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RESPOSABILIDAE CIVIL NO DIREITO DO TRABALHO

Sumário

Epígrafe................................................................................................................................I
Agradecimento.....................................................................................................................II
Resumo...............................................................................................................................III
Lista com Abreviatura.........................................................................................................IV
Introdução....................................................................................................................... 6
1 Capílulo ................................................................................................................... 7
1.1 Formulação do problema .................................................................................. 7
1.1.1 Hipóteses ........................................................................................ 7
1.2 Justificativa ....................................................................................................... 7
1.3 Objetivo ............................................................................................................ 7
1.3.1 Objetivo Geral ................................................................................. 7
1.3.2 Objetivo Específico .......................................................................... 7
2 Capítulo ................................................................................................................... 8
2.1 Fundamentações Teóricas ............................................................................... 8
2.2 Conceitos de Danos ......................................................................................... 9
2.3 Danos Patrimoniais e Dano Não Patrimonial .................................................... 9
2.4 Dever de reparar............................................................................................. 11
2.5 Contrato de Trabalho ...................................................................................... 12
2.6 Direito à dignidade da pessoal humana ................................................................. 12
3 Capítulo ................................................................................................................. 13
3.1 Metodologia .................................................................................................... 13
3.2 Tipo de estudo ................................................................................................ 13
3.3 Local de estudo .............................................................................................. 13
3.4 População em estudo ..................................................................................... 13
3.5 Amostra .......................................................................................................... 13
3.6 Critério de inclusão ......................................................................................... 13
3.7 Critério de exclusão ........................................................................................ 13
3.8 Instrumento de recolha de dados .................................................................... 13
4 Conclusão.............................................................................................................. 14
5 Referência Bibliográfica ......................................................................................... 15

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Introdução

As relações entre empregado e empregador no campo trabalhista se


mostram cada dia mais complexas exigências absurdas e abuso de poder do
empregador, tornam esse ambiente propício a desvios de conduta que
prejudicam intimamente a parte mais frágil, os trabalhadores são muitos os
casos onde ocorrem ofensas graves a honra, imagem, intimidade e integridade
física, que precisam ser reparadas de forma eficaz, o dever de reparar o dano
causado no campo do direito laboral a luz da responsabilidade civil é o embrião
deste trabalho que vai ao longo do seu desenvolvimento mostrar que a
reparação passa pela esteira da Constituição da República de Angola de 2010,
do direito civil, invocado para suprir a lacuna da LGT (Lei Geral do Trabalho),
naquilo que não for incompatível.

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1 Capílulo
1.1 Formulação do problema

Com base a nossa pesquisa constatamos que muitos trabalhadores


desconhecem os seus direitos de acordo a lei e a responsabilidade que a
entidade empregadora tem para com os mesmos, vimos à responsabilidade
civil no direito do trabalho, sendo que muitos têm violado os direitos dos
trabalhadores. Por essa razão, deve-se observar a distinção entre o bem
jurídico ofendido e as efetivas consequências do dano. Dai surge à questão:

Qual é a sanção aplicada à entidade empregadora que viola os direitos dos


trabalhadores?

1.1.1 Hipóteses

 As sanções aplicadas à entidade empregadora que viola o direito


dos trabalhadores são as que podemos encontras nos dispostos
dos artigos da Constituição da República de Angola, Código Civil e
Lei Geral do Trabalho.
 Recorrer aos direitos à dignidade humana

1.2 Justificativa

Escolhemos este tema para mostramos a sociedade em geral a importância


do conhecimento das leis e da responsabilidade civil no ramo do trabalho
1.3 Objetivo
1.3.1 Objetivo Geral
Dar a conhecer aos trabalhadores, estudante e a sociedade em geral
saber responsabilidade civil no direito do trabalho.

1.3.2 Objetivo Específico


1. Motivar os trabalhadores a conhecerem seus direitos quanto à
responsabilidade civil no trabalho
2. Esclarecer as sanções que se incubem a quem cometer um dano
a outrem e quais as indemnizações a se responsabilizar

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2 Capítulo

2.1 Fundamentações Teóricas

A responsabilidade civil é um instituto milenar do direito, visto que se


encarrega de oferecer uma resposta para os comportamentos ilícitos
prejudiciais aos interesses alheios, e estes, existem desde os primórdios da
vida em sociedade. O sentido da expressão “responsabilidade” pode ser
compreendido a partir da própria origem da palavra, que vem do latim
“responderem”, isto é, a necessidade que existe de responsabilizar alguém por
seus atos. Diz respeito, portanto, à atribuição das repercussões de determinado
comportamento ao seu autor e, como tal, pode ser requerida nos mais diversos
âmbitos da atividade humana sob um viés moral, ético, religioso ou jurídico.

