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“O resultado de sua aprovação é construído todos os dias”. ♥
CLUBE DO CONCURSO
DIREITO ADMINISTRATIVO: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO (Aula 5)
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DIREITO ADMINISTRATIVO: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO (Aula 5)
AGENTES DA RESPONSABILIDADE CIVIL pessoa jurídica. Nesse caso, a obrigação de reparar o dano é
da pessoa jurídica prestadora do serviço e, caso seja inviável
Não é apenas o Estado que responde, com base no esse pagamento, o Estado é chamado à responsabilidade. É
disposto na CRFB, uma vez que o texto constitucional abarca oportuno mencionar que a responsabilidade subsidiária não
todos aqueles que atuam na prestação de serviços públicos. pode ser confundida com a responsabilidade solidária.
Incluem-se, nesta teoria, as pessoas jurídicas de Direito Nesta, ambos responderiam, ao mesmo tempo,
Público da Administração Direta (os entes políticos), além de solidariamente, enquanto na subsidiária o Estado só é
autarquias e fundações públicas de Direito Público que serão chamado se o prestador de serviços não tiver condições
responsabilizadas objetivamente. Faz-se uma ressalva às financeiras.
pessoas da administração indireta, pois, nem todas podem ser
incluídas neste conceito. As Empresas Públicas e Sociedades
de Economia Mista somente se incluem neste dispositivo,
quando criadas para a prestação de serviços públicos. Dessa
forma, insta salientar que a responsabilidade civil do
Estado não abarca as empresas estatais que exploram
atividade econômica. A responsabilidade, neste caso, será No que tange às serventias extrajudiciais,
regulamentada pelo direito privado, variando de acordo com a responsabilidade dos notários será subjetiva, muito
a natureza da atividade econômica explorada pela entidade. É embora se qualifiquem como delegatários de serviços. De
possível, por exemplo, que um determinado banco público fato, as atividades notariais e de registro são regulamentados
tenha responsabilização objetiva pelos atos de agentes que pela Lei 8.935/94, que no seu art. 22, define que “Os notários
causarem danos aos clientes da empresa, haja vista a e oficiais de registro são civilmente responsáveis por todos
configuração de relação de consumo. Nesse caso, o Código os prejuízos que causarem a terceiros, por culpa ou dolo,
de Defesa do Consumidor embasará a responsabilização pessoalmente, pelos substitutos que designarem ou
objetiva da entidade, não se aplicando as normas de Direito escreventes que autorizarem, assegurado o direito de
Administrativo. regresso”. Por sua vez, a responsabilização desse agente
perante o estado ocorre desde que comprovado o elemento
subjetivo de dolo ou de culpa, conforme texto constitucional.
ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE
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DIREITO ADMINISTRATIVO: RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO (Aula 5)
Teoria do Risco Administrativo – O Estado é realmente um sujeito político, jurídico e economicamente mais
poderoso que o administrado, gozando de determinadas prerrogativas não estendidas aos demais sujeitos de direito. Em razão disso,
passou-se a considerar que, por ser mais poderoso, o Estado teria que arcar com um risco maior, decorrente de suas inúmeras
atividades e, ter que responder por esse risco, lhe traria uma consequência. Surgiu, assim, a teoria do Risco Administrativo. Esta
teoria responsabiliza o ente público, objetivamente, pelos danos que seus agentes causarem a terceiros, contudo, admite a exclusão
da responsabilidade em determinadas situações em que haja a exclusão de algum dos elementos desta responsabilidade. O Brasil
adota esta teoria.
Com efeito, a atividade administrativa tem como finalidade alcançar o bem comum e se trata de uma atividade
potencialmente danosa. Por isso, surge a obrigação econômica de reparação de dano pelo Estado pelo simples fato de assumir o
risco de exercer tal atividade, independentemente da má prestação do serviço ou da culpa do agente público faltoso. Para excluir-
se a responsabilidade objetiva, deverá estar ausente pelo menos um dos seus elementos, quais sejam conduta, dano e nexo de
causalidade. Culpa exclusiva da vítima, caso fortuito e força maior são exemplos de excludentes de responsabilidade, por se tratarem
de hipóteses de interrupção do nexo de causalidade.
