarifa social
Visando universalizar a prestação de serviços de abastecimento de água e coleta de esgotos
sanitários, foi criada uma tarifa distinta, denominada "Tarifa Social", que consiste em uma
categoria Residencial e que estejam inscritos no Programa Bolsa Família ou que recebam
Tarifas de esgoto
Em relação aos efluentes residenciais, as tarifas dos serviços de esgotamento sanitário são
fixadas em até 80% (oitenta por cento) das tarifas de abastecimento de água, acrescidos,
E ainda, o usuário que utiliza poço artesiano ou outra fonte alternativa própria de
abastecimento de água está sujeito à cobrança das tarifas pelo uso do sistema de
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esgotamento sanitário, com base no volume mensal da água consumida, o qual deve ser
abastecimento.
No Quadro 45, a seguir, são apresentadas as tarifas atuais praticadas pela CESAN, conforme
determinação da Arsi.
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Quadro 45: Tabela de Tarifas Aplicáveis de acordo com as faixas de consumo, praticadas pela CESAN .
Tarifa de esgoto por Faixa de Consumo {R$/m 3 ) Tarifa de esgoto por Faixa de Consumo (R$/m 3 )
Tarifa de água por Faixa de Consumo (R$/m 3 )
• 16-20r113
S,08
>SOm1
0,61
11~1sm 3
.0,71
16-20m3
2,44
21-30m3
3,35
31-SOm3
3,58
> 50m 3
3,74
0-10m 3
0,23
11-15m3
0,27
16-20m3
0,93
21-30m3
1,27
Observação: Até agosto/2016, todos os municípios atendidos pela CESAN passarão a ter a mesma tarifa.
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A Lei 11.445/2007 estabelece três grandes objetivos a serem alcançados pelo PMSB: a
Para atingir esses objetivos faz-se necessário estabelecer mecanismos e procedimentos que
de saneamento básico.
qualidade que serão monitorados e atingidos ao logo do tempo por meio da implantação do
O titular dos serviços deve definir os indicadores, seus níveis e metas e sua forma de
abaixo:
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101
Í~~ice ~e Disponibilida~e de
IDC ; . , ,.\.)nfraestrutura ... ·
Ll0HI>l1>:0'.\:j)().ti$; ::-:;;;:,:;Y\-~c~\ 1'r<t::biliiifúY.\0f%\'.f0
IQI
CD
/DL=-
CP
Onde:
121
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Este indicador consistirá na relação entre a vazão mensal média registrada no trimestre
possuir a maior relação entre tratamento registrado e capacidade instalada. Deve ser aferido
por estação, sendo os valores registrados individualmente em cada uma das estações de
VMM
IDST=--
CINP
Onde:
responsabilidade da CONCESSIONÁRIA.
QATx 106
FFA=
QHFI
IFA = (QAT*106}/QHH
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Onde:
Este indicador destina-se a avaliar as percepções de clientes e órgãos públicos que não
foram bem sucedidos com os produtos ou serviços que receberam. É definido como a
período.
RCOP
IQRC=--
MR
Onde:
Este indicador destina-se a avaliar as percepções de clientes e órgãos públicos que não
foram bem sucedidos com os produtos ou serviços que receberam. É definido como a
período.
RCOP
IQRCP=--
MR
Onde:
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pavimentação.
MR - Meta de reclamações
outorga ambiental das ETEs. É definido como a porcentagem de licenças de obra (Licença
IQRA=LOCD
LO
Onde:
LOCO - Licenças de obra (LP, LI, LS e LAR) vigentes com atendimento das condicionantes
ambientais em dia.
Este indicador destina-se a avaliar as percepções de clientes e órgãos públicos que não
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IEO
IDO
IQO
Índice de Qualidade
O Índice de Eficiência Operacional (IEO) foi elaborado com o objetivo de avaliar os aspectos
população e, principalmente, ao meio ambiente, uma vez que o esgoto será lançado no
corpo receptor sem atender aos padrões estipulados, com elevado percentual de carga
Este indicador consistirá na relação entre a carga orgânica no esgoto bruto e carga orgânica
A nota final do indicador será obtida através da média ponderada entre as notas obtidas por
cada ETE e sua capacidade nominal. Esse cálculo se dará da seguinte maneira:
(DBOEB- DBOET)
IRDBO = DBOEB
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Onde:
CP=MEF
Onde:
b) Média ponderada entre as notas finais das ETEs e sua capacidade nominal.
Para cada uma dessas cargas se obtém uma nota com base nos valores de referência. Em
Onde:
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Este indicador consistirá na relação entre o total de horas em que o sistema esteve
justificados.
DS
IEODE=-
TH
Onde:
OS - Disponibilidade dos sistemas das EEE's em total de horas com sistema disponível
TH - Total de Horas
usuários. Extravasamento de esgoto pode ser definido como o fluxo indevido de esgotos
ocorrido nas vias públicas, nos domicílios ou nas galerias de águas pluviais, como resultado
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i
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EXT
lEO'J= CRED
Onde:
incluindo repetições.
