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Índice

1. INTRODUÇÃO................................................................................................................1

1.1. Objectivos..................................................................................................................1
1.1.1. Objetivo Geral.....................................................................................................2

1.1.2. Objetivos Específicos..........................................................................................2

1.2. Perguntas de Pesquisa..............................................................................................2


1.3. Metodologia...............................................................................................................2
2. RESPONSABILIDADE CIVIL: ORIGEM DO INSTITUTO E PRESSUPOSTOS
GERAIS…………….............................................................................................................................3

2.1. Conceitos Básicos......................................................................................................3


3. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA RESPONSABILIDADE CIVIL............4

4. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA RESPONSABILIDADE CIVIL.................................5

4.1. A Irresponsabilidade do Estado...............................................................................6


4.2. Teoria da Responsabilidade com Culpa..................................................................6
4.3. Teoria da Responsabilidade Objetiva......................................................................7
5. PRESSUPOSTOS GERAIS PARA A RESPONSABILIDADE CIVIL........................8

5.1. Conduta.....................................................................................................................8
5.2. Dano...........................................................................................................................9
5.3. Nexo de Causalidade...............................................................................................10
5.4. Culpa........................................................................................................................10
6. MODALIDADES DA RESPONSABILIDADE CIVIL...............................................10

6.1. Responsabilidade Civil Extracontratual Subjetiva Das Entidades Publicas......10


6.1.1. Pressupostos de obrigação de indemnizar:.....................................................11

6.1.2. Regras quanto a obrigação de indemnizar......................................................11

6.2. Responsabilidade Civil Extracontratual Objetiva Das Entidades Publicas.......11


6.2.1. Pressupostos......................................................................................................11

7. PPRINCÍPIO DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM


MOÇAMBIQUE.................................................................................................................................12

8. CONCLUSÃO.................................................................................................................16

9. REFERÊNCIAS BLIOGRÁFICAS..............................................................................17
1. INTRODUÇÃO

1
O presente trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Direito Administrativo I,
no qual tem como diretriz, “O princípio de Responsabilização da Administração Pública”.
Princípio este que se encontra plasmado na norma motriz que é a constituição, nos termos do
artigo 58 CRM/2018.

Na era absolutista o Estado não tinha qualquer responsabilidade pelos atos ilegais
causados pelos seus funcionários, agentes nos exercícios de suas funções, pois tinha-se em
mente que o soberano era a personificação do Estado e que a vontade do soberano
representava a vontade do Estado.

No advento da revolução Francesa, através do movimento iluminista que foram


instituídos vários diplomas no que tange a responsabilização do Estado, uma delas foi a
separação dos poderes que esta acomodada no Estado moçambicano, na CRM no seu artigo
134. De salientar que o processo de responsabilização do Estado não foi um processo linear,
mas sim de sobressaltos, pois foi uma evolução significativa em cada época até se chegar a
responsabilidade Objetiva do Estado.

De acordo com o Trabalho em alusão, importa referir que iremos abarcar sobre o
conceito de responsabilidade Civil do Estado, uma breve contextualização histórica, e o
processo evolutivo no seu campo histórico, descrevendo assim os pressupostos gerais da
Responsabilidade Civil do Estado, seguida das espécies de responsabilidade e suas respectivas
modalidades. Por fim iremos debruça-nos sobre o princípio de responsabilização da
administração Pública em Moçambique que se assenta nos mesmos termos que a
responsabilidade Civil do Estado.

1.1. Objectivos
2
1.1.1. Objetivo Geral

 Analisar o princípio de Responsabilização da Administração Pública moçambicana.


1.1.2. Objetivos Específicos

 Definir a responsabilidade Civil do Estado;


 Descrever o Contexto Histórico da responsabilidade Civil do Estado;
 Analisar a evolução da responsabilidade Civil do Estado;
 Caracterizar cada um dos pressupostos da responsabilidade Civil do Estado.
1.2. Perguntas de Pesquisa

 Qual é o alcance da Responsabilidade Civil da Administração Pública?

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 Qual é o tipo de Responsabilidade Civil adotado pelo Estado Moçambicano e em que
casos?
 Existiria a responsabilidade por parte da Administração Pública em caso de atos
lícitos, se sim, em que casos?
 Será que é necessário que o lesado prove o dolo ou culpa do agente da Administração
Pública, para que a Administração arque com os danos causados pelos seus agentes?
 Quais são os procedimentos legais a se seguir em caso de qualquer ato ilícito de
qualquer funcionário público?
1.3. Metodologia

Em termos metodológicos, este estudo serve-se de método de abordagem qualitativa,


consubstanciando ao procedimento técnico bibliográfico, entrevistas e a coleta de dados por
meio do trabalho em campo, através de consultas as instituições competentes.

