Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................................ 3
1-1-Resumo histórico..........................................................................................................................4
CONCLUSÃO.................................................................................................................................24
ANEXO............................................................................................................................................27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................................41
3
Introdução:
O tópico estudado sobre a matéria referente de responsabilidade, foi a que mais nos chamou
atenção, isto porque este módulo resume praticamente o nascimento histórico do direito; pois no início
quando os homens passaram a viver em grupos, formando uma comunidade, sentiram eles a necessidade
de disciplinar a sua própria conduta, traçando normas de respeito aos direitos de cada um, ensejando assim
O instituto da responsabilidade é tão especial, que até hoje em dia, ela é utilizada para a
consecução da pacificação social, pois é essa matéria que garante ao indivíduo o direito de ressarcimento
Durante o curso jurídico, observamos com nitidez os detalhes referentes à culpa, risco, dolo, e
outros fatos que podem ensejar a responsabilidade jurídica. E neste trabalho falaremos importância da
No cotidiano, escutamos muitas pessoas reclamarem sobre os serviços prestados pelo advogado,
sendo que tais queixas são vindas com dúvidas, pois os clientes não são sabem ao certo verificar quando o
Desta a forma o presente estudo, tem o papel de demonstrar os principais atos em que o advogado
deverá responder por danos causados a seus clientes, assim se responsabilizando civilmente.
4
No passado quando a sociedade não era suficientemente estruturada, todo acontecimento que
gerava uma lesão para o cidadão, dava o surgimento de vingança contra aquele que praticou tal prejuízo,
essa satisfação de direito com as próprias mãos foi conhecido como autotutela. Este pensamento ocorria,
porque nesta época o Estado não era poderoso para superar os ímpetos individualistas das pessoas em
sociedade.
Com passar dos anos, num período mais avançado do Estado, a sociedade passou a ter o seu
fortalecimento sobre a população que nela habitavam, superando todas manifestações individuais,
prescrevendo o seu direito acima das vontades de todos os particulares, conseguindo desta forma extinguir
o uso da autotutela (salvo em alguns casos em lei), ou seja, o Estado retirou da vítima a possibilidade de
fazer justiça com as próprias mãos, tomando para si este direito, tendo desta maneira uma função
pacificadora.
Durante um momento evolutivo da sociedade, o Estado consagrou um meio legal para o controle
social, sendo esta forma também não muito eficaz para a reparação do dano, a sua função era punir aquele
5
que tenha causado o prejuízo. Tal regime foi conhecido como Talião, este tipo de sanção era uma pena
antiga usada em quase todas as legislações antigas. Esta norma trazia para aquele que houvesse causado
um mal ao seu semelhante, sofresse idêntico mal, em forma de castigo, traduzida na conhecida expressão:
“olho por olho, dente por dente, vida por vida, etc”.
A utilização deste regime constituía uma finalidade extremamente maléfica, visto que ensejava um
novo dano ou lesão ao agente causador do prejuízo, isto porque a sua condenação ficava a critério do
prejudicado.
Visto que a utilização do regime Talião, não eliminava o mal, e sim formava um novo dano, surgiu
então uma sanção menos gravosa para restituição do prejuízo causado.Essa nova pena é considerada como
uma transação entre a vítima e o agressor, sendo conhecida como “indenização pecuniária”.
Esta modalidade tem como principal objetivo uma reparação do prejuízo causado através de uma
pecúnia ou pela entrega de bens a vítima, com o intuito satisfazê-la totalmente, ou de pelo menos
amenizar o sofrimento ocasionado por causa do dano; assim conseguindo a pacificação social através de
uma maneira mais justa e mais humana para o agressor, sem a ocorrência de nenhum exagero.
6
A responsabilidade visa para aquele que causou o dano injusto a outrem, a reparação do prejuízo;
deste ponto de vista, a doutrina é unânime em afirmar, que não há responsabilidade sem prejuízo.
“A responsabilidade civil é a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar o dano
moral ou patrimonial causado a terceiros, em razão de ato por ele mesmo praticado, por que ela responde,
Enquanto para o autor Aguiar Dias, ela é: “Toda manifestação da atividade humana em si, traz o
problema da responsabilidade”; isto porque é um resultado de uma ação humana pela qual o individuo
expressa o seu comportamento, em face desse dever; ou seja, a definição mais próxima de
Enfim, embora existem várias definições para tal matéria, a idéia de dano ou prejuízo é
imprescindível para caracterizar a responsabilidade de alguém, quando pratica fato ilícito, tanto que este
fato é verdadeiro, que o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo já pronunciou a respeito:
1
DINIZ, Maria Helena.Curso de Direito Civil Brasileiro/Responsabilidade Civil, vol VII, 9ª edição, editora Saraiva, São Paulo,
1993, pág 20.
