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PAPA CONCURSOS | DIREITO ADMINISTRATIVO: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

| PROF. MARCELO SOBRAL

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Disciplina: Direito Administrativo


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Professor: Marcelo Sobral


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RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

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Conceito. Também chamada de responsabilidade extracontratual (alguns utilizam a expressão

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responsabilidade aquiliana). No Brasil, a responsabilidade civil é orientada pelo princípio do dano direto e

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imediato - ou da casualidade adequada – o qual determina que ninguém pode ser responsabilizado por aquilo
a que não tiver dado causa e que somente se considera causa o evento que produziu direta e concretamente

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o resultado danoso. Segue importante citação da professora Di Pietro: “Ao contrário do direito privado, em
que a responsabilidade exige sempre um ato ilícito (contrário à lei), no direito administrativo ela pode

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decorrer de atos ou comportamentos que, embora lícitos, causem a pessoas determinadas ônus maior do
que o imposto aos demais membros da coletividade. Pode-se, portanto, dizer que a responsabilidade
extracontratual do Estado corresponde à obrigação de reparar danos causados a terceiros em decorrência de

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comportamentos comissivos ou omissivos, materiais ou jurídicos, lícitos ou ilícitos, imputáveis aos agentes
públicos”.

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Vejam uma aplicação da ideia de "dano direto e imediato":
(TRF02_2017_Juiz Federal) Em 2014, conhecido assaltante e homicida foge do presídio federal. O inquérito
administrativo que apurou o evento resulta em punição de dois servidores e mudança de padrões de

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segurança. Já o foragido mantém-se quieto até 2016, quando se une a outro meliante. Os dois invadem casa,
roubam e matam pai de família, na frente da esposa. A dupla de meliantes foge. Por conta da falha de
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segurança no presídio, a viúva aciona a União Federal, pedindo ressarcimento consistente em pensão
alimentícia, danos morais, despesas de funeral e luto, além de reparação do custo de psiquiatra. Assinale a
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resposta adequada à orientação dominante na doutrina e nos Tribunais Superiores:
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a) O pedido é improcedente. GABARITO


Evolução.
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Irresponsabilidade do Estado. Atribuir responsabilidade ao príncipe seria colocá-lo no mesmo


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nível do súdito, em desrespeito a sua soberania. The king can do no wrong. Superada no século XIX. Nunca
foi aceita no Brasil.
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Responsabilidade com culpa civil comum do Estado. Estado só será responsável quando os
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agentes atuarem com dolo ou culpa. Ou seja, deve ser provada a culpa específica do agente.
Teoria da culpa administrativa. Aqui deve ser comprovada a falta do serviço, em uma de suas
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três formas: inexistência, mau funcionamento ou retardamento. Aqui basta provar uma culpa genérica (ou
culpa anônima). Segundo Di Pietro, a culpa do Estado seria presumida.
Teoria do risco administrativo. Aqui a obrigação de indenizar independe da falta do serviço
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e muito menos de dolo ou culpa do agente público. Para configurar esta responsabilidade, basta o fato
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administrativo, dano e o respectivo nexo de causalidade. Afasta-se a responsabilidade objetiva quando se


tratar de caso fortuito, força maior, culpa exclusiva da vítima ou culpa de terceiro. No Brasil, surgiu com a
CF/1946.
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Quanto à culpa exclusiva, importante observação: e se a culpa for concorrente (vítima e


agente público concorreram para o resultado), exclui a responsabilidade estatal? Não! Apenas diminui o valor
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da indenização.
Excludentes da responsabilidade civil estatal. Vejamos a Di Pietro: “São apontadas como
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causas excludentes da responsabilidade a força maior, a culpa da vítima e a culpa de terceiros. Como causa
atenuante, é apontada a culpa concorrente da vítima”.
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Em relação ao conceito de força maior, novamente a autora: “Sem maiores aprofundamentos


sobre a controvérsia, temos entendido, desde a primeira edição deste livro, que força maior é acontecimento
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imprevisível, inevitável e estranho à vontade das partes, como uma tempestade, um terremoto, um raio.
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Não sendo imputável à Administração, não pode incidir a responsabilidade do Estado; não há nexo de

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causalidade entre o dano e o comportamento da Administração.
Já o caso fortuito - que não constitui causa excludente da responsabilidade do Estado -
ocorre nos casos em que o dano seja decorrente de ato humano ou de falha da Administração; quando se

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rompe, por exemplo, uma adutora ou um cabo elétrico, causando dano a terceiros, não se pode falar em força

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maior, de modo a excluir a responsabilidade do Estado.”

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Perceba que a Di Pietro entende que o caso fortuito NÃO EXCLUI a responsabilidade estatal!

