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RESPONSABILIDADE CÍVIL – CRIMES E INFRAÇÕES

AMBIENTAIS
Faculdade de Minas

Sumário
NOSSA HISTÓRIA ......................................................................................... 3

................................................................................................................... 4
1 – INTRODUÇÃO ...................................................................................... 4
2- DA EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL ................................. 5
3- CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL ........................................ 7
4- ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE CIVIL ......................................... 9
No que concerne às espécies de responsabilidade civil, mostrou-se mais
consistente a elencada por Diniz (2008), que classifica a responsabilidade em três: 9

 quanto ao fato gerador, ......................................................................... 9

 quanto ao fundamento ........................................................................... 9

 quanto ao agente. ................................................................................. 9

5 - PRINCÍPIOS BÁSICOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL AMBIENTAL 9


5.1- Prevenção ........................................................................................... 9
5.2 - Poluidor Pagador ............................................................................. 11
5.3 – Princípio da Reparação Integral ....................................................... 12
6 - PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANO
AMBIENTAL ........................................................................................................ 13
6.1- Dano e Nexo Causal .......................................................................... 13
................................................................................................................. 17
7 - RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA OU TEORIA DO RISCO ...... 17
8- PRESCINDIBILIDADE DE INVESTIGAÇÃO DE CULPA ...................... 18
9- IRRELEVÂNCIA DA LICITUDE DA ATIVIDADE ................................... 19
10 - INAPLICABILIDADE DE EXCLUDENTES E DE CLÁUSULAS DE NÃO-
INDENIZAR ......................................................................................................... 20
BIBLIOGRAFIA ......................................................................................... 23

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários,


em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo
serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua.
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de
publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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1 – INTRODUÇÃO
Tem-se como uma das grandes linhas de estudo da ciência jurídica a
responsabilidade civil e as suas consequências jurídicas. O estudo deste instituto é
originado da máxima romana neminem laedere (Ulpiano), que possui como
concepção básica a defesa da moralidade e dignidade humana (LANFREDI, 1997).

Em face de uma evolução rápida frente aos inquestionáveis e emergentes avanços


tecnológicos, industriais, econômicos, associados ao processo evolutivo da
sociedade (GUIMARÃES, 1999), garantindo o fim de restabelecer o equilíbrio
comprometido em função do dano, considerado a seu tempo, em função das
condições sociais ocorrentes em seu tempo (DIAS, 1979).

Pretende-se analisar o instituto da responsabilidade civil em face do dano ambiental,


buscando identificar as suas consequências para o direito interno, a partir de uma
abordagem descritiva e qualitativa, se utilizando de pesquisa bibliográfica doutrinária
e da legislação pertinente, para tentar compreender a formação do instituto, objeto do
presente estudo.

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Assim, para que o assunto seja devidamente analisado e compreendido, será de


utilidade inquestionável uma abordagem de conceitos básicos do instituto em análise,
bem como apreender a sua evolução histórica, que tem início nos mais remotos
tempos e se desenvolve até a responsabilidade objetiva. Analisa-se ainda, o modo
como tal instituto é entendido no contexto jurídico, inclusive à luz do direito
comparado.

2- DA EVOLUÇÃO DA RESPONSABILIDADE CIVIL

A evolução da responsabilidade civil está ligada diretamente à evolução da


responsabilidade penal. De início, ambos se confundiam no chamado direito de
vingança, que concedia à vítima, simultaneamente, a reparação do dano e a punição
de quem o causou.

Contudo, este direito de vingança foi substituído pela possibilidade de que, tanto a
reparação do dano quanto a sua punição, fossem substituídas por uma entrega de
valores à vítima, traduzindo-se numa indenização pecuniária.

E tão logo quanto houve esta substituição, pode-se perceber a intervenção da


autoridade estatal com o fim de evitar as consequências trazidas pela vingança
privada e prejudiciais à sociedade. Tal intervenção operou-se pela fixação das
indenizações pecuniárias e também pelo início de punição pelo Estado de certos fatos
praticados por particulares. É com este passo que se inicia a separação que culmina
na diferença entre as reparações às vítimas, de âmbito cível, e as punições impostas
pelo Poder Central, de âmbito penal.