2
AGUIAR DIAS,José de.Da Responsabilidade Civil, vol I, 10ª edição, editora Forense, Rio de Janeiro, 1997, pág 13.
7
“Somente danos diretos e efetivos, por efeito imediato do ato culposo, encontram no Código Civil
suporte de ressarcimento. Se o dano não houver, falta matéria para a indenização. Incerto e eventual é o
dano quando resultaria de hipotético agravamento da lesão” (TJSP-1ª C-Ap. - Rel. Octávio Stucchi -
j.20.8.85 – RT612/44)“.
atividade humana. Devido a este motivo a responsabilidade pode ser vista sob dois aspectos distintos: pelo
Embora exista distinção entre essas duas espécies, tais fundamentos apenas servem para fins de
estudo. Vale lembrar que esta definição de identidade dos aspectos, não significa dizer necessariamente
que ocorrerá a exclusão do âmbito do outro, pois existem casos em que a responsabilidade pode resultar
da violação, ao mesmo tempo de normas jurídicas e de normas morais, ficando em nesta ocorrência a
Já não podemos dizer o mesmo sobre o aspecto moral, isto porque este campo alcança uma
dimensão bem mais ampla do que o outro aspecto, devido à noção de que um simples pensamento pode
dar ensejo a um mal independentemente da existência de um prejuízo. Ou seja, a moral diz respeito à
forma de cada indivíduo pensa em relação a determinado acontecimento, desta maneira, o que pode ser
mal para um, talvez para outra pessoa não seja tão maléfica, isto acontece devido à inexistência de
Todo ato que fere o ordenamento, violando direitos, causando dano a uma norma jurídica, é
chamado de ilícito.
A pratica de um ato em desacordo com a norma jurídica, pode ensejar tanto o ilícito civil, quanto o
ilícito penal.
surgimento de um delito penal, isto porque tal comportamento fere dispositivo de alguma lei penal. Assim
fica este ato conhecido como ilícito penal. Graças a tal acontecimento surge a responsabilidade penal, que
tem o dever de punir o agente, com a intenção de restaurá-lo para que este possa viver em harmonia na
sociedade.
9
Já todo dano que fere apenas a esfera individual, sem alcançar as normas que protegem uma
sociedade, atingindo apenas um direito subjetivo privado, é denominado de ilícito civil, tendo a sua
inclusão na responsabilidade civil, que tem o intuito da restauração patrimonial da vítima do dano.
Existem atos ilícitos que tem a oportunidade de ofender concomitante, a sociedade e o particular,
assim surgindo à dupla responsabilidade. Podemos citar, por exemplo: um motorista bêbado em que
atropela e mata alguma pessoa na estrada. Neste caso além de sofrer a sanção penal pelo crime de
homicídio, ele ainda será obrigado a reparar o dano aos parentes da vítima.
A responsabilidade civil pode ser classificada em duas teorias: Em teoria subjetiva (também
1º- Teoria Subjetiva: É aquela que se funda na culpa em sentido amplo, pois abrange também o
dolo.
O agente causador do dano deverá ter agido com dolo ou culpa para a caracterização desta
prejuízo ocorrido.
O nosso Código Civil adotou a doutrina da culpa como princípio da responsabilidade civil em seu
Artigo 159. Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar
De acordo com este dispositivo legal, deve-se observa quatro requisitos necessários para a devida
a) A ação ou omissão;
c) O nexo causal;
Verificaremos com mais detalhes cada um dos requisitos essenciais citados acima.
Quando se fala em ação ou omissão, refere-se a qualquer pessoa, ou seja, que por ato próprio ou
ato de terceiro que esteja em sua guarda, bem como os danos causados por animais ou coisas que lhe
pertençam.
A culpa é a ocorrência de uma ação ou omissão que concretizou um ato prejudicial a alguém sem a
intenção do agente causador, ou seja, é a violação ou inobservância de uma regra de conduta que produz
lesão do direito alheio. Sendo que esta pode se apresentar sob três formas, que são a “negligência,
imperícia e a imprudência”.
O nexo de causalidade é a relação de causa e efeito entre a ação ou omissão do agente e o dano
sofrido pela vítima, pois sem ela não já que se falar em obrigação de indenizar.
E por fim o dano, este deve ser demonstrado, seja ele materialmente ou moralmente, pois sem sua
2º- Teoria Objetiva: É a que se efetiva pelo o risco causado, pelo agente que ensejou o dano a
devido à de falta de sintonia com o desenvolvimento da sociedade, ficando desta forma inadequada à
utilização da teoria da culpa para todas as situações de reparação. Portanto, com a exigência da prova do
erro de conduta do agente imposta à vítima, deixava-a sem a devida reparação em inúmeros casos.