2. RESPONSABILIDADE CIVIL: ORIGEM DO INSTITUTO E


PRESSUPOSTOS GERAIS
2.1. Conceitos Básicos

De acordo com Rui Stoco “A ideia de responsabilidade civil está relacionada à noção
de não prejudicar outro. A responsabilidade pode ser definida como a aplicação de medidas
que obriguem alguém a reparar o dano causado a outrem em razão de sua ação ou omissão”.
(STOCO, 2007: p.114).

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A noção da responsabilidade pode ser oriunda da própria origem da
palavra, que vem do latim responder, responder a alguma coisa, ou
seja, a necessidade que existe de responsabilizar alguém pelos seus
atos danosos. Essa imposição estabelecida pelo meio social regrado,
através dos integrantes da sociedade humana, de impor a todos o
dever de responder por seus atos, traduz a própria noção de justiça
existente no grupo social estratificado. Revela-se, pois, como algo
inarredável da natureza humana. (STOCO, 2007: p.114)

Segundo Joao Caupeas, a responsabilidade civil é entendida como “a obrigação de


indemnizar que recai sobre uma pessoa coletiva publica que, na prossecução das suas
atribuições e atuando sob a égide de regras de direito público tiver causado prejuízos aos
particulares”. CAUPERS, 1995: p.217).
Segundo Antônio Bandeira de Belo,
A responsabilidade civil do Estado pode ser entendida como a
obrigação do Estado que lhe incumbe de reparar economicamente os
danos lesivos a esfera juridicamente garantida de outrem e que sejam
imputáveis em decorrência de comportamentos unilaterais lícitos ou
ilícitos, omissivos ou comissivos, materiais ou jurídicos. (BELO,
1993).
No direito atual, a tendencia é de não deixar a vítima de atos ilícitos sem
ressarcimento, de forma a restaurar seu equilíbrio moral e patrimonial. No lesionamento, os
elementos integrantes da esfera jurídica alheia acarretam ao agente a necessidade de reparação
dos danos provocados. É a responsabilidade civil ou a obrigação de indemnizar, que compele
o causador a arcar com as consequências advindas da ação violadora, ressarcindo os prejuízos
de ordem moral ou patrimonial decorrente de facto ilícito próprio, ou de outrem a ele
relacionado. (BITTAR, 1994: p.561).

3. CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA DA RESPONSABILIDADE CIVIL


A ideia de responsabilizar o Estado pelos seus atos, isto é, de obrigar a suportar as suas
consequências destes era desconhecida antes do início do século XIX: a manifestação da
vontade do soberano não podia gerar qualquer obrigação de indemnizar, uma vez que “The
King Can do no Wrong”. A indemnização a particulares lesados por ato do poder não estava

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excluída, mas dependia da boa vontade (de uma graça ou mercê) do soberano. (CAUPERS,
2013: p.309).
Desconhecida antes do século XIX, a ideia de responsabilizar o Estado desenvolveu-se
assente nos seguintes principais fatores:
 A consolidação e aprofundamento do princípio da legalidade;
 Os reflexos das concepções organicistas no enquadramento jurídico da relação
Estado-funcionário, a imputabilidade aos entes públicos dos danos emergentes
dos atos ilegais materialmente praticados pelos seus funcionários era a solução
que mais se adequava a necessidade de garantir efetivamente o regular
exercício do poder público;
 O alargamento da intervenção econômica, social e cultural do Estado. Significa
que antes do século XIX o entendimento era o de que, no âmbito da monarquia
absoluta, a vontade do soberano não podia gerar qualquer obrigação de
indemnizar, na medida em que se considerava que o rei nunca poderia cometer
erros (“… the King can do no Wrong). (CAUPERS, 1995: p. 217).
A responsabilidade civil tem como pressuposto o dano (ou prejuízo). Significa dizer
que o sujeito só é civilmente responsável se sua conduta, ou outro fato, provocar danos a
terceiros. Sem o dano, inexiste responsabilidade civil. (CARVALHO, 2014: p.571).
O dano nem sempre tem cunho patrimonial, como era concebido no passado. A
evolução da responsabilidade culminou com o reconhecimento jurídico de duas formas de
dano, o dano material (ou patrimonial) e o dano moral. O dano material é aquele em que o
fato causa efetiva lesão ao patrimônio do indivíduo atingido. Já na noção do dano moral, o
que o responsável faz é atingir a esfera interna, moral e subjetiva do lesado, provocando-lhe,
dessa maneira, um fundo sentimento de dor. (CARVALHO, 2015: p.571).
O primeiro grande objetivo da responsabilização do Estado e dos outros entes públicos
e a transferência do dano sofrido pelo cidadão ao seu causador
A responsabilidade assenta nas ideias de:
 Ilicitude que consiste numa “ação ou omissão violadora de princípios
constitucionais; de regras e técnicas; de deveres objetivos e cuidados; ou resultante
do funcionamento anormal do serviço”. Essa omissão ou ação poderá resultar a ofensa
de direitos ou interesses legalmente protegidos de alguém. (CAPERS, 2013: P.317)