De acordo com Paiva (1999), a análise psicológica da culpa começou a ser feita sob
a Lei das XII Tábuas por juristas bizantinos da época pós-clássica, que demonstraram
as primeiras preocupações e esforços doutrinais nesse sentido. O autor ainda
descreve que civilistas foram os responsáveis por continuarem estes estudos e
promover, mesmo que de maneira letárgica, a evolução da concepção de uma

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responsabilidade objetiva e coletiva para uma responsabilidade subjetiva e individual


sobre o dano causado a vítima, mas que ao mesmo tempo possibilitaram sistemas de
reparação coletiva. Na verdade, esta chega a ser a característica mais nítida nos
estudos de responsabilidade civil: o interesse coletivo na responsabilização dos
danos.

Segundo Cavaliere Filho (1995), parte-se da responsabilidade subjetiva com culpa


provada tal como prevista no artigo 159 do Código Civil de 1916, e chega-se à
responsabilidade objetiva, em alguns casos, até, fundada no risco integral, em que o
próprio nexo causal se queda diluído.

Para este autor, a grande revolução ocorreu na Constituição pátria de 1988, na


medida em que ela estendeu, no seu artigo 37, § 6º (BRASIL. Constituição, 1988),
aos prestadores de serviços públicos responsabilidade objetiva tal qual do Estado,
pois todos estes prestadores de serviços públicos, até a Carta Magna de 1988,
detinham responsabilidade subjetiva, fundada na culpa, prescrita pelo artigo 159, do
Código Civil de 1916.

Lanfredi (1997) assevera que a Constituição de 1988, coerente com o princípio da


dignidade humana, desenvolve a ideia da objetivação da responsabilidade, que se
orienta na defesa da vítima e se conforma com a diretriz da dignidade da pessoa,
posta como base da sociedade brasileira.

Conforme este autor, com a nova ordem constitucional o social passa a predominar
sobre o individual. E, a partir da conscientização da problemática social, cresce o
sentido da coletivização, bem como se evolui para a afirmação da dignidade da
pessoa humana, da importância da segurança e da justiça social.

Repercutindo sobre o Direito das Obrigações, a nova ordem promove o alargamento


da responsabilidade civil e a objetivação de sua base, por tratar-se de um dos mais
importantes princípios ordenados do direito privado, por meio do qual se realiza a
justiça no relacionamento entre particulares.

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Entretanto, o golpe fatal na responsabilidade subjetiva, no pensar de Cavaliere Filho


(1995), veio com o advento do Código de Defesa do Consumidor, que estabeleceu a
responsabilidade objetiva a todos os fornecedores de produtos e serviços, retirando
dos ombros do consumidor os riscos e os transferiu ao fornecedor, atribuindo a este,
responsabilidade objetiva.

O Código Civil de 2002 trouxe em seu texto, um título especialmente dedicado à


responsabilidade civil, à semelhança dos códigos mais modernos, como o português,
italiano etc, Trata-se do título IX do primeiro livro, da parte especial, que começa no
artigo 927 e vai até o artigo 954, embora não se encontre ali, uma disciplina
concentrada e exaustiva da responsabilidade civil, pois seria impossível que assim
fosse, pois não se reúne em um só título todas as normas relacionadas com a
responsabilidade civil. Porém, tenha-se em mente que a responsabilidade subjetiva
foi bastante relativizada, entretanto, continua presente no ordenamento jurídico
interno (CAVALIERE FILHO, 1995).

3- CONCEITO DE RESPONSABILIDADE CIVIL

Para Gonçalves (2003), o termo responsabilidade tem origem no latim res-pondere,


que encerra a ideia de segurança ou garantia de restituição ou recompensação do
bem sacrificado. Teria o significado de recomposição de obrigação de restituir ou
ressarcir.

Em pensamento semelhante, Diniz (1984), afirma que: "Poder-se-á definir a


responsabilidade civil como a aplicação de medidas que obriguem alguém a reparar
o dano moral ou patrimonial causado a terceiros em razão de ato de próprio imputado,
de pessoa por quem ele responde, ou de fato de coisa ou animal sob sua guarda
(responsabilidade subjetiva) ou, ainda, de simples imposição legal (responsabilidade
objetiva)".

Rodrigues (2001) observa:

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"A responsabilidade civil vem definida por Savatier como a obrigação que
pode incumbir uma pessoa a reparar o prejuízo causado a outra, por fato
próprio, ou por fato de pessoas ou coisas que dela dependam. Realmente o
problema em foco é o de se saber se o prejuízo experimentado pela vítima
deve ou não ser reparado por quem o causou. Se a resposta for afirmativa,
cumpre indagar em que condições e de que maneira será tal prejuízo
reparado. “Esse é o campo que a teoria da responsabilidade civil procura
cobrir”.

