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Curso: Teórico CFO PMGO


Disciplina: Direito Administrativo

Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado

A responsabilidade civil do Estado surge quando alguém sofre um dano civil em decorrência de
uma ação/omissão de um agente estatal. Se o dano decorrer de uma relação contratual, a
responsabilidade será regulada pela Lei de Licitação. Entretanto, se o dano não decorrer de uma relação
contratual (a parte não possui vínculo jurídico com a Administração), a responsabilidade estatal será
regulada com base no art. 37, §6º da CR/88. Portanto, é uma responsabilidade
EXTRACONTRATUAL.

Conforme determina a Constituição, a responsabilidade civil do Estado é objetiva, ou seja,


independe de dolo ou culpa.

Art. 37 - § 6º - CF As pessoas jurídicas de direito público (ente; autarquias e fundações) e as de


direito privado prestadoras de serviços públicos (concessionárias e empresa pública e soc. de
economia mista SE PRESTADORA DE SERVIÇOS PÚBLICO) responderão (responsabilidade
objetiva) pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Evolução Histórica

1ª FASE – Irresponsabilidade Estatal (séc. XVIII): Nessa fase, a figura do Rei era
representativa do próprio Estado. O Rei era escolhido por Deus, e a igreja o nomeava com um
Poder Divino. Assim, o pensamento dava-se da seguinte forma: considerando que Deus nunca
comete erros, e o Rei era a figura de Deus na Terra, então o Rei não erra. Nessa fase, o Estado
não indenizava por qualquer de seus erros.

2ª FASE – Responsabilidade Subjetiva Estatal: Nessa fase, já era possível falar em


indenização, só que a ação deveria ser proposta contra o agente público. Portanto, essa
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responsabilidade dependia de comprovação de dolo ou culpa do agente público. E, aqui, o ônus
da prova era do particular, era ele quem tinha que provar.

3ª FASE – Responsabilidade Objetiva Estatal, CF/88: Nessa fase, que é a atual, ela
independe de comprovação de dolo ou culpa do agente público, o berço da responsabilidade
objetiva se dá na França.

OBS: A teoria adotada pelo Código Civil de 1916 era a responsabilidade subjetiva e veio a
Constituição Federal de 1988 com a responsabilidade objetiva.

Elementos da responsabilidade civil

1) Conduta: uma ação (ato comissivo) do agente que está atuando em nome da
Administração Pública. A pessoa jurídica será responsabilizada com base na Teoria do Órgão.

2) Nexo causal: a conduta do agente foi a causadora do dano.

3) Dano: precisa ser anormal e específico. Todos os danos são indenizáveis.

-> Quem responde de forma objetiva?

Pessoa Jurídica de Direito Público (Entes Federativos, Autarquias e Fundações de Direito


Público) e as Pessoas Jurídicas de Direitos Privado que integrem a Administração Pública
Indireta (Empresas Públicas, Sociedade de Economia Mista e Fundações de Direito Privado) e
Particulares que prestem serviço público (Concessionário, Permissionário e Autorizatário de
serviço público).

-> Quais danos?

Todos os danos causados a vítimas. Princípio da Reparação Integral.

Atenção!! Para o dano ser reparável precisa ser anormal (não decorre da vida em
sociedade) e específico (é possível determinar quem foi atingido).Dessa forma, deve-se ater ao
dano e não a licitude da ação, pois tanto atos ilícitos quanto lícitos podem ensejar reparação do
dano.
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-> Agentes públicos nessa qualidade?

Significa que os agentes públicos (pessoas naturais) estão no exercício de suas funções
ou a pretexto de exercê-la. (Informativos 370 e 421 do STJ). Não importa se o agente está de
folga, desde que esteja atuando em razão de sua função.

-> Quem são os terceiros?

O terceiro é a vítima e não importa se ela era usuária ou não do serviço público.

Fundamentos da responsabilidade civil objetiva

1) Princípio da Repartição dos Encargos: isso significa que, se a Administração Pública


atua no interesse da coletividade, todos deverão contribuir para o ressarcimento dos prejuízos.

