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Resumo
Abstract
The purpose of this study is to address civil liability in relation to medical error.
Through the development of this research, which is carried out, especially in the
interdisciplinarity of Civil Law and Consumer Law, it is desired to carry out a study on
the main concepts related to civil liability arising from medical error, since it must
have the applicability and the rights and duties of those who use medical services.
The analysis in the commentary shows to be of extraordinary relevance, mainly, with
respect to the rights and guarantees of the patients.
INTRODUÇÃO
1
Acadêmico do 10º período do Curso de Direito da Faculdade Presidente Antônio Carlos – FUPAC Teófilo
Otoni, Minas Gerais – E-mail: nicolle.costaqueiroz@gmail.com.
Entretanto, muitos cirurgiões erram ao realizar uma cirurgia plástica estética
e daí surge o questionamento de que forma o cirurgião será responsabilizado, se a
obrigação será de meio ou de resultado, visto que o ordenamento jurídico tem essas
duas possibilidades.
Atualmente, as cirurgias plásticas são realizadas principalmente em
mulheres, mas há um crescente número de homens e adolescentes que buscam
essa intervenção. Muitos querem melhorar a sua beleza e possui o ―padrão de
beleza‖ exigido pela sociedade, entretanto, alguns pacientes não conseguem chegar
ao resultado almejado, por causa de um erro médico.
Em relação ao ganho cientifico, observa-se que o tema em comento é de
grande valia para aprimorar a discussão já existente sobre o mesmo, pois diversos
doutrinadores possuem entendimentos diferentes, gerando assim mais interesse em
aprender sobre os tipos de obrigações e consequentemente saber em qual tipo o
médico se enquadra quando ocorre o erro médico.
Já ao ganho social, sabe-se que o resultado da cirurgia plástica estética,
nada mais é do que a materialização do conhecimento do médico sobre aquela
especialidade. E analisando o tema em epigrafe, nota-se que é de suma importância
ter um conhecimento mais aperfeiçoado na área, visto que a sociedade necessita
saber qual deverá ser a responsabilidade do médico, caso ocorra um erro médico.
Por fim, o ganho pessoal consiste no aprimoramento do acadêmico por
instigar o mesmo a pesquisar e a estudar o tema com mais cautela e entender todos
os lados dos fatos, como o próprio Direito ensina.
Cumpre salientar que o presente tema do projeto de monografia abrange
alguns ramos do Direito, como por exemplo: Direito Civil, Direito do Consumidor e a
Constituição Federal. Dessa forma, o conhecimento do acadêmico será valorado
pelo fato do seu conhecimento ser aprimorado nas áreas acima citadas.
Dessa maneira foi adotada a solução mais rigorosa e mais avançada, bem
como a teoria do exercício de atividade perigosa e o princípio da responsabilidade
independentemente de culpa.
Ocorrendo um dano civil, este deve ser reparado para que não ocorra
desiquilíbrio social, e para que volte a normalidade carece de ser reparada. Nas
palavras de Melo (2015, p. 2) a responsabilidade civil é definida como: ―obrigação
patrimonial de reparar o dano material ou compensar o dano moral causado ao
ofendido pela inobservância por parte do ofensor de um dever jurídico legal ou
convencional‖.
Para Diniz (2015, p. 49) a responsabilidade civil é:
Nas palavras de Fiuza (p. 376, 2014) a responsabilidade civil tem a seguinte
definição:
Responsabilidade é palavra polissêmica. Possui vários significados. Num
primeiro, mais vulgar, é sinônima de diligencia. Neste sentido dizemos ser
uma pessoa muito responsável, muito cuidadosa. Juridicamente, o termo
responsabilidade normalmente está ligado ao fato de respondermos pelos
atos que praticamos. Revela, então, um dever, um compromisso, uma
sanção, uma imposição decorrente de algum ato ou fato.
A responsabilidade civil surge a partir dos atos ilícitos, que são aqueles atos
que visam contrariar as regras presentes no ordenamento jurídico e por
consequência lesa o direito de outrem.
Um dos princípios norteadores da responsabilidade civil, que merece ser
enfatizado, é o princípio informador, o qual garante que é dever do agente ressarcir
o dano causado. Observa-se que este princípio tem total sintonia com os artigos 186
e 927, ambos do Código Civil de 2002. Tendo em vista que este princípio tem o
mesmo contexto na definição de quem, seja por ação ou omissão voluntária,
negligência ou imprudência causar danos à terceiro.
Dessa forma, aquele que causar dano a outrem deverá ser responsabilizado,
criando para a vítima o direito de receber indenização.
No artigo 186 do Código Civil está presente o conceito de ato ilícito e através
do mesmo podem-se encontrar os pressupostos, ou seja, os elementos presentes
na responsabilidade civil.
Tal artigo é de suma importância para a responsabilidade civil, pelo fato de
que é através dele que há a consagração de que ninguém tem o direito de causar
prejuízo a outrem.
Com isso, observa-se que os pressupostos da responsabilidade civil são
caminhos utilizados para que se possa demonstrar a culpabilidade e assim, poder
estabelecer o dever de reparar o dano.
O ato negocial, por ser uma norma jurídica, constituindo lei entre as partes, é
intangível, a menos que ambas as partes o rescindam voluntariamente ou haja a
escusa por caso fortuito ou força maior (DINIZ, 2015).
A responsabilidade civil contratual surge a partir do inadimplemento da
obrigação, conforme artigos 389 a 391, ambos do Código Civil.
Com base no Direito Romano, o inadimplemento ocorre em sentido genérico
em dois casos específicos:
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.
Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem.
[...] em face desse breve relato, é possível afirmar que, na época moderna,
foi no direito francês que se estabeleceram as primeiras normas codificadas
da responsabilidade médica, assentando as bases de uma jurisprudência e
de uma doutrina que substanciaram com o decorrer do tempo, servindo de
parâmetro para um grande número de nações, especialmente o Brasil.
Art. 951. O disposto nos arts. 948, 949 e 950 aplica-se ainda no caso de
indenização devida por aquele que, no exercício de atividade profissional,
por negligência, imprudência ou imperícia, causar a morte do paciente,
agravar-lhe o mal, causar-lhe lesão, ou inabilitá-lo para o trabalho.,
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, Vaneska Donato de. Responsabilidade Civil. São Paulo: RT, 2008.
AZEVEDO, Álvaro Villaça. Teoria geral das obrigações e responsabilidade civil.
11. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro. Vol. 7. 29 ed. São Paulo:
Saraiva, 2015.
FIUZA, César. Direito Civil: curso completo. 17 ed. São Paulo: Editora Revista dos
ribunais. Belo Horizonte: Del Rey Editora, 2014.
GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil. vol. 3.12 ed. rev. Atual. São
Paulo: Saraiva, 2014.
MELO, Marco Aurélio Bezerra de. Responsabilidade Civil. São Paulo: Atlas, 2015.
SILVA, Jorge Cesar Ferreira da. Inadimplemento das obrigações. São Paulo: RT,
2006.
VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil: responsabilidade civil. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2005. v. 5.