Cretella Júnior (1994) concebe a responsabilidade civil como a "(...) situação especial
de toda pessoa física ou jurídica, que infringe norma ou preceito de direito objetivo e
que, em decorrência da infração, que gerou danos, fica sujeita a determinada
sanção".

Para Milaré (2005), a responsabilidade civil pressupõe prejuízo a terceiro, ensejando


pedido de reparação do dano, consistente na recomposição do status quo
ante (repristinação = obrigação de fazer) ou numa importância em dinheiro
(indenização = obrigação de dar).

Assim, depreende-se de tais conceitos que a consequência precípua da execução de


um ato ilícito se constitui na obrigação de reparar o dano imposto à vítima, de forma
a restabelecer a situação anteriormente existente ou, sendo isso impossível,
compensando-a pelo infortúnio em decorrência do fato, donde se conclui que a
responsabilidade civil é, pois, parte integrante do Direito das Obrigações.

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4- ESPÉCIES DE RESPONSABILIDADE CIVIL

No que concerne às espécies de responsabilidade civil, mostrou-se mais consistente


a elencada por Diniz (2008), que classifica a responsabilidade em três:

 quanto ao fato gerador,

 quanto ao fundamento

 quanto ao agente.

Na primeira classificação, a responsabilidade civil pode ser contratual, ou seja,


quando o dever de conduta é determinado por acordo de vontades das partes
mediante um contrato, cuja violação implica na obrigação de indenização, ou
extracontratual, que consiste no dever de condução sem gerar danos a outrem. A
transgressão deste dever de conduta representa ato ilícito, nos moldes do art. 186 do
Código Civil brasileiro, bem como impõe a reparação de danos, de acordo com o art.
927 do código civilista brasileiro (BRASIL, 2002).

5 - PRINCÍPIOS BÁSICOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL


AMBIENTAL
5.1- Prevenção

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De acordo com Antunes (2005), o princípio da prevenção aplica-se a impactos


ambientais já conhecidos e que tenham uma história de informações sobre eles. É
este princípio que informa tanto o licenciamento ambiental como os próprios estudos
de impacto ambiental. Tanto um como o outro são realizados sobre a base de
conhecimentos adquiridos sobre uma determinada intervenção no ambiente, age de
forma a prevenir, caso não tivesse sido submetida ao licenciamento ambiental.

As consequências danosas ao meio ambiente que as ações humanas pode provocar,


impõe uma atitude preventiva para que se possa efetivamente protegê-lo. Esta
prevenção exige certo grau de exigência ao ponto de, na dúvida ou incerteza, não se
deve praticar ato ou permitir o uso ou a produção de determinadas substâncias, a fim
de se evitar danos irreparáveis ao meio ambiente (FERNANDES, 2012).

Corroborando ainda, Fernandes (2012), observa que “o princípio da prevenção foi


reconhecido no principio 15 da declaração do Rio de janeiro sobre meio ambiente,
que dispõe: para que o ambiente seja protegido, será aplicada pelos estados, de
acordo com as suas capacidades, medidas preventivas, e onde existam ameaças de
riscos sérios ou irreversíveis, não será utilizada a falta de certeza científica total como
razão para adiamento de medidas eficazes em termos de custo para evitar a
degradação ambiental.” Este princípio foi adotado expressamente pela constituição
brasileira de 1988, em seu artigo 225 (BRASIL. Constituição, 1988).

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5.2 - Poluidor Pagador

A definição desse princípio, originalmente, foi estabelecida pela comunidade


econômica europeia, que preceitua: “As pessoas naturais ou jurídicas, sejam regidas
pelo direito público ou pelo direito privado, devem pagar os custos das medidas que
sejam necessárias para eliminar a contaminação ou para reduzi-la ao limite fixado
pelos padrões ou medidas equivalentes que assegurem a qualidade de vida, inclusive
ao fixado pelo poder público competente.”

Fiorillo (2002) alerta que em primeiro lugar, impõe-se ao poluidor o dever de suportar
o ônus da prevenção dos danos ao meio ambiente que a sua atividade possa
ocasionar. Em segundo lugar, esclarece este princípio que, ocorrendo danos ao meio
ambiente em função da atividade desenvolvida, o poluidor será responsável pela sua
reparação.

