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CHEGOU A HORA, E AÍ?

• TEMAS ESPECÍFICOS DA AGU:


• Direito ambiental e administrativo

• TEMAS MAIS RECORRENTES CESPE:


• RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
• PRINCÍPIO PREVENÇÃO x PRECAUÇÃO e POLUIDOR PAGADOR
• LICENCIAMENTO E LICENÇA AMBIENTAL
PARECER n. 00001/2021/CNS/CGU/AGU

• objetivo:

Orientar a atuação consultiva e da Administração Pública Federal no


que toca à adoção de critérios e práticas de sustentabilidade
socioambiental e de acessibilidade em todas as fases das contratações
públicas.
PARECER n. 00001/2021/CNS/CGU/AGU
• MODELO DE ESTADO:
A Constituição impõe ao Poder Público a defesa do meio ambiente,
inaugurando um novo modelo de Estado denominado ESTADO
CONSTITUCIONAL ECOLÓGICO
No qual o meio ambiente ecologicamente equilibrado é concebido
como bem jurídico per se e direito fundamental essencial à sadia
qualidade de vida.
A atuação do Estado deve ser comprometida com o desenvolvimento
sustentável.
PARECER n. 00001/2021/CNS/CGU/AGU
• Teses:
(i) Os órgãos e entidades que compõem a administração pública são
obrigados a adotar critérios e práticas de sustentabilidade
socioambiental e de acessibilidade nas contratações públicas, nas fases
de planejamento, seleção de fornecedor, execução contratual,
fiscalização e na gestão dos resíduos sólidos;
PARECER n. 00001/2021/CNS/CGU/AGU
• Teses:
(ii) A impossibilidade de adoção de tais práticas de sustentabilidade nas
contratações públicas deverá ser justificada pelo gestor competente
nos autos do processo administrativo, com a indicação das pertinentes
razões de fato e/ou direito
PARECER n. 00001/2021/CNS/CGU/AGU
• Teses:
• (iii) Recomenda-se aos agentes da administração pública federal
encarregados de realizar contratações públicas, que, no exercício de
suas atribuições funcionais, consultem o Guia Nacional de
Contratações Sustentáveis da Advocacia-Geral da União.
LICITAÇÃO SUSTENTÁVEL
• Fundamento: art. 225 Meio ambiente como direito fundamental e
Art. 170, VI, Meio ambiente como princípio da ordem econômica
Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre
iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça
social, observados os seguintes princípios:
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o
impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação;

• Teoria da função regulatória das licitações - superada ideia de mera


aquisição de bem ou serviço, a licitação é instrumento de
implementação de políticas públicas diante do novo Modelo de
Estado constitucional ecológico.
LICITAÇÃO SUSTENTÁVEL
• Conceito: Preferência a ser dada em processos licitatórios aos
produtos e serviços socioambientalmente corretos, com menor
impacto ambiental, cujo processo de produção incorpore padrões
sócio ambientalmente sustentáveis. Trata-se da aquisição de bens e
materiais que geram em seu ciclo de vida menor impacto ambiental.

• Sinônimos: “compras públicas sustentáveis”, “ecoaquisição”, “compras


verdes”, “compra ambientalmente amigável” ou “licitação positiva”.
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Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a
preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à
vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento
sócioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:

I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico,


considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser
necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso
coletivo;
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Art. 5º São diretrizes da Política Nacional sobre Mudança do Clima:
(...) XIII - o estímulo e o apoio à manutenção e à promoção: (...) b) de
padrões sustentáveis de produção e consumo.

