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Rosalina Atanásio
Mery M. N. Nauerelaia
Rábia Faquira
Félix Palito
Gonsalve Ernesto
Licenciatura em Psicologia
PEMBA
MAIO DE 2023
Daniela António
Rosalina Atanásio
Mery M. N. Nauerelaia
Rábia Faquira
Félix Palito
Gonsalve Ernesto
Licenciatura em Psicologia
PEMBA
MAIO DE 2023
Índice
1. Introdução...............................................................................................................................1
3. O cognitivismo na psicologia..................................................................................................4
Considerações finais.................................................................................................................11
Referência Bibliográfica...........................................................................................................12
1. Introdução
No que concerne à metodologia deste trabalho, recorreu-se a consulta de diferentes fontes, tais
como: livros, revistas, internet e obras de alguns autores referenciados na bibliografia. Quanto
a estrutura do trabalho, está organizado: elementos pré textuais (capa e folha de rosto, índice),
elementos textuais: (introdução, o desenvolvimento, conclusão) e elementos pós textuais:
(referências bibliográficas).
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2. Fundamentos conceptuais metodológicos: Resultados da terapia e Especialidades de
aplicação dos modelos e metodologias TCC ao longo do ciclo de vida
Segundo Serra (2004), O modelo cognitivo foi originalmente construído de acordo com
pesquisas conduzidas por Aaron Beck para explicar os processos psicológicos na depressão,
em uma tentativa de provar a teoria freudiana de depressão como hostilidade retrofletida
reprimida. Ao invés de hostilidade e raiva, a pesquisa sobre os sonhos dos pacientes
deprimidos mostrou um senso de derrota, fracasso e perda.
Para o autor os temas de pacientes deprimidos ao dormirem eram consistentes com seus temas
em vigília; sonhos poderiam ser simplesmente um reflexo dos pensamentos do indivíduo.
Baseado em pesquisa sistemática e observações clínicas, Beck propôs que os sintomas de
depressão poderiam ser explicados em termos cognitivos como interpretações tendenciosas
das situações, atribuídas à activação de representações negativas de si mesmo, do mundo
pessoal e do futuro (a tríade cognitiva).
Ainda para Pimenta (2001), a Terapia Cognitivo Comportamental pode fornecer referencial
teórico e estratégias terapêuticas para auxiliar os pacientes a lidar com quadros dolorosos
crônicos, permitindo refletir sobre a relação dor, comportamento, cognição, emoção e
ambiente. Pode identificar e corrigir comportamentos e pensamentos disfuncionais.
Segundo Castañon (2007), dentre as características inerentes à imagem de Ser Humano ligada
ao Cognitivismo, é possível ressaltar as seguintes:
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inverso também é verdadeiro. Diante disso, não são os fatos que geram as emoções e
sim as interpretações sobre eles).
Crenças nucleares: descrevem as ideias mais enraizadas sobre si, das pessoas e do mundo – é
o nosso entendimento sobre como as coisas são. Desenvolvem-se desde a primeira infância, e
são as grandes responsáveis por moldar o nosso modo de perceber e interpretar os eventos.
Crenças subjacentes: são expressas em regras, normas e premissas que governam a forma de
relação do indivíduo com o mundo e constituem estratégias desenvolvidas para lidar com as
crenças nucleares. Desde que essas regras sejam atendidas, não haverá problemas. São assim
chamadas por estarem mais próximas ou “subjacentes” ao outro nível, os pensamentos
automáticos.
Pensamentos automáticos: são formas de pensamento que ocorrem em conjunto com o nível
do pensar consciente e controlado. São rápidos, avaliativos, e não são resultantes de
deliberação ou raciocínio. Por serem rápidos e automáticos, não nos damos conta de sua
ocorrência, apenas dos resultados que se seguem – os comportamentos e as emoções.
De todos, é o nível de cognição de mais fácil acesso, e são ativados diante de eventos externos
(por exemplo, falar com um estranho) ou internos (por exemplo, lembrar de algo).
Para entender como esses elementos se relacionam dentro do modelo cognitivo, pense na
seguinte situação ilustrada na Figura 1: ao ler esse texto, parte da sua consciência está focada
nos conteúdos aqui expressos. Porém, em outro nível, alguns pensamentos avaliativos podem
estar acontecendo – e muito provavelmente influenciando a maneira como você se sente e se
comporta no decorrer da leitura.
Dificilmente se tem acesso consciente ao conteúdo dos esquemas cognitivos. Como dito, os
pensamentos automáticos são os mais fáceis de serem identificados, por acontecerem em um
nível mais superficial. Ainda assim, é preciso esforço para que se consiga identificá-los. Uma
forma de percebê-los envolve monitorar suas emoções. Da próxima vez que você notar uma
alteração brusca no seu comportamento ou humor, tente se perguntar: o que estava passando
pelo meu pensamento?
Os outros dois níveis requerem um trabalho clínico mais elaborado para que possam ser
identificados, uma vez que se trata de níveis mais profundos e enraizados de cognição. Uma
vez identificados os pensamentos automáticos que se manifestam com mais frequência para o
paciente, o terapeuta pode utilizar técnicas para alcançar esses dois níveis.