Quando enfocada juridicamente, avulta sua natureza prescritiva e


imperativa, obrigando o indivíduo responsável a sujeitar-se às consequências
impostas pelo ordenamento à conduta lesiva que praticou.

Na vida em sociedade os comportamentos, às ações ou omissões


adaptadas por uma pessoa causam muitas vezes prejuízos a outrem e que se
traduzem em danos. O dano consubstancia ilicitude (ressalvadas as hipóteses
excecionais de responsabilidade civil por facto lícito), ou seja, uma quebra do
equilíbrio social, que obriga a reparação à vítima e à sociedade, a fim de
restabelecer seu equilíbrio.

Tem sido assim, desde a Roma antiga, onde o brocardo orientava a vida
em sociedade, ao determinar que toda pessoa deve agir de modo a não
ofender ninguém, obrigando-se a reparar os danos que porventura causassem.
Assim, essa ideia do “alteron non laedere” orienta toda a responsabilidade civil
desde a antiguidade, norteando a obrigação de reparar a vítima na medida do
prejuízo que sofreu, seja ele patrimonial ou não patrimonial. Uma vez
estabelecido o dever de indemnizar, há que se quantificar o sofrimento infligido,
de modo a possibilitar a fixação de uma indemnização justa, que indemnize
todo o prejuízo sofrido, mas sem constituir fonte de enriquecimento injustificado
à vítima.

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No presente trabalho, são abordadas às nuances que gravitam em torno


do dano como figura jurídica central da responsabilidade civil e o tratamento
que lhe é conferido pelo ordenamento jurídico angolano.

2.2 Conceitos de Danos

A prática de condutas lesivas e de comportamentos prejudiciais a


interesses individuais e coletivos é tão antiga quanto à história do homem e das
primeiras formações sociais. Nas relações humanas, revela-se corriqueiro que
as ações ou omissões do indivíduo atentem contra os interesses alheios. Tais
comportamentos, no entanto, não se tomam menos reprováveis apenas pelo
facto de serem inerentes ao instinto humano, ao contrário, devem ser
veementemente combatidos e reprimidos, não apenas para garantir o convívio
pacífico e a manutenção ordenada das coletividades, mas também para
preservar a integridade física, patrimonial e moral dos entes sociais.

A doutrina jurídica define o dano como sendo a lesão a bem ou ao


interesse tutelado pelo direito. Dano poder ser compreendido como um
prejuízo, aliás, é seu sinónimo. O dano é considerado como o mais importante
pressuposto da responsabilidade civil. Por conseguinte, a responsabilidade civil
consiste na necessidade imposta pela lei a quem causa prejuízos a outrem de
colocar o ofendido na situação em que estaria sem a lesão (arts, 483.º e 562).
É ao lesado que incumbe provar a culpa do autor da lesão, salvo havendo
presunção legal de culpa. (art. 487.º). A doutrina costuma distinguir a figura do
dano em dano patrimonial (são os danos de reflexos patrimoniais, sendo dano
emergente, ou seja, o prejuízo imediato sofrido pelo lesado, e lucro cessante,
quer dizer, as vantagens que deixaram de entrar no património do lesado) e
dano não patrimonial ou moral (que é a lesão a pessoa na sua integridade
física, psicológica ou moral da vítima, ou seja, atingem, como regra, direitos da
personalidade da vítima, sendo indemnizáveis).

2.3 Danos Patrimoniais e Dano Não Patrimonial

Olhando um pouco a teoria jurídica, entende-se por dano material a


perda que atinge o património corpóreo de alguém e, subdivide-se em danos
emergentes (o que efetivamente se perdeu) e lucros cessantes (o que
razoavelmente se deixou de lucrar), ex vis art. 564.º n.º 1 CC. Nas palavras de

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Cristiano Sobral Pinto, “Consiste na lesão concreta que atinge interesses


relativos ao património, acarretando sua perda total ou parcial e suscetível de
avaliação pecuniária.” (2014, p. 1.490).