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 Culpa decorre de um comportamento adoptado com diligência ou aptidão inferiores
àquela que seja razoável exigir, ou seja, é a qualificadora de conduta ilícita. A Culpa
reveste-se em duas modalidades:
a) Culpa grave quando o autor da conduta ilícita haja com zelo e diligência menor a que
se encontrava obrigado em razão do cargo.
b) Culpa leve que não está definida na lei e consiste na atitude de zelo e diligência
ilicitamente inferiores, mas não manifestamente inferiores, àquelas que se encontrava
obrigado. (CAPERS, 2013: P.317).
A eventual contribuição do lesado a produção do facto danoso pode levar a
concorrência da culpa do lesado o que pode condicioná-lo a uma redução ou perda do
direito a indemnização. Considera-se existir culpa do lesado sempre que este não tenha
utilizado os meios processuais ao seu alcance para eliminar o ato jurídico gerador dos
prejuízos.

4. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA RESPONSABILIDADE CIVIL


A Revolução Francesa de 1789 teve um papel fundamental para o surgimento do
direito administrativo rompendo com os excessos, com o autoritarismo decorrente do
despotismo monárquico, ocasião em que a hipótese de se atribuir qualquer falha ou dano ao
Estado por reflexo significaria responsabilizar o rei impingindo-lhe falibilidade, o que de
certo modo representaria uma afronta, percebe-se assim, que a ideia de responsabilidade
patrimonial por parte do Estado toma força a partir da implantação das teorias pregadas
durante o Iluminismo favoráveis à separação dos poderes ao constitucionalismo, República e
democracia. (USSENE, 2018).
É neste século que começou a existir por parte da população uma repressão contra os
desmandos dos absolutistas, prova disso é que as comunas passaram a responder pelas
atitudes das forças policiais e essa manifestação da população teve repercussão nos demais
países. (USSENE, 2018).
Com base nisso, começou a surgir diplomas que instituíam responsabilidade ao Estado
devido aos prejuízos causados, obrigando a Administração Pública o dever de indemnizar os
actos lesivos praticados pelos seus agentes, bastando para isso, que o indivíduo que se sentir
lesado comprove o nexo causal que existe entre a ação ou omissão do agente público e o
prejuízo sofrido. (USSENE, 2018). A evolução da responsabilidade estatal passou por
algumas fases, dentre as quais se destacam as seguintes:

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4.1. A Irresponsabilidade do Estado
Primeiramente, vigorou a teoria da irresponsabilidade. A teoria da irresponsabilidade
foi adotada na época dos Estados absolutos e repousava fundamentalmente na ideia de
soberania: o Estado dispõe de autoridade incontestável perante o súdito; ele exerce a tutela do
direito, não podendo, por isso, agir contra ele; daí os princípios de que o rei não pode errar
(the king can do no wrong; le roi ne peut mal faire) e o de que “aquilo que agrada ao
príncipe tem força de lei” (quod principi placuit habet legis vigorem). Qualquer
responsabilidade atribuída ao Estado significaria colocá-lo no mesmo nível que o súdito, em
desrespeito a sua soberania. (PIETRO, Di, ZANELLA, p.888-889 apud SILVA, Matheus,
2019: p.16).
4.2. Teoria da Responsabilidade com Culpa
Numa segunda fase, adotou-se a teoria civilista para verificar a responsabilidade ou
não da Administração Pública. O sistema de responsabilização civil mais correto seria
justamente o que considerasse esta dualidade e que fixasse normas condizentes com essa
divisão. Daí se conclui a esta época, que para os atos de gestão, onde a administração pública
apenas administra seus bens e serviços, semelhantemente ao particular, sem necessidade da
utilização de sua soberania, o dever de ressarcir existiria, enquanto que para os atos de
império, dada sua natureza peculiar, não haveria tal obrigação. (MEDAUAR, 2005: p.429).
A despeito dos avanços quando comparada com a irresponsabilidade estatal, não
bastou muito para que se buscasse uma nova teoria, tendo em vista o inconformismo gerado
pela dicotomia entre atos de império Vs atos da Gestão. Isso porque, na prática, era muito
difícil diferenciar um ato do outro e, para o particular atingido pela conduta danosa, pouco
importava a natureza da conduta. Por essas razões, criou-se a segunda tese de cunho civilista,
a da culpa civil. (SILVA, 2019: p.18).
Em linhas gerais, a teoria subjetiva parte do princípio que o Estado deveria reparar o
dano caso o particular comprovasse a culpa do agente público. E não só. Era necessário,
também, que o particular identificasse o agente causador do dano. Pelas dificuldades inerentes
à identificação do agente e a comprovação da culpa ou dolo, esta tese também foi superada.
(SILVA, 2019: p.18).
A teoria Publicista foi construída aquando do julgamento de casos paradigmáticos, que
tiveram o condão de romper a perspectiva civilista. Nesse contexto, caso importante foi o
aresto Blanco. Em síntese, no século XIX, a menina Agnès Blanco foi atropelada por um
vagão, conduzido por quatro funcionários da Companhia Nacional de Tabaco, o que resultou