2) Teoria do Risco Administrativo: é a regra adotada pelo nosso ordenamento jurídico.


Essa teoria estabelece que a conduta da Administração Pública, através de seus agentes,
envolve riscos. Por isso, admite-se a análise das excludentes de responsabilidade. Essa teoria
comporta as excludentes
de a) Fato exclusivo da vítima/culpa exclusiva da vítima (ex. Suicídio. Exceto
responsabilidade(quando o suicídio do preso, que não é considerado excludente. Em decorrência da
relação especial de custódia, o Estado tem a obrigação a preservar a saúde
há quebra de um dos física e mental do preso. Informativos 301 STJ e 819 do STF)
elementos da
b) Fato exclusivo de terceiro/culpa exclusiva de terceiro: a conduta
responsabilidade objetiva). causadora do dano foi de terceiro. Este é alguém estranho a relação entre
administração e a vítima.(ex. passageiro do ônibus é atingido por bala
perdida e morre. A concessionária não será responsabilizada)

c) Caso fortuito ou força maior: sempre excluirá a responsabilidade do


Estado. (ex. preso é atingido por raio dentro do pátio da penitenciária e
morre em decorrência disso. O Estado não terá responsabilidade. )

- Teoria do Risco Integral: não admite nenhuma das excludentes de responsabilidade.


Porém, será admitida nos casos de:

a) Danos Nucleares;

b) Atos terrorista ou de guerra abordo de aeronaves brasileiras;


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OBS: Nestes 2 casos, ou seja, dano nuclear e terrorismo quem responde é a União
independente de dolo ou culpa ou participação de qualquer pessoa, por isso a teoria do risco
integral.

c) Danos ambientais: neste caso, o rol é taxativo. Dano ambiental é responsabilidade


objetiva, mas não no contexto do art. 37,§ 6º e sim no contexto do direito ambiental, a empresa
responsável que vai indenizar. No caso de dano ambiental, responderá quem praticou o dano
ambiental (e não a União, como acontece no caso de terrorismo e dano nuclear).
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Então essas situações do quadro acima são situações de excludentes de responsabilidade:
culpa exclusiva da vítima, caso fortuito, força maior. Isso dentro do aspecto teoria do risco
administrativo.

Essa é chamada de responsabilidade objetiva, tendo em vista que não se precisa


comprovar dolo ou culpa do agente público, não é necessário a comprovação como ocorreu, mas
sim o que aconteceu e o ônus da prova é da Administração Pública.

Hoje no Brasil, para fins de responsabilidade, adotamos a responsabilidade objetiva pela


teoria do risco administrativo, ou seja, o Estado responde pelo risco de prestar o serviço público,
se a administração assume aquele risco da prestação do serviço, esta responde por isso.

OBS: Não há indenização a ser paga pelo Município, em relação a um carro que está
estacionado em uma área com pagamento para estacionamento (estacionamento rotativo - tipo
área azul), e este veículo é furtado. O formato de estacionamento rotativo existe não para garantir
segurança diferenciada para veículos, mas sim para garantir uma rotatividade de estacionamento.
Não haverá responsabilização civil nem mesmo por parte do Estado.

OBS: Uma empresa pública ou sociedade de economia mista pode explorar atividade
econômica ou ainda ser prestadora de serviços públicos. Assim, quando:

- prestadora de serviços públicos:terá responsabilidade objetiva estatal

- exploradora de atividade econômica: responderá de forma subjetiva subjetiva.


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Outra coisa. Para que tenha indenização/ responsabilidade do Estado, é preciso ter um
fato ligado à administração pública e um dano injusto, ou seja, que não seja decorrente da
mera supremacia do interesse público.

Ex: Uma pessoa compra um lote e constrói uma chácara. Posteriormente, ao lado do
imóvel, constrói-se uma estação de saneamento básico, e tudo ali fica cheirando esgoto,
havendo, assim, uma desvalorização dessa chácara. A desvalorização do imóvel decorre da
supremacia do interesse público sobre o interesse particular, e esse dano causado ao particular,
é chamado de “dano justo”. Portanto, são danos não são passíveis de responsabilização, e dessa
forma, não haverá qualquer indenização por parte do Estado.

