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4 BIMESTRE

DTO. AMBIENTAL
Conceito: É o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física,
química e biologia, que permite abrigar e rege a vida em todas as suas formas.

Natureza jurídica do meio ambiente: direitos difusos Poderá ser encontrado tanto nos
bens públicos quanto nos particulares.

Bem Público - art.99, I, CC c/c 225, CF: bens de uso comum do povo;

→ bens incorpóreos do povo, mas corpóreos do particular (ex. dono da fazenda


que tem reserva legal para manter uma área de vegetação). → dessa forma, você pode
tutelar o direito do meio ambiente ainda que a propriedade seja privada.

● explicação: Bens Públicos: bens de uso comum do povo; bens de uso especial
(prédios públicos, praças etc) e bens dominicais (estes ainda estão desafetados →
não tem destinação específica: uso comum do povo ou bens de uso especial.

Princípio do direito humano fundamental: é o responsável pela existência dos demais


princípios de direito ambiental. Chamado de princípio base.

- Origem: decorre da Declaração de Estocolmo de 1972, reafirmado pela


Declaração do Rio (ECO 92), proferido na Conferência da ONU sobre Meio
Ambiente e Desenvolvimento.

Princípio Democratico: atua nas 03 esferas do poder. A ideia é que o povo tenha direito
a participação ou pelo menos informação da elaboração das políticas públicas ambientais.

● o princípio é materializado através dos direitos ‗a informação e à partipação.


○ art. 4, §101, deverá ouvir os conselhos estaduais, municipais ou distrital de
meio ambiente.

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§ 10. Em áreas urbanas consolidadas, ouvidos os conselhos estaduais, municipais ou
distrital de meio ambiente, lei municipal ou distrital poderá definir faixas marginais
distintas daquelas estabelecidas no inciso I do caput deste artigo, com regras que
estabeleçam: (Incluído pela Lei nº 14.285, de 2021)

I– a não ocupação de áreas com risco de desastres; (Incluído pela Lei nº 14.285, de 2021)

II– a observância das diretrizes do plano de recursos hídricos, do plano de bacia, do


plano de drenagem ou do plano de saneamento básico, se houver; e (Incluído pela Lei nº
14.285, de 2021)

III – a previsão de que as atividades ou os empreendimentos a serem instalados nas


áreas de preservação permanente urbanas devem observar os casos de utilidade pública,
de interesse social ou de baixo impacto ambiental fixados nesta Lei.
Princípio da Precaução: conhecido como princípio da prudência ou da cautela. Busca
criar mecanismos voltados ao estudo e identificação de riscos ambientais ainda
desconhecidos.

● os riscos da evolução tecnológica e científica. Ex. Produtos Transgênicos.

● Estudos de impacto ambiental (EIA): os estudos de impacto ambiental são


informados pelo Princípio da Precaução, com o objetivo de averiguar e precaver a
ocorrência de danos ambientais. Ex. estudos acerca dos danos que poderão ser
causados com a construção de uma usina hidrelétrica.

Princípio da Prevenção: Enquanto o princípio da Precaução se preocupa com os


possíveis riscos, o princípio da Prevenção trata dos impactos ambientais já conhecidos ao
longo do tempo.

● licenciamento ambiental: é informado pelo Princípio da Prevenção, com o


objetivo de prevenir os danos ambientais que uma determinada atividade poderia
causar ao meio ambiente, caso a mesma operasse a revelia do licenciamento.
Ex. Canais de Transposição para peixes nas Usinas Hidrelétricas.
Ex 2. Postos de Revenda de Combustíveis.

Princípio do equilíbrio: As intervenções no meio ambiente devem ser analisadas,


visando buscar uma alternativa que concilie um resultado globalmente positivo, ou seja,
deverá levar em conta o aspecto ambiental, o aspecto econômico, o aspecto social, etc.

Ex. Regularização Fundiária de Áreas urbanas consolidadas em APP (Área de


Preservação Permanente) (art.61 e ss da Lei 12.651/2012. → exemplo: rio que passa no
meio da cidade. Será preciso conciliar as regras desse rio..qual será a metragem dessa
área de preservação ao redor do rio nesse meio urbano.

