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Ivone Roía

Marcelino Cesário da Silva

Maribel J. Abibo

Mery M. N. Nauerelaia

Lade Angelino

Lyndila Jorge Akapela

Zena Mohomede Abubacar

Tema: Transtornos Alimentares; Dependência Química e Tabagismo

Licenciatura em Psicologia

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE

PEMBA

ABRIL DE 2023
Ivone Roía

Marcelino Cesário da Silva

Maribel J. Abibo

Mery M. N. Nauerelaia

Lade Angelino

Lyndila Jorge Akapela

Zena Mohomede Abubacar

Tema: Transtornos Alimentares; Dependência Química e Tabagismo

Licenciatura em Psicologia

Trabalho a ser entregue a Universidade Alberto


Chipande, na Faculdade de Ciências Políticas e
Sociais, no curso de Licenciatura em Psicologia
para avaliação na Disciplina de Psicoterapia I 3º
Ano, Pós-laboral
Docente:

Dr. Hermenegildo A. A. Uaua

UNIVERSIDADE ALBERTO CHIPANDE

PEMBA

ABRIL DE 2023
Índice

CAPÍTULO I-Introdução..............................................................................................................1

1.1. Contextualização....................................................................................................................1

1.2. Objectivos...............................................................................................................................2

1.2.1. Objectivo Geral...................................................................................................................2

1.2.2. Objectivos Específicos........................................................................................................2

1.3. Metodologia............................................................................................................................2

CAPÍTULO II...............................................................................................................................3

2.1. Revisão da Literatura..............................................................................................................3

2.2. Transtornos alimentares.........................................................................................................3

2.3. Tipos de Transtornos Alimentares.........................................................................................3

2.3.1. Anorexia Nervosa................................................................................................................4

2.3.2. Bulimia Nervosa..................................................................................................................4

2.3.3. Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica..................................................................4

2.4. Causas dos Transtornos Alimentares.....................................................................................5

2.5. Funções hormonais irregulares...............................................................................................5

2.6. Dependência Química............................................................................................................5

2.7. Etiologia.................................................................................................................................6

2.7.1. Meio ambiente.....................................................................................................................6

2.7.2. Substância............................................................................................................................6

2.7.3. Indivíduo.............................................................................................................................7

2.8. Tipos de dependência química...............................................................................................8

2.8.1. Medicamentos.....................................................................................................................8

2.8.2. Repositores hormonais........................................................................................................8

2.8.3. Esteroides e anabolizantes...................................................................................................8


2.8.4. Substâncias lícitas................................................................................................................9

2.8.5. Substâncias ilícitas..............................................................................................................9

2.9. Como a psicologia auxilia no tratamento para dependentes químicos...................................9

2.10. Tratamento da dependência química..................................................................................10

2.10.1. Medicamentos e Psicoterapia..........................................................................................10

2.11. Tabagismo..........................................................................................................................10

2.12. Doenças causadas pelo tabagismo......................................................................................11

2.13. Consequências....................................................................................................................11

2.14. Tratamento do tabagismo...................................................................................................12

CAPÍTULO III............................................................................................................................13

3.1.Considerações Finais.............................................................................................................13

3.2.Referências Bibliográficas....................................................................................................14
CAPÍTULO I – Introdução

1.1. Contextualização

O trabalho tem como tema: os transtornos alimentares, dependência química e tabagismo, a


partir deste, desenvolver-se-á vários aspectos relacionado.

Segundo Doyle, Bryant-Waugh, (2000) e Saikali et al. (2004), referem que “os transtornos
alimentares (TA) são doenças psiquiátricas caracterizadas por alterações graves do
comportamento alimentar e que afetam, na sua maioria, adolescentes e adultos jovens do sexo
feminino, podendo originar prejuízos biológicos, psicológicos e aumento da morbidade e
mortalidade. A anorexia e a bulimia nervosas são os dois tipos principais”.

Os distúrbios alimentares podem incluir ingestão inadequada ou excessiva de alimentos, o que


pode, em última instância, prejudicar o bem-estar de um indivíduo. As formas mais comuns de
transtornos alimentares incluem Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa e Transtorno da
Compulsão Alimentar e afetam tanto mulheres quanto homens. Transtornos alimentares podem
se desenvolver durante qualquer fase da vida, mas geralmente aparecem durante a adolescência
ou na idade adulta jovem. Classificados como uma doença médica, o tratamento adequado pode
ser altamente eficaz para muitos dos tipos específicos de distúrbios alimentares.