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na amputação de uma de suas pernas. Seu pai, inconformado, ingressou em juízo visando à
indenização do Estado pelo acidente, sob a alegação de que este seria responsável pelos atos
praticados pelos funcionários a serviço da estatal. Ao final, o entendimento que prevaleceu foi
o seguinte. (SILVA, 2019: p.18-19).
A responsabilidade que pode incumbir ao Estado por danos causados
aos particulares por fatos de pessoas que ele emprega no serviço
público não pode ser regida por princípios estabelecidos no Código
Civil, para as relações entre particulares [...] que, portanto, só a
autoridade administrativa é competente para apreciá-la. Da leitura do
aresto, extraem-se duas conclusões. A primeira delas é a
inaplicabilidade do Código Civil, posto que insuficiente para regular
as relações de responsabilidade civil nas quais o ente estatal esteja
envolvido. (SILVA, 2019: p.19).

4.3. Teoria da Responsabilidade Objetiva


A última fase da evolução foi a consagração da teoria da responsabilidade objetiva,
fundamentada na teoria do risco, na qual basta a existência do dano e do nexo causal para que
nasça o dever da Administração de indenizar o particular. A ideia de risco, mais uma
contribuição da jurisprudência francesa, e que constitui o arcabouço da responsabilidade
objetiva, parte da premissa que há um prejuízo essencial no desenvolvimento da atividade
administrativa, ou seja, por mais cauteloso que o ente público seja no exercício de suas
funções, sempre é possível o dano à coletividade. Todavia, não é razoável que apenas alguns
sofram as consequências danosas dos serviços estatais. (SILVA, 2019: p.21).
A teoria da responsabilidade objetiva está calcada na ideia de socialização do ônus das
atividades do Estado. Ou seja, a partir de critérios de isonomia e igualdade, se a todos
aproveita os ganhos da atividade desempenhada pelo Estado, nada mais justo que a
coletividade também arque com os custos dessas atividades. Como já foi dito, basta a
comprovação da relação de causalidade entre o evento e o dano, sendo dispensável o elemento
culpa. (SILVA, 2019: p.22).

5. PRESSUPOSTOS GERAIS PARA A RESPONSABILIDADE CIVIL


Os atos ilícitos são aqueles que contrariam o ordenamento jurídico lesando o direito
subjetivo de alguém. É ele que faz nascer à obrigação de reparar o dano e que é imposto pelo
ordenamento jurídico. (USSENE, 2018)

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O Código Civil Moçambicano estabelece a definição de factos ilícito em seu artigo
483: “Aquele que, com dolo ou mera culpa, violar ilicitamente o direito de outrem ou
qualquer disposição legal destinada a proteger interesses alheios fica obrigado a indemnizar
o lesado pelos danos resultantes da violação”.
Através da análise deste artigo é possível identificar os elementos da responsabilidade
civil, que são: ilicitude, a conduta culposa do agente, nexo causal, dano e culpa. Este artigo é
a base fundamental da responsabilidade civil, e consagra o princípio de que a ninguém é dado
o direito de causar prejuízo a outrem. (USSENE, 2018).
Na lição de Fernando Noronha, para que surja a obrigação de indemnizar é necessário
o seguinte pressuposto:
1. Que haja um facto (uma ação ou omissão humana, ou um facto humano, mas
independente da vontade, ou ainda um facto da natureza), que seja antijurídico, isto é,
que não seja permitido pelo Direito, em si mesmo ou nas suas consequências;
2. Que o facto possa ser imputado a alguém, seja por dever a atuação culposa da pessoa,
seja por simplesmente ter acontecido no decurso de uma atividade realizada no
interesse dela;
3. Que tenham sido produzidos danos;
4. Que tais danos possam ser juridicamente considerados como causados pelo acto ou
facto praticado, embora em casos excepcionais seja suficiente que o dano constitua
risco próprio da atividade do responsável, sem propriamente ter sido causado por esta.
5.1. Conduta
O elemento primário de todo ato ilícito, e por consequência da responsabilidade civil é
uma conduta humana. Entende-se por conduta o comportamento humano voluntário, que se
exterioriza através de uma ação ou omissão, produzindo consequências jurídicas. (USSENE,
2018).
No entendimento de Maria Helena Diniz a conduta é:
A ação elemento constitutivo da responsabilidade vem a ser o ato
humano, comissivo ou omissivo, ilícito ou licito, voluntário e
objetivamente imputável do próprio agente ou de terceiros, ou o facto
de animal ou coisa inanimada, que cause dano a outrem, gerando o
dever de satisfazer os direitos dos lesados. ( DINIZ, 2005: p.43).

