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Brazilian Journal of Health Review 28340

ISSN: 2595-6825

Transtornos alimentares associados aos distúrbios de imagem

Eating disorders associated with image disturbances

DOI:10.34119/bjhrv4n6-381

Recebimento dos originais: 08/11/2021


Aceitação para publicação: 20/12/2021

Ana Paula de Oliveira Souza


Graduanda do Curso de Nutrição, Uninorte/Centro Universitário do Norte
Av. Joaquim Nabuco, 1232 - Centro, Manaus - AM, 69020-031.
E-mail: anapauladeoliveirasouza1999@gmail.com

Leonardo Ferreira Mariani


Graduando do Curso de Nutrição, Uninorte/Centro Universitário do Norte
Av. Joaquim Nabuco, 1232 - Centro, Manaus - AM, 69020-031.
E-mail: leonardoferreiramariani@gmail.com

Saymon Klinsman Lucas Curitima


Graduando do Curso de Nutrição, Uninorte/Centro Universitário do Norte
Av. Joaquim Nabuco, 1232 - Centro, Manaus - AM, 69020-031.
E-mail: saymonklinsmanlucas@gmail.com

Thaíse Cristina de Almeida Venâncio Pereira


Graduanda do Curso de Nutrição, Uninorte/Centro Universitário do Norte
Av. Joaquim Nabuco, 1232 - Centro, Manaus - AM, 69020-031.
E-mail: tatalmeida@icloud.com

Rodrigo Queiroz de Lima


Mestrado em Ciências Farmacêuticas, UFAM/ Universidade Federal do Amazonas
Instituição Atual: Uninorte/Centro Universitário do Norte
Av. Joaquim Nabuco, 1232 - Centro, Manaus - AM, 69020-031.
E-mail: rodrigoql21@gmail.com

RESUMO
O objetivo do estudo foi analisar fatores que desenvolvem transtornos alimentares
associados aos distúrbios de imagem e a necessidade de um tratamento diretivo. A
metodologia foi através de um estudo bibliográfico abordando o tema Transtornos
Alimentares Associados aos Distúrbios de Imagem. Para obtenção das informações desse
estudo foi utilizado a plataforma Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e as bases de dados:
Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Scientific
Electronic Library Online (SCIELO). A busca for por meio de termos cadastrados no site
dos Descritores em Ciências da Saúde (DeCS): “Transtornos Alimentares”; “Alimentação
e Imagem”. Os resultados da pesquisa revelaram que o tratamento para esse transtorno
requer a atuação de equipe multiprofissional formada por médicos, psicólogo e, em
especial, por nutricionistas. Conclui-se que a importância de um acompanhamento efetivo
através de um profissional de nutrição com intuito de proporcionar uma dieta adequada
para cada tipo de caso, com o intuito de amenizar os sintomas para volta de uma vida

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normal.

Palavras-chave: Acompanhamento, Tratamento, Nutrição.

ABSTRACT
The objective was to analyze factors that lead to the development of eating disorders
associated with image disorders and the importance of directive treatment. The
methodology was through a bibliographic study addressing the topic of Eating Disorders
Associated with Image Disorders. To obtain information from this study, the Virtual
Health Library (VHL) platform and the following databases were used: Latin American
and Caribbean Literature on Health Sciences (LILACS), ScientificElectronic Library
Online (SCIELO). The search is through terms registered on the Health Sciences
Descriptors (DeCS) website: “Eating Disorders”; “Food and Image”. The results showed
that the treatment for this disorder requires the performance of a multidisciplinary team
formed by physicians, psychologists and, in particular, nutritionists. It is concluded that
the importance of an effective monitoring by a nutrition professional in order to provide
an adequate diet for each type of case, in order to minimize symptoms to return to a
normal life.

Keywords: Follow up, Treatment, Nutrition.