Na Constituição Federal, tal princípio está expresso no artigo 225, § 3º (BRASIL.


Constituição, 1988), dispondo que as condutas e atividades consideradas lesivas ao
meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais
e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

A lei da PNMA, em seu artigo 4º, acolheu o princípio do poluidor pagador,


estabelecendo, como um de seus fins, a imposição, ao poluidor e ao predador, da
obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados.

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Conforme Antunes (2005), o elemento que diferencia o princípio do poluidor pagador


da responsabilidade tradicional é que ele busca afastar o custo econômico das costas
da coletividade e dirigi-lo diretamente ao utilizar dos recursos ambientais. Logo, ele
não está fundado no princípio da responsabilidade, mas, isto sim, na solidariedade
social e na prevenção mediante a imposição da carga pelos custos ambientais nos
produtores e consumidores.

Pode-se dizer que o princípio do poluidor pagador, inicialmente de origem econômica,


transformou em um dos princípios ambientais de maior importância para a proteção
ambiental e já se encontra consagrado, nas mais importantes legislações, tanto
internas como externas.

5.3 – Princípio da Reparação Integral

O Brasil adotou a teoria da reparação integral, excluindo qualquer possibilidade de


uma reparação tarifária. É o que estabelece o artigo 14, § 1º, da lei nº 6.938/81, ao
prescrever que o poluidor é obrigado, independentemente da existência de culpa, a
indenizar ou reparar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros, afetados por
suas atividades, sem obstar a aplicação das penalidades previstas neste artigo.

A CF/88, em seu artigo 225, § 3º, da CF/88, determina que as condutas e atividades
lesivas ao meio ambiente sujeitarão aos infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a
sanções, penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os
danos causados.

Porquanto, a CF/88, recepcionou a Lei nº 6.938/81, deixando intacta a


responsabilidade objetiva do causador do dano ambiental. Observa-se, que o
legislador constituinte não limitou a obrigação de reparar o dano, o que condiz ao
entendimento pela reparação integral.

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Como adverte Milaré (2005), nesta perspectiva, o esforço reparatório pode ser
superior à capacidade financeira do degradador, persistindo a necessidade de se
aprofundar estudos sobre a conveniência da instituição, no Brasil, de seguros de
responsabilidade civil ou fundos de compensação para assegurar o pagamento do
“quantum” necessário à reparação, como é a tendência apontada pelo Direito
Ambiental Internacional.

6 - PRESSUPOSTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL POR DANO


AMBIENTAL

De acordo com Milaré (2005), no regime da responsabilidade objetiva, fundada na


teoria do risco da atividade, para que se possa pleitear a reparação do dano, basta a
demonstração do evento danoso e do nexo de causalidade. A ação, da qual a teoria
da culpa faz depender a responsabilidade pelo resultado, é substituída, aqui, pela
assunção do risco em provocá-lo.

6.1- Dano e Nexo Causal

Antunes (2005) conceitua dano como o prejuízo (uma alteração negativa da situação
jurídica, material ou moral) causado a alguém por um terceiro que se vê obrigado ao
ressarcimento.

Milaré (2005) conceitua "dano ambiental como a lesão aos recursos ambientais, com
consequente degradação – alteração adversa ou in pejus – do equilíbrio ecológico e
da qualidade de vida".

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Assim, dano significa uma lesão ou diminuição do patrimônio de determinada pessoa,


ou a diferença entre o estado atual do patrimônio que o sofre e o que teria se o fato
danoso não se tivesse produzido.

O legislador brasileiro estabeleceu, como um dos objetivos da PNMA, a imposição ao


poluidor e ao predador da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados.
E, ainda possibilitou o reconhecimento da responsabilidade do poluidor em indenizar
e/ou reparar os danos causados ao meio ambiente e aos terceiros afetados por sua
atividade, independentemente da existência de culpa.

A ação reparatória da danosidade ambiental, coletiva ou individual, funda-se pelo


regime da responsabilidade objetiva, com base no risco inerente à atividade, que
prescinde da culpabilidade do agente. Exige-se apenas a ocorrência do dano e a
prova de causalidade com desenvolvimento ou a mera existência da atividade, para
efetivar-se a responsabilidade.