Essa impossibilidade de utilização da teoria da culpa ocorre com mais freqüência em atividades de
risco onde fica difícil a comprovação de que o tal dano tenha nascido através de dolo ou culpa. Diante
dessa situação, ensejou assim o nascimento da teoria objetiva ou teoria do risco, no qual não se exige
prova de culpa para que o agente seja obrigado a reparar o dano, pois tal responsabilidade é presumida por
Nesta modalidade é necessária apenas a prova do dano ocorrido e do nexo de causalidade que liga
A definição de risco para Caio Mário da Silva Pereira, é transcrita da seguinte forma:
“É o que se fixa no fato de que, se alguém põe em funcionamento uma qualquer atividade,
responde pelos eventos danosos que esta atividade gera para os indivíduos independente de determinar se
12
em cada caso, isoladamente, o dano é devido à imprudência, à negligência, a um erro de conduta, e assim
O autor Josserand em uma de suas obras um grande ataque à clássica teoria subjetiva, e
procurando fundamentar a responsabilidade objetiva com a teoria do risco, assim ele mencionou: “A
responsabilidade moderna comporta dois pólos: O pólo objetivo, onde reina o risco criado, e o pólo
subjetivo, onde triunfa a culpa, e é em torno desses dois pólos que gira a vasta teoria da responsabilidade”.
A Teoria do Risco, também é conhecida como a Teoria do Commodum, e isto quer dizer, o
princípio firmado em que a responsabilidade por dano à terceiro resulta diretamente da relação do
obrigado com a causa imediata do fato danoso, em razão do conceito social que exige de cada um ressarcir
Embora esta teoria é usada com freqüência, existe várias divergência em relação a ela, mas
podemos afirmar com livre convicção de que ela não revogou a teoria subjetiva.
Para os defensores da teoria objetivista, prescindem em qualquer caso saber se tal ocorrência é
fruto de uma responsabilidade contratual ou não; ou seja, para estas pessoas é dispensável a existência ou
não de um contrato.
3
PEREIRA,Caio Mario. Responsabilidade Civil, vol II, 8ª edição, editora Forense,1988, pág 268.
13
A responsabilidade civil é consagrada sobre apenas dois aspectos, pois ela pode ser: contratual ou
extracontratual.
1º- responsabilidade civil contratual: É aquela que teve o seu surgimento através de um
contratantes.
Assim sendo existe na culpa a violação de um dever preexistente, que devido à inobservância em
algum aspecto já convencionado entre as partes, feriu alguma cláusula, assim gerando o efeito de
De acordo com o tipo de contrato assumido, a responsabilidade civil contratual vai ser
diversificada, pois nos contratos unilaterais, responde por simples culpa o contraente a quem o contrato
aproveite, e só por dolo aquele a quem não favoreça. Já nos contratos bilaterais, irá responder cada uma
vontade de se obrigar foi de livre vontade, assim gerando os devidos efeitos jurídicos para ambos os
contraentes.
contrato válido entre os contraentes, pois caso contrário, não há de se falar em seus efeitos.
Outro fator importante para que também se tenha a responsabilidade civil contratual, além do
contrato válido, é a inexecução do contrato no todo ou em parte, para que assim surge a ocorrência do
“Embora ambas as espécies vem do gênero de inexecução, na mora a prestação não foi cumprida,
mas poderá sê-lo, proveitosamente, para o credor; já no inadimplemento absoluto a obrigação não foi
responsabilidade delitual): É aquela em que o agente que ensejou o dano não está ligado à vítima através
de um contrato, mas sim através de uma violação de um dever oriundo do preceito geral de direito, que
O causador de tal dano está obrigado a se responsabilizar, graças a uma previsão em norma legal.
É importante analisar que inexiste qualquer tipo de vínculo jurídico entre as partes antes do fato gerador
geral de não lesar a outrem (neminem laedere), conforme escrito no texto legal do artigo 159 do Código
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito, ou
Na responsabilidade extracontratual, a função do agente que praticou tal dano pode ser direta ou
indireta. A Responsabilidade Direta é aquela em que o ato causador da lesão tenha sido praticado pela
própria pessoa, ou seja, o feito pelo o próprio agente causador do dano. Enquanto que a Responsabilidade
Indireta, o resultado da lesão foi realizado por terceiro, com o qual o agente tem vínculo legal, neste caso
podemos citar como exemplo, alguém que esta sob a guarda do agente; ou algum animal do agente que
4
RODRIGUES, Silvo. Direito Civil: Parte Geral das Obrigações,vol II, 26ª edição, editora Saraiva,1998, pág 263.
