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FACULDADE DE SINOP

CURSO DE PSICOLOGIA
8° SEMESTRE

ANDERSON MENESES DA SILVA

TRANSTORNOS ALIMENTARES, DISFUNÇÕES SEXUAIS


E DEPENDÊNCIA QUIMICA

SINOP-MT
2016

Professora: Carla B. Florido


.

Trabalho Acadêmico Orientado


apresentado à disciplina de
Psicologia Cognitiva-
Comportamental Clinica II do Curso
de Psicologia da Faculdade de Sinop -
FASIPE, como requisito para a
obtenção de nota no segundo bimestre.
Dependência Química

A dependência química é dos fatores de grande causalidade entres os adolescentes, com


isso a terapia cognitiva de Aaron Beck e a utilização de técnicas, grupos de autoajuda, terapias
psicodinâmicas, tratamento farmacológico entre outros meios de psicoterapia e tratamentos que
dão suporte e segurança ao dependente químico. No modelo cognitivo comportamental coloca
que os pensamentos influenciam diretamente o comportamento assim desencadeando uma série
de ações que levam o indivíduo a agir no cotidiano.
A teoria cognitiva desenvolvida por Beck se fundamenta que não é a situação (ou
contexto) que determina o que as pessoas sentem, mas o modo como interpretam e pensam os
fatos de determinada situação, provocando distintos sentimentos, como tristeza, raiva,
ansiedade, etc. (BECK, 1997, SILVA; SERRA, 2004, p.125). Portanto alguns critérios são
relevantes para apresentar conceitos de identificação da dependência química abaixo estão
alguns:
 Compulsão no consumo- desejo incontrolável de consumir a droga
 Aumento da tolerância- necessidade de doses crescentes
 Síndrome de abstinência – sinais e sintomas com intensidades variáveis quando
o consumo diminui ou cessa.
 Importância do consumo-quando o uso torna-se prioridade
Percebe-se que alguns critérios são importantes de compreender para que o terapeuta
possa trabalhar de forma segura e objetiva com o dependente químico, contanto que a ação
produzida seja de paciente-terapeuta onde os resultados podem surgir de imediato caso o
usuário comprometa-se de trabalhar conjuntamente para intervir possíveis recaídas, porém o
manejo das técnicas utilizadas é considerado como principal modelo da terapia cognitiva tais
como:
1-Identificação de pensamentos automáticos (PA)
2-Avaliação e questionamento de PA
3-Registro diário de pensamentos automáticos disfuncionais (RPA)
4-Identificação de crenças
5-Avaliação e modificação de crenças
6-Seta descendente
7-Solução de problemas
8-Exame de vantagens e desvantagens
9-Distração
10-Agendaemento e monitorização
A dependência química é considerada de difícil tratamento e pouco êxito quando
comparada a outros transtornos. Entretanto bons resultados se apresentam por meio da Terapia
Cognitivo-Comportamental (TCC), com o uso de técnicas e estratégias realizadas cujo foco é a
mudança de crenças e pensamentos disfuncionais sobre o uso de substâncias em favor dos
pensamentos e crenças funcionais (KOLLING; PETRY; MELO 2011)
Todas essas técnicas e várias outras são conjuntos complementares de como o trabalho
pode ser eficaz seguindo um manejo conjunto, onde o terapeuta poderá lidar com grandes
desafios a frente decorrentes do comportamentos e crenças do indivíduo, a paciência a empatia
é um dos pilares da terapia, o dependente pode voltar ao comportamento usual novamente
portanto, o terapeuta cognitivo deve estar à frente disso e encarar como uma dificuldade a ser
trabalhado com o paciente, sendo importante compreender que as substâncias psicoativas não
só causam um desajuste comportamental, cognitivo, cerebral e a deterioração do cérebro.