O responsável poderá ser compelido a promover a reparação do dano ambiental, na


condição de poluidor direto, por meio de sentença condenatória em ação civil pública.
Contudo, havendo mais de um envolvido, a reparação poderá ser exigida de todos e
de qualquer um dos responsáveis, nos termos das regras de solidariedade contidas
no artigo 942, caput, segunda parte, do código civil vigente (BRASIL, 2002).

O código civil estabelece a obrigação de reparar o dano, independentemente de


culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de
outrem. Na primeira parte, em matéria ambiental, aplica-se a lei especial. Já, na
segunda parte, quando o julgador estiver diante de um caso concreto, cuja atividade
de risco não tenha previsão legal, deve analisar o caso ou o poder público fará a
classificação de tais atividades, conquanto, trata-se de responsabilidade pelo risco da
atividade, conceituando-se o risco nos termos dos princípios da precaução,
prevenção e reparação. (NERY JÚNIOR, 2002).

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Entretanto, um dos problemas encontrados para a reparação do dano ambiental é a


pluralidade de agentes causadores da lesão, considerando que o dano ambiental é
de difícil individualização, se torna árduo constatar a participação de cada, em
consequência lesão provocada em concurso de agentes.

Nesta hipótese, Silva (1994) enfatiza:

Aplicam-se as regras da solidariedade passiva entre os responsáveis,


podendo a reparação ser exigida de todos os envolvidos e de qualquer um
dos responsáveis, pois de acordo com Leite (2007) apud Leitão (1995), se
trata de responsabilidade por risco.

Assim, o explorador de atividade econômica coloca-se na posição de garantidor da


preservação ambiental e os danos que lhe digam respeito à atividade estarão sempre
vinculados a ela, pois o ordenamento é que todo aquele que se entrega às atividades
gravadas. Com responsabilidade objetiva deve, fazer um juízo de previsão pelo
simples fato de dedicar-se a elas, aceitando com isso as consequências danosas que
lhe são inerentes. (STEIGLEDER 2003).

Para este autor, a teoria do risco integral originalmente legitimou a responsabilidade


objetiva e proclama a reparação do dano mesmo involuntário, responsabilizando-se
o agente por todo ato do qual fosse a causa material, excetuando-se apenas os fatos
exteriores ao homem. É suficiente apurar se houve o dano, vinculado a um fato
qualquer, para assegurar a vítima uma indenização.

Lucarelli (1994), comentando esta teoria descreve:

“que a indenização é devida somente pelo fato de existir a atividade da qual


adveio o prejuízo, independentemente da análise da subjetividade do agente,
sendo possível responsabilizar todos aqueles dos quais possa, de alguma
maneira, ser imputado o prejuízo. Este posicionamento não admite
excludentes de responsabilidade, tais como o caso fortuito, a força maior, a
ação de terceiro ou da própria vítima, posto que tais acontecimentos sejam
considerados condições do evento.”

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De acordo com Milaré (2005), em matéria de dano ambiental, ao adotar o regime de


responsabilidade objetiva, a Lei nº 6.938/81, afasta a investigação e a discussão da
culpa, mas não prescinde do nexo causal, isto é, da relação de causa e efeito entre a
atividade e o dano dela advindo. Analisa-se a atividade, indagando se o dano foi
causado em razão dela, para se concluir que o risco que lhe é inerente é suficiente
para estabelecer o dever de reparar o prejuízo.

Este autor alerta que não é tarefa fácil, em matéria de dano ambiental, a determinação
segura do nexo causal, já que os fatos da poluição, por sua complexidade,
permanecem muitas vezes camuflados não só pelo anonimato, como também pela
multiplicidade de causas, das fontes e de comportamentos, seja por sua tardia
consumação, seja pelas dificuldades técnicas e financeiras de sua aferição, seja,
enfim, pela longa distância entre a fonte emissora e o resultado lesivo, além de tantos
outros fatores.

Entretanto, Benjamin (1993) assevera que tal complexidade não torna menor para o
poluidor o dever de reparar os danos causados. Assim, “A exclusividade, a
linearidade, a proximidade temporal ou física, o concerto prévio, a unicidade de
condutas e de resultados, nada disso é pressuposto para o reconhecimento do nexo
causal no sistema especial da danosidade contra o meio ambiente”. Nessa mesma
linha, afirma Nery Junior e Nery (1984) buscando a eficácia possível nas ações
reparatórias, tem nossa jurisprudência reconhecido o dever de indenizar, mesmo
quando haja concausa não atribuível, em tese, ao agente que deva arcar com a
responsabilidade de indenizar.