15
Antes de entrar na definição de contrato de mandato, teremos que observar a distinção entre as
Existem negócios em que o devedor apenas promete realizar todos os esforços necessários para a
“obrigação de meio”. Temos como um bom exemplo o caso do médico em que se propõe a tratar de um
Por outro lado, existe um tipo de ajuste em que o devedor promete um resultado, e se não o
apresentar é considerado inadimplente.Neste tipo de caso podemos citar como exemplo, o serviço
prestado por uma autorizada de eletrodoméstico de uma determinada marca, que se obrigou a entregar tal
aparelho defeituoso em uma data, já reparado. Em tal situação apenas tentativa de conserto não o libera da
Desta forma, podemos classificar o serviço prestado pelo advogado como uma obrigação de meio,
isto porque muito embora ele realize todos os esforços possíveis, ele não pode garantir um resultado
O mandato é um contrato pelo qual alguém se obriga a praticar atos jurídicos ou administrativos de
interesses, por conta de outra pessoa; ou seja, a sua finalidade é que o individuo recebe poderes para agir
em nome de outrem, dando assim a idéia de representação mais do que qualquer outra coisa, devido a esse
O mandato é de origem romana, e este tipo de contrato está regulado em nosso Código Civil, no
Diz o artigo 1.228 Do Código Civil: Opera-se o mandato, quando alguém recebe de outrem
O contrato de mandato tem como escopo a realização de um ato jurídico, aqui o mandatário tem
como função agir em nome e no lugar do mandante.Para Orlando Gomes, o mandato é o contrato pelo
qual alguém se obriga a pratica atos jurídicos ou administrar interesses por conta de outra pessoa.
Quanto a sua natureza jurídica, o mandato é um contrato consensual, não solene, intuitu personae,
É contrato, porque implica a conjunção de duas vontades: a do mandante que outorga a procuração
e a do mandatário que a aceita. Tal aceitação não precisa ser expressa, pois ela pode ser tácita, desta
mandato.
O mandato é contrato consensual, porque se aperfeiçoa pelo mero consenso das partes em
oposição aos contratos reais que reclamam a tradição do objeto para sua ultimação.
É contrato não-solene, porque, embora determine a lei ser a procuração o instrumento do mandato
(Código Civil, artigo 1.288), a admite tanto o mandato tácito, como o mandato verbal (Código Civil,
artigo 1.290).
O contrato de mandato em princípio unilateral, pois implica obrigações para uma só das partes, ou
seja, para o mandatário, a quem cumpre se desincumbir da tarefa que lhe foi confiada. A lei, porém admite
a hipótese de surgirem obrigações por parte do mandante, tais como as de reparar as perdas sofridas pelo
mandatário na execução do mandato, ou de lhe reembolsar as despesas feitas, ou mesmo os juros, em caso
de atraso no pagamento daqueles. Neste caso se diz que o contrato é bilateral imperfeito, pó poder da
vincular o mandante.
civil objetiva, nós podemos afirmar que a responsabilidade do mandatário judicial (Advogado) é subjetiva,
mandato, e a indenizar qualquer prejuízo causado por culpa sua ou daquele a quem substabelecer, sem
O advogado tem um papel essencial na sociedade, isto porque esse profissional é indispensável
inércia jurisdicional ocorre porque graças a experiências anteriores, quando o juiz toma a iniciativa do
processo ele se liga psicologicamente de tal maneira à idéia contida no ato de iniciativa, que dificilmente
teria condições para julgar imparcialmente. Devido a este caso, fica geralmente a critério do próprio
Diante do que foi dito acima, podemos afirmar com plena convicção que o advogado é importante
para a sociedade, isto porque sem os seus serviços seria impossível a pacificação social, pois o juiz é
inerte para oferecer a prestação jurisdicional, sendo subordinado pela provocação da parte. Desta maneira
o advogado é profissional tem um papel privilegiado na administração da justiça, porque ele é habilitado
para representar a parte que acionou o Estado-juiz, para que este tome conhecimento do litígio em questão
e após uma prévia analise sobre tal questão, de o seu pronunciamento sobre o processo.
O advogado tem um papel tão importante, que o art. 133 da Constituição Federal de 1988, diz
Art. 133- O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e
Assim, a responsabilidade do advogado diante da sociedade, revela que este profissional deve ter
uma boa preparação acadêmica e uma exemplar competência profissional, para que a sociedade não fique
No dia 13 de fevereiro de 1995, foi aprovado e editado o Código de Ética e Disciplina da OAB,
No Código de Ética estão encontrados os deveres do advogado, como por exemplo, o sigilo
dignidade e boa-fé;
instauração de litígios;
atue;
22
e) entender-se diretamente com a parte adversa que tenha patrono constituído, sem o
assentimento deste.