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Entretanto, será que a força maior sempre constituirá uma excludente de responsabilidade?
Vejamos novamente o livro: “No entanto, mesmo ocorrendo motivo de força maior, a responsabilidade do

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Estado poderá ocorrer se, aliada à força maior, ocorrer OMISSÃO do Poder Público na realização de um
serviço. Por exemplo, quando as chuvas provocam enchentes na cidade, inundando casas e destruindo
objetos, o Estado responderá se ficar demonstrado que a realização de determinados serviços de limpeza dos

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rios ou dos bueiros e galerias de águas pluviais teria sido suficiente para impedir a enchente”.
Em resumo: força maior: causa excludente de responsabilidade estatal. Força maior +

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omissão estatal: responsabilidade civil com base na culpa administrativa (subjetiva)!
O mesmo raciocínio se aplica à culpa de terceiro: “A mesma regra se aplica quando se trata
de ato de terceiros, como é o caso de danos causados por multidão ou por delinquentes; o Estado responderá

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se ficar caracterizada a sua omissão, a sua inércia, a falha na prestação do serviço público. Nesta hipótese,
como na anterior, é desnecessário apelar para a teoria do risco integral; a culpa do serviço público,
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demonstrada pelo seu mau funcionamento, não funcionamento ou funcionamento tardio é suficiente para
justificar a responsabilidade do Estado.”
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Código Civil:
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Art. 930. No caso do inciso II do art. 188, se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este
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terá o autor do dano ação regressiva para haver a importância que tiver ressarcido ao lesado.
Art. 188. Não constituem atos ilícitos:
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II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo


iminente.
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Vejam uma recente aplicação da culpa de terceiro em prova pela FCC (aplicada em
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17.09.2017):
(FCC_DPE-RS_2017_Analista) Durante as comemorações do aniversário de um município, que aconteciam na
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praça matriz, houve um princípio de tumulto, possibilitando que se desse início a uma série de furtos. Em
decorrência desses acontecimentos, o policiamento foi acionado e durante as ações de contenção, houve
troca de tiros, ao que consta, iniciada pelos agentes policiais, atingindo alguns munícipes, um deles de forma
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fatal. A família do munícipe falecido


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a) deve pleitear indenização por danos morais e materiais em face dos responsáveis pelos disparos, que
respondem subjetivamente.
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b) pode pleitear indenização pelos danos emergentes comprovados, bem como por possíveis danos morais,
em face tanto do poder público responsável pelo policiamento, quanto daquele incumbido de garantir a
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segurança dos munícipes no evento, demonstrado o nexo de causalidade. GABARITO!


c) deve, após apuração da identidade e responsabilidade do atirador, propor demanda de ressarcimento de
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danos em face do mesmo.


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d) não pode propor ação de indenização em face do Município ou do Estado, tendo em vista não ser possível
identificar o agente responsável, caracterizando-se o evento como caso-fortuito.
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e) pode responsabilizar objetivamente o poder público caso o serviço de socorro médico não tenha prestado

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a assistência necessária ao munícipe enquanto ferido, mas não pelos fatos ocorridos durante o tumulto,
porque imprevisíveis ou inevitáveis.

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Teoria do risco integral. Esta teoria não admite as excludentes de responsabilidade acima
elencadas. Di Pietro cita dois casos: acidentes nucleares (art. 21, XXIII, “d”, CF/88 c/c Lei 6.453/77) e atos

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terroristas, atos de guerra ou eventos correlatos contra aeronaves de empresas aéreas brasileiras (Lei

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10.309/01 e Lei 10.744/03).
Lei 6.453/77

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Art . 6º - Uma vez provado haver o dano resultado exclusivamente de culpa da vítima, o operador será
exonerado, apenas em relação a ela, da obrigação de indenizar.

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Art . 8º - O operador não responde pela reparação do dano resultante de acidente nuclear causado
diretamente por conflito armado, hostilidades, guerra civil, insurreição ou excepcional fato da natureza.

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Fundamento: repartição isonômica dos riscos. Se todos são beneficiados pela atividade
administrativa, todos devem suportar os eventuais danos decorrentes.
O Artigo 37, §6°, CRFB/88.

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§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos

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responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
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Consagração da teoria do risco administrativo – responsabilidade objetiva. Aqui são alcançados
somente os danos causados por ação. Eventual responsabilidade por omissão administrativa será, em regra,
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regulada pela teoria da culpa administrativa.


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OBS1: a questão da ausência de responsabilidade das prestadoras de serviços públicos a terceiros


não-usuários do serviço já foi superada pelo STF. Vejamos:
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EMENTA: CONSTITUCIONAL. RESPONSABILIDADE DO ESTADO. ART. 37, § 6º, DA CONSTITUIÇÃO. PESSOAS


JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO PRESTADORAS DE SERVIÇO PÚBLICO. CONCESSIONÁRIO OU
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PERMISSIONÁRIO DO SERVIÇO DE TRANSPORTE COLETIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA EM RELAÇÃO A


TERCEIROS NÃO-USUÁRIOS DO SERVIÇO. RECURSO DESPROVIDO. I - A responsabilidade civil das pessoas
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jurídicas de direito privado prestadoras de serviço público é objetiva relativamente a terceiros usuários e não-
usuários do serviço, segundo decorre do art. 37, § 6º, da Constituição Federal. II - A inequívoca presença do
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nexo de causalidade entre o ato administrativo e o dano causado ao terceiro não-usuário do serviço público,
é condição suficiente para estabelecer a responsabilidade objetiva da pessoa jurídica de direito privado. III -
Recurso extraordinário desprovido. STF, RE 591.874/MS, Tribunal Pleno, julgamento 26.08.2009.
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OBS2: o que interessa para caracterizar a responsabilidade da Administração é o fato de o agente


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prevalecer-se da condição de agente público para o cometimento do dano. É irrelevante se ele atuou fora ou
além de suas competências. Agora, se ele não ostentar a qualidade de agente público, não haverá
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responsabilidade da Administração.
OBS3: pessoas ou coisas sob a custódia do Estado – responsabilidade objetiva do Estado mesmo que
não haja uma atuação comissiva do agente, pois aqui o Estado se encontra na posição de garantidor. É o caso
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do presidiário que sofre agressão de outros presos dentro do presídio.


PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL
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DO ESTADO. SUPOSTA VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. OMISSÃO INEXISTENTE. MORTE DE DETENTO NO
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INTERIOR DE ESTABELECIMENTO PRISIONAL. RESPONSABILIDADE CIVIL CARACTERIZADA. PRECEDENTES DO


STJ. NEXO DE CAUSALIDADE. VERIFICAÇÃO. REEXAME DO CONJUNTO FÁTICO E PROBATÓRIO.
IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ.
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(...)

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2. Esta Corte firmou entendimento no sentido de que o Estado possui responsabilidade objetiva no casos de
morte de presos sob a sua custódia prisional.

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(...)

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STJ, AgRg no AREsp 492.040/PE, Segunda Turma, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, publicado em

LI
11.06.2014.

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Responsabilidade civil do Estado por omissão. Norteada pela teoria da culpa administrativa
(inexistência/deficiência/atraso na prestação do serviço). É o caso de dano causado por multidões ou por
eventos da natureza – só há responsabilidade do Estado se provada a falha no serviço.

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ADMINISTRATIVO. PROCESSUAL CIVIL. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC. ALEGAÇÃO GENÉRICA. SÚMULA
284/STF. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO. OMISSÃO. NEXO DE CAUSALIDADE. DANOS MORAIS E

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MATERIAIS. REEXAME DE FATOS E PROVAS. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ.
(...)

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2. Nos termos da jurisprudência do STJ, a responsabilidade civil do estado por condutas omissivas é
subjetiva, sendo necessário, dessa forma, comprovar a negligência na atuação estatal, o dano e o nexo causal
entre ambos.

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(...)

26
STJ, AgRg no AREsp 501.507/RJ, Segunda Turma, Rel. Min. Humberto Martins, publicado em 02.06.2014.
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CONTROVÉRSIA: STF tem posicionamento distinto!!! Abaixo:
EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Administrativo. Estabelecimento público
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de ensino. Acidente envolvendo alunos. Omissão do Poder Público. Responsabilidade objetiva. Elementos da
responsabilidade civil estatal demonstrados na origem. Reexame de fatos e provas. Impossibilidade.
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Precedentes.
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1. A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de que as pessoas jurídicas de direito público respondem
objetivamente pelos danos que causarem a terceiros, com fundamento no art. 37, § 6º, da Constituição
Federal, tanto por atos comissivos quanto por omissivos, desde que demonstrado o nexo causal entre o dano
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e a omissão do Poder Público.


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(...)
STF, ARE 754.778 AgR/RS, Primeira Turma, Rel. Min. Dias Toffoli, publicado 19.12.2013.
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(...) A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de que as pessoas jurídicas de direito público respondem
objetivamente pelos danos que causarem a terceiros, com fundamento no art. 37, § 6º, da Constituição
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Federal, tanto por atos comissivos quanto por atos omissivos, desde que demonstrado o nexo causal entre o
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dano e a omissão do Poder Público. (...)


STF. 2ª Turma. ARE 897890 AgR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 22/09/2015.
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Danos de obra pública. Duas hipóteses.


a) dano causado pelo “só fato da obra” (explosões para construção de nova linha do metrô que
causam rachaduras nas residências próximas) – responsabilidade objetiva (risco administrativo),
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independente de quem executa a obra.


b) dano causado pela má execução da obra. Aqui, depende de quem executa. Se a Administração
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Pública diretamente, responsabilidade objetiva. Se for particular contratado, responsabilidade subjetiva (art.
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70, Lei 8.666/93).


Nas palavras de Hely Lopes Meirelles: “Mesmo que a obra pública seja confiada a empreiteiros
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particulares, a responsabilidade pelos danos oriundos do só fato da obra é sempre do Poder Público que
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determinou sua realização. O construtor particular de obra pública só responde por atos lesivos resultantes

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de sua imperícia, imprudência ou negligência na condução dos trabalhos que lhe são confiados. Quanto às
lesões a terceiros ocasionadas pela obra em si mesma, ou seja, por sua natureza, localização, extensão ou
duração prejudicial ao particular, a Administração Pública que a planejou responde objetivamente, sem

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indagação de culpa de sua parte. Exemplificando: se na abertura de um túnel ou de uma galeria de águas

P
pluviais o só fato da obra causa danos aos particulares, por estes danos responde objetivamente a

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Administração que ordenou os serviços; mas, se tais danos resultam não da obra em si mesma, porém da
má execução dos trabalhos pelo empreiteiro, a responsabilidade é originariamente do executor da obra, que,

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como particular, há de indenizar os lesados pela imperfeição de sua atividade profissional, e subsidiariamente
da Administração, como dona da obra que escolheu mal o empreiteiro”

NO
Responsabilidade civil do Estado por danos decorrentes de leis e regulamentos. Regra: não há
responsabilidade do Estado. Exceções: a) leis inconstitucionais; b) atos normativos do Poder Executivo e de
entes administrativos com função normativa, com vícios de inconstitucionalidade ou ilegalidade; c) leis de

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efeitos concretos; d) omissão no poder de legislar e regulamentar.
Importante ressaltar que em todas as hipóteses citadas só há que se falar em dever de indenizar caso

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alguma das medidas anteriores cause DANO!
Responsabilidade civil do Estado por atos jurisdicionais. Regra: não há responsabilidade do Estado.