Transtornos Alimentares

Os transtornos alimentares incluem duas doenças complexas bem conhecidas, a


anorexia nervosa e a bulimia nervosa. A anorexia nervosa e a bulimia são mais frequentes na
adolescência na idade adulta, a anorexia nervosa caracteriza-se por recusa de manter um peso
corporal normal e mediadas extremas e intencionais visando a perder ou não a ganhar peso no
período de crescimento, perturbação no modo de vivenciar o peso ou a forma do corpo,
influencia indevida do peso ou da forma do corpo sobre auto avaliação ou negação do baixo
peso corporal atual.
A bulimia nervosa caracteriza-se ingestão em um período limitado de tempo, (ex: dentro
de duas horas), de uma quantidade de alimentos definitivamente maior do que a maioria das
pessoas consumiria durante um período similar de tempo, sentimento de falta de controle sobre
o comportamento alimentar durante o episódio (ex: um sentimento de incapacidade de parar de
comer ou de controlar o tipo e a quantidade de alimento, as crises bulimicas se manifestam pelo
consumo rápido de alimento em geral em quantidades nitidamente superiores ao normal e
sempre em um tempo limitado.
O manejo e as técnicas utilizadas pelo terapeuta cognitivo são com bases em manuais
que foram desenvolvidos e já foram avaliados para os tratamentos desses dois transtornos
alimentares, o foco cognitivo do terapeuta é a preocupação do paciente em relação ao seu peso
e a proposta de atitudes alternativas mais saudáveis em relação a comida, peso, forma, imagem
corporal.
Na bulimia nervosa a TCC e as modificações para o tratamento do TCAP foi
desenvolvido por Fairburn e colaboradores, de acordo com esse modelo teórico o programa se
baseia é o valor dado a forma e ao peso corporal idealizados, isto levaria os pacientes com BN
a restringir a ingestão alimentar de maneira rígida e pouco realista o que tornaria fisiológica e
psicologicamente suscetíveis a perdas periódicas do controle sobre a alimentação, contudo os
programa tem quatro estágios: o primeiro psicoeducativo, envolve as informações sobre o
transtorno, o segundo estágio é a monitoramento dos comportamentos alimentares, o terceiro a
introdução de estratégias comportamentais para prevenir os episódios de compulsão alimentar,
o ultimo e quarto estágio reestruturação das atitudes alimentares disfuncionais ocorrendo ao
longo de oito sessões. Para que o terapeuta tenha uma eficácia no trabalho com transtornos
alimentares é preciso que o mesmo seja ativo para não dar à paciente impressão de insegurança
e assim alimentando mais as crenças disfuncionais e alimentares do mesmo.

Disfunções Sexuais

Aos anos 40 estudos sobre comportamento sexual realizado pelo Kinsey descreveram
sobre repertórios comportamentais dos americanos no pós-guerra revelando a vida sexual da
vida cotidiana do americano, em 1966 dois pesquisadores escreveram a resposta sexual
decorrentes de processos fisiológicos com base em observações, introduzindo as fases de:
excitação e orgasmo e uma terceira fase o desejo, segundo o DSM-V as disfunções sexuais são
caracterizados com: a persistente e recorrente perda ou diminuição do padrão normal de
interesse ou resposta sexual levando ao sofrimento intenso e dificuldades interpessoais.
A terapia cognitiva tem o objetivo de promover a satisfação sexual enfatizando os
estudos epidemiológicos que relatam uma alta incidência de disfunção sexual na população.
Fatores como idade e gênero são fortemente preditivos das dificuldades sexuais, os aspectos
relevantes como cultura crenças contribui para influências, mulheres mais jovens com maior
chance de serem solteiras tem atividades sexuais que envolvem maior troca de parceiros e
períodos de inatividade, homens mais velhos, por sua vez frequentemente apresentam
diminuição do desejo e dificuldades em ter ou manter uma ereção.
O tratamento começa nas primeiras sessões como o relacionamento sexual é a dois o
ideal é tratar os problemas desde início com ambos os parceiros juntos, a anamnese sexual é
feita ao longo das sessões, a entrevista individual permite investigar alguns aspectos da vida
pregressa do sujeito para complementar na compreensão dos fatores envolvidos na gênese e
manutenção dos problemas dectados. As propostas terapêuticas são estruturadas a partir da
hipótese diagnostica levantadas sendo elas: tratamentos das causas orgânicas, terapia
individual, terapia de casal e terapia sexual, alguns fatores contra-indicam a terapia sexual
como: psicopatologia individual, alcoolismo, abuso sexual, depressão e entre outros fatores que
influenciam no diagnóstico clinico, o terapeuta deve estar atento a esses aspectos e
compreender as informações a respeito do que o paciente com disfunção sexual trás para não
categorizar como um problema a parte a despeito de problemas como o alcoolismo sendo que
esse exerce influência mais não como um diagnóstico clinico e sim como uma relação.

Referência
KNAPP PAULO, Terapia Cognitiva-Comportamental na Prática Psiquiátrica.
Porto Alegre, Título II. Editora Artmed. 2004, 522.pg
GORDON, R.A, (2006). Anorexia e Bulimia: anatomia de uma epidemia social.
Paris; Strock-Laurence Pernoud.

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