A Organização Mundial de Saúde (OMS), define a dependência química como o “estado


psíquico e algumas vezes físico resultante da interação entre um organismo vivo e uma
substância, caracterizado por modificações de comportamento e outras reações que sempre
incluem o impulso a utilizar a substância de modo contínuo ou periódico com a finalidade de
experimentar seus efeitos psíquicos e, algumas vezes, de evitar o desconforto da privação”.

O problema do tabagismo é que quase sempre, além da nicotina, os cigarros e outros materiais
que a possuem estão combinados com substâncias químicas que são altamente tóxicas para o
corpo humano, causando doenças e condições médicas diversas. Só o cigarro comum, por
exemplo, conta com mais de 4.700 substâncias químicas sendo que pelo menos 70 são
consideradas como substâncias cancerígenas.

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1.2. Objectivos

1.2.1. Objectivo Geral

 Analisar os transtornos alimentares, a dependência química e o tabagismo;

1.2.2. Objectivos Específicos

 Explicar como é feito o tratamento da dependência química e tabagismo;


 Identificar as causas dos transtornos alimentares e a dependência química;
 Conceptualizar os transtornos alimentares, dependência química e tabagismo.

1.3. Metodologia

O presente trabalho foi conduzido como uma investigação de abordagem qualitativa, na qual
buscou-se privilegiar uma visão mais compreensiva a respeito dos transtornos alimentares,
dependência química e tabagismo. Pois, a pesquisa qualitativa se preocupa em analisar e
interpretar de forma detalhada o tema em estudo. Para a colecta de dados, baseou-se nas
consultas bibliográficas, e as quais estão referenciadas na bibliografia deste trabalho.

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CAPÍTULO II

2.1. Revisão da Literatura

2.2. Transtornos alimentares

Segundo Doyle, Bryant-Waugh, (2000) e Saikali et al. (2004), referem que “os transtornos
alimentares (TA) são doenças psiquiátricas caracterizadas por alterações graves do
comportamento alimentar e que afetam, na sua maioria, adolescentes e adultos jovens do sexo
feminino, podendo originar prejuízos biológicos, psicológicos e aumento da morbidade e
mortalidade. A anorexia e a bulimia nervosas são os dois tipos principais”.

Por outro lado, transtornos alimentares descrevem doenças que são caracterizadas por hábitos
alimentares irregulares e sofrimento grave ou preocupação com o peso ou a forma do corpo.

De acordo com Saikali et al. (2004), essas duas doenças estão intimamente relacionadas por
apresentarem alguns sintomas em comum: preocupação excessiva com o peso, distorção da
imagem corporal e um medo patológico de engordar.

Os distúrbios alimentares podem incluir ingestão inadequada ou excessiva de alimentos, o que


pode, em última instância, prejudicar o bem-estar de um indivíduo. As formas mais comuns de
transtornos alimentares incluem Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa e Transtorno da
Compulsão Alimentar e afetam tanto mulheres quanto homens. Transtornos alimentares podem
se desenvolver durante qualquer fase da vida, mas geralmente aparecem durante a adolescência
ou na idade adulta jovem. Classificados como uma doença médica, o tratamento adequado pode
ser altamente eficaz para muitos dos tipos específicos de distúrbios alimentares.

Embora essas condições sejam tratáveis, os sintomas e consequências podem ser prejudiciais e
mortais se não forem abordados. Transtornos alimentares comumente coexistem com outras
condições, como transtornos de ansiedade, abuso de substâncias ou depressão.

2.3. Tipos de Transtornos Alimentares

Os três tipos mais comuns são os seguintes:

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2.3.1. Anorexia Nervosa

O homem ou a mulher que sofrem de Anorexia nervosa normalmente tem um medo obsessivo
de ganhar peso, recusa em manter um peso corporal saudável e uma percepção irreal da
imagem corporal. Muitas pessoas com anorexia nervosa limitam ferozmente a quantidade de
comida que consomem e se consideram com sobrepeso, mesmo quando estão claramente
abaixo do peso. A anorexia pode ter efeitos prejudiciais à saúde, como danos cerebrais,
insuficiência de múltiplos órgãos, perda óssea, dificuldades cardíacas e infertilidade. O risco de
morte é maior em indivíduos com essa doença (Rastam, 1992).