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Já os atos não-jurisdicionais praticados por membros da Magistratura são meros atos administrativos – logo,
podem gerar responsabilidade do Estado. A única exceção é o art. 5, LXXV, CF/88 (erro judiciário). Trata-se

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de hipótese de responsabilidade objetiva.
O CPC/2015 regula o tema nos seguintes termos:
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Art. 143. O juiz responderá, civil e regressivamente, por perdas e danos quando:
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I - no exercício de suas funções, proceder com dolo ou fraude;


II - recusar, omitir ou retardar, sem justo motivo, providência que deva ordenar de ofício ou a
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requerimento da parte.
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Parágrafo único. As hipóteses previstas no inciso II somente serão verificadas depois que a parte
requerer ao juiz que determine a providência e o requerimento não for apreciado no prazo de 10 (dez)
dias.
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A ação de reparação de dano. O particular só pode ajuizar a ação contra o Estado, e não contra o
agente (RE 344.133, 09/2008). Prazo de prescrição: 5 anos (art. 1°-C, Lei 9494/1997).
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Vamos analisar a questão do prazo prescricional?


Primeiro, vejamos o que constou no julgamento do RE 669.069 STF:
“Ao tempo do fato que deu causa à ação – o acidente automobilístico, ocorrido em 20 de outubro de 1997 –
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estava em vigor o Código Civil de 1916, cuja regra do art. 177 fixava em vinte anos o prazo de prescrição das
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ações pessoais, dentre elas as de responsabilidade civil. Todavia, com a vigência do atual Código Civil, em 1º
de janeiro de 2003, incidiu a norma de transição do seu art. 2.028, que, a contrario sensu, preconizou a
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imediata incidência dos prazos prescricionais reduzidos pela nova lei nas hipóteses em que ainda não
houvesse transcorrido mais da metade do tempo estabelecido no diploma revogado.
É exatamente o que se tem na espécie. Assim, até 31 de dezembro de 2002, estava a demanda em questão
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submetida ao prazo prescricional vintenário, ficando, a partir de 1º de janeiro de 2003, imediatamente sujeita
às regras prescricionais da nova codificação, que, segundo o art.206, § 3º, V, é de três anos em matéria de
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reparação civil. Como a presente ação foi ajuizada pela União apenas em 2008, isto é, quando ultrapassado
o derradeiro marco para a deflagração da medida judicial (1º/1/2006), deve ser reconhecida a prescrição
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do direito de exercê-la”.
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Em seguida foram interpostos embargos de declaração. E vejam o STF:

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"Nos debates travados na oportunidade do julgamento ficou clara a opção do Tribunal de considerar como
ilícito civil os de natureza semelhante à do caso concreto em exame, a saber: ilícitos decorrentes de
acidente de trânsito. O conceito, sob esse aspecto, deve ser buscado pelo método de exclusão: não se

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consideram ilícitos civis, de um modo geral, os que decorrem de infrações ao direito público, como os de

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natureza penal, os decorrentes de atos de improbidade e assim por diante. Ficou expresso nesses debates,

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reproduzidos no acórdão embargado, que a prescritibilidade ou não em relação a esses outros ilícitos seria
examinada em julgamento próprio."

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“No entanto, a questão constitucional julgada pelo acórdão embargado limitou-se ao debate acerca da
abrangência da pretensão ressarcitória decorrente de ilícito de natureza civil pela regra da imprescritibilidade

NO
do art. 37, § 5º, da Carta Magna. O que cabia ao STF definir era a prescritibilidade ou não das pretensões de
ressarcimento ao erário decorrentes de ilícitos civis. Firmado o entendimento de que tal pretensão é
prescritível, as controvérsias atinentes ao transcurso do prazo prescricional, inclusive a seu termo inicial,

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são adstritas à seara infraconstitucional, solucionáveis tão somente à luz da interpretação da legislação
ordinária pertinente”.

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Tese fixada em sede de repercussão geral nesse julgado - nº 666: É prescritível a ação de
reparação de danos à Fazenda Pública decorrente de ilícito civil.