Responsabilidade Civil por Omissão

Requisitos:

1) Falta de conduta;

2) Nexo de Causalidade;

3) Dano;

4) Descumprimento de dever legal de agir. O STF entende que é preciso que seja possível
a Administração cumprir a determinação legal. Por isso, tem-se a reserva do possível.

Em virtude da limitação da Administração Pública em garantir todos os seus deveres, o


STF relativizou o dever de agir e entende que análise deve ser feita a partir da possibilidade de
atuação da administração. Assim, se não foi possível à Administração agir, não haverá
responsabilização.

Ex.: O Estado deve garantir a segurança pública a todos, mas a Administração não
consegue evitar todos os crimes.
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Fato omissivo = falha estatal, uma omissão do agente, vai acontecer a responsabilidade
objetiva na prestação mal feita de um serviço público.

Ex: Um preso de alta periculosidade vai ser transferido do presídio A para o presídio B.
Durante o procedimento, há uma omissão na escolta, o preso consegue fugir e pratica um
homicídio. Por ter havido uma falha na prestação do serviço, uma vez que a fuga ocorreu em
razão da omissão durante o procedimento no trajeto de escolta, haverá por parte da
Administração (Estado) um dever de indenizar o homicídio ocorrido (indenização à família da
vítima), haja vista a sua responsabilidade objetiva (e clara).

OBS: Outra situação será em caso de omissão genérica.

Ex: No caso de um indivíduo vir a praticar um homicídio em via pública, não se poderá
levar à responsabilização objetiva estatal, tendo em vista que, neste caso, não havia serviço
algum sendo prestado pelo Estado. Não há como a Poder Público, através de agentes de
segurança pública, estarem presentes em cada rua de um município.

OBS: Em penitenciárias tanto homicídio quanto suicídio são de responsabilidade objetiva


do Estado. Entende o STF que é dever do Estado a guarda, tutela, inclusive com prestação de
serviços psicológicos.
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Ação Regressiva

Art. 37 - § 6º - CF As pessoas jurídicas de direito público (ente; autarquias e fundações) e as de


direito privado prestadoras de serviços públicos (concessionárias e empresa pública e soc. de
economia mista SE PRESTADORA DE SERVIÇOS PÚBLICO) responderão (responsabilidade
objetiva) pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Em conformidade com o texto constitucional, dolo/culpa são imprescindíveis na ação de


regresso.

A ação de indenização é a ação que a vítima move em relação à Pessoa Jurídica. Nesta
ação, a responsabilidade da Administração é objetiva.

A ação de regresso é ação que a pessoa jurídica move em relação ao agente público que
causou o dano. Neste caso, a responsabilidade do agente será subjetiva.

Teoria da Dupla Garantia: a vítima não pode escolher demandar o agente público. A
vítima tem como garantia ajuizar uma ação de reparação do dano, em face da Pessoa Jurídica,
sem necessitar provar dolo/culpa. Já o agente público tem como garantia que somente será
demandado se agir com dolo/culpa. Essa dupla garantia (da vítima e do agente) dão nome à
teoria.

Informativo 436 e 519 do STF

Prazo prescricional

- Ação de Indenização (interposta pela vítima em desfavor da Pessoa Jurídica): 05 anos a


contar do dano.

- Ação de Regresso (interposta pela Pessoa Jurídica em desfavor de seu agente): existem
dois posicionamentos
-> Minoritário: 03 anos
-> Majoritário: 05 anos, de acordo com a CR/88

OBS: A ação de regresso pode ser imprescritível? Sim, desde que ação do agente
público tenha sido praticada de forma dolosa e configure ato de improbidade administrativa
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previsto na própria Lei. Porém, só há de se falar em imprescritibilidade do ressarcimento ao erário
quando a lesão aos cofres públicos decorrer de um ato de improbidade que tenha sido assim
caracterizado numa decisão judicial transitada em julgado e proferida dentro dos prazos definidos
pela nova Lei de Improbidade Administrativa.