IX – pugnar pela solução dos problemas da cidadania e pela efetivação dos seus direitos
O art.3º da Lei nº 8078 de 11 de setembro de 1990, também conhecido como o Código de Defesa
O artigo acima citado se refere a todo trabalho autônomo, como os casos dos profissionais
liberais, no qual estão inclusos os advogados. Em seu art.14, parágrafo 4º, diz que a
tendo desta forma a ocorrência da teoria subjetiva da responsabilidade civil. Assim sendo,
inobservância aos seus deveres ditados pelo Código de Ética, e pelo Estatuto da OAB,
bem como a feitura de erros grosseiros, o advogado será responsabilizado pelo dano feito
ao seu cliente.Devemos lembrar, que o art.51 da Lei nº 8078, diz claramente que são nulas
A lei nº 8906, de junho de 1994, também conhecida como Estatuto da Advocacia, dispõe sobre os
regulamentos inerentes a atividade advocatícia, sendo estão inclusos direitos e deveres de tal profissional.
A Ordem dos Advogados do Brasil tem como essencial função, a apuração de atos ilícitos
disciplinares causados por advogados. Tais atos ilícitos geram danos às pessoas, ensejando assim a
responsabilidade civil; neste momento inicia-se o papel da OAB, pois ela restringe-se a verificação das
realizada por advogados no exercício de sua função, enquanto que no art. 35 da mesma lei, são
São quatro tipos de sanções disciplinares, que são: Censura, suspensão, exclusão, e por fim a
multa. Cada uma delas contém a hipótese da sua aplicação entre os arts. 36 a 39 do Estatuto da Advocacia.
Conclusão:
A responsabilidade civil tem como objetivo o restabelecimento da harmonia social, feita através da
reparação do dano. Devido a este fato, podemos dizer que a responsabilidade civil é o núcleo de todo
exercício jurídico.
Como base em nossa pesquisa, vimos que a responsabilização do advogado está inseparavelmente
ligado à liberdade que o ofício lhe fornece. Essa livre conduta na função abre uma grande porta para que
diversos profissionais do ramo produzem danos a seus clientes. Tais danos podem ser realizados com
desígnio, ou ser efetivados sem a intenção de ocasionar o mal, pois muitos não possuem o conteúdo
mínimo para exercer o seu ofício, isso por causa da grande carência doutrinária durante a freqüência de
“obrigação de meio”, e não de fim, isto porque o indivíduo fica comprometido a realizar o serviço da
25
melhor maneira para a satisfação do cliente, sem se vincular a obtê-lo, pois ele não pode garantir um
resultado esperado para a parte que a contrata, desta forma não podendo imputar nenhuma
responsabilidade pelo insucesso. Em outras palavras, suas obrigações, devem ser desempenhadas de forma
da configuração da culpa. Isto é, torna-se indispensável à efetiva culpa do patrono, sendo esta informação
comprovada através de previsões legais no art 14 da Lei nº 8078 de 11 de setembro de 1990 (Código de
Defesa do Consumidor), bem como no art.32 da Lei nº 8906 de 4 de julho de 1994 (Estatuto da
Advocacia); assim tornando-se uma “conditio sine qua non” da responsabilidade, pois o cliente é obrigado
a comprová-la.
O advogado só pode ser responsável pelos seus atos, quando no exercício profissional, ele vier a
praticar o dano através de dolo ou culpa. Anteriormente estudado, o dolo é a plena intenção de praticar o
mal; enquanto que a culpa em sentido amplo, diz respeito à responsabilidade civil do advogado em relação
seja, só caberá indenização para erros presumíveis e não aceito, frutos da ignorância do advogado, devido
Assim, em relação aos erros de direito, só existirá a hipótese de ressarcimento, apenas em relação
aos gravíssimos, por exemplo: perder prazos que conduzam ao insucesso da causa; desconhecimento de
lei que tenha a sua a atuação freqüente; ir ao contrário de jurisprudência corrente; etc. Enquanto que os
erros de fato, o advogado será responsável por todos que estejam em seu mandato, por exemplo, não levar
testumunhas não intimadas para tanto; quanto se comprometeu; prejudicar a audiência por causa de sua
ausência.
26
civil do advogado que é subjetiva contratual, ficando o cliente que se sentir prejudicado, obrigado a provar
a existência do dano, da culpa do advogado e o nexo de causalidade entre o dano e prejuízo sofrido.
