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Nota Especial

Departamentos Científicos de
Aleitamento Materno e Nutrologia (gestão 2022-2024)

Nº 115, 07 de Novembro de 2023

Aleitamento e alimentação
complementar
Análise sobre as recomendações da
Organização Mundial de Saúde – 2023

Relatoras: Rossiclei de Souza Pinheiro* e Fabíola Isabel Suano de Souza**

* Departamento Científico de Aleitamento Materno


** Departamento Científico de Nutrologia

Relatoras declaram não terem qualquer conflito de interesse na elaboração desse material

Essa Nota Especial foi elaborada tendo-se como base o Guia da Organização Mundial da Saúde
sobre alimentação complementar para lactentes e crianças pequenas de 6 a 23 meses de idade,
que recomendamos seja lido na íntegra – clique aqui.

Considerações gerais sobre O período de alimentação complementar é im-


a construção do documento portante para estabelecer padrões alimenta-
res de longo prazo e é fundamental para o bom
crescimento e diminuir o risco de deficiências
A Organização Mundial de Saúde (OMS) di- nutricionais. A diretriz substitui duas anteriores,
vulgou novas recomendações sobre alimentação “Princípios orientadores para a alimentação com-
complementar a serem utilizadas em países de plementar da criança amamentada”1 e “Princí-
baixo, médio e alto nível socioeconômico, para pios orientadores para a alimentação de crianças
lactentes amamentados e não amamentados. não amamentadas com 6 a 24 meses de idade”.2

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Aleitamento e alimentação complementar - Análise sobre as recomendações da Organização Mundial de Saúde – 2023

As recomendações foram construídas com Também coincide com período de grande risco
base nas melhores e mais recentes evidências nutricional para carências e excessos.6
disponíveis sobre alimentação de lactentes,
utilizando o sistema GRADE (Grading of Re- As consequências imediatas da alimentação
commendations Assessment, Development and inadequada nessa fase relacionam-se a cres-
Evaluation - Graduação da qualidade da evi- cimento inadequado, desnutrição, excesso de
dência e força de recomendação para tomada peso e carência de micronutrientes; prejuízo
de decisão em saúde),3,4 a estrutura DECIDE do desenvolvimento motor, cognitivo e socioe-
(The Developing and Evaluating Communication mocional, e aumento do risco para doenças in-
Strategies to Support Informed Decisions and fectocontagiosas. Em longo prazo, associa-se
Practice based on Evidence Framework – Desen- a aumento do risco para doenças crônicas não
volvendo e Avaliando Estratégias de Comunica- transmissíveis como obesidade, diabetes tipo 2,
ção para Apoiar Decisões Informadas e Práticas hipertensão arterial e doenças cardiovasculares;
Baseadas em Evidências)5 e teve a participação redução da capacidade de trabalho e da renda.
de pesquisadores de vários países, incluindo Esses fatores são potencializados quando há
brasileiros. nutrição inadequada no período intrauterino.

Os potenciais conflitos de interesses dos au-


tores dos estudos incluídos e dos coordenadores
do documento foram avaliados e acompanhados
pelo grupo diretor, em colaboração com o Gabi-
Diretrizes para a alimentação
nete de Conformidade e Gestão de Riscos e Ética brasileira: convergência com
da OMS.3,6 as recomendações da OMS
Apesar do cuidado metodológico na confec-
ção das recomendações, os autores destacam
No Brasil, as recomendações mais recentes
que ainda há evidência limitada para vários tó-
e atualizadas disponíveis que versam sobre ali-
picos apresentados pela escassez de estudos de
mentação de lactentes se encontram no “Guia
boa qualidade disponíveis. No documento da
alimentar para crianças brasileiras menores de
OMS também não são apresentadas orientações
2 anos” publicado pelo Ministério da Saúde em
específicas para situações como prematuridade,
2019.7 Trata-se de um documento que foi cons-
baixo peso ao nascer, crianças com doenças alér-
truído no decorrer de quatro anos, com o melhor
gicas e alterações neurológicas.6
nível de evidência possível, controle de confli-
to de interesses, respeitando aspectos cultu-
rais, socioeconômicos e com escuta abrangente
de setores da sociedade (órgãos governamen-
Definições e importância tais, academia, mídia, famílias, formadores de
opinião).