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A responsabilidade decorrente do ato ilícito baseia-se na ideia de culpa, enquanto a
responsabilidade sem culpa baseia-se no risco. O ato comissivo é aquele que não deveria,
enquanto a omissão é a não observância de um dever. (USSENE, 2018).
A voluntariedade é qualidade essencial da conduta humana, representando a liberdade
de escolha do agente. Sem este elemento não haveria de se falar em ação humana ou
responsabilidade civil.
O ato de vontade, em sede de responsabilidade civil, deve ser contrário ao
ordenamento jurídico. É importante ressaltar que voluntariedade significa pura e
simplesmente o discernimento, a consciência da ação, e não a consciência de causar um
resultado danoso sendo este o conceito de dolo. Cabe destacar ainda, que a voluntariedade
deve estar presente tanto na responsabilidade civil subjetiva quanto na responsabilidade
objetiva. (USSENE, 2018).

5.2. Dano
Segundo Maria Helena Diniz “o dano pode ser definido como a lesão (diminuição ou
destruição) que, devido a um certo evento, sofre uma pessoa, contra a sua vontade, em
qualquer bem ou interesse jurídico, patrimonial ou moral”. (DINIZ, 2005: p.128).
Segundo STOCO, “dano é, pois, elemento essencial e indispensável à
responsabilização do agente, seja essa obrigação originada de ato ilícito ou de
inadimplemento contratual, independente, ainda, de se tratar de responsabilidade objetiva ou
subjetiva”. (STOCO, 2007: p.128).
Para que o dano seja indemnizável é necessária à existência de alguns requisitos.
Primeiramente é preciso que haja a violação de um interesse jurídico patrimonial ou
extrapatrimonial de uma pessoa física ou jurídica. (USSENE, 2018).
Desta forma, o dano pode ser dividido em patrimonial e extrapatrimonial. O primeiro
também conhecido como material é aquele que causa destruição ou diminuição de um bem de
valor económico. O segundo também chamado de moral é aquele que está afecto a um bem
que não tem carácter económico não é mensurável e não pode retornar ao estado anterior. .
(USSENE, 2018).
Os bens extrapatrimoniais são aqueles inerentes aos direitos da personalidade, quais
sejam, direito a vida a integridade moral, física ou psíquica. Por essa espécie de bem possuir
valor imensurável, é difícil valorar a sua reparação. (USSENE, 2018).

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O Código Civil Moçambicano estabelece no art. 564/1: “O dever de indemnizar
compreende não só o prejuízo causado, como os benefícios que o lesado deixou de obter em
consequência da lesão”.
5.3. Nexo de Causalidade
Segundo Abu Mário,
O nexo de causalidade é a relação de causa e efeito entre a conduta
praticada e o resultado. Para que se possa caracterizar a
responsabilidade civil do agente, não basta que o mesmo tenha
praticado uma conduta ilícita, e nem mesma que a vítima tenha
sofrido o dano. É imprescindível que o dano tenha sido causado pela
conduta ilícita do agente e que exista entre ambos uma necessária
relação de causa e efeito. (USSENE, 2018).

5.4. Culpa
A culpa stricto sensu não existe a intenção de lesar. A conduta é voluntária, já o
resultado alcançado não. O agente não deseja o resultado, mas acaba por atingi-lo ao agir sem
o dever de cuidado. A inobservância do dever de cuidado revela-se pela imprudência,
negligência ou imperícia. (USSENE, 2018).
Por dolo entende-se, em síntese, a conduta intencional, na qual o agente actua
conscientemente de forma que deseja que ocorra o resultado antijurídico ou assume o risco de
produzi-lo. (USSENE, 2018).

Como argumenta STOCO,


Quando existe a intenção deliberada de ofender o direito, ou de
ocasionar prejuízo a outrem, há o dolo, isto é, o pleno conhecimento
do mal e o direto propósito de o praticar. Se não houvesse esse intento
deliberado, proposital, mas o prejuízo veio a surgir, por imprudência
ou negligencia, existe a culpa. (STOCO, 2007: p.133).