Princípio da Razoabilidade e Proporcionalidade: Por estes princípios as autoridades e


os magistrados podem e devem adequar a adoção das medidas relacionadas ao caso
concreto, ajustando a dosimetria de eventual penalidade ou, simplesmente, sua não
aplicação.

Princípio da responsabilidade: a responsabilidade é objetiva, ou seja, independente de


culpa, para aqueles que causarem danos ao meio ambiente.

● art. 225, §3º, CF


● art. 14, §1º, da Lei 6.938/81 - PNMA.

→ Propter rem segue a coisa. Se você comprou o bem com um monte de dívida
ambiental, o ônus é seu.

→ Inexistência de direito adquirido à degradação ambiental: Teoria do fato


Consumado Inaplicável.
● Súmula 613, STJ - Não se admite a aplicação da teoria do fato consumado
em tema de Direito Ambiental. (Súmula 613, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
09/05/2018, DJe 14/05/2018)

Princípio do poluidor pagador: toda pessoa física ou jurídica que for exercer atividade
que cause impacto ambiental, ela deverá arcar com todo o custo necessários para
eliminar a contaminação ou reduzir, a depender dos casos (inclusive o Poder Público).

- Fundamento legal: art. 4º, inciso VII, Lei 6.938/81


- forma de atuação do princípio: é de caráter preventivo ou repressivo.
a. preventivo: quando busca evitar a ocorrência do dano ambiental. Ex.
processo de licenciamento ambiental.
b. repressivo: quando ocorrido o dano, este deve ser reparado. Ex. vazamento
de petróleo. Desastre de Mariana.

Princípio do usuário pagador: impõe ao usuário a contribuição pela utilização de


recursos ambientais com fins econômicos, sendo essa valoração dos recursos naturais
não pode excluir faixas populacionais de menor poder aquisitivo.

- fundamento legal: art.4 º, inciso VII, da Lei 6.938/81.

Princípio da função socioambiental da propriedade: a propriedade é despojada deste


caráter intangível e passa a sofrer limitações visando sempre a promoção do bem estar
social.

● não basta dar função social a propriedade, também deverá dar função ambiental.
- fundamento legal: art. 1.228, §1º, do CC

Princípio TEMPUS REGIT ACTUM: Pelo aludido princípio, os atos praticados pelo
cidadão devem ser analisados com base única e exclusivamente nas normas existentes
naquele momento (que regiam tal ato)

● OBS: Os doutrinadores divagam no que tange à sua aplicação ao DIREITO


AMBIENTAL. Alguns sustentam não ser possível, diante da tutela constitucional do
meio ambiente. Outros, no entanto, entendem plenamente possível.

Ex. Ribeirinho autuado pelo IBAMA por ter construído residência em APP, quando a àrea
ainda não era uma APP.

Princípio da Retroatividade da lei mais branda: beneficia o interessado.

● No Brasil este princípio existe no direito penal, onde a lei não retroagirá, salvo se
para beneficiar o réu - art. 5º, inciso XL, CF
RETROATIVIDADE DA LEI X TEMPUS RAGIT ACTUM

PROCESSUAL CIVIL E AMBIENTAL. ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE.


CÔMPUTO NO CÁLCULO DO PERCENTUAL DA RESERVA LEGAL DO IMÓVEL.
NOVO CÓDIGO FLORESTAL. TEMPUS REGIT ACTUM. RESERVA LEGAL.
REGULARIZAÇÃO PELOS MEIOS DE COMPENSAÇÃO DO NOVO DIPLOMA.
INAPLICABILIDADE. INOVAÇÃO RECURSAL. IMPOSSIBILIDADE, (...) 2. O STJ, em
diversos julgados, tem defendido a tese de que, em matéria ambiental, deve prevalecer o
princípio TEMPUS REGIT ACTUM, de forma a não se admitir a aplicação das disposições
do novo Código Florestal a fatos pretéritos, sob pena de retrocesso ambiental (REsp
1.728.244/SP, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, Segunda Turma, julgado em
06/12/2018, DJe 08/03/2019, e AgInt no REsp 1.709.241/SP, Rel. Ministro GURGEL DE
FARIA, Primeira Turma, julgado em 11/11/2019, DJe 02/12/2019). (...) (AgInt no REsp
1717198/SP, Rel. Ministro GURGEL DE FARIA, PRIMEIRA TURMA, julgado em
29/06/2020, DJe 03/08/2020)

Princípio da insignificância: admitido excepcionalmente no direito ambiental, apenas


quando devidamente demonstrada a ínfima ofensividade ao bem ambiental tutelado. EX.
Pesca em período que não poderia, com equipamentos de uso permitido e não tinha pego
nada ainda...ele não causou dano ambiental!

