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Conceitos Iniciais: A consciência ecológica e

os conceitos introdutórios do Direito


ambiental
Direito ambiental: Estuda regras jurídicas relativas ao meio ambiente.

Características:

● Apenas a partir da CF88 o direito ambiental foi considerado um direito fundamental


● É um Ramo do direito horizontal pois vai se conectar com outros ramos do direito.
Ex.: Normas de direito penal dentro do direito ambiental, Normas de direito
administrativo dentro do direito ambiental.

O que é o Meio Ambiente?


O conceito legal de meio ambiente, inserido pela Lei 6.938/81 em seu artigo 3º, I, é:
“conjunto de bens, influências e interações de ordem físicas, químicas e biológicas, que
permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas”.

Como surgiu o direito Ambiental?


● Conferência das nações unidas sobre o meio ambiente humano no direito ambiental (
Estocolmo, 1972)
● A posição inicial do Brasil: Exploração ambiental ( vai até mais ou menos o início do
século XX)
A segunda fase do Direito ambiental no brasil foi uma fase de utilitarismo ambiental.
Já a terceira fase veio com a CF/88 e colocou o Direito ambiental como Direito
Fundamental

O Art. 225 da CF traz uma visão antropocêntrica. A crítica estaria no fato de que o art 225
colocaria uma preocupação não com o meio ambiente em si mas para o meio ambiente para a
humanidade. Uma visão constitucional claramente antropocêntrica, utilitarista.

CRFB Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

Hoje já há uma visão ecocêntrica em que se defende que devemos ter o direito ambiental para
proteção do direito ambiental em si, uma vez que somos apenas um dos integrantes do meio
ambiente e não a parte central.
O direito Ambiental na Constituição Federal
de 1988
1. Princípio da Sustentabilidade

Critérios: Incidência no tempo e as consequências


Os danos devem ser minimizados. É preciso ponderar, não pode haver apenas destruição
mesmo que precisemos destruir para ter tal recurso, deve haver equilíbrio.

CRFB Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por
fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes
princípios:

VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos
produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

2. Princípio do meio ambiente equilibrado

Conservação das funções naturais de um determinado meio


3. Princípio da Sadia qualidade de vida

Não basta viver. Deve-se viver bem


4. Princípio do acesso razoável aos recursos naturais

O acesso para uso e/ou exploração a determinado recurso pode ser limitado pelo Estado

CRFB Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e
ecossistemas; (Regulamento)

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função
ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.

5. Princípio do Usuário pagador e poluidor-pagador

Usuário: Contribuição pela utilização para proporcionar a continuidade da utilização por


outros.
Poluidor: Obrigação de recuperar/ indenizar danos causados.
Não necessariamente o pagador estará cometendo infrações

6. Princípio da precaução

Adoção de medidas fundadas na mera possibilidade de risco, não é um risco comprovado


cientificamente.

Adoção de medidas preventivas ordenadas pelo poder público ao particular mesmo quando
não se tem certeza que tal atitude causará um dano ambiental.

CRFB Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem


risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

7. Princípio da prevenção

Adoção de medidas para evitar danos previsíveis. Nesse caso, os danos são entendidos como
possíveis de serem previstos, dano iminente.

informação, ciência e tecnologia: Exigência de planos para execução de obras e políticas


públicas

CRFB Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa
degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;

8. Princípio da Reparação

Responsabilização da necessidade de indenização de danos, ainda que não previstos.


CRFB Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo
e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e
preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de
acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas
físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos
causados.

9. Princípio da informação

As informações ambientais recebidas pelos órgãos públicos devem ser transmitidas à


sociedade civil.
Esse princípio só não será aplicado em relação aos acidentes ambientais.

10. Princípio da participação

Democracia participativa e audiências públicas


11. princípio da obrigatoriedade da intervenção do poder público

Gestão da propriedade, fiscalização, responsabilização de infratores.


O poder público também deve prestar contas das ações tomadas.
12. Princípio da não regressão ambiental

Não se pode regredir em termos de legislação ambiental. Em caso de descumprimento desse


princípio cabe a ADI.

CRFB Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

Quando o Art. 60 menciona “Direitos individuais” podemos englobar o direito ambiental uma
vez que o STF já interpretou que estariam inclusos os direitos sociais e coletivos. Não
podendo, portanto, os direitos ambientais sofrerem regressão legislativa.