6. MODALIDADES DA RESPONSABILIDADE CIVIL


A responsabilidade civil extracontratual da Administração Pública por atos de gestão
pública compreende as seguintes modalidades:
a) Responsabilidade subjetiva (com base em culpa)
b) Responsabilidade objetiva, quer pelo risco, quer pela pratica de atos ilícitos

6.1. Responsabilidade Civil Extracontratual Subjetiva Das Entidades Publicas


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6.1.1. Pressupostos de obrigação de indemnizar:
Com base na Constituição e nas leis, a responsabilidade civil extracontratual subjetiva
das entidades públicas tem como âmbito o Estado e as demais pessoas coletivas de direito
público, bem como os poderes públicos. São quatro os pressupostos da obrigação de
indemnizar, designadamente:
 Ato ilegal, quer seja um ato jurídico-positivo, uma omissão ou de um ato material;
 Culpa que pressupõe e exige em juízo valorativo negativo sobre o comportamento da
Administração;
 Prejuízo;
 Nexo de causalidade entre ato e o prejuízo.

No que cerne ao requisito da culpa, há que distinguir a culpa pessoal da culpa


funcional, sendo a primeira a culpa do agente, e a segunda, de origem francesa, tem como
fundamento o direito reconhecido aos cidadãos a um funcionamento normal e adequado dos
serviços públicos. Exemplo desta última:
 Falta de manutenção de estradas;
 Atrasos, erros e omissões;
 Informações incorretas, promessas incumpridas, alterações imprevisíveis.
6.1.2. Regras quanto a obrigação de indemnizar
a) Pelos atos praticados fora dos exercícios das funções ou no exercício, mas não por
causa dele, responde exclusivamente o agente;
b) Pelos atos praticados no exercício de funções públicas e por causa desse exercício,
respondem solidariamente a pessoa coletiva pública e o agente.
6.2. Responsabilidade Civil Extracontratual Objetiva Das Entidades Publicas
6.2.1. Pressupostos
A marca característica da responsabilidade objetiva é a desnecessidade de o lesado
pela conduta estatal provar a existência da culpa do agente ou do serviço. O fator culpa, então,
fica desconsiderado como pressuposto da responsabilidade objetiva. Para configurar-se esse
tipo de responsabilidade, bastam três pressupostos. (CARVALHO, 2015: p.582)
O mais importante, no que tange à aplicação da teoria da responsabilidade objetiva da
Administração, é que, presentes os devidos pressupostos, tem está o dever de indenizar o
lesado pelos danos que lhe foram causados sem que se faça necessária a investigação sobre se
a conduta administrativa foi, ou não, conduzida pelo elemento culpa. Por conseguinte,

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decisões lícitas do governo são suscetíveis, em alguns casos, de ensejar a obrigação
indenizatória por parte do Estado. (CARVALHO, 2015: p.583).
A responsabilidade objetiva é um instrumento de repartição de cargos que associa os
prejuízos causados pela conduta aos benefícios decorrentes desta. Esta espécie de
responsabilidade substitui o fundo ético da responsabilidade subjetiva por uma base
económica, pois não resulta da reprovação de comportamento do causador do dano e coloca
este em vantagem, conduzindo a lei a determinar que este deve ser suportado ele.
Nesta espécie de responsabilidade, o montante da indemnização devida pode ser
reduzido ou excluído se o lesado contribuir para o dano ou culpa. (CAUPERS, 2013: P. 321).

7. PPRINCÍPIO DE RESPONSABILIDADE DA ADMINISTRAÇÃO


PÚBLICA EM MOÇAMBIQUE
Nos termos do artigo 13 do Boletim da Republica:
A Administração Pública responde pelos atos ilegais dos seus órgãos,
funcionários e agentes no exercício das suas funções de que resultem
em danos a terceiros, nos mesmos termos da responsabilidade civil do
Estado, sem prejuízo do respectivo direito de regresso, nos termos da
lei. (Artigo 13 do Decreto nª30/2001).

TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

Questão 1. Sabe-se que o Estado age por intermédio de seus agentes, que são pessoas
físicas (agentes da Administração Pública), incumbidas de alguma função estatal e,
invariavelmente, podem causar danos ou prejuízos aos indivíduos gerando a obrigação de
reparação patrimonial, decorrente da responsabilidade civil. Assim, enquanto sujeito de
direito, o Estado submete-se à responsabilidade civil, imposta pela Constituição da República
de Moçambique, pois assevera que as pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado, prestadoras de serviços públicos respondam pelos danos que seus agentes, nessa
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos
casos de dolo ao culpado.
Portanto, as entidades privadas prestadoras de serviços públicos também respondem
aos danos ilegais causados pelos seus funcionários na prossecução do interesse Público. Isso
se encontra Plasmado no Artigo 501 do CC.

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O Estado e demais pessoas coletivas públicas, quando haja danos
causados a terceiro pelos seus órgãos, agentes ou representantes no
exercício de atividades de gestão privada, respondem civilmente par
esses danos nos termos em que os comitentes respondem pelos danos
causados pelos seus comissários.