Princípio da intervenção mínima: ultima ratio afasta a aplicação do direito penal quando
o ilícito puder ser sanado por ações intentadas nas outras esferas judiciais.

EX.: ACP para reparação de dano ambiental e Ação Penal voltada a punir o infrator
(CASO PORTO FIGUEIRA)

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - PNMA - Lei n. 6.938/81

Origem: É fruto da mudança de paradigma da sociedade, que até então se mantinha sob
a falsa ideia de que os recursos naturais eram infinitos e renováveis, desconhecendo o
Princípio do Desenvolvimento Sustentável.

Objetivos preconizados pela PNMA: a preservação, a melhoria e a recuperação da


qualidade de vida, assegurando condições para o desenvolvimento sócio-econômico, aos
interesses da segurança nacional e a proteção da dignidade da pessoa humana.

SISNAMA – Sistema Nacional do Meio Ambiente: Sistema constituído pela LEI 6.938/81,
provido de vários órgãos, dentre os quais o CONAMA.

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente: Órgão de atribuição consultiva” ―e


―deliberativa‖, com poderes para, no âmbito de sua competência, deliberar sobre normas
e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à
sadia qualidade de vida (art. 6º, II, Lei).
Ex. há resolução sobre a classificação da água (doce, salobras e salinas), sobre poluição
sonora

IBAMA: Criado pela Lei n. 7.735/89

Atribuições: exercer o poder de polícia ambiental.

Execução de ações das políticas nacionais de meio ambiente referente às


federais, relativas ao licenciamento ambiental, ao controle da qualidade ambiental, à
autorização de uso dos recursos naturais e à fiscalização, monitoramento e controle
ambiental, observadas as diretrizes emanadas do Ministério do Meio Ambiente.

ICMBio: Foi criado pela LEI Nº 11.516/2007

ATRIBUIÇÕES:

I - executar ações da política nacional de unidades de conservação da natureza,


referentes às atribuições federais relativas à proposição, implantação, gestão,
proteção, fiscalização e monitoramento das unidades de conservação instituídas
pela União;

II - executar as políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais


renováveis e ao apoio ao extrativismo e às populações tradicionais nas unidades de
conservação de uso sustentável instituídas pela União;

III - fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação


e conservação da biodiversidade e de educação ambiental;

IV - exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades


de conservação instituídas pela União; e

V - promover e executar, em articulação com os demais órgãos e entidades


envolvidos, programas recreacionais, de uso público e de ecoturismo nas unidades
de conservação, onde estas atividades sejam permitidas.

→ Trabalho do ICMBio é para especificamente nas areas de conservação, quando


federal.

→ Se estadual, será o IAT (antigo IAP).


SNUC (LEI 9.985/2000) - SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA
NATUREZA

UNIDADE DE CONSERVAÇÃO: espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo


as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo
Poder Público, com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de
administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção; (ART. 2º, I)

CONCEITOS PARA EXPLICAR MELHOR A LEI:

1. PROTEÇÃO INTEGRAL: manutenção dos ecossistemas livres de alterações


causadas por interferência humana, admitido apenas o uso indireto dos seus
atributos naturais; (ART. 2º, VI) —> aquela area que não vai permitir a participação
humana = exploração naquele local. Qualquer tipo de exploração é vedada. Ex.
parque nacional.

2. MANEJO: todo e qualquer procedimento que vise assegurar a conservação da


diversidade biológica e dos ecossistemas; (ART. 2º, VIII). Ex. uma poda de arvore
que não seja nativa e que irá melhorar o local.