2.3.2. Bulimia Nervosa

Para Rastam (1992), este transtorno alimentar é caracterizado por compulsão alimentar
repetida, seguida por comportamentos que compensam os excessos, como vômitos forçados,
exercícios excessivos ou uso frequente de laxantes ou diuréticos. Homens e mulheres que
sofrem de Bulimia podem temer o ganho de peso e sentem-se gravemente infelizes com o
tamanho e a forma do corpo.

Portanto, o ciclo de compulsão alimentar e purgação é, tipicamente, realizado em segredo,


criando sentimentos de vergonha, culpa e falta de controle. A Bulimia pode ter efeitos
prejudiciais, como problemas gastrointestinais, desidratação grave e dificuldades cardíacas
resultantes de um desequilíbrio eletrolítico.

2.3.3. Transtorno de Compulsão Alimentar Periódica

Indivíduos que sofrem de Transtorno da compulsão alimentar compulsiva frequentemente


perdem o controle sobre sua alimentação. Diferentemente da Bulimia nervosa, no entanto,
episódios de compulsão alimentar não são seguidos por comportamentos compensatórios, como
purgação, jejum ou exercícios excessivos.

Por causa disso, muitas pessoas que sofrem dessa condição podem ser obesas e com maior risco
de desenvolver outras condições, como doença cardiovascular. Homens e mulheres que lutam
contra esse distúrbio também podem experimentar sentimentos intensos de culpa, angústia e
constrangimento relacionados à compulsão alimentar, o que poderia influenciar a progressão do
distúrbio alimentar.

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2.4. Causas dos Transtornos Alimentares

Transtornos alimentares são transtornos complexos, influenciados por uma faceta de factores.
Embora a causa exacta seja desconhecida, geralmente acredita-se que uma combinação de
anormalidades biológicas, psicológicas e / ou ambientais contribui para o desenvolvimento
dessas doenças.

Exemplos de factores biológicos incluem:

2.5. Funções hormonais irregulares

 Genética (o empate entre os transtornos alimentares e os genes da pessoa ainda está


sendo fortemente pesquisado, mas sabemos que a genética é parte da história);
 Deficiências nutricionais.

Exemplos de factores psicológicos incluem:

 Imagem negativa do corpo;


 Baixa autoestima.

Exemplos de factores ambientais que contribuem para a ocorrência de transtornos alimentares


são:

 Dinâmica familiar disfuncional;


 Profissões e carreiras que promovem a magreza e perda de peso, como balé e
modelagem;
 Esportes esteticamente orientados, onde a ênfase é colocada na manutenção de um
corpo magro para melhorarem o desempenho.

2.6. Dependência Química

A Organização Mundial de Saúde (OMS), define a dependência química como o “estado


psíquico e algumas vezes físico resultante da interação entre um organismo vivo e uma
substância, caracterizado por modificações de comportamento e outras reações que sempre
incluem o impulso a utilizar a substância de modo contínuo ou periódico com a finalidade de
experimentar seus efeitos psíquicos e, algumas vezes, de evitar o desconforto da privação”.
5
Não obstante, podemos dizer também que a dependência química é um problema crônico, que
se caracteriza pela mudança no comportamento do indivíduo ao administrar determinada
substância, como consequência, ele passa a se ver dominado por impulsos, cada vez mais
recorrentes, para voltar a fazer uso da droga.

De acordo com os dados da ONU, cerca de 240 milhões de pessoas são usuárias de algum tipo
de droga que causa dependência. A dependência química ocorre quando a pessoa se torna
incapaz de resistir à vontade do uso de substâncias.

