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Curso de Nutrição
Fundamentos de Química e Bioquímica
Rio de Janeiro
Junho/2018
Agradecimento
1. INTRODUÇÃO 4
2. OBJETIVO 6
3. SUJEITOS E MÉTODOS 6
4. RESULTADOS 7
5. CONCLUSÕES 16
6. REFERÊNCIAS 16
ANEXO I – Questionário 17
1. INTRODUÇÃO
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carboidratos da dieta habitual e risco de diabetes em adultos. Embora alguns estudos
indiquem um efeito de risco de dietas com elevados teores de índice glicêmico e pobre em
fibras para o diabetes, os resultados são controversos e há indícios de um efeito mediado
pelo magnésio contido na casca dos grãos, enfatizando-se a relevância da análise do
consumo de alimentos em detrimento de nutrientes isoladamente em investigações sobre
dieta e risco para doenças crônicas não transmissíveis.
A velocidade de absorção dos carboidratos é diretamente influenciada por outros
componentes da dieta, como o teor de lipídeos, proteínas e fibras. O teor de lipídeos dos
alimentos retarda o esvaziamento gástrico e a velocidade de liberação dos nutrientes para
a corrente sanguínea, reduzindo o pico hiperglicêmico que ocorre após as refeições.
Vários fatores influenciam a digestão e absorção dos carboidratos - composição
química, o tamanho das partículas, tempo de mastigação, forma de cocção, quantidade de
água, entre outros.
No Brasil, o envelhecimento populacional associado ao aumento da frequência do
excesso de peso, estilo de vida sedentário e modificações no padrão alimentar, como o
aumento do consumo de açúcares e refrigerantes em detrimento das frutas, verduras e
legumes, têm sido apontados como possíveis fatores envolvidos no incremento da
ocorrência do diabetes nos últimos anos (Sartorelli e Cardoso, 2006).
Um ensaio clínico aleatorizado conduzido em adultos com sobrepeso em unidade
básica de saúde no Brasil verificou que 3 consultas individualizadas com o nutricionista
— constando do incentivo ao consumo de cereais integrais, frutas, verduras, legumes,
azeite de oliva e peixes em detrimento das carnes e cereais refinados — resultou em uma
redução de 3,5% do peso corporal, 15% do LDL-colesterol e manutenção dos níveis de
HDL-colesterol no grupo intervenção após 6 e 12 meses de seguimento, sugerindo que a
alteração da qualidade dos carboidratos e lipídeos da dieta associada à prática de
atividades físicas pode repercutir em um importante impacto no controle de fatores de
risco potenciais para o diabetes tipo 2 (Sartorelli e Cardoso, 2006).
Presentemente, vários estudos apontam para as vantagens de uma abordagem
multidisciplinar no tratamento do diabetes tipo 2, além de sugerir que estratégias
educativas relacionadas a estilo de vida, tais como exercício físico regular, alimentação
menos industrializada e controle de stress, alcançam resultados superiores aos alcançados
apenas com intervenção medicamentosa.
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2. OBJETIVO
O presente trabalho tem como objetivo realizar levantamento simplificado do que
atualmente os estudos apontam como fatores de risco para o desenvolvimento da diabetes
tipo 2, tais como alimentação, condição de saúde e estilo de vida, em uma determinada
população.
3. SUJEITOS E MÉTODOS
O levantamento foi realizado em quatro etapas:
● Avaliação de literatura para definição dos itens constantes do questionário para
posterior correlação dos resultados e conclusões.
● Elaboração de questionário a ser aplicado aos entrevistados.
● Definição do grupo a ser entrevistado e posterior realização das entrevistas.
● Tabulação dos resultados das entrevistas.
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“genetics”, de forma combinada ou individualmente. Como resultado, foram selecionados
quatro textos para referência.