1 INTRODUÇÃO
Conforme Fortes et al. (2015) a ideia fixa sobre os padrões impostos pela
sociedade tem levado muitos indivíduos a optar por dietas rápidas ou mesmo deixar de se
alimentar, essa atitude pode ser considerada um dos fatores diagnósticos de Disfunção
Alimentar.
Conforme Carneiro (2004), “a disfunção alimentar é considerado transtorno
psiquiátricos de etiologia multifatorial caracterizados por atitudes alimentares
perturbadas e preocupação ao extremo com a forma corporal”.
Para reverter alterações funcionais causadas pelo transtorno alimentar, é
necessário utilizar condutas nutricionais no tratamento e assim recuperar a falta de
nutrientes, promover um padrão alimentar que atenda às necessidades e as recomendações
nutricionais, sugerir mudanças nas ações relacionadas ao alimento ingeridos, quando
inadequadas e, por fim, melhorar a relação paciente-alimento (FARIAS; ROSA, 2020).
Kessler et al (2017) relata uma equipe de multiprofissionais de saúde tem se
preocupado com a questão de disfunção alimentar, uma vez que apresentam elevado
índice de morbidades associadas e por influenciarem a necessidade adequada de
nutrientes e o metabolismo dos indivíduos.

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Diante disso, torna-se relevante para mostrar a importância do profissional de


nutrição e sua influência no tratamento de disfunção alimentar, de modo a contribuir em
uma dieta adequada e equilibrada na busca de mudanças graduais.O trabalho tem o
objetivo analisar através de uma revisão de literatura, fatores que levam o
desenvolvimento dos transtornos alimentares associados aos distúrbios de imagem, assim
como importância de um acompanhamento efetivo através um de um profissional de
nutrição.

2 OBJETIVOS
2.1 OBJETIVO GERAL
Analisar fatores que contribuem para o desenvolvimento de disfunção alimentar
associado aos distúrbios de imagem, assim como importância de um acompanhamento
efetivo através um de um profissional de nutrição..

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


• Enfatizar a grupos de indivíduos acometidos pelo transtorno alimentar;
• Evidenciar as particularidades dos casos clínicos e estudos que envolvam os
transtornos alimentares associados a imagem;
• Demonstrar a relevância de um acompanhamento efetivo através de um
profissional de nutrição.

3 MATERIAL E MÉTODOS
Foi realizado o estudo através de um levantamento bibliográfico abordando o tema
Transtornos Alimentares Associados aos Distúrbios de Imagem, identificando as
principais abordagens relacionas à temática.
Galvão (2010) menciona que: realizar um levantamento bibliográfico é se
potencializar intelectualmente com o conhecimento coletivo, para se ir além. Conforme
Soares et al. (2016, p.1): A bibliometria esta em uso a partir de um formar de analise
quantitativa visando à produção de estudos científicos. Onde serão realizados analises
estatísticas através da bibliometria, que visa mensurar o auxilio cientifico, a partir de
publicações em diversas áreas.
Para obtenção das informações desse estudo foi utilizado na plataforma Biblioteca
Virtual de Saúde (BVS), e pesquisas nas bases de dados: Literatura Latino-Americana e

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do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS); ScientificElectronic Library Online


(SCIELO). Foi realizado a busca por meio de termos cadastrados no site dos Descritores
em Ciências da Saúde (DeCS): “Disfunção Alimentars” e “Alimentação e Imagem”,
sendo realizado cruzamento dos termos mediante o uso do operador booleano “AND”.
Os critérios de inclusão consistiram em: artigos completos, em português, com o
ano de publicação dentro do período limitado de 2015 a 2021. Foram excluídos artigos
que não estavam relacionados ao assunto abordado, repetidos e que não abordavam o
tema.
Por fim, realizou-se a leitura dos títulos, resumos dos artigos, com o intuito de
incluir apenas os que se enquadram dentro do objetivo desse levantamento bibliográfico.

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram identificados 35 artigos que após analisados por título, resumo e leitura
completa depois na análise realizada, restaram apenas 15 artigos (Quadro 01).
Pontua-se que os instrumentos de coleta de dados utilizados pelos autores dos
artigos, foram: análise observacional, transversal, análise prospectiva longitudinal,
formulários, prontuários e entrevistas. Com relação a ênfase atribuída pelas pesquisas
analisadas neste trabalho (Tabela 01) de modo geral se nortearam entre dois aspectos
sendo em sua maioria um aspecto em comum a percepções aos pensamentos do corpo, se
mostrou uma diversidade de ênfases para essa temática, porém com destaque com pouca
diferença dos demais foi educação como estratégia no tratamento, que podem se correlatar
futuramente, visto que facilmente uma ênfase se encaixa na outra.