2.7. Etiologia

A dependência é um fenômeno complexo, com diversas variáveis envolvidas. Dessa forma, não
existe uma explicação etiológica simples e que consiga contemplar todas as facetas do
problema. Podemos pensar na dependência como um tripé:

2.7.1. Meio ambiente

É o cenário em que se desenrola o encontro do indivíduo com a droga, bem como o contexto
em que ela é utilizada. Nesse caso, merecem atenção a disponibilidade da substância e o
simbolismo de seu uso. Como ilustração da importância desse elemento do tripé, basta refletir
sobre a diferença no consumo de álcool com amigos, em um brinde de Réveillon, e o consumo
imediatamente antes de conduzir um veículo.

2.7.2. Substância

Devemos considerar sua forma de apresentação, acessibilidade e custo, seu modo de uso, suas
características químicas, como o potencial para gerar dependência, e seus efeitos fisiológicos.
Assim, o grau de lipossolubilidade da substância está intimamente relacionado com a
capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica. Rápido início de ação e intensidade dos
efeitos correlacionam-se com o maior ou menor potencial de abuso. Substâncias com menor
meia-vida em geral desencadeiam síndromes de abstinência mais intensas.

As substâncias podem se classificadas em três tipos, de acordo com os efeitos que causam:

Estimulantes do sistema nervoso central: aumentam não só a atividade do sistema nervoso


central, mas também do sistema nervoso autônomo, gerando taquicardia, vasoconstrição,

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hipertensão, além de exaltação do humor e aceleração do pensamento. Nessa classe incluem-se
a cocaína, o crack, as anfetaminas, o ecstasy, a nicotina e a cafeína.

Depressores do sistema nervoso central: promovem uma redução das atividades cerebrais e das
funções orgânicas de modo geral. Seus efeitos se opõem aos dos estimulantes. Compõem esse
grupo o álcool, os opioides, os benzodiazepínicos e os solventes.

Perturbadoras do sistema nervoso central: alteram a percepção do tempo e do espaço, bem


como da realidade à volta daqueles que as consomem. O LSD, a maconha e os cogumelos,
além do ecstasy (droga com duplo efeito), fazem parte dessa categoria.

2.7.3. Indivíduo

Certamente o mais complexo dos três elementos, que pode ou não se tornar um dependente, de
acordo com a relação que estabelece com a droga. Tal relação será influenciada diretamente por
diversos fatores genéticos, biológicos e psicodinâmicos:

Factores genéticos: vários estudos envolvendo famílias com casos de dependência química
vêm evidenciando a importância do fator genético no desenvolvimento do quadro. Todos os
estudos, no entanto, são unânimes em apontar que apenas parte do fenômeno pode ser
explicada pelos genes, sendo que os demais factores são determinantes de sua expressão ou
não.

Factores biológicos: todas as substâncias com potencial de gerar abuso e dependência agem em
diversos sítios cerebrais, promovendo interação complexa entre as várias vias de
neurotransmissão. Entretanto, a ativação da via de recompensa cerebral é o elemento comum a
todas elas, gerando reforço positivo (sensação agradável e prazerosa), que leva à intensificação
do consumo.

Factores psicodinâmicos: o dependente químico pode ser compreendido como um indivíduo


que não completou adequadamente seu processo de individuação, como se, no momento de se
perceber como pessoa, o fizesse frente a um espelho quebrado, no qual várias falhas e lacunas
de seu ego são expostas. Diante dessa situação, a substância atua como um fator de estruturação
do ego, gerando, assim, a sensação de profundo bem-estar, que leva ao impulso incessante de
consumo.

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2.8. Tipos de dependência química

Os tipos de dependência química se classificam pelas drogas administradas, podendo ser


medicamentos como os ansiolíticos e anticolinérgicos, repositores hormonais, substâncias
lícitas e ilícitas.

2.8.1. Medicamentos

Aqui os mais conhecidos são os ansiolíticos e anticolinérgicos, que receberam mais destaque,
mas tenha em mente que qualquer tipo de medicamento pode se enquadrar aqui.

Os ansiolíticos, também são conhecidos como tranquilizantes, atuando no sistema nervoso


sobre estado de tensão e ansiedade, atuando de forma tranquilizadora. Os ansiolíticos
benzodiazepínicos que são o tipo mais comum, causam intoxicações agudas, sedação,
desinibição do comportamento gerando agressividade e hostilidade, podendo chegar a causar
lesões no sistema nervoso central.