Dentre as técnicas comumente utilizadas, pode-se citar a seta descendente, que consiste em
questionar o que o pensamento automático significa para o paciente (traz à tona uma crença
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intermediária) e o que o mesmo pensamento significa sobre ele (remete a uma crença
nuclear). Caso o pensamento automático apresentado na figura 1 se manifestasse no contexto
clínico, a depender do tempo de tratamento, o terapeuta poderia utilizar essa técnica e
registrar as respostas apresentadas pelo paciente.
3.2. Entendimento e intervenção nos transtornos mentais
O que deve ser deixado claro até aqui é que para a TCC, as reações experienciadas nos
quadros psicopatológicos envolvem, em última instância, padrões negativos, distorcidos e
enrijecidos da cognição. O trabalho clínico conjunto entre terapeuta e paciente sobre o modo
como este identifica, avalia e responde a esses pensamentos e crenças disfuncionais é tido
como fundamental para melhora no quadro apresentado.
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Estabelecimento de objectivos e metas;
Prevenção de recaída; e
Término do tratamento.
Para isso, é feito um levantamento dos aspectos relacionados a história de vida do paciente,
sintomas apresentados, bem como das formas como ele interpreta e lida com os eventos.
Essas informações ajudam o terapeuta a identificar os temas e distorções mais recorrentes em
seus pensamentos. Essa fase de avaliação é fundamental para o estabelecimento dos
objectivos e metas da terapia, que é feita em conjunto com o paciente.
A TCC conta ainda com uma proposta de familiarização do paciente com o modelo cognitivo.
Então, no decorrer dos atendimentos, o paciente é chamado a entender os princípios básicos
da TCC, como funcionará o tratamento e quais serão as intervenções utilizadas, pois espera-se
que tenha condições de utilizar essas informações e instrumentos no decorrer dos
atendimentos e caso volte a apresentar problemas similares no futuro.
Segundo Menegatti, Amorim e Avi (2005), “Entre todos os tipos de sensações, a dor é a única
que envolve não só uma capacidade de identificação do início, duração, localização,
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intensidade, características físicas do estímulo inicial, como também inclui funções
motivacionais, afectivas, cognitivas dirigidas a um comportamento pessoal de desprazer e
aversão, dando, ao mesmo tempo, uma interpretação do estímulo em termos de experiências
presentes e passadas”. Assim, os autores concluem que o conceito de dor é individual, sendo
constituído através da vivência de cada um no meio sócio-cultural em que está inserido.
Conforme Beck (1997) ressalta, em primeiro lugar e antes de tudo, para realizar o
empreendimento terapêutico é importante estabelecer uma boa relação de trabalho com o
paciente (relação terapêutica), um procedimento terapêutico chamado de empirismo
colaborativo.
Paciente e terapeuta trabalham como uma equipe para avaliar as crenças do paciente,
testando-as para verificar se estão correctas ou não e modificando-as de acordo com a
realidade. Em segundo lugar, o terapeuta usa o questionamento socrático como um meio de
guiar o paciente em um questionamento consciente que permitirá que este tenha um insight
sobre seu pensamento distorcido, um procedimento chamado descoberta guiada.
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planejando colaborativamente tarefas entre as sessões. Um plano de tratamento para toda a
terapia e a pauta para cada sessão são discutidos com o paciente.
Bandura (1969) afirmou que um dos os processos que controlam o comportamento pode ser
definido como modelação: uma aprendizagem que se produz pela observação do
comportamento de um modelo. Distingue-se da imitação, a qual conceitua como a expressão
comportamental de uma modelação. Segundo Bandura, seres humanos adquirem uma parcela
muito maior do seu repertório comportamental por modelação do que por modelagem.
Assim, aprendemos através da observação de modelos reais, bem como pela observação de
modelos simbólicos. A modelação pode produzir efeitos diversos. Em primeiro lugar, ela
permite a aquisição de novas respostas para o repertório individual. Em segundo, ela pode
inibir ou desinibir respostas já existentes no repertório de um indivíduo. De acordo com esta
perspectiva os comportamentos de dor podem ser adquiridos através da modelação.
Considerações finais
Depois de árdua leitura e profunda investigação não há dúvida de que a abordagem a Terapia
Cognitivo-Comportamental integra os conceitos e as técnicas vindos de duas principais
abordagens: a cognitiva e a comportamental. De acordo com a Terapia Cognitiva os
indivíduos atribuem significados aos acontecimentos de sua vida. As hipóteses formuladas
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têm grande influência sobre o comportamento do indivíduo, podendo afetar também a sua
auto-imagem (crenças a respeito de si mesmo) e, conseqüentemente, a sua auto-estima.
Referência Bibliográfica
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Castañon, G. (2007). O que é Cognitivismo – Fundamentos Filosóficos. São Paulo: E.P.U.
Leahy, R. (2006). Técnicas de terapia cognitiva: manual do terapeuta. Porto Alegre: Artmed.
Serra, A.M. (2007). Terapia Cognitiva e Construção do Pensamento. Revista Psique, Ed.
Especial.
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