Responsabilidade Civil Extracontratual do


Estado
 Por Ação: objetiva
 Por Omissão: subjetiva
 Ação de Regresso: subjetiva

Controle da Administração

 CONCEITO:

“Controle, em tema de administração pública, é a faculdade de vigilância, orientação e correção


que um Poder, órgão ou autoridade exerce sobre a conduta funcional de outro” Hely Lopes

“Pode-se definir o controle da Administração Pública como o poder de fiscalização e correção que
sobre ela exercem os órgãos dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo, com o objetivo de
garantir a conformidade de sua atuação com os princípios que lhe são impostos pelo
ordenamento jurídico”. Di Pietro

 ESPÉCIES QUANTO A EXTENSÃO:

• INTERNO – realizado no âmbito do mesmo Poder que pratica o ato controlado.

Existe uma relação hierarquizada quando a relação se da dentro da mesma pessoa jurídica, mas
existe uma possibilidade do ente federativo “ficar de olho” ter supervisão em relação àquela outra
entidade; seria uma supervisão ministerial, ou poder de tutela, controle finalístico, isso é um
controle interno, por ser um poder em si mesmo, ex. do poder executivo vigiando suas próprias
entidades, isso é chamado de “interno exterior” e é sinônimo de controle que a administração
direta exerce sobre as entidades da sua própria administração indireta.
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• EXTERNO – controle de um Poder sobre o outro que praticou o ato. Ex. de um controle externo,
quando o judiciário anula um ato da administração; o poder legislativo julgando as contas do
poder executivo, também outro exemplo do controle externo

• EXTERNO POPULAR – controle exercido pela sociedade sobre os atos da Admin. Pública.
(Art.31, §3º, CR)

Além dessa possibilidade de falar do controle quanto à sua extensão, também há o controle
quanto ao momento em que ele é exercido.

 QUANTO AO MOMENTO:

• PRÉVIO OU PREVENTIVO – controle exercido antes da prática do ato.

• CONCOMITANTE – controle exercido durante a prática do ato.

• POSTERIOR OU CORRETIVO – controle exercido após a prática do ato.

 QUANTO A NATUREZA:

• LEGALIDADE – verifica a conformidade do ato em relação ao ordenamento jurídico vigente.


Quando falamos de controle de legalidade, é necessário associar com a ideia de ato
administrativo, elementos de validade [CO FI FO MO OB] competência, finalidade, forma, motivo,
objeto; então falar em legalidade é verificar se foi praticado pelo agente competente, o ato tem
objeto, conteúdo previsto em lei, a forma é essa mesma, o motivo é existente, é uma finalidade de
interesse público? Esse é um controle de legalidade.

• MÉRITO – já o controle de mérito, tem relação com a discricionariedade do ato, ou seja, verifica
o juízo de oportunidade e conveniência para a prática dos atos discricionários. O controle de
mérito é limitado, a administração quando toma uma decisão de mérito, não pode ter esse mérito
examinado pelo poder judiciário. O judiciário pode anular um ato administrativo quando ele tem
vício na sua legalidade; eventualmente ao fazer escolhas desacertadas quanto a oportunidade e
conveniência a administração pode ferir o interesse público e como o interesse público é a
finalidade do ato, a gente teria aí o controle em função da legalidade, ou seja, um ato com desvio
de finalidade, também chamado de desvio de poder, acaba gerando uma ilegalidade desse ato.
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 QUANTO AO ÓRGÃO QUE O EXERCE:

• CONTROLE ADMINISTRATIVO

• CONTROLE LEGISLATIVO/ PARLAMENTAR

• CONTROLE JUDICIAL/ JURISDICIONAL

- Quanto ao controle administrativo – Art. 70 a 75 CF

• Controle Interno – art. 74 da CR

• Fiscalização hierárquica – autotutela

• Supervisão ministerial – tutela (interno exterior)

