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consigamos atingir essa meta, sua ajuda é imprescindível.
Então, sempre que algum amigo ou conhecido falar “será que você passa para
mim aquele material do RevisãoPGE que você tem?”, lembre desta nossa conversa.
Mais: lembre-se que os nossos cursos são tutelados pela legislação civil (como a Lei
9.610/98 e o Código Civil) e pela legislação penal (especialmente pelo art. 184 do Código
Penal).
Para que não reste dúvida: este curso se destina ao uso exclusivo do aluno que
o adquirir em nosso site, e sua aquisição não autoriza sua reprodução. Ok?
Sabemos que falar isso parece pouco amigável, mas só estamos tendo este
“papo reto” porque queremos de você justamente um ato de amizade: não participar,
de forma alguma, da pirataria deste curso. Se isso acontecer, o fornecimento das aulas
a você será interrompido e nenhum valor pago será restituído, sem prejuízo,
evidentemente, de toda a responsabilização cabível nos âmbitos civil e penal.
Bem, o recado era esse. Agora podemos voltar às boas e meter a cara nos livros!
Ops... nos PDFs!
Bons estudos!
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Material revisado e atualizado em 25/06/2020
PDFIGHT
Aula 08 -
RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO
RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL DO ESTADO 3
TEORIAS DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 3
TEORIA DA IRRESPONSABILIDADE DO ESTADO 3
TEORIA DA RESPONSABILIDADE COM CULPA 4
TEORIA DA CULPA ADMINISTRATIVA 5
TEORIA DO RISCO ADMINISTRATIVO 5
TEORIA DO RISCO INTEGRAL 6
TEORIA DO RISCO SOCIAL 7
AGENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 8
RESPONSABILIDADE OBJETIVA 10
RESPONSABILIDADE POR OMISSÃO ESTATAL 10
TEORIAS EXPLICATIVAS DO NEXO CAUSAL 11
EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE 14
AÇÕES JUDICIAIS 14
AÇÃO DE REPARAÇÃO DO DANO 15
AÇÃO DE REGRESSO 16
DENUNCIAÇÃO A LIDE 17
PRAZO PRESCRICIONAL 20
RESPONSABILIDADE POR ATOS LEGISLATIVOS 21
RESPONSABILIDADE POR ATOS JURISDICIONAIS 22
RESPONSABILIDADE DOS NOTÁRIOS 26
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RESPONSABILIDADE CIVIL EXTRACONTRATUAL DO
ESTADO
O Estado não se
Irresponsabilidade responsabiliza pelos
do Estado danos causados por
seus agentes
Há responsabilidade
Responsabilidade
apenas quando atua
com culpa
com culpa/dolo
Precisa comprovar a
Culpa
"falta do serviço"
administrativa
ou "culpa anônima"
Teorias:
Não se verifica a
Risco administrativo culpa, basta haver
nexo entre o ato e o
dano
Não admite
Responsabilidade
excludentes de
integral
ilicitude
Socialização dos
Risco social riscos. O foco é a
vítima, não o
causador do dano
A culpa não precisa ser demonstrada pelo particular que pede a indenização
contra o Poder Público. No entanto, se o Estado demonstrar que houve culpa
por parte do particular que pleiteia a indenização, exime-se de
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responsabilidade.
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O art. 927, PU, CC adota a teoria:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
(...)
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XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de
qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a
pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a
industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus
derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
(...)
DANOS AMBIENTAIS
parte da doutrina sustenta que a reparação de prejuízos
ambientais causados pelo Estado seria submetida à teoria
do risco integral, esta é a posição que prevalece no STJ (o
tema é estudado com detalhes no Direito Ambiental).
Para Cyonil Borges e Adriel Sá, a Lei Geral da Copa (Lei 12.663/12) adotou tal
teoria em seu art. 23, veja:
Agentes do Estado: o Estado não pode praticar, por conta própria, qualquer ato
e sua atuação é concretizada por seus agentes, pessoas físicas capazes de
manifestar vontade real. O conceito de agente público pode ser encontrado no
art. 2º da Lei de Improbidade Administrativa (Lei 8.429/92):
(...)