Tabela 1: Ênfase do Estudo


ÊNFASE DO ESTUDO QUANTIDADE DE
PESQUISAS
Transtornos Alimentares/Universitários 5
Alimentação/ Crianças 1
Traços Perfeccionistas/Atletismo 2
Mídia/Comportamento Alimentar 2
Dieta; “Low-carb” 1
Sintomas/ Psíquico 1
Autoestima/Jovens 1
Prevenção/Programa 1
Educação Alimentar/Estratégia 1
TOTAL 15

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4.1 TRANSTORNO ALIMENTAR


Para Farias e Rosa (2020):

Embora sendo pouco conhecida a patogênese da Disfunção alimentar, sabe-se


que sua etiologia se destaca pelo caráter multifatorial, envolvendo diversas
causas como: genéticas, psicológicas, familiares, socioculturais, biológicas e
nutricionais, que interagem entre si de forma incompreensível, podendo levar
a limitações físicas, emocionais e sociais. (FARIAS; ROSA, 2020).

Assim aplicação da Educação Alimentar e Nutricional como estratégia no


tratamento dos transtornos referente a alimentação, tal problema tem que ser tratado por
uma equipe multidisciplinar por se tratar de uma patologia multifatorial como
psicológico, biológico, nutricional entre outros (FARIAS e ROSA, 2020).
Para Santos et al (2020) A tecnologia tem uma grande contribuição, pois a
influência das redes sociais sobre a percepção aos pensamentos sobre o corpo ganhou
destaque, principalmente especialmente pela propagação pelos corpos inatingíveis,
contribuindo imensamente para a insatisfação do corpo, prevaleceu em adultos jovens.
Lopes et al (2021) fez um estudo sobre o quanto as mídias de massa interferem
em uma má alimentação, as evidências mostraram que a disfunção alimentar em meninas
na fase de adolescência, os sofrimentos psíquicos se expandem para a insatisfação
corporal e por fim, as estratégias de comunicação e marketing atuam ativamente sobre
essa vulnerabilidade desse grupo social.
Souza et al. (2020) considerada os fatores sociais determinantes, pois a sociedade
impõem uma determinada imagem perfeita, através de publicidade de fabricantes de
roupa, alimentação, e levam alterações na maneira correta de alimentar.
Em contrapartida Fortes et al. (2015) em sua pesquisa não evidenciou que a
influência de um modelo imposto sociedade e pelo do desejo do corpo perfeito e da
internalização de que um corpo magro ideal, tem feito a crescente busca em restringir
alimentos e levado a risco para disfunção alimentar em meninas com idade na fase da
adolescência.

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Quadro 1:Resultados dos artigos da revisão. Manaus, AM, Brasil, 2021.