• Processo Administrativo: qualquer assunto relacionado à processo está ligado a controle adm.
• DIREITO DE PETIÇÃO (Art. 5º, XXXIV da CR)
• PEDIDO DE RECONSIDERAÇÃO
• RECURSO HIERÁRQUICO
• RECURSO HIERÁRQUICO IMPRÓPRIO
• REVISÃO (vedação de reformatio in pejus)
• REPRESENTAÇÃO
• RECLAMAÇÃO ADMINISTRATIVA (Dec. 20.910/32)

- Quanto ao controle legislativo: meios de controle: Político e Financeiro


Sempre que o poder legislativo aprecia atos ou decisões da administração pública, fora dos
aspectos financeiros e orçamentários, ele estará realizando um tipo de controle, que é sempre
limitado e previsto na Constituição.

CONTROLE POLÍTICO
O Poder Legislativo aprecia os atos e decisões da Administração Pública nos termos e limites
previstos na Constituição.
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HIPÓTESES

• Fiscalizar (aprovações e autorizações) de atos do Executivo: competência do Congresso


Nacional e do Senado para apreciar (a priori ou a posteriori) os atos do Poder Executivo.
Havendo decisão favorável, esta expressa-se por meio de autorização ou aprovação contida em
decreto-legislativo ou resolução. (art. 49, X, da CR). Isso é um controle político, é o legislativo
decidindo se é conveniente ou não que o Presidente se ausente do país, ou níveis de
endividamento por ex.

• Convocação para comparecimento: convocação de Ministros de Estado pela Câmara dos


Deputados ou pelo Senado, ou qualquer de suas comissões, para prestar, pessoalmente,
informações sobre assunto previamente determinado. A falta de comparecimento, sem
justificação, importa crime de responsabilidade.

• Pedidos escritos de informações: tal pedido é feito pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do
Senado, dirigidos aos Ministros de Estado ou de quaisquer titulares de órgãos diretamente
subordinados à Presidência da República, que deverão responder no prazo de 30 dias, sob pena
de crime de responsabilidade. (art. 50 da CR)

• Comissões Parlamentares de Inquérito: Trata-se de comissão para apuração de irregularidades.


São criadas para investigação de fato determinado e têm prazo certo de existência. O
requerimento para a instalação deve conter adesão de no mínimo 1/3 dos membros que
compõem as Casas Legislativas. (art. 58, § 3º, CR)

• Julgamento nos Crimes de Responsabilidade: O SF é competente para processar e julgar o


Presidente e o Vice nos crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, nos crimes da mesma natureza conexos
com aqueles; e a competência para processar e julgar os Ministros do STF, o Procurador-Geral
da República e o AG da União nos crimes de responsabilidade; (art. 52, CR)

• Fixação de limites da dívida consolidada, operações de crédito externo e interno e concessões


de garantias pela União: O Senado Federal é competente para fixar, por proposta do Presidente
da República, limites globais para o montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do
DF e dos Municípios; (art. 52, VI, VII, da CR)
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• Sustação de atos normativos do Poder Executivo: O Congresso Nacional tem competência para
sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos
limites de delegação legislativa; (art. 49, V, da CR)

CONTROLE FINANCEIRO E ORÇAMENTÁRIO

O Poder Legislativo exerce com o apoio do Tribunal de Contas. Art. 70 a 75 da CR

Art.70 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária,


operacional e patrimonial da União e das entidades da
administração direta e indireta, quanto à legalidade, legitimidade,
economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de
receitas, será exercida pelo Congresso Nacional, mediante
controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada
Poder
.
Parágrafo único - Prestará contas qualquer pessoa física ou
jurídica, pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde,
gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou
pelos quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma
obrigações de natureza pecuniária.

