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DISCIPLINA: POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PNRS

Prof. Gabriel Gino


Aluna: Eng. Ambiental - Isadora Palhano

ATIVIDADE DE AVALIAÇÃO
QUESTIONÁRIO

1) Em quais circunstâncias a Lei Federal nº 12.305/2010 equipara gases e


líquidos a resíduos sólidos?

Segundo o Art 3º da Lei Federal nº 12.305/2010, gases e líquidos equiparam-se


a resíduos sólidos na seguinte situação: “gases contidos em recipientes e líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em
corpos d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em
face da melhor tecnologia disponível”.

2) Segundo a Lei Federal nº 12.305/2010, qual é a diferença entre resíduos


sólidos e rejeitos?

A diferença entre resíduos sólidos e rejeitos segundo a Lei Federal nº


12.305/2010 é definida pelo Capítulo II, Art. 3º como:

“XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as possibilidades


de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente
viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente
adequada;
XVI - resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado resultante
de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe
proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como
gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu
lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d’água, ou exijam para isso
soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor tecnologia
disponível;”

Portanto, de acordo com a Lei Federal nº 12.305/2010 entende-se que os


resíduos sólidos devem ser reaproveitados e reciclados e apenas os rejeitos devem ter
disposição final (adequada).

3) De acordo com a Lei Federal nº 12.305/2010, quando deve ser adotada a


disposição final ambiental adequada?

Segundo o Art 9º da Lei Federal nº 12.305/2010, deve-se adotar a disposição


final ambientalmente adequada quando não há outras possibilidades para atender a
ordem de prioridade a seguir: não geração, redução, reutilização, reciclagem,
tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada. Verifica-
se portanto que a disposição final ambientalmente adequada está em último lugar para
adoção de preferência:

Figura 1 - Ordem de prioridade segundo o Art 9º PNRS. Fonte: Instituto Precisa


4) Como funciona a competência legislativa concorrente em matéria de
resíduos sólidos?

Dentro das competências legislativas, a competência concorrente ocorre para a


União que dita as normas gerais enquanto os estados e municípios possuem
competência suplementar. O regime da competência concorrente prevê que a União
estabeleça então as normas gerais que visem implantação da PNRS em todo o país,
deixando aos Estados que suplementem a norma federal.
Ainda há a competência complementar que é quando os estados editam normas
gerais até que a União edite norma própria. Consequentemente, se houver a edição
pela União de norma, as normas dos estados perdem a sua eficácia.

5) Como funciona a competência material em matéria de resíduos sólidos?

A competência material classifica-se como competência “comum” da atividade


de planejamento, gestão e fiscalização. Todavia, tendo em vista que quem presta os
serviços públicos de saneamento básico e gestão dos resíduos sólidos urbanos são os
municípios há a classificação como competência “exclusiva dos municípios” por ser um
serviço de determinação local.

6) Por que a Política Nacional de Resíduos Sólidos está intimamente ligada


às Políticas de Saneamento Básico?

Há ligação direta entre a PNRS e as Políticas de Saneamento Básico pois os


Resíduos sólidos urbanos (são os que incluem os resíduos domiciliares e resíduos de
varrição e limpeza urbana) agregam os serviços de Saneamento Básico, portanto há
ligação entre as duas Políticas pelo serviço de manejo de resíduos sólidos urbanos.
7) Explique o princípio da ecoeficiência, conforme a Lei Federal nº
12.305/2010.

O princípio da Ecoeficiência está presente somente na Lei Federal nº


12.305/2010 na qual sua definição traz a ideia de junção de qualidade, preços
competitivos para conferir a viabilidade econômica e que possuam compromisso com a
sustentabilidade.
Seu princípio está descrito pelo Art 6º que traz os Princípios e Objetivos da
PNRS:
“V - a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços
competitivos, de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades humanas
e tragam qualidade de vida e a redução do impacto ambiental e do consumo de recursos
naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do
planeta;”

8) Considerando que o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos (PGRS)


é parte integrante do processo de licenciamento ambiental do
empreendimento ou atividade, empreendimentos ou atividades não
sujeitas ao licenciamento ambiental estão dispensadas da apresentação de
PGRS?

As atividades que não estejam sujeitas ao licenciamento ambiental todavia


necessitam da apresentação do PGRS junto ao município em que se encontra o
empreendimento em questão.
O Art 24 da PNRS corrobora a informação supracitada:

“Art. 24. O plano de gerenciamento de resíduos sólidos é parte integrante do processo


de licenciamento ambiental do empreendimento ou atividade pelo órgão competente do
Sisnama.
§ 1º Nos empreendimentos e atividades não sujeitos a licenciamento ambiental, a
aprovação do plano de gerenciamento de resíduos sólidos cabe à autoridade municipal
competente.”
9) Quais são os respectivos papéis desempenhados pela responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida do produto e os acordos setoriais na
implementação do instrumento da PNRS denominado sistema de logística
reversa?

A Responsabilidade Compartilhada pelo Ciclo de Vida dos produtos é um princípio


que guia o Sistema de Logística Reversa (Instrumento), que por sua vez é formalizado
através de uma série de documentos entre eles os acordos setoriais que têm uma
natureza contratual, além dos Termos de Compromisso e Regulamentos.

Este princípio é regulamentado a partir da Seção II da PNRS:

“Seção II

Da Responsabilidade Compartilhada

Art. 30. É instituída a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos,
a ser implementada de forma individualizada e encadeada, abrangendo os fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes, os consumidores e os titulares dos serviços
públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, consoante as atribuições
e procedimentos previstos nesta Seção.”

10) Qual é a natureza jurídica dos acordos setoriais?

De acordo com o Art. 3º da PNRS os acordos setoriais são definidos por:

“Art 3º: Para os efeitos desta Lei, entende-se por:

I - acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder público e fabricantes,
importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto;”

Portanto, a natureza jurídica dos acordos setoriais é contratual.

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