Autor, Ano Título Objetivo Desfecho
Expor o que vem ocasionando o aumento da Tratamento envolvendo uma equipe multidisciplinar
FERREIRA, Transtornos alimentares: principais
ocorrência destes transtornos, apresentando dentre a qual se encontre um clínico, um nutricionista e
2018 sintomas e características psíquicas.
suas principais causas. um psicoterapeuta.
As atitudes alimentares são estatisticamente distintas
Insatisfação com a imagem corporal e
PIRES et al., Avaliar as atitudes alimentares e a satisfação entre os jovens satisfeitos e não satisfeitos,
atitudes alimentares em estudantes do
2019 com a imagem corporal em estudantes. especificamente nas dimensões cumprimento da dieta
ensino secundário.
(p=0,004) e controlo da ingestão alimentar (p=0,033).
Demonstrar a aplicação da Educação
A educação alimentar e nutricional como O tratamento requer a atuação de equipe
FARIAS; Alimentar e Nutricional como estratégia no
estratégia no tratamento dos transtornos multiprofissional formada por médicos, psicólogos e,
ROSA, 2020 tratamento nos Transtornos do
alimentares. em especial, por nutricionistas,
Comportamento Alimentar.
Influência da insatisfação corporal Analisar a influência da insatisfação corporal
FORTES et al., Influência significativa da IC na restrição alimentar (p =
direcionada à magreza na restrição (IC) direcionada à magreza sobre a restrição
2018 0,001) e nos sintomas bulímicos (p = 0,001).
alimentar e nos sintomas bulímicos. alimentar.
Aspectos alimentares e nutricionais de Compreender os hábitos, dificuldades e as
MAGAGNIN et Comportamentos relativos à recusa alimentar, disfagia,
crianças e adolescentes com transtorno do estratégias alimentares de crianças e
al., 2021 baixa aceitação de alimentos sólidos.
espectro autista. adolescentes.
Autoestima, insatisfação corporal e Verificar a influência da autoestima, da
A busca pelo corpo perfeito influenciam os
FORTES et al., internalização do ideal de magreza insatisfação corporal e da internalização do
comportamentos de risco para transtornos alimentares
2015 influenciam os comportamentos de risco ideal de magreza nos comportamentos de risco
em adolescentes.
para transtornos alimentares? para transtornos alimentares.
Comportamento alimentar e imagem Foi encontrada associação entre percepção e
SANTOS et al., Avaliar a associação da imagem corporal e o
corporal em universitários da área de (in)satisfação corporal com o comportamento alimentar
2021 comportamento alimentar de universitários.
saúde. em ambos os sexos.
Analisar a influência do perfeccionismo nos
Comportamentos de risco para os
FORTES et al., comportamentos de risco para os transtornos As atletas de atletismo com traços perfeccionistas podem
transtornos alimentares e traços
2016 alimentares de atletas adolescentes do sexo estar mais susceptíveis para a restrição alimentar.
perfeccionistas em atletas de atletismo.
feminino.
Estudo do estado nutricional, imagem Avaliar a insatisfação da imagem corporal,
SOUSA et al., Insatisfeito com a sua imagem corporal e com maior
corporal e atitudes para transtornos atitudes para transtorno alimentares e estado
2020 risco de desenvolver transtornos alimentares,
alimentares em acadêmicas de nutrição. nutricional das acadêmicas.
Jovens Insatisfeitos com a Imagem Verificar sistemas de informações entre a Orientações sobre alimentação e nutrição, programas de
SILVA et al.,
Corporal: Estresse, Autoestima e imagem corporal, os comportamentos controle de estresse e atividades que visem aos cuidados
2018
Problemas Alimentares alimentares. com autoestima são sugeridos.

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Prevalência dos transtornos alimentares em adolescentes


LOPES; Influência da mídia nos Transtornos Compreender quanto às mídias de massa do sexo feminino, em segundo lugar, a persuasão e
LOPES, 2021 Alimentares em adolescentes interferem nos distúrbios alimentares. subversão das mídias de massa sobre um público sem
um poder de criticidade.
Insatisfação, checagem corporal e
Comparar os níveis de insatisfação corporal, e Foi encontrada associação significativa das variáveis
OLIVEIRA et comportamentos de risco para transtornos
comportamentos de risco para transtornos checagem corporal e insatisfação corporal para quase
al., 2017 alimentares em estudantes de cursos da
alimentares entre graduandos. todos os cursos, exceto Nutrição.
saúde
Refletir sobre a adaptação, sobre as
Prevenção de transtornos alimentares e Utilizar técnicas comportamentais efetivas, como a
DUNKER et dificuldades e sobre as potencialidades de
obesidade: relato de experiência da teoria sociocognitiva para prevenção aos transtornos
al., 2018 implementação do programa de prevenção
implementação do programa New Moves alimentares.
transtornos alimentares.
Prevalência de comportamentos de risco
OLIVEIRA et Alta prevalência da prática de dieta (25,09%) e os
para transtornos alimentares e uso de dieta Identificar a presença de compulsão alimentar.
al., 2019 maiores níveis de compulsão alimentar neste grupo.
“low-carb” em estudantes universitários

