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AMBIENTAIS
Faculdade de Minas
Sumário
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................... 3
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1 – INTRODUÇÃO ...................................................................................... 4
2- DA EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL ................................. 5
3- CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL ........................................ 7
4- ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE CIVIL ......................................... 9
No que concerne às espécies de responsabilidade civil, mostrou-se mais
consistente a elencada por Diniz (2008), que classifica a responsabilidade em três: 9
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NOSSA HISTÓRIA
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1 – INTRODUÇÃO
Tem-se como uma das grandes linhas de estudo da ciência jurídica a
responsabilidade civil e as suas consequências jurídicas. O estudo deste instituto é
originado da máxima romana neminem laedere (Ulpiano), que possui como
concepção básica a defesa da moralidade e dignidade humana (LANFREDI, 1997).
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Contudo, este direito de vingança foi substituído pela possibilidade de que, tanto a
reparação do dano quanto a sua punição, fossem substituídas por uma entrega de
valores à vítima, traduzindo-se numa indenização pecuniária.
De acordo com Paiva (1999), a análise psicológica da culpa começou a ser feita sob
a Lei das XII Tábuas por juristas bizantinos da época pós-clássica, que demonstraram
as primeiras preocupações e esforços doutrinais nesse sentido. O autor ainda
descreve que civilistas foram os responsáveis por continuarem estes estudos e
promover, mesmo que de maneira letárgica, a evolução da concepção de uma
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Conforme este autor, com a nova ordem constitucional o social passa a predominar
sobre o individual. E, a partir da conscientização da problemática social, cresce o
sentido da coletivização, bem como se evolui para a afirmação da dignidade da
pessoa humana, da importância da segurança e da justiça social.
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"A responsabilidade civil vem definida por Savatier como a obrigação que
pode incumbir uma pessoa a reparar o prejuízo causado a outra, por fato
próprio, ou por fato de pessoas ou coisas que dela dependam. Realmente o
problema em foco é o de se saber se o prejuízo experimentado pela vítima
deve ou não ser reparado por quem o causou. Se a resposta for afirmativa,
cumpre indagar em que condições e de que maneira será tal prejuízo
reparado. “Esse é o campo que a teoria da responsabilidade civil procura
cobrir”.
Cretella Júnior (1994) concebe a responsabilidade civil como a "(...) situação especial
de toda pessoa física ou jurídica, que infringe norma ou preceito de direito objetivo e
que, em decorrência da infração, que gerou danos, fica sujeita a determinada
sanção".
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quanto ao fundamento
quanto ao agente.
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Fiorillo (2002) alerta que em primeiro lugar, impõe-se ao poluidor o dever de suportar
o ônus da prevenção dos danos ao meio ambiente que a sua atividade possa
ocasionar. Em segundo lugar, esclarece este princípio que, ocorrendo danos ao meio
ambiente em função da atividade desenvolvida, o poluidor será responsável pela sua
reparação.
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A CF/88, em seu artigo 225, § 3º, da CF/88, determina que as condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente sujeitarão aos infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a
sanções, penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os
danos causados.
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Como adverte Milaré (2005), nesta perspectiva, o esforço reparatório pode ser
superior à capacidade financeira do degradador, persistindo a necessidade de se
aprofundar estudos sobre a conveniência da instituição, no Brasil, de seguros de
responsabilidade civil ou fundos de compensação para assegurar o pagamento do
“quantum” necessário à reparação, como é a tendência apontada pelo Direito
Ambiental Internacional.
Antunes (2005) conceitua dano como o prejuízo (uma alteração negativa da situação
jurídica, material ou moral) causado a alguém por um terceiro que se vê obrigado ao
ressarcimento.
Milaré (2005) conceitua "dano ambiental como a lesão aos recursos ambientais, com
consequente degradação – alteração adversa ou in pejus – do equilíbrio ecológico e
da qualidade de vida".
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Este autor alerta que não é tarefa fácil, em matéria de dano ambiental, a determinação
segura do nexo causal, já que os fatos da poluição, por sua complexidade,
permanecem muitas vezes camuflados não só pelo anonimato, como também pela
multiplicidade de causas, das fontes e de comportamentos, seja por sua tardia
consumação, seja pelas dificuldades técnicas e financeiras de sua aferição, seja,
enfim, pela longa distância entre a fonte emissora e o resultado lesivo, além de tantos
outros fatores.
Entretanto, Benjamin (1993) assevera que tal complexidade não torna menor para o
poluidor o dever de reparar os danos causados. Assim, “A exclusividade, a
linearidade, a proximidade temporal ou física, o concerto prévio, a unicidade de
condutas e de resultados, nada disso é pressuposto para o reconhecimento do nexo
causal no sistema especial da danosidade contra o meio ambiente”. Nessa mesma
linha, afirma Nery Junior e Nery (1984) buscando a eficácia possível nas ações
reparatórias, tem nossa jurisprudência reconhecido o dever de indenizar, mesmo
quando haja concausa não atribuível, em tese, ao agente que deva arcar com a
responsabilidade de indenizar.
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A responsabilidade civil ambiental significa que quem danificar o meio ambiente tem
o dever jurídico de repará-lo. Presente, pois, o binômio dano/reparação, não se
pergunta a razão da degradação para que haja o dever de indenizar e/ou reparar. A
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Para Nery Júnior e Nery (2002) é a responsabilidade pelo risco da atividade. Assim,
na conceituação do caso aplicam-se os princípios da precaução, da prevenção e da
reparação.
Que “a responsabilidade pelo risco ambiental é objetiva, conforme prevê o art. 14, da
Lei 6.938/81, recepcionado pelo art. 225, §§ 2º e 3º da CF/88, e tem como
pressuposto a existência de uma atividade que implique em riscos para a saúde e
para o meio ambiente, impondo-se ao empreendedor a obrigação de prevenir tais
riscos e de internalizá-los em seu processo produtivo. Pressupõe ainda o dano ou o
risco de dano e o nexo de causalidade entre a atividade e o resultado, objetivo ou
potencial” (STEIGLER, 2003).
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Este autor argumenta que, no direito brasileiro, ao contrário do que sucede em outros
sistemas, a responsabilidade pelo dano ambiental não é típica. Ou seja, independe
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Porém, Cavalieri Filho (2004) sustenta que, nesse caso, o dever de indenizar subsiste
até a inexistência de nexo de causalidade. No Brasil, essa modalidade é reservada
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para os danos decorrentes das atividades nucleares, com incidência também para os
danos ambientais.
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BIBLIOGRAFIA
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