Teoria do Risco integral: A teoria do risco integral parte da premissa de que o ente público é garantidor universal
e, sendo assim, conforme esta teoria, a simples existência do dano e do nexo causal é suficiente para que surja a obrigação de
indenizar para a Administração, pois não admite nenhuma das excludentes de responsabilidade. Nesses casos, não se adota a
causalidade adequada e, desta forma, não se admite a exclusão do nexo causal, sendo o ente público responsável, ainda que sua
conduta, remotamente, concorra para a prática do dano.
Sendo assim, estaríamos diante da responsabilização absoluta do Estado por danos ocorridos em seu território, sob a sua égide.
No direito brasileiro, segundo Hely Lopes Meireles e José dos Santos Carvalho Filho, a teoria do risco integral jamais foi adotada
no nosso ordenamento jurídico, chegando este último autor a dizer que esta teoria é “absurda, injusta e inadmissível no Direito
moderno.” Para parte da doutrina, essa teoria é utilizada em situações excepcionais:
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Responsabilidade por omissão do Estado: a responsabilidade do Estado, em se tratando de conduta omissiva, dependerá
dos elementos caracterizadores da culpa.
Responsabilidade objetiva por culpa do serviço – o STF vem encampando a ideia de que a responsabilidade
do Estado por omissão é objetiva. Na prática essa doutrina não muda o que a doutrina anterior dizia. Isso porque a
responsabilidade seria objetiva, mas é necessário comprovar a omissão específica. Essa omissão específica é o que se chamava de
“culpa do serviço”
Sendo assim, são elementos definidores da responsabilidade do Estado em casos de omissão de seus agentes: o
comportamento omissivo do Estado, o dano, o nexo de causalidade e a culpa do serviço público. Com efeito, a responsabilização,
neste contexto, depende da ocorrência de ato omissivo ilícito, ou seja, a omissão do agente deve configurar a ausência de
cumprimento de seus deveres legalmente estabelecidos.
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Assim, o Estado não responde por fatos da natureza como enchentes, raios, entre outros e
também não responde por atos de terceiros ou atos de multidões, como passeatas e tumultos organizados, desde que, por óbvio,
tenha tomado as medidas possíveis a impedir o dano causado. Afinal, se o ente público tiver a possibilidade de evitar o dano e não
o faz, está-se diante do descumprimento de dever legal. Nesse mesmo sentido, é disposto que “apresenta-se mais uma exigência da
responsabilidade por omissão a questão do dano evitável, quando era possível para o ente público impedir o prejuízo, mas ele
não o fez. Aqui também cabe a discussão sobre assaltos em vias públicas, nos quais normalmente não há o dever de indenizar, por
ser ato de terceiro, mas, se os guardas assistiam à ação do bandido e tinham como impedi-lo, mas não o fizeram, há descumprimento
do dever legal e, por ser um dano evitável, reconhece-se a responsabilidade.”
É cediço que, atualmente, a prestação do serviço público tem um padrão considerado normal,
baseado no Princípio da Reserva do Possível, ou seja, tem que haver compatibilidade com o orçamento público e sua
estruturação na prestação dos serviços. Se este está sendo realizado dentro do padrão normal esperado, não há que se falar em
responsabilizar o Estado. Este, por sua vez não pode eximir-se de suas obrigações em oferecer o mínimo existencial de
sobrevivência para os administrados, utilizando-se do princípio da reserva do possível. Neste contexto, para que haja
responsabilização do Estado, deve-se analisar se seria possível ao ente estatal impedir a ocorrência do dano, dentro de suas
possibilidades orçamentárias.
Portanto, se o serviço foi prestado de forma devida, a atuação pública atendeu aos padrões normais e ainda assim ocorreu
dano a um particular por situação alheia à conduta do Estado, considerando-se a impossibilidade para o ente estatal de evitar o fato
danoso, não há que se cogitar em responsabilização desse.
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