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NOME: Eliane Da Silva Pinto

Gerenciamento de Resíduos Sólidos

RESUMO DO DECRETO FEDERAL N° 10.936, 12 DE JANEIRO DE 2022. “Regulamento a


Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS.”

Foi publicado, no dia 12/01/2022, o Decreto Federal nº 10.936/2022, que


regulamenta a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei Federal
12.305/2010, e traz novidades como (i) a criação do Programa Nacional de Logística
Reversa, instrumento de coordenação e de integração dos sistemas de logística reversa
por meio do Sistema Nacional de Informações Sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos
(SINIR), e do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PLANARES); (ii) o reforço à
isonomia na fiscalização e cumprimento de obrigações relacionadas a segmentos nos
quais já existe(m) sistema(s) de logística reversa em vigência (absorvendo previsões do
Decreto Federal nº 9.177/2017); (iii) a necessidade de destinação dos resíduos perigosos
com características de inflamabilidade à recuperação energética, respeitadas
determinadas ordens de prioridades; (iv) a instituição do manifesto de transporte de
resíduos, documento auto declaratório e válido em todo território nacional; e (v) a
previsão de planos de gerenciamento de resíduos sólidos específicos a microempresas e
empresas de pequeno porte e, inclusive, as hipóteses de dispensa.
Em linhas gerais, o Decreto Federal nº 10.936/2022, publicado em 12 de janeiro de 2022,
aperfeiçoa diversos dispositivos e procedimentos para efetivar a implementação da
Política Nacional de Resíduos Sólidos -PNRS, anteriormente instituída pela Lei nº
12.305/2010. O disposto no Decreto aplica-se àqueles que, direta ou indiretamente, geram
resíduos sólidos e/ou desenvolvem ações relacionadas à gestão integrada ou ao
gerenciamento de resíduos sólidos. Merece destaque a previsão da possibilidade de
dispensa para microempresas e empresas de pequeno porte da obrigação de apresentação
do plano de gerenciamento de resíduos sólidos, ou, a depender do volume produzido, a
alternativa de utilizar o modelo simplificado e eletrônico, bem como usufruir da
disponibilização do documento diretamente no Sistema Nacional de Informações sobre a
Gestão dos Resíduos Sólidos (SINIR).

No mesmo sentido, os Municípios com menos de 20.000 habitantes, realidade de


aproximadamente 70% das municipalidades brasileiras, também poderão utilizar o
modelo simplificado e eletrônico de plano de gestão de resíduos. O Decreto também cria
o Programa Nacional de Logística Reversa, um instrumento de coordenação e integração
dos sistemas de logística reversa, com intuito de assegurar a rastreabilidade das
informações, através da integração ao Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão
dos Resíduos Sólidos (SINIR), ou seja, aumentando a sinergia entre os sistemas. Do
mesmo modo, cabe observar que o novo Decreto determina a responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida do produto, prevendo a implementação de forma
individualizada e encadeada do sistema de logística reversa entre os fabricantes,
importadores, distribuidores, comerciantes, consumidores e titulares dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos.
Os fabricantes, os importadores, os distribuidores e os comerciantes ficam responsáveis
pela realização da logística reversa no limite da proporção dos produtos que colocarem
no mercado interno, conforme metas progressivas, intermediárias e finais estabelecidas
no instrumento que determinar a implementação da logística reversa, nos termos do § 1º,
do art. 14 do Decreto. Além disso, a regulamentação instituiu o Manifesto de Transporte
de Resíduos (MTR) como documento apto para fins de fiscalização ambiental dos
sistemas de logística reversa.

Ainda, o Decreto exige um conteúdo mínimo para confecção dos instrumentos e formas
de implantação da logística reversa (acordos setoriais; regulamentos editados pelo Poder
Público ou termos de compromisso), devendo conter, por exemplo, definições, objeto,
estruturação da implementação do sistema de logística reversa, operacionalização do
sistema de logística reversa e do seu plano operativo, financiamento do sistema de
logística reversa, governança para acompanhamento de performance, além de outras
exigências, conforme previsto no § 1º, do art. 18.

Outro ponto importante é a priorização da participação de cooperativas ou de outras


formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, constituídas
por pessoas físicas de baixa renda, no sistema de coleta seletiva de resíduos sólidos,
visando aumentar a reciclagem e outras formas de destinação final.

Vale destacar que a fiscalização do cumprimento das obrigações previstas em


instrumentos de logística reversa segue a mesma lógica, ou seja, a isonomia aos não
signatários das obrigações imputáveis aos signatários ou aderentes de acordo setorial ou
de termo de compromisso firmado com o Poder Público, caracterizando infração
administrativa e crime ambiental o descumprimento da obrigação legal de destinação
ambientalmente adequada.

Ademais, o Decreto articula-se com as diretrizes nacionais para o saneamento básico e


com a política federal de saneamento básico, assim como pretende fomentar a PNRS por
meio de instrumentos econômicos, expressos em medidas de incentivos fiscais,
financeiros e creditícios, pagamento por serviços ambientais entre outros. Por fim,
percebe-se mais clareza no texto regulamentador recém-publicado, o que, a princípio, traz
maior segurança jurídica ao tema, essencial para a efetiva implementação da lei, bem
como para possibilitar maiores investimentos no setor.

1 – Como você avalia a aplicação da Política Nacional de Resíduos Sólidos no seu


munícipio, possui efetividade? Justifique.

R= A política nacional de resíduos sólidos em Cametá, em termos de prática é ineficaz.


No entanto, possui o seu plano de resíduos.

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