Enquanto que na responsabilidade civil subjetiva a imputação do dano irá ligar-se à


ideia de previsibilidade, na responsabilidade objetiva o requisito da previsibilidade não
se aperfeiçoa, sendo que o critério de imputação do dano ao agente se amplia, quase
se aproximando de um enfoque puramente material, de tal modo que, com a prova
de que a ação ou a omissão foi a causa do dano, a imputação é quase automática.
(PERICLES, 1997).

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7 - RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA OU TEORIA DO RISCO

A Lei 6.938/81, consagra como um de seus objetivos a imposição ao poluidor e ao


predador da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados. Além disso,
possibilita o reconhecimento da responsabilidade do poluidor em indenizar e/ou
recuperar os danos causados ao meio ambiente e a terceiros afetados por sua
atividade, independentemente da existência de culpa, cabendo aplicação de
penalidade, sem elidir a indenização ou reparação que o Estado-juiz passar a
cominar (MACHADO, 2005).

A responsabilidade civil ambiental significa que quem danificar o meio ambiente tem
o dever jurídico de repará-lo. Presente, pois, o binômio dano/reparação, não se
pergunta a razão da degradação para que haja o dever de indenizar e/ou reparar. A

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responsabilidade sem culpa tem incidência na indenização ou na reparação dos


danos causados ao meio ambiente e a terceiros afetados.

O artigo 927, parágrafo único, do CC/2002, dispõe: “Haverá a obrigação de reparar o


dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a
atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza,
riscos para os direitos de outrem.”

Em uma interpretação coerente, Machado (2005), aduz que na primeira parte, em


matéria ambiental tem-se a lei nº 6.938/81, que instituiu a responsabilidade sem
culpa. Já, na segunda, em face de atividade de risco, cujo regime de responsabilidade
não tenha sido especificado em lei, cabe ao juiz analisar no caso concreto ou que o
poder Público faça a classificação de tais atividades.

Para Nery Júnior e Nery (2002) é a responsabilidade pelo risco da atividade. Assim,
na conceituação do caso aplicam-se os princípios da precaução, da prevenção e da
reparação.

Que “a responsabilidade pelo risco ambiental é objetiva, conforme prevê o art. 14, da
Lei 6.938/81, recepcionado pelo art. 225, §§ 2º e 3º da CF/88, e tem como
pressuposto a existência de uma atividade que implique em riscos para a saúde e
para o meio ambiente, impondo-se ao empreendedor a obrigação de prevenir tais
riscos e de internalizá-los em seu processo produtivo. Pressupõe ainda o dano ou o
risco de dano e o nexo de causalidade entre a atividade e o resultado, objetivo ou
potencial” (STEIGLER, 2003).

8- PRESCINDIBILIDADE DE INVESTIGAÇÃO DE CULPA

Milaré (2005) ressalta que “no direito comum, o regime da responsabilidade


extracontratual é o da responsabilidade subjetiva ou aquiliana, fundada na culpa ou
no dolo do agente causador do dano.”

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Na legislação especial, ao contrário, o dano ambiental é regido pelo regime da


responsabilidade objetiva, fundado no risco inerente à atividade, que prescinde por
completo da culpabilidade do agente; nesse campo, para tornar efetiva a
responsabilização, exige-se apenas a ocorrência do dano e a prova do vínculo causal
com o desenvolvimento ou mesmo a mera existência de uma determinada atividade
humana.

9- IRRELEVÂNCIA DA LICITUDE DA ATIVIDADE

Como já mencionado alhures, “a responsabilidade pelo dano ambiental é objetiva, de


sorte que não se indaga da licitude da atividade. Consequentemente, a existência de
licenciamento ambiental e a observância dos limites de emissão de poluentes, bem
como de outras autorizações administrativas, não terão o condão de excluir a
responsabilidade pela reparação. Esta é, portanto, a posição majoritária da doutrina
brasileira, ao entender que a licitude da atividade não exclui o dever de reparar os
danos. Entretanto, Meireles (2011) defendia a posição da exclusão da
responsabilidade civil diante de autorização administrativa.” (CAPELLI, 1996).