Art. 6º São instrumentos da política Nacional sobre Mudança do Clima:


XII – (...) estabelecimento de critérios de preferência nas licitações e
concorrências públicas, compreendidas aí as parcerias público-privadas e a
autorização, permissão, outorga e concessão para exploração de
serviços públicos e recursos naturais, para as propostas que propiciem maior
economia de energia, água e outros recursos naturais de redução da emissão
de gases de efeito estufa e resíduos
ARTIGOS RELACIONADOS

• Art. 7º São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos:


XI - prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:
a) produtos reciclados e recicláveis;
b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis com
padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis;
ARTIGOS RELACIONADOS - LICITAÇÕES
• Art. 5º - Na aplicação desta Lei, serão observados os princípios da
legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade, da
eficiência, do interesse público, da probidade administrativa, da
igualdade, do planejamento, da transparência, da eficácia, da
segregação de funções, da motivação, da vinculação ao edital, do
julgamento objetivo, da segurança jurídica, da razoabilidade, da
competitividade, da proporcionalidade, da celeridade, da
economicidade e do desenvolvimento nacional sustentável, assim
como as disposições do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de
1942 (Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro).
ARTIGOS RELACIONADOS - LICITAÇÕES
Art. 6º, XXIV, e –
Anteprojeto com previsão de parâmetros de adequação ao interesse
público, de economia na utilização, de facilidade na execução, de
impacto ambiental e de acessibilidade.

art. 11, IV -
Objetivos do processo licitatório:
incentivo à inovação e ao desenvolvimento nacional sustentável
ARTIGOS RELACIONADOS - LICITAÇÕES
art. 25 -
Possibilidade de o edital prever as responsabilidades do contratado
pela obtenção de licenciamento ambiental + prioridade de tramitação
para licenciamentos ambientais de obras e serviços de engenharia
licitados e contratados nos termos da Lei

Art. 115 –
Em obras e serviços de engenharia quando a responsabilidade pelo
licenciamento for da Administração a manifestação prévia ou licença
prévia devem sempre ser obtidas antes da divulgação do edital
ARTIGOS RELACIONADOS - LICITAÇÕES
art. 26, I e II -
possibilidade de estabelecimento de margem de preferência para bens
manufaturados e serviços nacionais que atendam a normas técnicas
brasileiras e bens reciclados, recicláveis ou biodegradáveis, conforme
regulamento .
ARTIGOS RELACIONADOS - LICITAÇÕES
Art. 45 -
obrigatoriedade de as licitações de obras e serviços de engenharia
respeitar, especialmente, as normas relativas a disposição final
ambientalmente adequada dos resíduos sólidos gerados pelas obras
contratadas; ... proteção do patrimônio histórico, cultural, arqueológico
e imaterial, inclusive por meio de avaliação do impacto direto ou
indireto causado pelas obras contratadas;
ARTIGOS RELACIONADOS - LICITAÇÕES
Art. 147 –
DA NULIDADE DOS CONTRATOS: a suspensão da execução ou a
declaração de nulidade do contrato somente será adotada na hipótese
em que se revelar medida de interesse público, com avaliação dos
seguintes aspectos:
II - riscos sociais, ambientais e à segurança da população local
decorrentes do atraso na fruição dos benefícios do objeto do contrato;
III - motivação social e ambiental do contrato;
SUMULA STJ
• Prescreve em cinco anos, contados do término do processo administrativo,
a pretensão da Administração Pública de promover a execução da multa
por infração ambiental.
(STJ – SÚMULA 467)

EXECUÇÃO FISCAL. MULTA ADMINISTRATIVA. INFRAÇÃO À LEGISLAÇÃO


DO MEIO AMBIENTE. PRESCRIÇÃO. SUCESSÃO LEGISLATIVA. (...)
enquanto não se encerrar o processo administrativo de imposição da
penalidade, não corre prazo prescricional, porque o crédito ainda não
está definitivamente constituído e simplesmente não pode ser cobrado.
(REsp 1112577 SP, submetido ao procedimento dos recursos especiais repetitivos)
REPERCUSSÃO GERAL STF
• É imprescritível a pretensão de reparação civil de dano ambiental.
(STF – REPERCUSSÃO GERAL TEMA 999)
ATENÇÃO!
ATENÇÃO!
REPERCUSSÃO GERAL STF
• O município é competente para legislar sobre o meio ambiente com
a União e o Estado, no limite do seu interesse local e desde que tal
regramento seja harmônico com a disciplina estabelecida pelos
demais entes federados (art. 24, VI, c/c 30, I e II, da Constituição
Federal).
(STF – REPERCUSSÃO GERAL TEMA 145)
Princípio federativo, federalismo ecológico, autonomia municipal

