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Florianópolis - SC
2021
ANA BEATRIZ MONTEIRO DE LIMA FRIAS
ISABELLI KERBER
Florianópolis - SC
2021
RESUMO
Binge eating disorder is characterized by episodes of high food intake in a short period
of time, accompanied by a feeling of total lack of control and without the use of
compensatory methods. Cognitive behavioral therapy, on the other hand, is based on
a brief, structured therapy, focused on the current moment, aimed at resolving
dysfunctional behaviors and thoughts. In the present work, a systematic review was
carried out on the influence of cognitive behavioral therapy in the treatment of patients
diagnosed with binge eating disorder, using articles published in English, in the
Pubmed and Scielo databases, from 2016 to 2021, from both genders, aged between
18 and 60 years, who are not using any type of medication as a form of treatment, who
researched isolated cognitive behavioral therapy in person or online, showing its
effectiveness or comparing it with other strategies. After the analysis and exclusion of
articles, following the prism method, 11 articles were selected and 764 were excluded.
The studies were mostly carried out in adult women. Among the results, it was found
a prevalence in the reduction of binge eating episodes associated with treatment with
cognitive behavioral therapy. Bearing in mind that a multidisciplinary team is better
able to assist the patient in treatment and post-treatment, such as a nutritionist, who
plays a key role in improving eating habits.
1 INTRODUÇÃO
2 METODOLOGIA
3 RESULTADOS
Vale destacar que com relação ao gênero sete estudos (63,6%) houve inclusão
de homens. Porém, quando incluídos, os homens chegavam a ser no máximo 10% da
amostra, e em alguns trabalhos não chegavam a 2% (HAMATANI et al., 2019; BERG
et al., 2020; LAMMERS et al., 2020; MUNSCH et al., 2019; DUCHESNE et al., 2017;
JONG et al., 2020; SIVYER et al., 2020).
8
clínicos e uma
enfermeira
Estudo
randomizado
controlado em
que os
participantes
eram alocados
para a TCC ou
tratamento de
combinação
adaptada de
exercícios Explorar uma Ambas as
físicos e nova condições de
149 mulheres
terapia abordagem de tratamento
entre 18 a 40
nutricional tratamento com produziram
2020 anos, com
MATHISEN, (PED-t), combinação de melhorias
(Estados intervalo de
T. et al. aplicado por exercícios significativas na
Unidos) IMC de 17,5 a
três físicos com a diminuição dos
35kg/m² com
nutricionistas e terapia episódios de
TCA ou BN.
três nutricional compulsão
preparadores (PED-t). alimentar.
físicos. O
programa de
exercício
consistiu em 3
sessões
semanais com
duração de 60
min ao longo
de 20
semanas.
Ensaio clínico
randomizado e
controlado com Os resultados
dois eixos: deste estudo
TCC-E e DBT- Avaliar a mostraram que a
BED (terapia diminuição dos TCC-E diminuiu
53 pacientes
comportament episódios de em (52,9%) os
obesos com
al dialética compulsão episódios de
2020 LAMMERS, TCA, IMC ≥
com foco na alimentar com a compulsão
(Holanda) M. et al. 30kg/m 2
regulação da TCC-E e DBT- alimentar,
acima de 18
emoção) ao BED em produzindo
anos.
longo de 20 indivíduos com melhores
semanas, TCAP. resultados do que
aplicado por o DBT-BED
médico (45,8%).
especialista e
nutricionista.
2020 TORRES, S. 7 mulheres Estudo piloto Determinar a Os resultados
(Portugal) et al. com média de longitudinal viabilidade de mostram que
11
4 DISCUSSÃO
O presente artigo teve como objetivo realizar uma revisão da literatura sobre a
influência da terapia cognitivo comportamental no tratamento do transtorno de
compulsão alimentar (TCA). Constatou-se que 11 artigos avaliaram o efeito da TCC
em pacientes com TCA e por isso, foram considerados nesta revisão.
A TCC por mais que seja o tratamento considerado padrão ouro segundo
Fairburn, et al. 2019), e tenha demonstrado uma melhora na diminuição dos episódios
de compulsão alimentar, possui uma taxa muito alta de desistência (50-60%) pois os
pacientes muitas vezes não conseguem exercer o aprendizado sozinho após o
tratamento ou por quererem resultados instantâneos. Com essa revisão foi possível
identificar que a TCC realizada online, a sua forma aprimorada para transtornos
alimentares (TCC-E) ou a junção de algumas formas de terapia, como a terapia
dialética e exercício físico, podem ser comparadas a TCC ou até mesmo contribuir
ainda mais para a diminuição dos episódios de compulsão alimentar e das taxas de
desistência e recaídas.
Porém, mesmo que a TCC online tenha mostrado resultados positivos, a
ausência de um ambiente adequado para sua aplicação acaba sendo um fator
negativo, já que o paciente pode vir a ter vários fatores externos que prejudicam o
tratamento, como distrações visuais e auditivas, falta de privacidade e do próprio
envolvimento com o profissional. Ainda, outras questões como conexão com a
internet e falta de equipamentos adequados contribuem negativamente para o
tratamento. (MUNSCH et al., 2019)
A TCC-E é uma a junção da TCC tradicional com intervenções nutricionais e
terapia psicomotora para o tratamento de transtornos alimentares, e por isso, faz
necessária de uma equipe multidisciplinar, favorecendo o tratamento. Porém, ainda
possui uma taxa de 24% de abandono. Embora tenha sido analisada a eficácia da
TCC-E, pouco se sabe sobre os mecanismos de funcionamento enfraquecendo assim
os seus fundamentos teóricos (TORRES et al., 2020).
Já a terapia dialética teve como objetivo restabelecer rotinas alimentares
saudáveis por meio de palestras semanais e de discussões relacionadas aos temas e
às vivências dos participantes, demonstrando apenas resultados positivos a respeito
da diminuição dos episódios de compulsão alimentar. (MATHISEN et al., 2017).
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5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CRAFT, Ellen et al. Eficácia de uma intervenção de autoajuda guiada por terapia
digital cognitivo para transtornos alimentares em mulheres
universitárias. PubMed. EUA, 2020. Disponível em:
https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC7489868/. Acesso em: 3 out. 2021.
IBGE. Pesquisa do IBGE mostra aumento da obesidade entre adultos. In: . 2019.
KENNY, T.E et al. Testing predictions of the emotion regulation model of binge-
eating disorder. International Journal of Eating Disorders. 2017.