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Sobre transtornos alimentares, Ferreira et al. (2018) observou que esse transtorno
vêm crescendo e que um dos motivos está relacionado a busca pelo corpo perfeito e que
atingem os adolescente e jovens.
Em um estudo sobre compulsão alimentar, a evidências mostraram um alto escore
sugestivo a disfunção alimentar alimentar sem práticas compensatórias foi de 17,94% (n
= 153) e existência de compulsão alimentar associada com compensação foi de 2,23% (n
= 19). No grupo dieta, 35,05% (n = 75) também realizaram jejum intermitente.
(OLIVEIRA et al 2019).
Um estudo verificou as relações entre imagem corporal (IC), estresse percebido,
autoestima, comportamento alimentar em 238 adolescentes e jovens (14-20 anos; 62,2%
meninas). Foram identificadas relações que podem subsidiar intervenções preventivas e
centradas em variáveis, como a preocupação em emagrecer, estresse e autoestima em
meninas, a vontade de aumentar a massa corporal nos meninos. (SILVA et al. 2018).
Oliveira et al. (2017) realizou um estudo com universitárias de variados cursos,
onde realizou teste de comparação entre grupos referente a insatisfação corporal, e
observou que não houve diferença entre cursos, porém a parte maior das universitárias
mostram insatisfação com sua imagem.
Santos et al. (2021) mostrou que o pensamento negativo do corpo associada ao
comportamento alimentar de universitários de uma capital do Nordeste do Brasil, foi
relevante a todos os participantes.
Um estudo com acadêmicos sobre o pensamento negativo da imagem, Souza et
al. (2020) avaliou atitudes para transtorno alimentares e estado nutricional através de
questionário Body Shape Questionnaire (BSQ) e o resultado prevaleceu em eutrófico à
obesidade, prevalecendo o estado de eutrofia, sendo esse grupo o mais insatisfeito e com
maior risco de desenvolver transtornos alimentares.
Evidências encontradas em um estudo com pais e crianças e adolescente autistas
sobre os hábitos alimentos e ao final da pesquisa o resultado foi em relação ao consumo
de alimentos processados e ultraprocessados é elevado, com tendência a hábitos
alimentares disfuncionais e significativo comprometimento nas atividades sensoriais que
dificultam a obtenção e o estabelecimento de uma alimentação saudável (MAGAGNIN
et al. 2021),
Dunker et al. (2018) apresentou estudos sobre as dificuldades como o local, às
questões relacionadas com as escolas (da estrutura à equipe) e ao perfil dos participantes

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e sobre as potencialidades de implementação do programa de prevenção conjunta de


obesidade e disfunção alimentar para meninas estudantes do nível médio.
Evidências de um estudo mostraram predominância de pensamentos negativos
com a imagem di corpo dos jovens estudantes do ensino secundário, assim como a
existência de relação entre as atitudes alimentares e a satisfação corporal. (PIRES et al.
2019).
Análise da influência do perfeccionismo referente a restrição alimentar para a
disfunção de atletas adolescentes do sexo feminino da modalidade atletismo, o estudo
revela que podem estar mais susceptíveis para a restrição alimentar e a influência
ambiental para a ingesta alimentar (FORTES et al. 2016)
Fortes et al. (2018) fez um estudo com nadadoras sobre a influência de um corpo
perfeito direcionada à magreza, e concluiu depois de testes Body Shape Questionnaire,
que a influencia significativa ao pensamento negativo da imagem influenciou o
desencadeamento da restrição alimentar e sintomas bulímicos em jovens nadadoras.

5 CONCLUSÃO
Por meio do trabalho foi possível analisar o que tem desencadeado os transtornos
alimentares associados aos distúrbios de imagem. As pesquisas demonstraram que muitos
desses transtornos estão ligados a forte influência das redes sociais, que a cada dia
apresentam através de propagandas e postagens, perfis de pessoas com o corpo perfeito,
assim levam a muitos seguidores buscarem a modificação na imagem de acordo com o
que lhe é apresentada, diante dessa situação, fazem opção de dietas sem
acompanhamentos de um profissional e quando não conseguem o resultado esperado
acaba afetando o psicológico.
Verificou-se também que o transtorno alimentar está acometendo adolescentes e
jovens, assim como estudantes, acadêmicos da área da saúde, tornando dessa forma um
assunto preocupante a ser tratado.
Por fim, após analisar os estudos, sugere-se que o tratamento para o transtorno
alimentar com uma equipe multidisciplinar de profissionais para obter maior êxito, pois
tal transtorno influencia a insatisfação da imagem e podendo causar danos irreparáveis
aos acometidos por esse sintoma. Salienta-se que há importância de um acompanhamento
efetivo através de um profissional de nutrição com intuito de proporcionar uma dieta

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adequada para cada tipo de caso, com o objetivo de minimizar os sintomas para volta de
uma vida normal.

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REFERÊNCIAS

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