13. Princípio da função socioambiental da propriedade

Estabelece a possibilidade de limitação da propriedade privada. A função social justifica e


legitima a propriedade.
Já se entende que há uma clara passagem do individual para a coexistencialidade.
CRFB Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

CRFB Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público municipal, conforme
diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade
e garantir o bem- estar de seus habitantes. (Regulamento) (Vide Lei nº 13.311, de 11 de julho de
2016)

§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil
habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.

§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de
ordenação da cidade expressas no plano diretor.

E o que acontece em caso de descumprimento?


Sem função socioambiental, o proprietário pode perder o critério objetivo inerente à
propriedade, (direito de posse), mantendo somente o critério subjetivo, qual seja, o direito de
ser indenizado pela perda do bem imóvel.
(Desapropriação-sanção)

O pacto federativo e o meio ambiente


Competências em Matéria Ambiental

CRFB Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;

CRFB Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre:

VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico,
estético, histórico, turístico e paisagístico;

CRFB Art. 30. Compete aos Municípios:


I - legislar sobre assuntos de interesse local;

Aspectos do Art. 225 da CF

1. Dever de preservação do patrimônio genético para a perpetuidade das espécies. Dever


previsto no §1 inciso II. O patrimônio genético a qual esse artigo se refere é todo material de
origem vegetal, animal, microbiana e etc que tenha valor real ou potencial para a presente
e/ou futuras gerações.
2. Definição de áreas de proteção ambiental. Presente no §1, inciso III e §4. A alteração e a
supressão são permitidas somente através de lei.
3. Educação Ambiental. Previsto no §1, inciso VI.
4. Proteção da Fauna e da Flora §1, inciso VII
5. Atividade Nuclear, presente no §6. A atividade nuclear se opera para fins pacíficos, como
previsto no Art. 21, XXIII, a da CF.
6. Estudo Prévio de impacto ambiental, previsto no §1, inciso IV

CRFB Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.

§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e
ecossistemas; (Regulamento)

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as entidades


dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; (Regulamento) (Regulamento) (Regulamento)
(Regulamento)

III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem
especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer
utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção; (Regulamento)

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de


significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade;
(Regulamento)

V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que


comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente; (Regulamento)

VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a


preservação do meio ambiente;

VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função
ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade. (Regulamento)

VIII - manter regime fiscal favorecido para os biocombustíveis e para o hidrogênio de baixa emissão de
carbono, na forma de lei complementar, a fim de assegurar-lhes tributação inferior à incidente sobre os
combustíveis fósseis, capaz de garantir diferencial competitivo em relação a estes, especialmente em relação às
contribuições de que tratam o art. 195, I, "b", IV e V, e o art. 239 e aos impostos a que se referem os arts. 155, II,
e 156-A. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 132, de 2023)

§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de
acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.

§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas


físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos
causados.

§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a


Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que
assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais. (Regulamento)
(Regulamento)

§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias,
necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.

§ 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em lei federal, sem o
que não poderão ser instaladas.

§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram cruéis as
práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215
desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural
brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 96, de 2017)

Ação Civil Pública


CRFB Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:

I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos
assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;

III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e social, do
meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;

IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e dos


Estados, nos casos previstos nesta Constituição;

V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;

VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando


informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;

VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no
artigo anterior;

VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os


fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;

IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade,
sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de
terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.

§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que deverão
residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e títulos,
assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-se do bacharel em
direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas nomeações, a ordem de classificação.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. (Incluído pela Emenda


Constitucional nº 45, de 2004)

Podendo ser contra o poder público ou contra particulares, ação ajuizada para proteção de direitos
coletivos por órgãos públicos como o MP, Defensoria Pública e etc.

A ação pode ser prestada a todos os tipos de Direitos coletivos ( Difuso, coletivo em sentido estrito e
individuais homogêneos)

Quando cabe a ação civil pública?


Art. 1º da lei da ACP

LEI No 7.347, DE 24 DE JULHO DE 1985.