Questão 2. A Responsabilidade Civil do Estado Moçambicano, obedece ao


disposto no número 3 do artigo 2 da CRM, “o Estado Moçambicano subordina-se a
Constituição, e funda-se na legalidade”. Portanto, adota a Responsabilidade civil subjetivo e
objetivo.

Na qual a Responsabilidade Subjetiva, o particular precisa provar a culpa ao agente e a


Objetiva não precisa provar a culpa ao agente, pois sabe-se de antemão que a atividade a ser
desenvolvida poderá lesar ou causar danos a terceiros.
O Código Civil Moçambicano é muito claro quanto ao tipo de responsabilização
adotado pelo Estado moçambicano.
1. “Aquele que, com dolo ou mera culpa, violar ilicitamente o direito de outrem ou
qualquer disposição legal destinada a proteger interesses alheios fica obrigado a indemnizar
o lesado pelos danos resultantes da violação”.
2. “Só existe obrigação de indemnizar independentemente de culpa nos casos
especificados na lei”.
Através da análise deste artigo é possível se identificar os dois tipos de
responsabilidade no Estado Moçambicano.

Questão 3. A AP nos seus dois sentidos, orgânico ou subjetivo e sentido material ou


objetivo, fundam-se na legalidade, de acordo com este fundamento adota a
responsabilidade Civil, objetiva em casos lícitos.
A Responsabilidade objetiva é aquela em que o AP adopta mesmo que os lesados não
comprovem o dano causado pelo AP, durante a sua atuação, pois de acordo com a garantia
dos particulares, é obrigação do Estado reparar os danos que possa perpetuar aos particulares
no âmbito da prossecução do interesse público. Esta ideia fundamenta-se com base nos artigos
nº 4 (princípio da legalidade), artigo nº5 (princípio da prossecução do interesse) e artigos 15 e
16 (Garantias dos particulares e da Administração Pública) expressos na Lei n.º 14/2011 de 10
de agosto em Paralelo com Decreto 30/2001 de 15 de outubro.
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A Administração Pública Moçambicana atua com base nos atos administrativos,
regido pelo princípio da legalidade, princípio da prossecução do interesse público e goza de
garantias de privilégio de execução prévia e poder de execução forçada dos atos definitivos e
executórios,
De acordo com o artigo 4 do Decreto 30/2001 de 15 de outubro (Princípio da
legalidade)
1. “A Administração Pública deve atuar em obediência à lei e ao direito, dentro dos limites
e fins dos poderes que lhe estejam atribuídos por lei”.
2. “Os atos administrativos praticados em Estado de necessidade, sem observância das
regras estabelecidas pela presente Lei, são válidos, desde que os seus resultados não
pudessem ter sido alcançados de outro modo”.
3. “Nos casos referidos no número anterior, os lesados têm direito a ser indemnizados nos
termos gerais da responsabilidade da Administração Pública”.
Casos lícitos em que o Estado deve indemnizar os particulares são: reassentamento da
população para construção de estradas, pontes, escolas etc.
Questão 4. Existiria responsabilidade por parte da AP, porque mesmo estando a
prosseguir o interesse público não deve atuar a margem da lei ou fora das suas competências e
atribuições.
De acordo com o artigo 4 do Decreto 30/2001 de 15 de outubro (Princípio da
prossecução do interesse público)
A Administração Pública prossegue o interesse público, sem prejuízo dos direitos e
interesses dos administrados protegidos por lei. A Administração pública encontra-se na
posição de superioridade, perante os particulares, devido a supremacia do interesse público (o
interesse público está acima de qualquer interesse particular), decisões unilaterais (não
depende de acordos entre as partes para executar uma decisão), é de salientar que goza de
garantias de: privilégio de execução prévia, e poder de execução coerciva dos atos
administrativos definitivos e executórios (artigo nº 19 da Lei n.º 14/2011 de 10 de agosto).
Peso embora esteja na posição de superioridade, a Administração Pública deve ter em conta
os princípios da boa-fé e princípios da colaboração da Administração com os administrados
(artigos n.º 8 e 9 da Lei n.º 14/2011 de 10 de agosto).

Princípio da boa-fé:

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1. “No desempenho da atividade administrativa, e em todas as suas formas e fases, a
Administração Pública e os administrados devem atuar e relacionar-se de acordo com as
regras da boa-fé”.
2. “Para o efeito do disposto no número anterior, deve ponderar-se os valores
fundamentais do direito, relevantes em face das situações consideradas e, em termos
especiais, a confiança suscitada na contraparte pela atuação em causa e o objetivo a
alcançar com a atuação realizada”.