Graças às exigências escritas acima, a grande parte das pessoas prejudicadas, não promove a ação,
Por esse motivo, não é habitual responsabilizar os advogados por prejuízos causados aos seus
clientes, pois são raras as decisões a respeito sobre processo de apuração de infração disciplinar, isto
causídico, esta contida pela falta de informação da população, e a grande dificuldade ao acesso a justiça, e
Devemos lembrar que mesmo existindo o exame da OAB, que é um teste de avaliação aos
bacharéis graduados nas universidades para saber se eles tenham o conhecimento necessário para o
exercício da profissão, tais atos que produzem esses prejuízos aos clientes sempre existirão, enquanto a
Toda pessoa que se encontra insatisfeita com os serviços prestados por este profissional deve
denunciar os seus abusos, para que o mesmo não venha mais a praticá-lo novamente, assim evitando
futuros prejuízos à sociedade, ensejados por péssimos profissionais que sujam o nome desta profissão tão
nobre.
27
Anexo I
Código Civil:
Art. 1.288 - Opera-se o mandato, quando alguém recebe de outrem poderes, para, em seu nome,
Art. 1.289 - Todas as pessoas maiores ou emancipadas, no gozo dos direitos civis, são aptas para
dar procuração mediante instrumento particular, que valerá desde que tenha a assinatura do outorgante.
civil em que for passado, a data, o nome do outorgante, a individuação de quem seja o outorgado e
bem assim o objetivo da outorga, a natureza, a designação e extensão dos poderes conferidos.
§ 2º - Para o ato que não exigir instrumento público, o mandato, ainda quando por instrumento
Parágrafo único - Presume-se gratuito, quando se não estipulou retribuição, exceto se o objeto
do mandato for daqueles que o mandatário trata por ofício ou profissão lucrativa.
Art. 1.291 - Para os atos que exigem instrumento público ou particular, não se admite mandato
verbal.
Art. 1.292 - A aceitação do mandato pode ser tácita, e resulta do começo da execução.
Art. 1.293 - O mandato presume-se aceito entre ausentes, quando o negócio para que foi dado é da
profissão do mandatário, diz respeito à sua qualidade oficial, ou foi oferecido mediante publicidade, e o
Art. 1.294 - O mandato pode ser especial a um ou mais negócios determinadamente, ou geral a
todos os do mandante.
§ 1º - Para alienar, hipotecar, transigir, ou praticar outros quaisquer atos, que exorbitem da
§ 2º - O poder de transigir (arts. 1.025 a 1.036) não importa o de firmar compromisso (arts.
1.037 a 1048).
Art. 1.296 - Pode o mandante ratificar ou impugnar os atos praticados em seu nome sem
poderes suficientes.
29
data do ato.
Art. 1.297 - O mandatário, que exceder os poderes do mandato, ou proceder contra eles reputar-se-
Art. 1.298 - O maior de 16 (dezesseis) e menor de 21 (vinte e um) anos, não emancipado (art. 9º,
I), pode ser mandatário, mas o mandante não tem ação contra ele senão de conformidade com as regras
Art. 1.299 - A mulher casada não pode aceitar mandato sem autorização do marido.
Art. 1.300 - O mandatário é obrigado a aplicar toda a sua diligência habitual na execução do
mandato, e a indenizar qualquer prejuízo causado por culpa sua ou daquele a quem substabelecer, sem
mandato, responderá ao seu constituinte pelos prejuízos ocorridos sob a gerência do substituto,
embora provenientes de caso fortuito, salvo provando que o caso teria sobrevindo, ainda que não
Art. 1.301 - O mandatário é obrigado a dar contas de sua gerência ao mandante, transferindo-lhe as
Art. 1.302 - O mandatário não pode compensar os prejuízos a que deu causa com os proveitos,
Art. 1.303 - Pelas somas que devia entregar ao mandante, ou recebeu para despesas, mas empregou
Art. 1.304 - Sendo dois ou mais os mandatários nomeados no mesmo instrumento entender-se-á
que são sucessivos, se não forem expressamente declarados conjuntos, ou solidários, nem
quem tratar em nome do mandante, sob pena de responder a elas por qualquer ato, que lhe exceda os
poderes.
Art. 1.306 - O terceiro que, depois de conhecer os poderes do mandatário, fizer com ele contrato
exorbitante do mandato, não tem ação nem contra o mandatário, salvo se este lhe prometeu ratificação do
mandante, ou se responsabilizou pessoalmente pelo contrato, nem contra o mandante, senão quando este
Art. 1.307 - Se o mandatário obrar em seu próprio nome, não terá o mandante ação contra os que
Em tal caso, o mandatário ficará diretamente obrigado, como se seu fora o negócio, para com a
Art. 1.308 - Embora ciente da morte, interdição ou mudança de estado do mandante, deve o
Art. 1.309 - O mandante é obrigado a satisfazer todas as obrigações contraídas pelo mandatário, na
conformidade do mandato conferido, e adiantar a importância das despesas necessárias à execução dele,
execução do mandato, ainda que o negócio não surta o esperado efeito, salvo tendo o mandatário culpa.