4. RESULTADOS
4.1. Perfil dos participantes
Nas figuras abaixo podemos ver a composição do grupo sob vários aspectos. A idade
média do grupo é 47 anos. O IMC1 médio do grupo é de 22,8 para mulheres e 27,0 para
homens. No grupo, 10 indivíduos detêm IMC considerado normal, e 10 estavam acima do
peso, sendo 3 destes obesos (figura 1).
Foi utilizado, para definição de categoria de IMC, o seguinte padrão:
● Abaixo do peso: IMC < 18,5
1
O IMC (Índice de Massa Corporal) é um valor padrão utilizado mundialmente para avaliar o peso de um
indivíduo em relação à sua altura. O cálculo é realizado dividindo-se o peso em kg pelo quadrado da altura, em
metros, com precisão de uma casa decimal.
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● Peso ideal: IMC entre 18,5 e 24,9
● Sobrepeso: IMC 25 e 29,9
● Obesidade: IMC acima de 30.
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Figura 5: Fumantes e não fumantes no grupo de estudo.
Nesta ótica, observamos abaixo a distribuição por grupo (figuras 8 a 11), classificadas
por frequência de ingestão, e a figura 12 exibe a comparação entre eles:
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Figura 9: Média de consumo de alimentos baseados em insumos refinados.
12
Figura 12: Comparativo de consumo médio por tipo de alimento.
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4.3. Avaliação levando-se em conta o IMC
Nesta comparação, os indivíduos foram separados em dois grupos: com IMC até 25 e
com IMC maior que 25.
Figura 13: Comparativo de consumo médio por tipo de alimento, por grupo de IMC.
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Figura 14: Comparativo de condição de saúde, por grupo de IMC.
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Figura 15: Comparativo de prática de atividade física, por grupo de IMC.
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5. CONCLUSÕES
Na avaliação, apesar da reduzida quantidade de participantes, foi possível observar
achados interessantes, especialmente quando se divide o grupo por IMC. Os indivíduos
com sobrepeso ou obesos relatam maior consumo de junk food e alimentos altamente
processados, quando comparados com o grupo com peso considerado normal. O achado
mais interessante, entretanto, refere-se ao relato de condição de saúde – todas as condições
de saúde pesquisadas estão representadas na amostra com IMC maior ou igual a 25, o que
sugere uma relação entre peso, consumo de alimentos industrializados e processados e
doenças crônicas não transmissíveis.
O tempo e amostra reduzidos podem ter influenciado o resultado final. O grupo
acredita que, com mais tempo para seleção e estudo de material de referência, bem como
um questionário de frequência alimentar melhor calibrado, os resultados poderiam ser
mais reveladores.
Com base no material de referência avaliado, concluímos que as evidências sugerem
que uma dieta rica em cereais integrais e vegetais, em detrimento do consumo de cereais
refinados e açúcares, possa exercer um papel protetor para o diabetes. Entretanto, com
base na literatura disponível, conclui-se que um maior número de ensaios clínicos
aleatorizados são necessários para o estabelecimento das hipóteses causais e seus efeitos a
médio e longo prazo.
6. REFERÊNCIAS
3. Schwingshackl, L., Hoffmann, G., Lampousi, A., Knüppel, S., Iqbal, K.,
Schwedhelm, C., Bechthold, A., Schlesinger, S., Boeing, H. (2017). Food groups and
risk of type 2 diabetes mellitus: a systematic review and meta-analysis of prospective
studies. European Journal of Epidemiology, 32(5), pp.363-375.
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4. World Health Organization. (2018). Diabetes. [online] Disponível em:
http://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/diabetes [Acesso em 12/05/2018].
ANEXO I – Questionário
Questionário de frequência alimentar - foco: mapear consumo de
carboidratos
Nome:
Sexo:
Idade:
Peso:
Altura:
Profissão:
Medicamentos / suplementos
( ) Vitamina D
( ) Vitamina B12
( ) Suplemento proteico
( ) Ômega 3
( ) Outros ___________________________
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