CRED - Comprimento total da malha de coleta de esgotos no último dia útil do trimestre,
incluindo redes de coleta, coletores e interceptares e excluindo ramais prediais e
emissários de recalque.
Enquanto existirem imóveis lançando águas pluviais na rede coletora de esgotos sanitários, e
enquanto a CONCESSIONÁRIA não tiver efetivo poder de controle sobre tais casos, não serão
chuvas.
da rede coletora, ou na utilização inadequada das instalações sanitárias pelos usuários. Estas
Entretanto, qualquer que seja a causa das obstruções, a responsabilidade pela redução dos
educativas por ela promovidos de modo a conscientizar os usuários do correto uso das
NRO
IEOR=--
L
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Onde:
na sua produção, ou na ação de tratamento dos gases. Este indicador visa verificar a eficácia
EPIC
IEO=--
NE
Onde:
Este indicador destina-se a avaliar a adesão dos usuários ao serviço para os quais está
CONCESSIONÁRIA.
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IEOLC=NLC
NLD
Onde:
O Índice de Qualidade Operacional (IQO) foi elaborado para retratar a satisfação dos
operação.
atendimento aos serviços de manutenção de rede de esgoto, Satisfação geral, Satisfação por
IQOTA = NCONF
NSS
Onde:
Os tempos gastos na manutenção serão apurados desde o registro da solicitação até a sua
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realizadas.
IQOSG=NSAT
N
Onde:
solicitações de serviço por parte da CONCESSIONÁRIA. É definido através da nota dada pelos
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IQORA=LOCD
LO
Onde:
LOCO - Licenças de operação (LO e LAR) vigentes com atendimento das condicionantes
ambientais em dia.
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De acordo com política federal de saneamento (Lei nº. 11.445, de 5 de janeiro de 2007/§2º
do artigo 52), o plano deve ser avaliado anualmente, utilizando-se dos mecanismos aqui
apresentados, e revisado a cada quatro anos. Ao final dos 20 anos de horizonte de projeto,
elaborar complementação das intervenções sugeridas e incluir novas demandas para a área
deplanajame~odoPMSB.
Para assegurar a revisão e aperfeiçoamento deste instrumento a primeira deve ser realizada
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longo prazo.
No que concerne as ações não estruturais, que têm impacto importante e apresentam
manuais técnicas, dois aspectos devem ser considerados no que se refere a abastecimento
de água:
premissas:
a) O gerenciamento dos recursos hídricos deve ser feito de forma integrada tendo como
cobertura vegetal;
integrado.
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Em função dos problemas apontados e indícios de degradação das áreas dos mananciais,
É importante que a administração municipal tenha uma forte atuação em conjunto com
municípios vizinhos e com os Comitês de Bacia para estabelecer um plano efetivo de
recuperação ambiental:
demanda por meio de ações não estruturais já vem sendo amplamente utilizada para
A seguir estão relacionadas algumas das ações recomendadas visando reduzir a demanda de
água potável:
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d) Uso de águas menos nobres para fins menos nobres: regulamentar e criar incentivos
para o uso de água da chuva para fins não potáveis, tais como: irrigação, limpeza de
e) Reuso da água: regulamentar e criar incentivos para reuso da água por grandes
consumidores industriais;
cruzados;
água; e
r
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HÍDRICOS
Para tanto, são apresentados a seguir alguns procedimentos estratégicos para a efetivação
da compatibilização de Planos:
Estadual.
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(BID).
(AID) formam o Banco Mundial. Esta instituição é constituída de membros de 185 países
desenvolvidos e em desenvolvimento.
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28. REFERENCIAS
AZEVEDO, Eliusson Antônio de; Kohlz, Rafael. Câmara Municipal de Boa Esperança.
Disponível em: <http://www.cmbe.es.gov.br/frames/frame-historia.html>.
BOSCOV, Maria Eugenia. Geotecnia ambiental. Resíduos Sólidos. São Paulo: Oficinas de
Textos, 2008. Cap. 1.
BRASIL. Lei nº 11.107, de 6 de abril de 2005. Dispõe sobre normas gerais de contratação de
consórcios públicos.
BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental. Guia para
elaboração de planos municipais de saneamento. Brasília, DF: Fundação Nacional de Saúde,
2006.
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BRASIL. Lei n2 11.124 de 16 de junho de 2005. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Recursos
Hídricos de Interesse Social - SNHIS, cria o Fundo Nacional de Recursos Hídricos de Interesse
Social - FNHIS e institui o Conselho Gestor do FNHIS.
~ ·ar··~40
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RODRIGUES, Lozenil; Lino, Renilzo; Kuster, lvanildo Schmith; Verly, Josué da Rocha.
Programa de Assistência Técnica e Extensão Rural - Proater. 2011 - 2013. Planejamento e
Programação de Ações. INCAPER. 2011.
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