Segundo o STF o crime praticado por policial militar durante o período de folga,
usando arma da corporação enseja a responsabilidade civil objetiva do Estado (STF. RE
418023 AgR, Relator(a): Min. Eros Grau, Segunda Turma, DJe 16-10-2008).
RESPONSABILIDADE OBJETIVA
Elementos:
o A alteridade do dano;
o A causalidade material entre o eventus damni e o comportamento
positivo (ação) do agente público;
o A oficialidade da atividade causal e lesiva, imputável a agente do Poder
Público;
A Corte Suprema fixou o entendimento que, mesmo quando o ato estatal é lícito,
se um particular sofrer prejuízos em condições de desigualdade com os demais, é
possível termos a responsabilização do Estado, veja: “o Estado responde juridicamente
também pela prática de atos lícitos, quando deles decorrerem prejuízos para os
particulares em condições de desigualdade com os demais. Impossibilidade de a
concessionária cumprir as exigências contratuais com o público, sem prejuízos extensivos
aos seus funcionários, aposentados e pensionistas, cujos direitos não puderam ser
honrados”. (STF. RE 571969, Relator(a): Min. Cármen Lúcia, Tribunal Pleno, julgado em
12/03/2014)
Ainda nesse tema, o STJ tem um interessante precedente em que foi negada a
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indenização em prol das empresas privadas prejudicadas por uma portaria do Ministério
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O elemento subjetivo da culpa não precisa estar identificado, motivo pelo qual
se chama “culpa anônima”, não individualizada. A responsabilidade pela falta
do serviço só existe quando o dano era evitável.
Pessoas sob custódia do Estado: para o STF, quando o Estado tem o dever legal
de garantir a integridade de pessoas ou coisas que estejam sob sua proteção
direta. ) o Poder Público responderá por danos ocasionados a essas pessoas ou
coisas. A responsabilidade objetiva nesses casos decorre de uma omissão
específica do Estado.
Um ótimo exemplo desta situação é apresentado pelo STF no caso dos danos
sofridos por detentos. Com efeito, considerando que é dever do Estado, imposto
pelo sistema normativo, manter em seus presídios os padrões mínimos de
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Ainda em se tratando de danos sofridos por detentos, tanto o STF quanto o STJ
entendem que, nos casos em que seria impossível que o Estado evitasse o dano,
não subsiste o dever de indenizar.
EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE
Culpa da vítima: Ocorre a culpa exclusiva da vítima quando ficar comprovado
que o prejudicado, na verdade, foi o único responsável pelo resultado danoso.
Não há que se falar em responsabilidade do Poder Público.
(STJ. AgRg no AREsp 676392/RJ, Rel. Ministro João Otávio de Noronha, terceira
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AÇÕES JUDICIAIS
AÇÃO DE REGRESSO
PRAZO PRESCRICIONAL
A prescrição contra a Fazenda Pública, mesmo em ações indenizatórias, rege-
se pelo Decreto 20.910/1932. Com efeito, prescreve a pretensão indenizatória
em cinco anos da data da lesão ao patrimônio material ou imaterial. Também
vale o mesmo prazo de cinco anos para os pedidos de indenização em face das
concessionárias.
Uma coisa precisa ficar muito clara para você: as ações de ressarcimento por
atos de improbidade administrativa continuam imprescritíveis. Inclusive, este
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E para não restar qualquer dúvida quanto ao termo inicial deste prazo
prescricional, o Superior Tribunal de Justiça firmou entendimento no sentido de
que o termo inicial da prescrição da ação indenizatória, nos casos em que não
chegou a ser ajuizada ação penal, é a data do arquivamento do inquérito
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três hipóteses:
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o Erro judiciário: o indivíduo que for condenado por erro judiciário terá
direito à reparação do prejuízo. No caso, a responsabilidade do Estado é
objetiva, isto é, independe de dolo ou culpa do magistrado. o erro
judiciário que enseja a responsabilização civil do Estado restringe-se à
esfera penal;
o É válido lembrar, ainda, que segundo o STF, a prisão preventiva, desde
que adequadamente fundamentada, não leva à responsabilidade do
Estado, pois não se confunde com o erro judiciário (STF. RE 429.518/SC.
DJ de 28/10/04).
o dever de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa, sob pena
de improbidade administrativa. O Estado possui responsabilidade civil direta,
primária e objetiva pelos danos que notários e oficiais de registro, no exercício
de serviço público por delegação, causem a terceiros. (STF. Plenário. RE
842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019 - repercussão geral).
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