O dano emergente se refere à efetiva diminuição do património do


lesado, os prejuízos que efetivamente sofreu e que, normalmente, podem ser
facilmente demonstrados, como exemplo típico, o estrago do automóvel, no
caso de um acidente de trânsito. Já o lucro cessante, quer dizer, as vantagens
que deixaram de entrar no património do lesado em consequência da lesão
(art. 564.º, n. º1). No caso de acidente de trânsito, poderá pleitear lucros
cessantes o taxista que deixou de ganhar dinheiro para sustentar a sua família.
Geralmente, tal frustração de lucro é fixada de acordo com uma tabela,
verificando-se o valor diário do profissional e por quantos dias deixou de
trabalhar.

Ainda, é importante ter presente que a reparação do dano patrimonial


deve ocorrer na medida da extensão do dano, isto é, deve ser capaz de repor o
património do lesado ao patamar previamente existente à lesão, como anota
Inocêncio Galvão Telles (2008, p. 278) e o princípio geral da obrigação de
indemnização expresso no art. 562 CC: “Quem estiver obrigado a reparar um
dano deve reconstituir a situação que existiria, se não se tivesse verificado o
evento que obriga à reparação”, e no art. 563.º CC: “A obrigação de
indemnização só existe em relação aos danos que o lesado provavelmente não
teria sofrido se não fosse à lesão”. Compreende-se que, conforme for o dano,
maior, médio ou menor, deve ser a indemnização. “Este é o princípio tradicional
que autoriza a indemnização, repondo-se o património do lesado no estado
anterior à lesão”

No que concerne ao dano não patrimonial (tradicionalmente designados


por danos morais), apesar de haver expressado referência ao texto da
Constituição da República, quanto no Código Civil, em particular, em seu art.
496.º CC, ainda persistem divergências sobre a caracterização desta espécie
de dano.

De todo modo, pode-se conceituar o dano não patrimonial como sendo


aquele que atinge os bens da personalidade, que não podem ser apreciados
economicamente, afrontando, em última análise, a própria dignidade humana.

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Haverá dano não patrimonial a partir da afronta aos valores mais caros
inerentes à pessoa humana, tais como os direitos à vida, à integridade
psicofísica, à honra, à privacidade, às liberdades individuais e a outros tantos
que compõem a esfera existencial dos indivíduos. Mais do que isso, apenas
caberá falar em dano não patrimonial quando a ofensa for tal que corresponda
a uma autêntica lesão à personalidade e à dignidade humana (ex vis art.70.º,
n.º 1 CC), segundo o consenso doutrinário da jurisprudência, meros dissabores
ou desgostos experimentados no quotidiano não podem ser qualificados como
danos patrimoniais (n.º 1, art. 485.º). “[...] tudo aquilo que molesta gravemente
a alma humana, ferindo-lhe gravemente os valores fundamentais inerentes à
sua personalidade ou reconhecidos pela sociedade em que está integrado,
qualifica-se, em linha de princípio, como dano não patrimonial”. (CHAHALI,
2011, p. 20)

2.4 Dever de reparar

O artigo 562.º do Código Civil estabelece um princípio geral quanto à


obrigação de indemnizar: “quem estiver obrigado a reparar um dano deve
reconstituir a situação que existiria, se não se tivesse verificado o evento que
obriga à reparação”.

Trata-se do dever de repor a situação anterior à lesão.

A indemnização por forma diferente da reposição natural, como seja em


dinheiro, tem um carácter excecional – o artigo 566.º do Código Civil é muito
claro ao estabelecer que “a indemnização é fixada em dinheiro, sempre que a
reconstituição natural não seja possível, não repare integralmente os danos, ou
seja, excessivamente onerosa para do devedor”. Embora tenha esse carácter
excecional, é sabido que a indemnização em dinheiro é a forma mais habitual
de indemnizar.

É, também, um princípio fundamental da obrigação de indemnização,


que esta só existe em relação aos danos que o lesado provavelmente não teria
sofrido se não fosse a lesão – artigo 563.º do Código Civil.