3. USO INDIRETO: aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos
recursos naturais; (ART. 2º, IX)

4. USO DIRETO: aquele que envolve coleta e uso, comercial ou não, dos recursos
naturais; (ART. 2º, X)

5. USO SUSTENTÁVEL: exploração do ambiente de maneira a garantir a perenidade


dos recursos ambientais renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a
biodiversidade e os demais atributos ecológicos, de forma socialmente justa e
economicamente viável; (ART. 2º, XI) → aquelas que tem uso direto porque permite
a participação humana.

6. EXTRATIVISMO: sistema de exploração baseado na coleta e extração, de modo


sustentável, de recursos naturais renováveis; (ART. 2º, XII)

7. RESTAURAÇÃO: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre


degradada o mais próximo possível da sua condição original; (ART. 2º, XIV)

8. ZONEAMENTO: definição de setores ou zonas em uma unidade de conservação


com objetivos de manejo e normas específicos, com o propósito de proporcionar os
meios e as condições para que todos os objetivos da unidade possam ser
alcançados de forma harmônica e eficaz; (ART. 2º, XVI) → basicamente um
mapeamento para saber o que será feito em cada área.
9. PLANO DE MANEJO: documento técnico mediante o qual, com fundamento nos
objetivos gerais de uma unidade de conservação, se estabelece o seu zoneamento
e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais,
inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à gestão da unidade;
(ART. 2º, XVII) – ex. como serão retiradas aquelas pessoas que não poderiam
residir naquele local, como os ribeirinhos.

10. ZONA DE AMORTECIMENTO: o entorno de uma unidade de conservação, onde


as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o
propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade; e (ART. 2º, XVIII). –
uma área que não envolve só a área de preservação, mas o entorno dela.

11. CORREDORES ECOLÓGICOS: porções de ecossistemas naturais ou


seminaturais, ligando unidades de conservação, que possibilitam entre elas o fluxo
de genes e o movimento da biota, facilitando a dispersão de espécies e a
recolonização de áreas degradadas, bem como a manutenção de populações que
demandam para sua sobrevivência áreas com extensão maior do que aquela das
unidades individuais. (ART. 2º, XIX). – ex. duas ou mais áreas de conservação
próximas uma da outra. Esse corretor, ainda que dentro de uma propriedade
privada, deverá ser conservado.

UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: (art. 2º, I, da Lei 9.985/2000)

→ Forma de Constituição: A lei fala que devem ser por Ato do Poder Público
[DECRETO] (art. 22, Lei 9.985/2000). Nada impede, contudo, que se utilize a LEI, como
instrumento para sua criação.
● logo, se cair na prova, a forma de constituição dessas unidades de
conservação é o DECRETO, mas nada impede que seja feita por lei.

→ Grupos de unidade de conservação:

● unidades de Proteção Integral - como regra, não terá presença humana.


PODERÁ SE o indivíduo estiver morando lá, até porque é necessário cuidar dessa
unidade de proteção.

TIPOS:

1. Estações ecológicas: Na Estação Ecológica, além da preservação


da natureza, também ocorrem as pesquisas científicas. Para entrar
numa estação ecológica é necessário obter uma licença fornecida
pelo órgão responsável pela administração da unidade. (art. 9º,
SNUC)
Propriedade: PÚBLICA – Portanto, se o imóvel a ser protegido for
PARTICULAR, deverá ser desapropriado.

● se for uma área federal, ICMBio terá que autorizar.

2. Reserva biológica (REBIO): Na Reserva Biológica a biota e outros


atributos naturais são preservados integralmente, mediante a não
intervenção humana direta ou modificações ambientais, salvo quando
necessárias para recuperar os ecossistemas alterados e as ações de
diversidade biológica e os processos ecológicos naturais. (art. 10,
SNUC) – intervenção humana somente para conservar a unidade, ou
seja, indireta.

Propriedade: PÚBLICA – Portanto, se o imóvel a ser protegido for


PARTICULAR, deverá ser desapropriado.

3. PARQUE NACIONAL (PARNA): O Parque Nacional tem como


objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande
relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de
pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação
e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e
de turismo ecológico. (art. 11º, SNUC)

Propriedade: PÚBLICA – Portanto, se o imóvel a ser protegido for


PARTICULAR, deverá ser desapropriado.

