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Brasília, 2023
Data de apresentação:___________________________________
Membros da banca:___________________________________________
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RESUMO
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1. INTRODUÇÃO
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2. OBJETIVOS
3. METODOLOGIA
3.2 Metodologia
Tratou-se de uma revisão de literatura narrativa, sendo a base de dados
utilizada, artigos científicos e Documentos Oficiais. A pesquisa baseou-se em artigos
publicados de 2009 a 2022. Os idiomas utilizados para as buscas de artigos
científicos foram Inglês e Português.
Para a pesquisa de artigos foram utilizadas as bases do PubMed, Scielo,
Brazilian Journal e Google Acadêmico. Os termos empregados para a busca dos
artigos foram identificados nos Descritores em Ciência da Saúde (DECS) e também
seus respectivos termos em Inglês: Obesidade (Obesity), Transição Nutricional
(Nutritional Transition) e Educação Alimentar e Nutricional (Food and Nutrition
Education).
Os artigos foram selecionados a partir dos seguintes critérios: revisão
bibliográfica e estudo experimental, o primeiro critério de exclusão foi a partir da
leitura do resumo e foram excluídos os trabalhos que não relacionavam a obesidade
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com hábitos alimentares e o estilo de vida. E os artigos que foram incluídos foram
lidos na íntegra.
4. REVISÃO DA LITERATURA
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A competência alimentar tem sido objeto de estudos e parece ter eficácia para a
melhora da saúde nutricional e a prevenção da obesidade, visto que são desenvolvidas as
habilidades alimentares, que não são apenas de abordagem individual, mas da família. A
competência alimentar está ligada à qualidade da dieta que se associa com o consumo de
frutas, verduras e legumes, a dieta mediterrânea como base da alimentação e uma capacidade
maior para decisões alimentares, suprindo assim os critérios da Organização das Nações
Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e da Organização Mundial da Saúde (OMS)
que comentam sobre a importância das habilidades alimentares como uma das ferramentas
para a Educação Alimentar e Nutricional. Nela são abordados quatro fatores: Atitude
Alimentar, Aceitação Alimentar, Regulação Interna e Habilidade Contextual. A competência
alimentar também está diretamente relacionada a indicadores de saúde, como menor risco
cardiovascular, menor incidência de sedentarismo e a melhor qualidade do sono. (QUEIROZ,
et. al, 2022)
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2002). O Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), criado em 1993,
é um órgão Nacional e representante da Sociedade Civil que aborda especificamente sobre
Segurança Alimentar e Nutricional (AMARAL e BASSO, 2016).
Ainda na década de 1990, foi elaborado o Mapa de Combate à fome, feito pelo
Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA). Também foi lançado o Plano de Combate à
Fome e à Miséria (AMARAL e BASSO, 2016). E em 1994 realizou-se a I Conferência
Nacional de Alimentação e Nutrição. A Conferência Nacional de Alimentação e Nutrição,
realizada pelo Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição, considerava reconhecer a
alimentação como um direito humano básico (PINHEIRO, 2009).
Nos anos 2000, foi criado o programa Fome Zero, o Ministério Extraordinário da
Segurança Alimentar e Combate à Fome (MESA) e também houve a recriação do Consea que
havia sido revogado em 1995 (AMARAL e BASSO, 2016).
Após 10 anos, foi realizada a II Conferência Nacional de Segurança Alimentar e
Nutricional que teve como vitória principal a institucionalização da Segurança Alimentar e
Nutricional por meio do feito de uma Lei Orgânica. Na conferência também é confirmado que
a Segurança Alimentar e Nutricional é o direito regular e definitivo de todos a alimentos de
qualidade e em quantidade satisfatória, sem comprometer o acesso a necessidades básicas, e
que respeitem as culturas diversas e também sejam sustentáveis no que tange ao meio
ambiente, e meios cultural, econômico e social. (PINHEIRO, 2009).
Com o aperfeiçoamento das políticas de Segurança Alimentar e Nutricional, foi
aprovada a “Lei da Agricultura Familiar” em 2006 (AMARAL e BASSO, 2016) que
determina as Diretrizes para a formação da Política Nacional de Agricultura Familiar
(BRASIL,2006).
Em julho de 2007 houve a realização da III Conferência Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional que conquistou a criação da Câmara Interministerial de Segurança
Alimentar e Nutricional (AMARAL e BASSO, 2016) que tem como objetivo desenvolver e
aplicar planos de Segurança Alimentar e Nutricional, além de acompanhar, verificar e analisar
a Segurança Alimentar e Nutricional do país (CAISAN, 2011)
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Por fim, no ano de 2015, realizou-se a V Conferência Nacional de Segurança
Alimentar e Nutricional que certificou os direitos alcançados, a proteção da soberania
alimentar e a concretização do direito humano à alimentação saudável para todos os povos,
dentre outras discussões (AMARAL e BASSO, 2016).