A indemnização abrange não só os prejuízos causados pela lesão, mas


também os benefícios não obtidos em consequência dessa lesão, ou seja, os
chamados lucros cessantes – artigo 564.º do Código Civil.

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2.5 Contrato de Trabalho

A primeira forma de constituição, que é a regra, é o Contrato de


trabalho pese embora a lei não teoriza, mas sim comanda, para melhor
entendermos esta figura jurídica é imperioso observar uma noção das leis,
subtraído essencialmente não só na LGT, mas sobretudo no artigo1152.º do
Código Civil, segundo o qual o Contrato de Trabalho é aquele pelo qual uma
pessoa se obriga, mediante retribuição, prestar a sua atividade intelectual ou
manual a outra pessoa, sob autoridade e direção desta. Nos termos da
legislação trabalhista, encontramos este conceito no n.º 3 do artigo 3.º da Lei
Geral do Trabalho. Este contrato, nunca é celebrado entre duas pessoas
jurídicas (coletivas) por observância da obrigação de existência do animus
facendi e animus donandi. O conceito de contrato de trabalho é facilmente
construído, mediante a observância de 3 elementos:

1. Prestação de atividades
2. Remunerado
3. Subordinação

2.6 Direito à dignidade da pessoal humana


Toda pessoa é merecedora de respeito, deve ter suas garantias
fundamentais preservadas, o tratamento desumano que fere a dignidade íntima
de outrem é tutelado pela legislação e passível de reparação pecuniária, dentro
do ambiente laboral deve existir respeito mútuo entre as partes da relação
contratual, assim o local de trabalho será de satisfação e ganhos para todos os
envolvidos.

No dano moral nas relações de trabalho existe um ponto profundo que


baliza o tema, talvez antes mesmo da Constituição da República de Angola, o
princípio da dignidade da pessoa humana, que encontra fundamentos na Carta
Magna de 2010.

O Artigo 31º da Constituição da República de Angola refere que a


integridade moral, intelectual e física das pessoas é inviolável, sendo obrigação
do Estado respeitar e proteger a pessoa e a dignidade humana.

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3 Capítulo
3.1 Metodologia

3.2 Tipo de estudo

Foi realizado um estudo descritivo do tipo observacional e transversal de


abordagem qualitativa e quantitativa.
3.3 Local de estudo

Universidade Independente de Angola

3.4 População em estudo

Trabalhadores da Universidade Independente de Angola

3.5 Amostra

Amostra foi probabilística aleatória, onde foram incluídos 10 dos trabalhadores


da Universidade Independente de Angola que foram retirados para constituí-la.
3.6 Critério de inclusão

Foram incluídos no estudo todos os trabalhadores que se encontraram


presentes nos dias da recolha de dados e que estevam dispostos a responder
o nosso inquérito.
3.7 Critério de exclusão

Foram excluídos todos os trabalhadores que não se fizeram presentes nos


dias da recolha de dados, ou que não estiveram em condições de responder o
nosso inquérito.
3.8 Instrumento de recolha de dados

Para a recolha de dados foi utilizado termo de consentimento livre e


esclarecido justamente com um inquérito ou questionário, estruturado por meio
de perguntas, que foi entregue aos participantes para preencherem de acordo
com as instruções dos pesquisadores.

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4 Conclusão

Concluiu-se pela extrema utilidade do instituto da responsabilidade civil


objetiva ao Direito do Trabalho, além da sua consonância com o princípio da
proteção, visto que é uma forma de proteger o trabalhador, que é
hipossuficiente e, na maioria dos casos, vê-se impossibilitado de provar a culpa
ou o dolo do empregador.

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5 Referência Bibliográfica

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA DE ANGOLA - Publicada na Iª Série do


Diário da República N.º 23 de 5 de Fevereiro de 2010

Rectificada pela Declaração inserta na Iª Série do Diário da República N.º 165


de 31 de Agosto de 2010

Código Civil - Decreto-Lei n.º 47 344, de 25 de Novembro de 1966

Lei Geral do Trabalho - Lei 7/15, de 15 de Junho de 2015

Cahali, Y. (2011). Dano moral. 4ª ed. Revista dos Tribunais, S. Paulo

Andrade, M. (1972). Teoria Geral da Relação Jurídica. Almedina. Coimbra

P Andrade, M. (1972). Teoria Geral da Relação Jurídica. Almedina. Coimbra.

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