O parque nacional é criado pela União, mas nada impede de um


Estado ou Município ter um parte, sendo a terminologia

● Estadual: Parque Estadual (PES)


● Municipal: Parque Natural Municipal (PNM)

4. Monumento Natural (MONA): O Monumento Natural é uma Unidade


de Conservação do grupo de proteção integral que tem como objetivo
básico preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza
cênica. Pode ser constituído por áreas particulares, desde que seja
possível compatibilizar os objetivos da unidade com a utilização da
terra e dos recursos naturais do local pelos proprietários (art. 12,
SNUC)
Propriedade: PÚBLICA OU PARTICULAR – Portanto, se o imóvel a
ser protegido for PARTICULAR, e houver incompatibilidade entre o
uso e a proteção, deverá ser DESAPROPRIADO.

→ diferente das áreas vistas até agora, essa não é exclusivamente


pública, mas pode também ser privada.

5. REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE (REVIS ou RVS): No Refúgio de


Vida Silvestre são garantidas condições para a existência ou
reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna
residente ou migratória. (art. 13, SNUC)

Ex.: Refúgio Biológico Bela Vista – Foz do Iguaçu

Propriedade: PÚBLICA OU PARTICULAR – Portanto, se o imóvel a


ser protegido for PARTICULAR, e houver incompatibilidade entre o
uso e a proteção, deverá ser DESAPROPRIADO.

UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL - Permite o uso humano

1. ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL (APA): É uma área em geral


extensa, com um certo grau de ocupação humana, dotada de
atributos abióticos,bióticos, estéticos ou culturais, especialmente
importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações
humanas, e tem com objetivos básicos proteger a diversidade
biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a
sustentabilidade do uso dos recursos naturais (art. 15, SNUC)

Propriedade: PÚBLICA ou PRIVADA.

2. ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE ECOLÓGICO (ARIE): Sua


extensão é bem pequena, com pouco ou nenhum adensamento
humano. Caracteriza- se por conter exemplares raros da biota
regional, proporcionando a manutenção dos ecossistemas naturais,
de importância regional ou local. (art. 16, SNUC)

Propriedade: PÚBLICA ou PRIVADA.

3. FLORESTA NACIONAL (FLONA): Predominam as espécies nativas.


Propõe-se ao uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e da
pesquisa científica. (art. 17, SNUC) -
Propriedade: PÚBLICA – Portanto, se o imóvel a ser protegido for
PARTICULAR, deverá ser desapropriado.

Demais entes, sendo a sua nomenclatura:

Estadual: floresta estadual


Municipal: floresta municipal

4. RESERVA EXTRATIVISTA (RESEX): Ocupada por populações


extrativistas tradicionais, visa assegurar o uso sustentável dos
recursos naturais da unidade. (art. 18, SNUC)

Propriedade: PÚBLICA – Portanto, se o imóvel a ser protegido for


PARTICULAR, deverá ser desapropriado.

5. RESERVA DE FAUNA (REF): Ocupada por populações animais


nativas, sejam elas terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias.
É um local apropriado para estudos técnico-científicos sobre manejo
sustentável da fauna. (art. 19, SNUC)

Propriedade: PÚBLICA – Portanto, se o imóvel a ser protegido for


PARTICULAR, deverá ser desapropriado.

6. RESERVA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL (RDS):


Trata-se de área natural, ocupada por populações tradicionais. Sua
base é a exploração dos recursos naturais de forma sustentável,
levando em conta as condições ecológicas locais, fundamentais na
proteção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. (art.
20, SNUC)

Propriedade: PÚBLICA – Portanto, se o imóvel a ser protegido for


PARTICULAR, deverá ser desapropriado.

7. RESERVA PARTICULAR DO PATRIMÔNIO NATURAL (RPPN):


Área privada, gravada com perpetuidade para conservação da
diversidade biológica, por intermédio de Termo de Compromisso
averbado à margem da inscrição no Registro Público de Imóveis. (art.
21, SNUC c/c Decreto Federal nº 5.749/2006)

Propriedade: Eminentemente PRIVADA.