Então por que o constante aumento da obesidade?
A alimentação inadequada ao longo dos anos, que pode ter sido influenciada por
diversos fatores tais como os biológicos, os socioeconômicos, a oferta e disponibilidade e os
sociais, fez com que as taxas de obesidade começassem a aumentar exponencialmente. Já a
desnutrição vem apresentando redução na população de forma geral.
Mediante a vida corrida do brasileiro, o fast food se torna uma opção rápida e prática
para se alimentar. Porém, já foi constatado que o consumo frequente de refeições
ultraprocessadas está relacionado ao aumento da obesidade (PINTO e COSTA, 2021). Além
disso, a ausência da comensalidade cotidiana também favorece o ganho de peso (GUIA
ALIMENTAR, 2014). Segundo o Guia Alimentar para a população brasileira, a
comensalidade refere-se ao tempo e atenção durante a refeição, ao ambiente apropriado para
se alimentar e à refeição com companhia. Esses são aspectos eficientes para se controlar
melhor a quantidade ingerida, além de benefícios como melhor digestão e ocasiões oportunas
de convivência social.
Já no contexto da pandemia da covid 19 houve o aumento da insegurança alimentar
(MARTINS, et. al, 2022), mas simultaneamente ocorreram muitos casos de ganho de peso
gerados por modificações dos hábitos alimentares, como diminuição de alimentos in natura e
o aumento de consumo de ultraprocessados (DURÃES, et. al,2020).
Pesquisa realizada no período da pandemia da covid 19 revelou que apenas 1,5% da
população brasileira não apresentou mudança no estilo de vida, 35,5% da população
revelaram sentimentos de tristeza ou depressão, 41,2% de isolamento e 41,3% relataram
ansiedade. Também verificou-se que 17% aumentaram o consumo alcoólico e 34% dos
fumantes aumentaram a quantidade de fumo. Foi observado o consumo excessivo de
alimentos ultraprocessados e a redução da prática de atividade física (MALTA et al, 2021).
A Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças crônicas por
Inquérito Telefônico (Vigitel) de 2017 mostrou que 54% dos brasileiros possuem excesso de
peso. Apesar desse desequilíbrio nutricional, essa mesma pesquisa observou diminuição do
consumo de refrigerantes, uma queda de 52,8% desde 2007 até 2018, e um consumo regular
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de frutas e hortaliças na população brasileira. Já em 2020, a Pesquisa Nacional de Saúde
revelou que este percentual aumentou para 60,3% (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2020).
Além dos determinantes mencionados anteriormente, as falhas nas políticas públicas
para a prevenção da obesidade e promoção da saúde contribuíram para os aumentos das taxas
de excesso de peso. As principais barreiras para uma implementação eficaz dos programas
são: o lobby desenvolvido pelo setor privado comercial, ausência de habilidade e/ou
disposição política dos governos para uma aplicação efetiva e a falta de cobrança por parte da
sociedade civil para a ação governamental, além da ineficácia de avaliação das medidas
postas em práticas (CASTRO, 2017).
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O incentivo à alimentação saudável é também imprescindível na promoção da saúde.
É necessário a divulgação do Guia Alimentar para a população brasileira, o qual aborda sobre
as recomendações e princípios para uma alimentação saudável e adequada (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2014).
A prática de atividades físicas desde a infância e sua constância até a terceira idade
contribui fortemente para o controle do excesso de peso (MATSUDO, 2006). O Ministério da
Saúde elaborou a Política Nacional de Promoção de Saúde onde é citado sobre as ações que
podem ser aplicadas na rede básica de saúde e na comunidade. São elas o mapeamento e
apoio da atividade física na atenção básica e na Estratégia Saúde da Família e também
fornecer práticas de exercícios na rede básica de saúde (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2010).
Por fim, é importante disponibilizar e divulgar materiais educativos que ensinam a
interpretar a informação nutricional, permitindo assim que os consumidores tenham
conhecimento da composição nutricional dos produtos.
Além dessas ações, a aplicação de medidas fiscais que não estimulem a compra de
ultraprocessados e incentivem a aquisição de alimentos in natura e minimamente processados,
e o incremento de ambientes alimentares saudáveis ajuda na promoção da saúde e prevenção
da obesidade (CASTRO, 2017).
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
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6. REFERÊNCIAS
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