Já os anticolinérgicos podem ser de origem natural ou sintética, os medicamentos que possuem


essa substância são usados no combate ao mal de Parkinson, cólicas e auxiliando na
lubrificação do olho (colírios). Os efeitos principais causados pelos anticolinérgicos são os
delírios e alucinações, podendo causar ainda dilatação da pupila, visão borrada, boca e narina
seca, taquicardia, dificuldade respiratória, hipertermia, queda de pressão.

2.8.2. Repositores hormonais

Os repositores hormonais foram pensados para aqueles que possuem algum tipo de desordem
que cause déficit na produção de certos hormônios. Contudo cada vez mais se é procurada a
reposição hormonal de forma consumista, sem preocupação com o que aquilo pode causar e
sem a devida prescrição médica.

Exemplos de repositores hormonais são os esteroides e anabolizantes, bem como os


medicamentos para a menopausa e andropausa.

2.8.3. Esteroides e anabolizantes

Os tão conhecidos esteroides e anabolizantes tão difundidos no mundo da musculação, são


prescritos por médicos para sanar problemas específicos, mas por contribuírem com o ganho de
massa e aumento de performance, passaram a serem usados indiscriminadamente.
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2.8.4. Substâncias lícitas

As drogas lícitas são aquelas cujo a circulação e venda é permitida por lei e são muito
acessíveis, exemplos temos o álcool e os cigarros de tabaco. O álcool é a droga a qual é mais
comum de se haver dependência, pois possui uma aceitação social grande e acessibilidade alta,
sendo comum em ambientes familiares.

2.8.5. Substâncias ilícitas

As drogas ilícitas são aquelas que por lei sua comercialização e consumo não são permitidos
sobre circunstâncias normais ou sobre nenhuma circunstância.

De exemplos posso citar a maconha, cocaína, LSD, anfetaminas, crack, heroína, ecstasy etc.

A cocaína é uma substância estimulante, que age no sistema nervoso central, acelerando os
processos mentais, proporciona sensações de alta intensidade e por um curto período, entrando
em um estado mais depressor logo após o fim do efeito, o que causa um novo consumo.

2.9. Como a psicologia auxilia no tratamento para dependentes químicos

Em primeiro lugar, a dependência química é considerada uma doença, segundo a Organização


Mundial da Saúde (OMS). A dependência está envolvida por tabus sociais, o que prejudica a
realização do seu diagnóstico e consequentemente, seu tratamento. A maioria dos usuários são
apontados e estigmatizados como sujeitos criminosos, agravando ainda mais o seu problema.

Os dependentes precisam reconhecer seu problema e buscar ajuda psicológica. Neste sentido,
existem muitos tipos de tratamento e uma das mais populares são as internações em
comunidades terapêuticas.

A internação voluntária é aquela em que o dependente está consciente e busca ajuda para sua
recuperação. Por outro lado, temos a internação involuntária, ou seja, tratamento indicado para
dependentes que não reconhecem a necessidade de internação e apresentam risco para si e para
seus familiares. A terapia psicológica é fundamental para o tratamento de recuperação de
indivíduos dependentes. É ela que ajuda o indivíduo a alcançar a sua harmonia e restaurar sua
autoestima.

Apesar de complicado e demorado, existe tratamento para a dependência. Ele consiste em parar
o uso da substância, entrando em abstinência e se mantendo assim. Dependendo da situação e
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da vontade do paciente, o tratamento pode ser em clínicas, comunidades terapêuticas ou
hospitais especializados.

Durante a recuperação, é preciso fazer a reabilitação e reaprendizagem de uma vida saudável,


em que a droga não faça mais parte. Por isso, é preciso acontecer uma mudança na forma como
o paciente percebe-se no mundo, ou seja, no seu autoconhecimento.

2.10. Tratamento da dependência química

Os modelos de tratamento, variam de acordo com a necessidade do sujeito e da família,


possuindo modelos de tratamentos individuais e colectivos. E cobrem desde internações,
psicoterapia, grupos de apoio, papel dos medicamentos, mas aqui explicaremos apenas dois
deles.