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E a questão do prazo? Vejam o STJ:
PROCESSUAL CIVIL. ADMINISTRATIVO. RESSARCIMENTO AO ERÁRIO. VIOLAÇÃO DO ART. 535 DO CPC.
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FUNDAMENTAÇÃO DEFICIENTE. SÚMULA 284/STF. AUSÊNCIA DE PREQUESTIONAMENTO. SÚMULA 211/STJ.
RESPONSABILIDADE CIVIL. ACIDENTE DE VEÍCULO. REPARAÇÃO CIVIL. PRESCRIÇÃO. DECRETO 20.910/32.
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QUINQUENAL. INAPLICABILIDADE DO CÓDIGO CIVIL. DEVER DE INDENIZAR E NEXO CAUSAL. SÚMULA 7/STJ.
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JUROS MORATÓRIOS. TERMO INICIAL. EVENTO DANOSO. PRECEDENTES. 1. Cuida-se originalmente de ação
ressarcitória, proposta pelo Distrito Federal, com o intuito de ser ressarcido na quantia de R$ 22.868,66,
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decorrentes de acidente de trânsito, envolvendo veículo oficial e ônibus da parte agravante. [...] 4. A
jurisprudência desta Corte firmou-se no sentido de que a prescrição contra a Fazenda Pública é quinquenal,
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mesmo em ações indenizatórias, uma vez que é regida pelo Decreto 20.910/32, norma especial que
prevalece sobre lei geral. 5. O STJ tem entendimento jurisprudencial no sentido de que o prazo
prescricional da Fazenda Pública deve ser o mesmo prazo previsto no Decreto 20.910/32, em razão do
S

princípio da isonomia. (STJ, AgRg no AREsp 768.400/DF, Rel. Ministro HUMBERTO MARTINS, SEGUNDA
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TURMA, julgado em 03/11/2015, DJe 16/11/2015)


É possível que a vítima ajuíze a ação diretamente contra o agente público?
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Primeiro, vejamos o STF:


RESPONSABILIDADE - SEARA PÚBLICA - ATO DE SERVIÇO - LEGITIMAÇÃO PASSIVA. Consoante dispõe o § 6º
A

do artigo 37 da Carta Federal, respondem as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado
prestadoras de serviços públicos pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros,
TR

descabendo concluir pela legitimação passiva concorrente do agente, inconfundível e incompatível com a
previsão constitucional de ressarcimento - direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
DU

STF, RE 344.133, Primeira Turma, julgamento 09.09.2008.


Percebam que esse entendimento continua válido no STF:
PE

EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário com agravo. Administrativo. Responsabilidade civil do
estado. Inclusão do agente público no polo passivo da demanda. Impossibilidade. Ilegitimidade passiva.
Precedentes. 1. A jurisprudência da Corte firmou-se no sentido de não reconhecer a legitimidade passiva
LI

do agente público em ações de responsabilidade civil fundadas no art. 37, § 6º, da Constituição Federal,
FE

devendo o ente público demandado, em ação de regresso, ressarcir-se perante o servidor quando esse
houver atuado com dolo ou culpa. 2. Agravo regimental não provido. STF, ARE 908.331 AgR, segunda turma,
julgamento 15.03.2016
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Contagem dos juros nas ações de responsabilidade civil do Estado – Súmula 54/STJ: os juros

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moratórios fluem a partir do evento danoso, em caso de responsabilidade extracontratual.
A reparação do dano pode ocorrer tanto no âmbito administrativo como no âmbito judicial!

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A ação regressiva. A Administração Pública já deve ter sido condenada a indenizar o particular + dolo

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ou culpa do agente. Essa ação transmite-se aos sucessores, respeitadas as forças da herança. A ação é
imprescritível (art. 37, §5°, CF/88).

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Em virtude do princípio da indisponibilidade do interesse público, quando o Estado for condenado

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a indenizar alguém no âmbito da Responsabilidade Civil, ele estará obrigado a, posteriormente, ajuizar
ação de regresso!!!

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Denunciação da lide.
NCPC

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Art. 125. É admissível a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes:
I - ao alienante imediato, no processo relativo à coisa cujo domínio foi transferido ao denunciante, a fim de

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que possa exercer os direitos que da evicção lhe resultam;
II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a indenizar, em ação regressiva, o prejuízo de quem

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for vencido no processo.
§ 1o O direito regressivo será exercido por ação autônoma quando a denunciação da lide for indeferida, deixar
de ser promovida ou não for permitida.
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Nas palavras de José dos Santos Carvalho Filho: “Deve registrar-se, porém, que, embora controvertida
a matéria, nota-se visível tendência a acolher a tese da facultatividade da denunciação à lide, o que mais
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se consolida diante da expressão contida no art. 125 do CPC vigente (É admissível…), de modo que se permita
a propositura de ação regressiva autônoma, após transitada em julgado a ação indenizatória originária.
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Entretanto, se tal tendência é aceitável no campo das relações privadas, maior dificuldade há para admiti-la
no campo da responsabilidade civil do Estado, sabido que nele continuam palpáveis e lógicos os fundamentos
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já vistos, que conduzem à inaplicabilidade do instituto. Por isso, algumas decisões endossam tal
interpretação. Outras, no entanto, trilham posição contrária.”
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Casos especiais.
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Tortura durante a ditadura militar


ADMINISTRATIVO – RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO – INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS
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– REGIME MILITAR – TORTURA – IMPRESCRITIBILIDADE – INAPLICABILIDADE DO ART. 1º DO DECRETO


20.910/1932.
1. As ações indenizatórias por danos morais e materiais decorrentes de atos de tortura ocorridos durante o
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Regime Militar de exceção são imprescritíveis. Inaplicabilidade do prazo prescricional do art. 1º do Decreto
TR

20.910/1932.
2. Evolução da jurisprudência do STJ.
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3. Embargos de divergência conhecidos e não providos.


