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Curso: Teórico CFO PMGO


Disciplina:Direito Administrativo

c) Responsabilidade civil: Depende do objeto social das estatais.

 Se presta serviço público: Responsabilidade objetiva (art. 37, § 6º, CF). Aqui temos
conduta + nexo causal + dano.

 Se explora atividade econômica: A regra é o art. 927, Código Civil. A responsabilidade será
subjetiva e direta. Ainda, o ente criador só responde subjetivamente. Será analisada a
conduta do agente, ou seja, se ela foi dolosa ou culposa. Aqui temos conduta dolosa ou
culposa + nexo causal + dano.

Independentemente se a responsabilidade for subjetiva ou objetiva, ela vai ser sempre


subsidiária do ente criador. Portanto, as estatais respondem subjetiva ou objetivamente
diretamente.

Ex.: Pedro é agente de uma estatal, ele causa dano a Maria. Assim sendo, Maria vai
acionar a estatal. Ela somente poderá acionar o ente criador esgotado o patrimônio da estatal.

d) Imunidade tributária: Depende.

 Se a estatal presta serviço público: Gozam da imunidade tributária, com relação ao


patrimônio, rendas e serviços que sejam essenciais (art. 150, VI, “a”, CF). Contudo, o STF
reconhece essa imunidade tributária, desde que este serviço seja remunerado por taxa.
Isso porque a remuneração por taxa indica que é um serviço obrigatório, ou seja,
compulsório. Portanto, não haverá concorrência.
 Se a estatal explora atividade econômica
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- Em regime de monopólio: Tem imunidade tributária, com relação ao patrimônio, rendas e
serviços que sejam essenciais (art. 150, VI, CF). No caso de monopólio, ao dar a
imunidade tributária à empresa pública, não viola qualquer garantia da empresa privada.

- Em regime de concorrência: Não tem imunidade tributária, pois o art. 173, CF, veda
tratamento diferenciado entre estatais e empresas privadas.

e) Prerrogativas processuais: Não gozam de prerrogativas processuais, pois são pessoas


jurídicas de direito privado.

f) Licitação: Em regra, é obrigatória. As regras gerais estarão na Lei 13.303/16, também na


referida lei estão os casos excepcionais, onde pode haver a contração de bens, produtos e
serviços sem a realização do processo licitatório.

g) Prestação de contas/natureza dos atos: Em que pese ser pessoa jurídica de direito privado,
haverá sim prestação de contas, pois recebe dinheiro público.

A natureza jurídica dos atos é privada, já o regime jurídico é híbrido, portanto, segue
normas de direito público + normas de direito privado.

3.2- Peculiaridades

Veremos, agora, as diferenças entre uma empresa pública e uma sociedade de economia
mista.
Já chamando a atenção de que o ponto que mais cai em prova é em relação ao foro
processual.

Empresa pública Sociedade de economia mista

Capital 100% público É híbrido ou misto (público + privado)

(Unipessoal ou pluripessoal)

Forma Qualquer forma societária admitida Sempre S/A, regulada pela Lei
societária em direito 6.404/76

Foro Regra da organização judiciária Sempre na Justiça Comum Estadual


processual
* Exceção: Súmula 517, STF
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a) Empresa pública

Art. 3º Empresa pública é entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com
criação autorizada por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é integralmente detido pela
União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios.

a.1) Capital: O capital é 100% público. Esse capital pode ser:

 Unipessoal: Como por exemplo, a União institui uma empresa pública;

 Pluripessoal: Como por exemplo, a União junta com o Estado e institui uma empresa
pública.

Isso está previsto no art. 3º da Lei das Estatais.

a.2) Forma societária: Qualquer forma admita em direito. Portanto, pode ser uma AS, uma Ltda,
uma comandita simples.

a.3) Foro processual: A empresa pública segue a organização judiciária.