Art.71 - O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será


exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual
compete:

I - apreciar as contas prestadas anualmente pelo Presidente da


República, mediante parecer prévio que deverá ser elaborado em
sessenta dias a contar de seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores e demais responsáveis


por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e
indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e
mantidas pelo Poder Público federal, e as contas daqueles que
derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que
resulte prejuízo ao erário público;
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III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de
admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e
indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder
Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em
comissão, bem como a das concessões de aposentadorias,
reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que
não alterem o fundamento legal do ato concessório;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Câmara dos Deputados, do


Senado Federal, de Comissão técnica ou de inquérito, inspeções
e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial, nas unidades administrativas dos
Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, e demais entidades
referidas no inciso II;

Dentre outras ...

CONTROLE INTERNO
Art.74 - Os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão,
de forma integrada, sistema de controle interno com a finalidade
de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual,


a execução dos programas de governo e dos orçamentos da
União;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à


eficácia e eficiência, da gestão orçamentária, financeira e
patrimonial nos órgãos e entidades da administração federal, bem
como da aplicação de recursos públicos por entidades de direito
privado;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e


garantias, bem como dos direitos e haveres da União;

IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão


institucional.
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§1º - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem


conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela
darão ciência ao Tribunal de Contas da União, sob pena de
responsabilidade solidária.

§2º - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é


parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou
ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

- Quanto ao controle jurisdicional: Meios de controle

LIMITES DO CONTROLE JURISDICIONAL - O Poder Judiciário tem competência para apreciar


a legalidade e a legitimidade dos atos administrativos. Portanto, verifica se o ato está em
conformidade com o ordenamento jurídico vigente (normas e princípios da Administração
Pública). Contudo, não é possível a análise de mérito: oportunidade e conveniência.

Atos sujeitos a controle especial:

- atos políticos: São atos praticados por agentes do Governo que possuem liberdade de
apreciação da conveniência e/ou oportunidade de sua realização. São exemplos de atos políticos
o veto de projeto de lei pelo Poder Executivo; a rejeição do veto pelo Poder Legislativo, dentre
outros.

- atos legislativos: Os atos legislativos propriamente ditos – leis no sentido estrito –, são
atacáveis por instrumentos específicos: Ação Direta de Inconstitucionalidade, etc.

- atos interna corporis: aqueles que dizem respeito à economia interna da corporação legislativa
e, portanto, afastam o controle Judicial. Entretanto, se existir inconstitucionalidade, ilegalidade ou
infringência regimental nestes atos, poderá ocorrer a apreciação dos mesmos pelo Poder
Judiciário.

Habeas Corpus (art. 5º, LXVIII)

Conceder-se-á habeas-corpus sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer


violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder;
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Habeas Data (art. 5º, LXXII - Lei nº 9507/97)

a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes


de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo por processo sigiloso, judicial ou
administrativo;

Mandado de Segurança (art. 5º, LXIX e LXX - Lei nº 12.016/2009)

Conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por
habeas-corpus ou habeas-data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for
autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público;

Mandado de Segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Congresso Nacional;


b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em
funcionamento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou
associados;

Mandado de Injunção (art. 5º, LXXI)

Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora torne inviável
o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade,
à soberania e à cidadania;

Ação Popular (art. 5º, LXXIII - Lei 4.717, de 29.6.65)

Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato lesivo ao
patrimônio público ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, ao meio
ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má-fé, isento de
custas judiciais e do ônus da sucumbência;

Ação Civil Pública


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Objetiva impedir ou reprimir danos ao meio ambiente, ao consumidor, à ordem urbanística, a bens
e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico e a qualquer outro interesse
difuso ou coletivo, por infração de ordem econômica e da economia popular. ( art. 129, III da
CF/88. e Lei 7347/85.) art. 129, III, CR - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a
proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e
coletivos;

Podem propor a ACP > art. 5º da Lei 7.347

• o Ministério Público e a Defensoria Pública;


• a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios e suas entidades administrativas;
• a associação que, concomitantemente;
a) esteja constituída há pelo menos 1 (um) ano nos termos da lei civil;
b) inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção ao meio ambiente, ao consumidor, à
ordem econômica, à livre concorrência ou ao patrimônio artístico, estético, histórico, turístico e
paisagístico.

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