STJ, EREsp 816.209/RJ, Primeira Seção, Rel. Min. Eliana Calmon, publicado em 10.11.2009.
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Suicídio dentro de unidade prisional.


DIREITO ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO ESTADO NO CASO DE SUICÍDIO DE DETENTO.
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A Administração Pública está obrigada ao pagamento de pensão e indenização por danos morais no caso de
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morte por suicídio de detento ocorrido dentro de estabelecimento prisional mantido pelo Estado. Nessas
hipóteses, não é necessário perquirir eventual culpa da Administração Pública. Na verdade, a
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responsabilidade civil estatal pela integridade dos presidiários é objetiva em face dos riscos inerentes ao
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meio no qual foram inseridos pelo próprio Estado. Assim, devem ser reconhecidos os referidos direitos em

DU
consideração ao disposto nos arts. 927, parágrafo único, e 948, II, do CC. AgRg no REsp 1.305.259-SC, Rel.
Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 2/4/2013.
CUIDADO!! Mesmo nesse caso é possível se falar em ROMPIMENTO DO NEXO CAUSAL! Vejam:

P E
Morte de detento e responsabilidade civil do Estado

LI
Em caso de inobservância do seu dever específico de proteção previsto no art. 5º, XLIX, da CF, o Estado é
responsável pela morte de detento. Essa a conclusão do Plenário, que desproveu recurso extraordinário em

FE
que discutida a responsabilidade civil objetiva do Estado por morte de preso em estabelecimento
penitenciário. No caso, o falecimento ocorrera por asfixia mecânica, e o Estado-Membro alegava que,

NO
havendo indícios de suicídio, não seria possível impor-lhe o dever absoluto de guarda da integridade física de
pessoa sob sua custódia. O Colegiado asseverou que a responsabilidade civil estatal, segundo a CF/1988, em
seu art. 37, § 6º, subsume-se à teoria do risco administrativo, tanto para as condutas estatais comissivas

RU
quanto paras as omissivas, uma vez rejeitada a teoria do risco integral. Assim, a omissão do Estado reclama
nexo de causalidade em relação ao dano sofrido pela vítima nas hipóteses em que o Poder Público ostenta o
dever legal e a efetiva possibilidade de agir para impedir o resultado danoso. Além disso, é dever do Estado e

-B
direito subjetivo do preso a execução da pena de forma humanizada, garantindo-se-lhe os direitos
fundamentais, e o de ter preservada a sua incolumidade física e moral. Esse dever constitucional de proteção

99
ao detento somente se considera violado quando possível a atuação estatal no sentido de garantir os seus
direitos fundamentais, pressuposto inafastável para a configuração da responsabilidade civil objetiva estatal.

26
Por essa razão, nas situações em que não seja possível ao Estado agir para evitar a morte do detento (que
ocorreria mesmo que o preso estivesse em liberdade), rompe-se o nexo de causalidade. Afasta-se, assim, a
64
responsabilidade do Poder Público, sob pena de adotar-se a teoria do risco integral, ao arrepio do texto
constitucional. A morte do detento pode ocorrer por várias causas, como homicídio, suicídio, acidente ou
37

morte natural, não sendo sempre possível ao Estado evitá-la, por mais que adote as precauções exigíveis.
Portanto, a responsabilidade civil estatal fica excluída nas hipóteses em que o Poder Público comprova
18

causa impeditiva da sua atuação protetiva do detento, rompendo o nexo de causalidade da sua omissão
com o resultado danoso. Na espécie, entretanto, o tribunal “a quo” não assentara haver causa capaz de
-0

romper o nexo de causalidade da omissão do Estado-Membro com o óbito. Correta, portanto, a decisão
impositiva de responsabilidade civil estatal.
S

RE 841526/RS, rel. Min. Luiz Fux, 30.3.2016. (RE-841526)


NE

No mesmo sentido, o STJ:


NU

ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO INTERNO NO RECURSOESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL


DO ESTADO. SUICÍDIO. DETENTO.ESTABELECIMENTO PRISIONAL. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DO
ESTADO.1. O Superior Tribunal de Justiça sedimentou o entendimento de que aresponsabilidade civil do
A

Estado pela morte de detento em delegacia,presídio ou cadeia pública é objetiva, pois é dever do
TR

Estadoprestar vigilância e segurança aos presos sob sua custódia.2. Agravo interno a que se nega provimento.
AgInt no REsp 1.305.249, publicado em 25.09.2017
DU

Responsabilidade civil do Estado: superpopulação carcerária e dever de indenizar


Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema normativo, manter em seus presídios os padrões
mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico, é de sua responsabilidade, nos termos do art.
PE

37, § 6º, da Constituição, a obrigação de ressarcir os danos, inclusive morais, comprovadamente causados
aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das condições legais de encarceramento. (RE
LI

580.252/MS, Informativo 854 STF, 02/2017).