Art. 1º Regem-se pelas disposições desta Lei, sem prejuízo da ação popular, as ações de
responsabilidade por danos morais e patrimoniais causados: (Redação dada pela Lei nº 12.529, de 2011).

l - ao meio-ambiente;

ll - ao consumidor;

III – a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

IV - a qualquer outro interesse difuso ou coletivo.

V - por infração da ordem econômica;

VI - à ordem urbanística. (Incluído pela Medida provisória nº 2.180-35, de 2001)

VII – à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos. (Incluído pela Lei nº 12.966, de
2014)

VIII – ao patrimônio público e social. (Incluído pela Lei nº 13.004, de 2014)

Parágrafo único. Não será cabível ação civil pública para veicular pretensões que envolvam tributos,
contribuições previdenciárias, o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS ou outros fundos de natureza
institucional cujos beneficiários podem ser individualmente determinados. (Incluído pela Medida provisória nº
2.180-35, de 2001)

Legitimidade Ativa Para propositura da Ação


Art. 5o Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação cautelar: (Redação dada pela Lei nº
11.448, de 2007) (Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)

I - o Ministério Público; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007).

II - a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007).


III - a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007).

IV - a autarquia, empresa pública, fundação ou sociedade de economia mista; (Incluído pela Lei nº
11.448, de 2007).

V - a associação que, concomitantemente: (Incluído pela Lei nº 11.448, de 2007).

a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil; (Incluído pela Lei nº 11.448, de
2007).

b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao patrimônio público e social, ao meio
ambiente, ao consumidor, à ordem econômica, à livre concorrência, aos direitos de grupos raciais, étnicos ou
religiosos ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico. (Redação dada pela Lei nº
13.004, de 2014)

§ 1º O Ministério Público, se não intervier no processo como parte, atuará obrigatoriamente como fiscal
da lei.

§ 2º Fica facultado ao Poder Público e a outras associações legitimadas nos termos deste artigo
habilitar-se como litisconsortes de qualquer das partes.

§ 3° Em caso de desistência infundada ou abandono da ação por associação legitimada, o Ministério


Público ou outro legitimado assumirá a titularidade ativa. (Redação dada pela Lei nº 8.078, de 1990)

§ 4.° O requisito da pré-constituição poderá ser dispensado pelo juiz, quando haja manifesto interesse
social evidenciado pela dimensão ou característica do dano, ou pela relevância do bem jurídico a ser protegido.
(Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990)

§ 5.° Admitir-se-á o litisconsórcio facultativo entre os Ministérios Públicos da União, do Distrito Federal
e dos Estados na defesa dos interesses e direitos de que cuida esta lei. (Incluído pela Lei nª 8.078, de
11.9.1990)

§ 6° Os órgãos públicos legitimados poderão tomar dos interessados compromisso de ajustamento de sua
conduta às exigências legais, mediante cominações, que terá eficácia de título executivo extrajudicial.
(Incluído pela Lei nª 8.078, de 11.9.1990)

O CDC também inclui como legitimado ativo as organizações de defesa do consumidor. ( Art. 82 do
CPC, inciso III)

CDC Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único, são legitimados concorrentemente: (Redação
dada pela Lei nº 9.008, de 21.3.1995)

III - as entidades e órgãos da Administração Pública, direta ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica,
especificamente destinados à defesa dos interesses e direitos protegidos por este código;

O inquérito civil é a etapa pré ação civil pública. Porém nem toda ação civil pública tem inquérito
civil, pois somente o MP pode requisitar o inquérito, os demais legitimados não podem requisitar o
inquérito civil.

Termo de ajustamento de conduta: Pode ser realizado antes da ação civil pública ou durante, pode ser
também judicial ou extrajudicial. O TAC pode ser preventivo ou após o dado com intuito de ajustar a
forma de reparação.
Fundo de reparação de danos ou Fundo de direitos difusos.

Ação Popular
CRFB Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes:

LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio ambiente e ao
patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência;

Exceção a legitimidade ao cidadão que:

CRFB Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

II - incapacidade civil absoluta;

III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;

V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

Sentença:

Art. 18. A sentença terá eficácia de coisa julgada oponível "erga omnes", exceto no caso de haver sido a
ação julgada improcedente por deficiência de prova; neste caso, qualquer cidadão poderá intentar outra ação
com idêntico fundamento, valendo-se de nova prova.

Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado,
condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a
ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa.

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