Ex. tem uma mata e quer transformar em uma RPPN. Ele
precisará registrar isso na matrícula do imóvel
Propriedade: Atividades recreativas, turísticas, de educação e
pesquisa são permitidas na reserva, desde que sejam autorizadas
pelo órgão ambiental responsável pelo seu reconhecimento.

CLASSIFICAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

→ Meio Ambiente Natural ou Físico: É composto pelos recursos naturais.

Ex.: Água, SOLO, AR, FAUNA e FLORA.

→ Fundamento: Art. 225, caput e § 1º, I e VII, CF.

→ Meio Ambiente Artificial: Formado pelos espaços urbanos, incluindo as edificações


que são os espaços urbanos fechados, e os equipamentos públicos ou espaços urbanos
abertos.

Ex.: PRÉDIOS e RESIDÊNCIAS, PRAÇAS, RUAS, etc...

● Base Constitucional: Art. 225, art. 182, art. 21, XX, art. 5º, XXIII, CF.

● Fundamento Infraconstitucional: Lei 10.257/01 (Estatuto da Cidade): norma


fundamental para a proteção do meio ambiente artificial.

→ Meio Ambiente Artificial: Formado pelos espaços urbanos, incluindo as edificações


que são os espaços urbanos fechados, e os equipamentos públicos ou espaços
urbanos abertos.

→ Meio Ambiente Cultural: O meio ambiente cultural é formado pelo patrimônio cultural,
este composto pelo patrimônio histórico, artístico, turístico, paisagístico e arqueológico.

Ex.: PARQUE NACIONAL DE ILHA GRANDE.

● Fundamento: Art. 216, CF.

→ Patrimônio Genético: Patrimônio voltado à engenharia genética que manipula


moléculas de DNA/RNA.

Ex.: PRODUTOS TRANSGÊNICOS e FERTILIZAÇÃO IN VITRO.

● Fundamento: Art. 225, V, CF.


→ Meio Ambiente do Trabalho: É o local onde homens e mulheres desenvolvem suas
atividades de trabalho. Para que esse local seja considerado adequado para o trabalho,
deverá apresentar além de condições salubres, ausência de agentes que coloquem em
risco o corpo físico e a saúde mental dos trabalhadores.

Exemplo: fábricas.

● fundamento: art. 200, inciso VIII e 225, CF.

○ Diferente da proteção conferida pela CLT: A proteção conferida pelo meio


ambiente do trabalho é diversa da oferecida pelo direito do trabalho. Ao se
falar em meio ambiente do trabalho está se referindo à manutenção da
saúde e da segurança do trabalhador no local onde trabalha. Já o direito do
trabalho protege o trabalhador no sentido de ser um conjunto de normas
disciplinadoras entre empregador e empregado.

DA COMPETÊNCIA CONSTITUCIONAIS EM MATÉRIA AMBIENTAL

→ Competência privativa da união: águas, energia, populações indígenas, jazidas e


outros recursos minerais, além das atividades nucleares de qualquer natureza. (Art. 22,
IV, XII, XIV, XXVI, CF).

- Exceção: Salvo mediante edição de Lei Complementar que autorize os Estados a


legislarem sobre tais matérias.

→ competência comum: Compete à União, Estados, Municípios e o Distrito Federal,


conjuntamente, atuarem em cooperação administrativa recíproca, visando alcançar os
objetivos descritos pela própria Constituição. (art. 23, CF).

→ competência concorrente: Implica no estabelecimento de moldes pela União a serem


observados pelos Estados e Distrito Federal. (Art. 24, CF).

→ competência municipal: Desde que observada a legislação federal e estadual, os


Municípios podem editar normas que atendam à realidade local ou até mesmo preencham
lacunas das legislações federal e estadual (Art. 30, CF).

→ lei dos crimes ambientais - Lei 9.605/98: Com o advento da Lei dos Crimes
Ambientais (LCA), as infrações penais e administrativas ambientais, passaram a ser
disciplinadas de modo a se atribuir um cunho de maior relevância às primeiras,
transformando as punições criminais nas agressões ao meio ambiente, em importante
capítulo do Direito Penal Ambiental.
Meios Processuais para a defesa do Meio Ambiente

1. Ação Civil Pública;


2. Ação Popular;
3. Mandado de Segurança Coletivo
4. Mandado de Injunção.

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