FE

Tese fixada em sede de Repercussão Geral - nº 365: Considerando que é dever do Estado, imposto pelo sistema
normativo, manter em seus presídios os padrões mínimos de humanidade previstos no ordenamento jurídico,
é de sua responsabilidade, nos termos do art. 37, § 6º, da Constituição, a obrigação de ressarcir os danos,
O
UN

9
BR
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T
inclusive morais, comprovadamente causados aos detentos em decorrência da falta ou insuficiência das

DU
condições legais de encarceramento.
Responsabilidade Civil dos Notários e Registradores – tema pacificado pelo STF.

E
O Estado possui responsabilidade civil direta e primária pelos danos que tabeliães e oficiais de registro, no

P
exercício de serviço público por delegação, causem a terceiros.

LI
STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019 (repercussão geral) (Info 932).

FE
O Estado responde, objetivamente, pelos atos dos tabeliães e registradores oficiais que, no exercício de suas
funções, causem dano a terceiros, assentado o dever de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou

NO
culpa, sob pena de improbidade administrativa.
STF. Plenário. RE 842846/RJ, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 27/2/2019 (repercussão geral) (Info 932).

RU
QUESTÕES:

-B
01 - Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: Prefeitura de Boa Vista - RR Municipal Prova: CESPE - 2019 - Prefeitura

99
de Boa Vista - RR - Procurador

26
Julgue o item a seguir, acerca das disposições constitucionais a respeito de direito administrativo.
Um município poderá ser condenado ao pagamento de indenização por danos causados por conduta de
64
agentes de sua guarda municipal, ainda que tais danos tenham decorrido de conduta amparada por causa
excludente de ilicitude penal expressamente reconhecida em sentença transitada em julgado.
37
18

02 - Ano: 2019 Banca: FCC Órgão: SEMEF Manaus - AM Prova: FCC - 2019 - SEMEF Manaus - AM - Assistente
Técnico Fazendário
-0

A responsabilidade extracontratual prevista constitucionalmente para a Administração pública


S

A) destina-se a regular os serviços públicos prestados exclusivamente pela Administração direta ou pelas
pessoas jurídicas de direito público que integram a Administração indireta.
NE

B) sujeita-se à modalidade subjetiva no caso de atos omissivos ou comissivos lícitos praticados por agentes
públicos.
NU

C) abrange as pessoas jurídicas de direito público integrantes da Administração indireta, não se estendendo
aos demais entes, porque sujeitos ao regime jurídico de direito privado.
A

D) é sempre objetiva, tanto para a Administração direta, quanto para a Administração indireta, salvo
TR

hipóteses em que não se comprovar a ocorrência de culpa de agente público para os danos causados.
E) se estende às pessoas jurídicas prestadoras de serviços públicos, mesmo que não integrantes da
DU

Administração indireta, comprovada a ocorrência de danos concretos e o nexo causal destes com a
conduta de seus empregados.
PE
LI
FE
O
UN

10
BR
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T
03 - Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RS Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RS - Titular de Serviços de Notas

DU
e de Registros - Remoção
Com a instituição do Estado de Direito e a consequente submissão da ação estatal aos limites impostos pelo
ordenamento jurídico, os sistemas passaram a disciplinar o regime de responsabilização dos atos que,

E
praticados pela Administração, causam danos a terceiros. A respeito da responsabilidade civil do Estado,

P
assinale a alternativa correta.

LI
A) O sistema jurídico brasileiro não admite a responsabilização civil do Estado pela prática de ato jurisdicional.

FE
B) Segundo o Superior Tribunal de Justiça, o notário responde exclusivamente pelos danos que, no exercício
da função pública, causem a terceiros.

NO
C) A responsabilidade civil das pessoas jurídicas privadas prestadoras de serviços públicos será subjetiva,
quando o dano for causado a terceiro não usuário do serviço.

RU
D) A responsabilidade civil extracontratual do Estado por atos lícitos ocorrerá quando expressamente
prevista em lei ou a conduta estatal cause sacrifício desproporcional ao particular.

-B
E) A responsabilidade civil do Estado por danos de natureza contratual é da modalidade objetiva, baseada na
teoria do risco administrativo.

99
04 - Ano: 2019 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RS Prova: VUNESP - 2019 - TJ-RS - Titular de Serviços de Notas

26
e de Registros - Provimento
A respeito da responsabilidade civil extracontratual do Estado, assinale a alternativa correta.
64
A) Em casos de danos causados por má execução de obras públicas por empresas a terceiros, a empreiteira
37

responderá primariamente e de maneira subjetiva, havendo, contudo, a responsabilidade subsidiária do


Estado
18

B) A pretensão de responsabilização do Estado por dano extrapatrimonial prescreve em 03 (três) anos.


-0

C) O Supremo Tribunal Federal pacificou entendimento no sentido de reconhecer a responsabilidade


subsidiária e subjetiva do Estado pelos danos causados pelos notários e registradores.
S

D) Responsabilizado o Estado por ato culposo de servidor público, surge para Administração o direito de
regresso a partir da sentença condenatória, sendo a pretensão de ressarcimento imprescritível.
NE

E) Segundo a legislação, é objetiva a responsabilidade civil dos Tabeliães de Protestos de Títulos por danos
causados a terceiros, assegurado o direito de regresso.
NU

05 - Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: TJ-SC Prova: CESPE - 2019 - TJ-SC - Juiz Substituto
A

De acordo com o entendimento majoritário e atual do STJ, a responsabilidade civil do Estado por condutas
TR

omissivas é
A) objetiva, bastando que sejam comprovadas a existência do dano, efetivo ou presumido, e a existência de
DU

nexo causal entre conduta e dano.