É inconstitucional legislação estadual que promova a supressão da competência


dos Municípios para regular e executar o licenciamento ambiental de atividades e
empreendimentos de impacto local. (STF - Informativo 1060).
REPERCUSSÃO GERAL STF
• Compete à Justiça Federal processar e julgar o crime ambiental de
caráter transnacional que envolva animais silvestres, ameaçados de
extinção e espécimes exóticas ou protegidas por compromissos
internacionais assumidos pelo Brasil.
(STF – REPERCUSSÃO GERAL TEMA 648)
• Em regra competência estadual para crimes ambientais.
• Competência da Justiça Federal é taxativa.
• Competência comum relacionada ao meio ambiente não gera interesse direto e
específico à União.
REPERCUSSÃO GERAL STF
Cabe à Justiça Federal o julgamento de crime ambiental praticado no Rio
Amazonas, pois se cuida de Rio interestadual e internacional, afetando, assim, os
interesses da união.

STJ. RMS 26.721/DF


REPERCUSSÃO GERAL STF
Crime praticado em mar territorial e em terreno de marinha
O mar territorial e os terrenos de marinha são bens da União (art. 20, VI e VII, da
CF/88). Logo, os crimes ambientais ali praticados são de competência da Justiça
Federal porque a jurisprudência considera que há interesse direto e específico da
União.

STJ. 5ª Turma. RHC 50.692/SC


REPERCUSSÃO GERAL STF
Crime cometido dentro ou no entorno de unidade de conservação federal

Trata-se de competência da Justiça Federal considerando que há, no caso,


interesse direto e específico da União. - STJ. CC 100.852/RS.

Não há se confundir patrimônio nacional com bem da União. STJ. 99.294/RO

COMPETÊNCIA ESTADUAL - O art. 225, § 4º da CF/88 prevê que a Floresta


Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense
e a Zona Costeira são "patrimônio nacional".
SPUMULA STJ
• Não se admite a aplicação da teoria do fato consumado em tema de Direito Ambiental.
(STJ – SÚMULA 613)

OCUPAÇÃO DE ÁREA PÚBLICA. APA. LEGALIDADE NO ATO DO ESTADO DE DISCIPLINAR A UTILIZAÇÃO


DA ÁREA E ZELAR PARA QUE SUA DESTINAÇÃO SEJA PRESERVADA. A OCUPAÇÃO DE ÁREA PÚBLICA,
FEITA DE MANEIRA IRREGULAR, NÃO GERA OS EFEITOS GARANTIDOS AO POSSUIDOR DE BOA-FÉ.
IMPOSSIBILIDADE DE ALEGAÇÃO. (...)
É justamente por estar inserida na citada APA, que incumbe ao Estado o gerenciamento da área,
exercendo regularmente o direito de restringir o uso e gozo da propriedade em favor do interesse da
coletividade. 3. Cumpre ao Estado, nestas situações, empreender ações efetivas visando não só a
salvaguarda da diversidade biológica local, como também a regência urbanística das áreas, garantindo
a sustentabilidade do usufruto dos recursos disponibilizados pela Natureza, além de atender ao
projeto original da Capital, que assegura a existência de áreas de lazer no Lago voltadas à população
em geral do Distrito Federal. (AgRg no RMS 28220)

Mandado de segurança negado: Procedimento de desocupação de APA é regular- atos para remover
moradores do local – ainda que tenha havido tolerância do Poder Público por anos.

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