Milaré (2005) observa que a posição do legislador atende com satisfação às


aspirações da coletividade, ao considerar objetiva a responsabilidade por danos ao
meio ambiente, conquanto, não raros os casos o poluidor apresentava defesa
alegando ser lícita a sua conduta, porque estava atuando dentro dos padrões de
emissão traçados pela autoridade administrativa e, ainda, tinha autorização ou licença
para exercer aquela atividade. Muito embora isso não fosse causa excludente de sua
responsabilidade, já colocava dúvida na consciência do julgador, o que muitas vezes
redundava em ausência de indenização por parte do poluidor.

Este autor argumenta que, no direito brasileiro, ao contrário do que sucede em outros
sistemas, a responsabilidade pelo dano ambiental não é típica. Ou seja, independe

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da ofensa standard legal ou regulamentar específico, já que o Poder Público, no


direito interno, não tem o direito de consentir na agressão à saúde da população
através do controle exercido pelos seus órgãos.

Arremata, que nesta linha de raciocínio, não se discute, necessariamente, a


legalidade da atividade. É a potencialidade do dano que a atividade possa trazer aos
bens ambientais que será objeto de consideração. As normas administrativas
existentes nada mais significam do que um teto, “uma fronteira, além da qual não é
lícito passar. Mas, não se exonera o produtor de verificar por si mesmo se sua
atividade é ou não prejudicial” (Machado 2005).

10 - INAPLICABILIDADE DE EXCLUDENTES E DE CLÁUSULAS DE


NÃO-INDENIZAR

Tradicionalmente o caso fortuito e a força maior têm sido considerados como


circunstâncias que dá lugar a exoneração da responsabilidade civil. Isto nunca se
discutiu nos sistemas subjetivos de responsabilidade. O nosso Código Civil é
expresso no artigo 393 “o devedor não responde pelos prejuízos (...)”, além das
hipóteses elencadas no artigo 188 do mesmo diploma legal. Nos sistemas de
responsabilidades objetiva não ocorre o mesmo, pois uma das particularidades deste
sistema é a existências de circunstâncias que impeçam a imputação do dano a quem
materialmente o casou. Alguns textos legais preveem certas atividades de terceiros
ou não, que podem em alguns casos ser liberatório de imputação (TADEU, 2007).

O risco integral, segundo Santos (2008), é o grau mais elevado de responsabilidade


objetiva, “não admitindo nenhum tipo de exclusão, mesmo na ocorrência de caso
fortuito ou força maior”.

Porém, Cavalieri Filho (2004) sustenta que, nesse caso, o dever de indenizar subsiste
até a inexistência de nexo de causalidade. No Brasil, essa modalidade é reservada

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para os danos decorrentes das atividades nucleares, com incidência também para os
danos ambientais.

De outra parte, a cláusula de não-indenizar, através da qual o devedor procura se


liberar da reparação do dano ou indenização propriamente dita, só é admitida quando
relacionada com obrigações passíveis de modificação convencional. Não é o que
ocorre com o direito ambiental, de natureza pública, mas apenas com aquelas
destinadas à tutela do mero interesse individual, estritamente privado.

Milaré (2005), conclui que:

“dita cláusula, muito comum em contratos de compra e venda de empresas


com passivos ambientais, embora inaplicáveis em matéria de
responsabilidade ambiental, vale entre as partes, facilitando o direito de
regresso daquele que isoladamente tiver sido responsabilizado.“

Portanto, resta ao agente como defesa, apenas demonstrar que:

a) o risco não foi criado;

b) o dano não existiu;

c) não há relação de causalidade com aquele que criou o risco.

A teoria do risco integral responde melhor que outras a necessidade de prevenir e


reparar os danos ambientais pela sua potencialidade de superar o problema da
causalidade difusa, típica da lesividade ambiental.

A conexão entre a atividade e o dano é suficiente para estabelecer a


responsabilização, sendo possível a substituição do juízo de certeza, pelo de
probabilidade científica na formação do nexo causal.

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Faculdade de Minas

Não se admitem excludentes de responsabilidades civil, restando ao empreendedor,


como defesa, apenas demonstrar que o risco não foi criado; o dano não existiu ou;
não há relação de causalidade com aquele que criou o risco.

O arcabouço legislativo brasileiro que trata da responsabilidade civil ambiental é


pacificamente considerado um dos mais modernos da atualidade, possuindo
satisfatórios meios materiais e excelente instrumentação processual para sua tutela.

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