Princípio da colaboração da Administração com os administrados:


1. “No desempenho das suas funções a Administração Pública e os administrados
devem atuar em estreita cooperação recíproca, devendo em termos particulares”
2. “Prestar informações orais ou escritas, bem como esclarecimentos solicitados,
desde que não tenham carácter secreto, confidencial ou restrito”

Questão 5. Depende dos casos, há caso em que a AP toma iniciativa Responsabilidade


civil objetiva quando o caso não é omisso, obviamente, prova-se a culpa o dolo por parte da
AP, prova-se os danos causados aos particulares, porém há, situações em que o caso omite o
dolo ou culpa, neste caso o administrado, ou o particular deve recorrer, para provar a culpa da
AP, neste caso estaríamos perante uma responsabilização subjetiva em que se deve provar a
culpa da Administração Pública.

Questão 6. De acordo com o disposto no artigo 18 do Decreto nº. 14/2011 de 10 de


agosto, (Garantias dos administrados), são garantias dos direitos das pessoas singulares ou
coletivas as seguintes: a reclamação; a queixa; a petição ao Provedor de Justiça; etc.
Portanto, estes são alguns dos procedimentos em que os administrados podem usar para
recorrer, a reparação dos danos causados pela AP, ou seja, tome a possibilidade civil pelos
danos causados durante a sua atuação.
Os procedimentos mencionados tem como fundamento o nrº.1 do artigo 175 do
mesmo Decreto (Petição, queixa ou reclamação ao Provedor de Justiça), prevê que: os
cidadãos, individual ou coletivamente, podem apresentar petições, queixas ou reclamações
por atos ou omissões dos poderes públicos ao Provedor de Justiça, que as aprecia, sem poder
decisório, dirigindo aos órgãos competentes as necessárias recomendações para prevenir e
reparar as injustiças

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8. CONCLUSÃO
Ao epilogar este trabalho, importa referir que segundo Joao Caupeas “A
Responsabilidade Civil do Estado é a obrigação de indemnizar que recai sobre uma pessoa
coletiva publica que, na prossecução das suas atribuições e atuando sob a égide de regras de
direito público tiver causado prejuízos aos particulares”
Portanto, importa ressaltar que a responsabilidade Civil tem como pressuposto o dano
(ou prejuízo). Significa dizer que o sujeito só é civilmente responsável se sua conduta, ou
outro fato, provocar danos a terceiros. Sem o dano, inexiste responsabilidade civil.
Conforme o exposto, não há dúvidas de que tem-se a aplicabilidade da
responsabilidade Civil do Estado de forma mais benéfica que, já existia para a vítima, e isso
tudo se deve a repressão por parte da população que inconformada com as decisões do Estado
e seus pressuposto, lutou para ate chegarmos a Responsabilidade Civil Objetiva, baseada no
risco administrativo, na qual a vítima não precisa provar o dolo ou culpa da Administração
Publica nem identificar o serviço público causador do dano para ter o seu prejuízo reparado.
De salientar que o grande objetivo da Responsabilidade Civil do Estado e de outros
entes públicos é transferência do dano sofrido pelo cidadão ao seu causador.

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9. REFERÊNCIAS BLIOGRÁFICAS

CAUPERS, João, Direito Administrativo, Aequitas Editora Notícias, Lex, 1995.


CAUPERS, João, Introdução ao Direito Administrativo, 11ª ed. Lisboa: Ancora Editora,
2013.
RIVERO, Jean, Direito Administrativo, Portugal: Livraria Almedina, 1982.
SILVA, Matheus Carvalho, Responsabilidade Civil da Administração Pública por Falha no
Dever de Fiscalização, Recife, 2019.
MEDAUAR, Odete, Direito Administrativo Moderno, 9ª ed. São Paulo: Editora Revista dos
Tribunais, 2005.
REPUBLICA DE MOCAMBIQUE, Decreto nª30/2001 de 15 de junho.
CÓDIGO CIVIL Moçambicano.
FILHO CARVALHO, Jose, Manual de Direito Administrativo, 28ª ed. São Paulo: Editora
Atlas, 2015.
STOCO, Rui, Tratado de responsabilidade Civil: doutrina e jurisprudência. 7ª ed. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2007.
MELO, Celso António Bandeira, Curso de Direito Administrativo. 4ª Edição Manheiros, São
Paulo, 1993.
BITTAR, Carlos Alberto, Curso de Direito Civil.1ª ed. Rio de Janeiro: Forense,1994.
NORONHA, Fernando, Direito das Obrigações. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2010.
DINIZ, Maria Helena, Curso de Direito civil Brasileiro- Responsabilidade Civil, 19ª ed. São
Paulo: Saraiva, 2005.
Artigo 564 do Código Civil de Moçambique.
USSENE, Abu Mário, A responsabilidade civil do Estado no Âmbito da Administração
Pública. Jus, 2018. Disponível em: https://jus.com.br/amp/artigos/. Acesso em: 20 de set.
2022.

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