Empresa pública federal  Justiça Federal

Empresa pública estadual, municipal e distrital  Justiça Comum Estadual

b) Sociedade de economia mista

Art. 4º Sociedade de economia mista é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito


privado, com criação autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima, cujas ação com
direito a voto pertençam em sua maioria à União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios
ou a entidade da administração indireta.

b.1) Capital: O capital é misto, ou seja, parte público e parte privado.

Limite? O poder público tem que ter controle societário. Ou seja, a maioria das ações com
direito a voto têm que pertencer ao poder público. não importa se o poder público não tem a
maioria do capital social, mas tem que ter o controle societário. Isso está previso no art. 4º da Lei
das Estatais.
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b.2) Forma societária: Toda sociedade de economia mista é sociedade anônima. É regida pela
Lei n. 6.404/76.

b.3) Foro processual: Sempre terá foro na Justiça Comum Estadual.

Súmula 556, STF: É competente a justiça comum para julgar as causas em que é parte
sociedade de economia mista.

Súmula 42, STJ: Compete a justiça comum estadual processar e julgar as causas cíveis
em que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento.

Exceção: Súmula 517, STF: As sociedades de economia mista só têm foro na Justiça
Federal, quando a União intervém como assistente ou opoente.

Portanto, a sociedade de economia mista terá foro na Justiça Federal apenas quando a
União intervir no feito como assistente ou opoente.

4- Fundações públicas

Art. 5º, IV, do Decreto-Lei 200/67: Fundação Pública - a entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, para o
desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de direito
público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos respectivos órgãos de
direção, e funcionamento custeado por recursos da União e de outras fontes.

O conceito acima transcrito é o chamado conceito regra ou conceito legal. Por ele,
podemos ver que fundações públicas são pessoas jurídicas de direito privado, que são
autorizadas por lei, para prestação de serviço público, por isso não tem fins lucrativos. Chamada
também de fundação governamental.

O STF, através do RE 101126/RJ disse que o ente criador pode dotar a fundação pública
de personalidade jurídica de direito público, aí que surge a fundação jurisprudencial. Quando a
administração pública manifesta a vontade de criação de uma fundação, ela pode escolher se
esta terá personalidade jurídica de direito público ou de direito privado, a depender do objeto
social.
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Na prova

 Se vier a seguinte afirmativa: “Sobre as fundações públicas, é correto afirmar que elas são
pessoas jurídicas de direito privado”. Se a questão trouxer somente fundação pública e não
disser mais nada, é a regra legal, portanto, será fundação pública de direito privado.

 Se disser: “Sobre as fundações públicas, pessoas jurídicas de direito privado...”, está


tratando da fundação pública jurisprudencial.

4.1- Criação

a) Fundações autárquicas: É a exceção. São pessoas jurídicas de direito público.


Jurisprudência do STF.

São equiparadas as autarquias. Assim sendo, tudo o que foi dito sobre as autarquias
também será aplicado às fundações autárquicas.

São criadas por lei, portanto, as fundações públicas de direito público nascem com
personalidade jurídica.

b) Fundações governamentais: É a regra. São pessoas jurídicas de direito privado. Está na lei.

São equiparadas as empresas estatais que prestam serviço público. Assim sendo, tudo o
que foi dito sobre as empresas estatais também será aplicado às fundações governamentais.

São autorizadas por lei. Portanto, é necessária a lei + o registro no cartório competente
para adquirir personalidade jurídica.

4.2- Imunidade tributária

Todas gozam de imunidade tributária, com relação ao patrimônio, rendas e serviços que
sejam essenciais.

4.3- Foro processual

a) Fundação pública de direito público: Como ela segue a regra da autarquia, vai seguir a
organização judiciária.
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Se federal  Justiça Federal

Se estadual, municipal e distrital  Justiça Comum Estadual

b) Fundação pública de direito privado: Adota-se a regra da sociedade de economia mista,


portanto, se forem pessoas jurídicas de direito privado, vão ter foro na Justiça Comum Estadual.

Exceção: Justiça Federal, se a União intervir no feito.

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