Art. 1.311 - As somas adiantadas pelo mandatário, para a execução do mandato, vencem juros,
Art. 1.312 - É igualmente obrigado o mandante a ressarcir ao mandatário as perdas que sofrer com
a execução do mandato, sempre que não resultem de culpa sua, ou excesso de poderes.
Art. 1.313 - Ainda que o mandatário contrarie as instruções do mandante, se não excedeu os
limites do mandato, ficará o mandante obrigado para com aqueles, com quem o seu procurador contratou;
mas terá contra este ação pelas perdas e danos, resultantes da inobservância das instruções.
Art. 1.314 - Se o mandato for outorgado por duas ou mais pessoas, e para negócio comum, cada
uma ficará solidariamente responsável ao mandatário por todos os compromissos e efeitos do mandato,
salvo direito regressivo, pelas quantias que pagar, contra os outros mandantes.
Art. 1.315 - O mandatário tem sobre o objeto do mandato direitos de retenção, até se reembolsar
III - pela mudança de estado, que inabilite o mandante para conferir os poderes, ou o
I - quando se tiver convencionado que o mandante não possa revogá-lo, ou for em causa
II - nos casos, em geral, em que for condição de um contrato bilateral, ou meio de cumprir
especial de lei.
Art. 1.318 - A revogação do mandato, notificada somente ao mandatário, não se pode opor aos
terceiros, que, ignorando-a, de boa-fé com ele tratara; mas ficam salvas ao constituinte as ações, que no
Art. 1.319 - Tanto que for comunicada ao mandatário a nomeação do outro, para o mesmo
Art. 1.320 - A renúncia do mandato será comunicada ao mandante, que, se for prejudicado pela sua
inoportunidade, ou pela falta de tempo, a fim de prover à substituição do procurador, será indenizado pelo
mandatário, salvo se este provar que não podia continuar no mandato sem prejuízo considerável.
Art. 1.321 - São válidos, a respeito dos contraentes de boa-fé, os atos com estes ajustados em nome
do mandante pelo mandatário, enquanto este ignorar a morte daquele, ou a extinção, por qualquer outra
Art. 1.322 - Se falecer o mandatário, pendente o negócio a ele cometido, os herdeiros, tendo
ciência do mandato, avisarão o mandante, e providenciarão a bem dele, como as circunstâncias exigirem.
conservatórias, ou continuar os negócios pendentes, que se não possam demorar sem perigo, regulando-se
os seus serviços, dentro desse limite pelas mesmas normas, a que os do mandatário estão sujeitos.
Art. 1.324 - O mandato judicial pode ser conferido por instrumento público ou particular,
Art. 1.325 - Podem ser procuradores em juízo todos os legalmente habilitados, que não forem:
II - juízes em exercício;
III - escrivães ou outros funcionários judiciais, correndo o pleito nos juízos onde servirem,
Art. 1.326 - A procuração para o foro em geral não confere os poderes para atos, que os exijam
especiais.
Art. 1.327 - Constituídos, para a mesma causa e pela mesma pessoa, dois ou mais procuradores,
consideram-se nomeados para funcionar na falta um do outro, e pela ordem de nomeação, se não forem
solidários. Mas a nomeação conjunta pode conter a cláusula de que um nada pratique sem os outros.
Art. 1.328 - O substabelecimento, sem reserva de poderes, não sendo notificado ao constituinte,
Art. 1.329 - Sob pena de responder pelo dano resultante, o advogado, ou procurador, que aceitar a
procuratura, não se poderá escusar sem motivo justo e, se o tiver, avisará em tempo o constituinte, a fim
Art. 1.330 - As obrigações do advogado e do procurador serão determinadas, assim pelos termos
da procuração, como, e principalmente pelo contrato, escrito ou verbal, em que se lhes houverem ajustado
os serviços.
35
Anexo II
Código Civil:
Art. 159 - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência, ou imprudência, violar direito,
1.519 e 1.520).
36
Parágrafo único - Neste último caso, o ato será legítimo, somente quando as circunstâncias o
perigo.(...).
Art. 1.056 - Não cumprindo a obrigação, ou deixando de cumpri-la pelo modo e no tempo devidos,
Art. 1.057 - Nos contratos unilaterais, responde por simples culpa o contraente, a quem o contrato
Nos contratos bilaterais, responde cada uma das partes por culpa.