2.10.1. Medicamentos e Psicoterapia

Os medicamentos são mais usados durante a fase de desintoxicação para aplacar os efeitos de
abstinência, também são usados de acordo com a necessidade de cada sujeito, caso esse use
remédios controlados por motivos de saúde

Mas actualmente os medicamentos têm sido cada vez mais um suporte ao tratamento e não uma
parte integral e fundamental.

A psicoterapia é a parte fundamental de qualquer método de tratamento, aqui no grupo recanto


fazemos uso da TRE (terapia racional emotiva). O foco dessa terapia é individualizado,
especifica para cada um que está sendo ministrada, pois cada um tem um problema ou um por
que diferente que o levou a ser dependente. Para que assim a pessoa possa se reeducar e
retrabalhar as crenças disfuncionais e pensamentos irracionais que o levaram a situação de
dependência.

2.11. Tabagismo

O tabagismo é definido pelo uso de tabaco, que leva à intoxicação aguda ou crônica devido ao
hábito de fumar; é considerado a principal causa de morte evitável em todo mundo (Peixoto et
al., 2007 & Who, 2008).

“O tabagismo é uma toxicomania caracterizada pela dependência física e psicológica do


consumo de nicotina, substância presente no tabaco”(Muakad, 2014,p.528).
10
Segundo o Portal da Educação (2015):

[...]o tabagismo é considerado um dos mais importantes problemas de saúde pública no mundo. Segundo
a Organização Mundial da Saúde (OMS) o tabagismo é a principal causa de morte evitável em todo o
mundo, podendo ser considerada uma pandemia, causando 5 milhões de mortes por ano em conseqüência
das doenças provocadas pelo tabaco. Do total de mortes ocorridas, quatro milhões são do sexo masculino
e um milhão do sexo feminino. A estimativa alarmante, é que no ano de 2025, ocorrerão 10 milhões de
mortes em decorrência do tabagismo, se não houver mudança nas prevalências de fumantes (p.89).

O problema do tabagismo é que quase sempre, além da nicotina, os cigarros e outros materiais
que a possuem estão combinados com substâncias químicas que são altamente tóxicas para o
corpo humano, causando doenças e condições médicas diversas. Só o cigarro comum, por
exemplo, conta com mais de 4.700 substâncias químicas sendo que pelo menos 70 são
consideradas como substâncias cancerígenas.

2.12. Doenças causadas pelo tabagismo

Existem pelo menos 50 condições médicas que são directamente causadas pelo tabagismo. São
condições que podem ir de menos graves, como a hipertensão, que é o aumento da pressão
arterial, até as mais graves como o derrame e o câncer pulmão.

Outras doenças que podem ser causadas pelo tabagismo incluem infarto, enfisema pulmonar,
bronquite crônica, câncer de boca, câncer de esôfago, câncer nos testículos, câncer no pâncreas,
tuberculose, impotência sexual, infertilidade feminina, menopausa precoce, trombose, catarata
e osteoporose. Gestantes que praticam o tabagismo podem causar sérias complicações na
gravidez que podem, inclusive, levar ao aborto.

2.13. Consequências

Embora o consumo do tabaco seja já um hábito muito antigo, só recentemente se começaram a


conhecer os malefícios de fumar. Em média, os fumadores vivem menos dez anos do que os
não fumadores. Isto acontece porque as substâncias presentes no tabaco prejudicam alguns
órgãos importantes ao mesmo tempo que fragilizam o nosso organismo face a várias doenças.

Assim, o tabagismo é responsável por:

 25 a 30% dos cancros, incluindo o do aparelho respiratórios superior (lábio, língua,


boca, faringe e laringe);
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 80% dos casos de doença pulmonar obstrutiva crónica;
 90% dos casos de cancro do pulmão;
 20% das mortes por doença coronária.

Além disso, as doenças cardiovasculares são 2-4 quatro vezes mais frequentes em fumadores.
Por isso, deixar de fumar é a forma mais eficaz de diminuir o risco de enfarte do miocárdio,
angina de peito, doença arterial periférica e acidente vascular cerebral.

2.14. Tratamento do tabagismo

Uma vez que a pessoa decide largar o tabagismo, ela pode contar com o apoio de médicos e
especialistas para superar a síndrome de abstinência causada pela ausência súbita de nicotina.