B) objetiva, bastando a comprovação da culpa in vigilando e do dano efetivo.
PE

C) subjetiva, sendo necessário comprovar negligência na atuação estatal, o dano causado e o nexo causal
entre ambos.
LI

D) subjetiva, sendo necessário comprovar a existência de dolo e dano, mas sendo dispensada a verificação
FE

da existência de nexo causal entre ambos.


E) objetiva, bastando que seja comprovada a negligência estatal no dever de vigilância, admitindo-se, assim,
O

a responsabilização por dano efetivo ou presumido.


UN

11
BR
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DU
06 - Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: DPE-RJ Prova: FGV - 2019 - DPE-RJ - Técnico Superior Jurídico
Antônio, empregado de uma sociedade empresária privada, que atua como concessionária do serviço público

E
de conservação de rodovias, no exercício de suas funções, atropelou João, motociclista que trafegava pela

P
rodovia. Em razão do ocorrido, João sofreu sérios danos.

LI
Considerando a sistemática vigente na ordem jurídica, é correto afirmar que:

FE
A) somente Antônio pode ser responsabilizado, sendo necessário provar a sua culpa;
B) a concessionária será civilmente responsabilizada em caráter objetivo;

NO
C) somente a concessionária será responsabilizada, mas será preciso provar a culpa de Antônio;
D) somente o ente federado concedente será responsabilizado, o que ocorrerá em caráter objetivo;

RU
E) Antônio e a concessionária serão solidariamente responsabilizados em caráter objetivo.

-B
07 - Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: DPE-RJ Prova: FGV - 2019 - DPE-RJ - Técnico Médio de Defensoria
Pública

99
Policiais militares, em operação de combate ao tráfico de entorpecentes, trocaram disparos de arma de fogo
com criminosos em comunidade do Rio de Janeiro. Durante a troca de tiros, um projétil de arma de fogo

26
atingiu a cabeça da criança João, de 6 anos, que estava de uniforme a caminho da escola e faleceu
imediatamente. Câmeras de vigilância e perícia de confronto balístico comprovaram que o disparo que
64
vitimou o menor se originou da arma do PM José.
37

A família de João buscou assistência jurídica da Defensoria Pública, que:


A) informou da impossibilidade de ajuizar ação indenizatória contra o Estado do Rio de Janeiro, pois a
18

Defensoria integra o Poder Executivo estadual;


-0

B) informou da impossibilidade de ajuizar ação indenizatória contra o Estado do Rio de Janeiro, pois o policial
agiu no estrito cumprimento de seu dever legal;
C) ajuizou ação indenizatória em face do PM José, com base em sua responsabilidade civil objetiva, devendo
S

ser comprovado que o policial agiu com culpa ou dolo;


NE

D) ajuizou ação indenizatória em face do Estado do Rio de Janeiro, com base em sua responsabilidade civil
objetiva, sendo desnecessária a comprovação de que o policial agiu com culpa ou dolo;
NU

E) ajuizou ação indenizatória em face do Estado do Rio de Janeiro, com base em sua responsabilidade civil
subjetiva, sendo necessária a comprovação de que o policial agiu com culpa ou dolo.
A
TR

08 - Ano: 2019 Banca: FGV Órgão: DPE-RJ Prova: FGV - 2019 - DPE-RJ - Técnico Médio de Defensoria
Pública
DU

João, Técnico Médio da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, no exercício da função, caminhava
carregando em seus braços uma enorme pilha de autos de processos, quando tropeçou e caiu em cima da
particular Maria, que estava sendo atendida pela Defensoria, quebrando-lhe o braço e danificando o
PE

aparelho de telefone celular que estava na mão da lesada.


Em razão dos danos que lhe foram causados, Maria ajuizou ação indenizatória em face:
LI

A) da Defensoria Pública-Geral do Estado, com base em sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessária
FE

a comprovação do dolo ou culpa de João;


O
UN

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BR
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T
B) da Defensoria Pública-Geral do Estado, com base em sua responsabilidade civil objetiva, sendo

DU
desnecessária a comprovação do dolo ou culpa de João;
C) do Estado do Rio de Janeiro, com base em sua responsabilidade civil objetiva, sendo desnecessária a
comprovação do dolo ou culpa de João;

P E
D) do Estado do Rio de Janeiro, com base em sua responsabilidade civil subjetiva, sendo necessária a
comprovação do dolo ou culpa de João;

LI
E) da Defensoria Pública-Geral do Estado e do Estado do Rio de Janeiro, com base na responsabilidade civil

FE
solidária entre ambos, sendo necessária a comprovação do dolo ou culpa de João.

NO
RU
-B
99
26
64
37
18
-0
S
NE
NU

GABARITO:
A
TR

1 – CERTO
2–E
DU

3–D
4–A
PE

5–C
6–B
LI

7–D
FE

8–C
O
UN

13
BR

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