Art. 1.058 - O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito, ou força maior, se
expressamente não se houver por eles responsabilizado, exceto nos casos dos arts. 955 956 e 957.
Parágrafo único - O caso fortuito, ou de força maior, verifica-se no fato necessário, cujos
Art. 1.059 - Salvo as exceções previstas neste Código, de modo expresso, as perdas e danos
devidos ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar.
Parágrafo único - O devedor, porém, que não pagou no tempo e forma devidos, só responde
Art. 1.060 - Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem os
Art. 1.061 - As perdas e danos nas obrigações de pagamento em dinheiro consistem nos juros da
Art. 1.518 - Os bens do responsável pela ofensa ou violação do direito de outrem ficam sujeitos à
reparação do dano causado; e, se tiver mais de um autor à ofensa, todos responderão solidariamente pela
reparação.
Art. 1.519 - Se o dono da coisa, no caso do art. 160, II, não for culpado do perigo, assistir-lhe-á
Art. 1.520 - Se o perigo ocorrer por culpa de terceiro, contra este ficará com ação regressiva, no
caso do art. 160, II, o autor do dano, para haver a importância, que tiver ressarcido ao dono da coisa.
Parágrafo único - A mesma ação competirá contra aquele em defesa de quem se danificou a
I - os pais, pelos filhos menores que estiverem sob seu poder e em sua companhia;
condições;
III - o patrão, amo ou comitente, por seus empregados, serviçais e prepostos, no exercício
dinheiro, mesmo para fins de educação, pelos seus hóspedes, moradores e educandos;
quantia.
Art. 1.523 - Excetuadas as do art. 1.521, V, só serão responsáveis às pessoas enumeradas nesse e
no art. 1.522, provando-se que elas concorreram para o dano por culpa, ou negligência de sua parte.
Art. 1.524 - O que ressarcir o dano causado por outrem, se este não for descendente seu, pode
Art. 1.525 - A responsabilidade civil é independente da criminal; não se poderá, porém, questionar
mais sobre a existência do fato, ou quem seja o seu autor, quando estas questões se acharem decididas no
crime.
39
Art. 1.526 - O direito de exigir reparação, e a obrigação de prestá-la transmitem-se com a herança,
Art. 1.527 - O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar:
Art. 1.528 - O dono do edifício ou construção responde pelos danos que resultarem de sua ruína, se
Art. 1.529 - Aquele que habitar uma casa, ou parte dela, responde pelo dano proveniente das coisas
Art. 1.530 - O credor que demandar o devedor antes de vencida a dívida, fora dos casos em que a
lei o permita, ficará obrigado a esperar o tempo que faltava para o vencimento, a descontar os juros
Art. 1.531 - Aquele que demandar por dívida já paga, no todo ou em parte, sem ressalvar as
quantias recebidas, ou pedir mais do que for devido, ficará obrigado a pagar ao devedor, no primeiro caso,
o dobro do que houver cobrado e, no segundo, o equivalente do que dele exigir, salvo se, por lhe estar
Art. 1.532 - Não se aplicarão às penas dos arts. 1.530 e 1.531, quando o autor desistir da ação antes
de contestada a lide.
(...)Art. 1.547 - A indenização por injúria ou calúnia consistirá na reparação do dano que delas
resulte ao ofendido.
Parágrafo único - Se este não puder provar prejuízo material, pagar-lhe-á o ofensor o dobro da
Art. 1.548 - A mulher agravada em sua honra tem direito a exigir do ofensor, se este não puder ou
não quiser reparar o mal pelo casamento, um dote correspondente à sua própria condição e estado:
IV - se for raptada.
Art. 1.549 - Nos demais crimes de violência sexual, ou ultraje ao pudor, arbitrar-se-á judicialmente
a indenização.
Art. 1.550 - A indenização por ofensa à liberdade pessoal consistirá no pagamento das perdas e
danos que sobrevierem ao ofendido, e no de uma soma calculada nos termos do parágrafo único do art.
1.547.
41
Referências Bibliográficas
1. DIAS, José de Aguiar. Da Responsabilidade Civil, vols. I e II, 10ª edição, Ed. Forense,
3. GOMES, Orlando. Obrigações, 11ª edição, Ed. Forense, Rio de Janeiro, 1997.
4. PEREIRA Caio Mário da Silva. Responsabilidade Civil, 8ª edição, Ed. Forense, 1998.
5. RODRIGUES, Silvio. Direito Civil vol. II, 26ª edição, Ed. Saraiva, São Paulo, 1998.
Forense, 1999.
42