Podem ser realizadas ingestões da substância, evitando o cigarro e o tabaco, ou até mesmo
paradas totais do tabagismo. Contar com o apoio de um terapeuta ou de um psicólogo também
são boas formas de se tratar o tabagismo.

O tabagismo, sendo uma dependência, é tratável. Existem alguns passos que o podem ajudar a
fazê-lo:

 Marque uma data para deixar de fumar, no prazo máximo de 15 dias.


 Antes dessa data, vá-se preparando. Faça, por exemplo, uma lista dos motivos que o
levam a abandonar este hábito (e mantenha-a sempre consigo) e treine pequenos
períodos de abstinência.
 Identifique porque, quando e quantos cigarros fuma. Destes, quantos fuma apenas por
tédio?
 Conte a sua decisão às pessoas mais chegadas; vai sentir-se mais apoiado.
 É normal que nos primeiros dias ou até semanas se sinta ansioso, inquieto ou irritado e
tenha dificuldades em dormir. Mas lembre-se: estes sintomas são passageiros e já
muitas pessoas os ultrapassaram.
 Adote uma alimentação saudável para evitar o aumento do peso.
 Evite locais com fumadores e objetos que lhe lembrem o tabaco, como cinzeiros e
isqueiros.
 Faça exercício físico: ajuda a controlar a ansiedade e a manter a boa forma.

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CAPÍTULO III

3.1. Considerações Finais

Depois de uma leitura profunda, conclui-se que a anorexia e bulimia acarretam diversas
complicações clínicas que diminuem a qualidade de vida e podem culminar com a morte do
individuo. Verificou-se que a gama de aspectos envolvidos na causa dos transtornos
alimentares é extensa. Estes aspectos devem ser estudados e divulgados a fim de alertar a
população, principalmente educadores, pais e profissionais de saúde, a fim de que estes sejam
capazes de identificar indivíduos susceptíveis a desenvolverem transtornos alimentares,
evitando seu desenvolvimento ou tratando-os precocemente, maximizando a chance de cura.

Todavia, podemos dizer também que a dependência química é um problema crônico, que se
caracteriza pela mudança no comportamento do indivíduo ao administrar determinada
substância, como consequência, ele passa a se ver dominado por impulsos, cada vez mais
recorrentes, para voltar a fazer uso da droga.

Mediante as informações colhidas, todo profissional da área da saúde pode promover uma
proposta de intervenção para contribuir de alguma forma para a sensibilização seguida da
possibilidade de conscientização quanto aos danos que o tabaco pode gerar a saúde do
dependente / usuário/ fumante, bem como a importância da decisão de parar de fumar
motivando a deixar o vício e alcançando assim uma vida saudável.

Em suma, no decorrer deste trabalho, verificou-se que existe a necessidade de conscientizar a


população sobre os prejuízos causados pelo cigarro e aplicar métodos eficientes para não
comprometer a qualidade do ar daqueles que optam por não fumar, tendo em vista que os
métodos conhecidos atualmente não demonstraram resultados satisfatórios, com exceção da
eliminação do hábito tabagista.

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3.2. Referências Bibliográficas

Doyle, J. & Bryant-Waugh, R. Epidemiology. (2000). In: Lask B, Bryant- Waugh R, eds.
Anorexia nervosa and related eating disorders in childhood and adolescence. 2th ed.
East Sussex: Psychology Press. Florence, p. 41-61.
Muakad. I, B. (2014). Tabagismo: Maior causa evitável de morte do mundo. Fac. Dir. Univ.
São Paulo v. 109 p. 527 – 558.
Peixoto, S. V., Firmo, J. O. A. & Lima-Costa, M. F. (2007). Factores associados ao índice de
cessação do hábito de fumar em duas diferentes populações adultas (Projetos Bambuí e
Belo Horizonte). Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro.
Portal Da Educaçâo. (2015). Epidemiologia do uso do tabaco. São Paulo: Editora.
Rastam, M. (1992). Anorexia nervosa in 51 Swedish adolescents: premorbid problems and
comorbidity. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry. Washington, DC, v. 31, no. 5, p.
819-829.
Saikali, C. J. et al. (2004). Imagem corporal nos transtornos alimentares. Revista de Psiquiatria
Clínica. São Paulo, v. 31, n. 4, p. 154-6.

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