E DO ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO NO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE
“Art. 103, § 1º, CF/88. O Procurador-Geral da
República deverá ser previamente ouvido nas ações de inconstitucionalidade e em todos os processos de competência do Supremo Tribunal Federal.” “Art. 103, § 3º, CF/88. Quando o Supremo Tribunal Federal apreciar a inconstitucionalidade, em tese, de norma legal ou ato normativo, citará, previamente, o Advogado-Geral da União, que defenderá o ato ou texto impugnado.” O AGU atua na ADC, ADO e ADPF? PARÂMETROS DO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE NA ADI (ART. 102, I, “a”, CF/88)
- Parâmetro superior (paradigma de controle):
normas com “status” constitucional
- Parâmetro inferior (objeto): leis e atos
normativos federais e estaduais (art. 102, I, “a”, CF/88) Pode ou não ser objeto de ADI?
- Lei federal ou estadual: sim (art. 59, CF/88)
- Ato normativo federal ou estadual: sim (exemplos já
admitidos pelo STF: deliberações administrativas dos órgãos judiciários; resolução do Conselho Interministerial de Preços; deliberação de TRT determinando pagamento de diferenças de plano econômico) - Emendas constitucionais: sim
- Súmulas: não (mesmo as vinculantes)
- Medidas provisórias: sim
- Decreto regulamentar: não
- Decreto autônomo: sim
- Tratados internacionais: sim (observar a tríplice hierarquia)
- Ato de efeitos concretos: se lei, sim
- Respostas do TSE a consultas: não
- Resolução do TSE: sim, desde que primária e possua
normatividade (ADI 5122, j. 03/05/2018) - Ato anterior à Constituição: não (cabe ADPF / o STF, no RE 600.885, admitiu, por analogia, a modulação dos efeitos da decisão de não recepção)
- Lei ou ato normativo já revogado ou de eficácia
exaurida: não (cabe ADPF, por ser subsidiária). Ressalva: situação de efeito repristinatório indesejado. - Leis orçamentárias: sim (inclusive medida provisória que abre crédito extraordinário)
- Resoluções do CNJ e do CNMP: sim, quando são
atos normativos primários dotados de generalidade, impessoalidade e abstração - Decreto legislativo, desde que dotado de normatividade (generalidade, abstração e impessoalidade). Nesse sentido: ADI 769-MC e Rcl 18165 AgR/RR. - Ato impugnado é revogado ou perde vigência no curso da ADI: regra prejudicialidade da ADI / se já ocorrida a inclusão em pauta (“fraude processual”) prosseguimento do processo (ADIs 3232, 3306 e 4426). OBS.: NÃO COMUNICAÇÃO DA REVOGAÇÃO / CONTINUIDADE NORMATIVA (aditamento? – ADI 2418) / ALTERAÇÃO SUBSTANCIAL E NÃO SUBSTANCIAL (ADI 5579)
- Conversão de MP em lei sem modificação: ADI prossegue,
havendo necessidade de aditamento (ADI 5709) - Alteração do parâmetro de controle no curso da ADI: a ação continua (evitando constitucionalidade superveniente) Há impedimento e suspeição na ADI?
“Não há impedimento nem suspeição nos
julgamentos de ações de controle concentrado, exceto se o próprio ministro firmar, por razões de foro íntimo, a sua não participação” (ADI 6362 QO, j. 02/09/2020) “AMICUS CURIAE” Questões importantes:
I) Até quando pode requerer sua admissão?
II)Pode recorrer?
III)Pode ser pessoa física?
Momento limite para o “amicus curiae” ingressar no processo
“(...) 4. O amicus curiae somente pode
demandar a sua intervenção até a data em que o Relator liberar o processo para pauta. (...)” (ADI 4.071 AgR) “(...) Assinalo, contudo, que dada à sensibilidade da matéria que será submetida a julgamento e a ausência de sustentação oral pelo procurador do autor (Pet. 13.784/2016), recomenda-se a admissão da requerente como amicus curiae, apenas para proferir sustentação oral, de modo a contribuir para o debate, trazendo a perspectiva de quem atua na defesa dos desassistidos, que compõem a grande massa carcerária brasileira. A intervenção da requerente no julgamento é justificada, ainda, na busca de garantir a paridade de armas e um equilíbrio ao debate em Plenário, na medida em que a União já se encontra habilitada neste processo como amicus curiae. De tal modo, com a admissão da requerente, ampliar-se-á a discussão para além da ótica do Estado, trazendo-se para o Plenário também a perspectiva dos encarcerados. (...)” (RE 841526; dec. mon. Min. Rel. Luiz Fux; j .28/03/2016) O “amicus curiae” pode recorrer?
“Art. 7º, § 2º, Lei 9.868/99. O relator,
considerando a relevância da matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível, admitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos ou entidades. “Art. 138, CPC/15. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decisão irrecorrível, de ofício ou a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação. § 1º A intervenção de que trata o caput não implica alteração de competência nem autoriza a interposição de recursos, ressalvadas a oposição de embargos de declaração e a hipótese do § 3º. (...) § 3º O amicus curiae pode recorrer da decisão que julgar o incidente de resolução de demandas repetitivas.” Agravo contra decisão de inadmissão (MUDOU EM 04/07/2022 – ADO 70 AgR):
- Processo objetivo (controle concentrado
abstrato): NÃO pode
- Processo subjetivo (controle difuso concreto):
TAMBÉM não pode Embargos de declaração:
- Processo objetivo (controle concentrado
abstrato): não pode
- Processo subjetivo (controle difuso concreto):
pode Pessoa física pode ser “amicus curiae” no controle de constitucionalidade?
ADPF 412 - Possibilidade Jurídica de Reintegrar A Posse de Próprios Da Administração Esbulhados Sem A Necessidade Do Emprego Dos Institutos Possessórios