A alimentação complementar é definida O documento é embasado em seis princípios


como o processo de introdução de alimentos, (Quadro 1) e propõe 12 passos (Quadro 2) que
além do leite materno, para os lactentes. Seu encontram semelhanças com as recomendações
início se dá por volta de seis meses e continua da Diretriz da OMS. Entre os principais pontos
até os 23 meses de idade, devendo a amamenta- convergentes dos documentos estão o formato
ção continuar durante esse período. Trata-se de de construção, o apoio à amamentação; a promo-
uma fase crucial para a oferta adequada de nu- ção da alimentação variada, saudável e sustentá-
trientes, crescimento, desenvolvimento e esta- vel, respeitando o perfil socioeconômico, carac-
belecimento dos hábitos alimentares da criança. terísticas culturais e regionais.7,8

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Quadro 1. Princípios do Guia Alimentar para Crianças Menores de 2 anos (Ministério da Saúde do Brasil, 2019)7

1. A saúde da criança é prioridade absoluta e responsabilidade de todos.

2. O ambiente familiar é espaço para a promoção da saúde.

3. Os primeiros anos de vida são importantes para a formação dos hábitos alimentares.

4. O acesso a alimentos adequados e saudáveis e à informação de qualidade fortalece a


autonomia das famílias.

5. A alimentação é uma prática social e cultural.

6. Adotar uma alimentação adequada e saudável para a criança é uma forma de fortalecer
sistemas alimentares sustentáveis.

7. O estímulo à autonomia da criança contribui para o desenvolvimento de uma relação


saudável com a alimentação.

Quadro 2. Doze passos para alimentação saudável de crianças menores de 2 anos.7

Guia Alimentar, 2019

1. Amamentar até dois anos ou mais, oferecendo somente o leite materno até seis meses.

2. Oferecer alimentos in natura ou minimamente processados, além do leite materno, a partir


dos seis meses.

3. Oferecer água própria para o consumo à criança em vez de sucos, refrigerantes e outras
bebidas açucaradas.

4. Oferecer a comida amassada quando a criança começar outros alimentos, além do leite
materno.

5. Não oferecer açúcar, preparações ou produtos que contenham açúcar à criança até os dois
anos de idade.

6. Não oferecer alimentos ultraprocessados para a criança.

7. Cozinhar a mesma comida para a criança e para a família.

8. Zelar para que a hora da alimentação da criança seja um momento de experiências


positivas, aprendizado e afeto junto da família.

9. Prestar atenção aos sinais de fome e saciedade da criança e conversar com ela durante a
refeição.

10. Cuidar da higiene em todas as etapas da alimentação da criança e da família.

11. Oferecer à criança alimentação adequada e saudável também fora de casa.

12. Proteger a criança da publicidade de alimentos.

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Aleitamento e alimentação complementar - Análise sobre as recomendações da Organização Mundial de Saúde – 2023

ao consumidor no varejo (exposições especiais,


Detalhamento das Recomendações cupons de descontos, preços abaixo dos custos,
da Diretriz da OMS
destaque de preço, prêmios, brindes, vendas
vinculadas e apresentações especiais), regula a
1. O aleitamento materno deve acontecer rotulagem dos produtos e o relacionamento da
por dois anos ou mais indústria de alimentos, bicos, chupetas e mama-
deiras com estabelecimentos de saúde, entida-
Para cumprir essa recomendação, todas as
des científicas, de ensino e pesquisa e profissio-
mulheres precisam de proteção, ambiente pro-
nais de saúde.12
pício e serviços de assistência como oferta de
creche e salas de apoio à amamentação (SAA)
no local de trabalho, horários flexíveis para 2. Lactentes e crianças não amamentados.
amamentar; acesso à informação e serviços de 2a. Lactentes não amamentados de 6 a 11 meses:
aconselhamento para dúvidas, orientação e su- fórmulas infantis à base de leite de vaca são
peração de desafios individuais e coletivos. recomendadas e leite de vaca não modificado
Além disso, as gestantes, mães, famílias e profis- pode ser oferecido.
sionais de saúde devem ser protegidos contra o
2b. Crianças não amamentadas de 12 a 23 meses:
marketing abusivo de divulgação e venda de pro-
o leite de vaca não modificado pode ser ofere-
dutos que competem com a amamentação.
cido. As fórmulas infantis e “leites de cresci-
Para isso os profissionais de saúde devem mento” não são recomendados.
conhecer, atualizar-se e capacitar-se para apoiar
Lactentes não amamentados podem receber
as mulheres que amamentam baseado nas reco-
produtos lácteos, incluindo fórmulas e leites de
mendações mais recentes. Essas questões foram
origem animal (leite de vaca não modificado), a
abordadas recentemente na série Lancet sobre
partir dos seis meses de vida. Leites desnatados,
amamentação agora em 2023.9,10
aromatizados ou adoçados não devem ser ofereci-
dos. Os cuidados no armazenamento, manuseio e
Comentários:
preparação desses produtos são importantes para
O Brasil adota desde a década de 1980, há se garantir a segurança microbiológica e a compo-
mais de 40 anos, o Código Internacional de Co- sição dos mesmos. A partir dos 12 meses de vida
mercialização de Substitutos do Leite Materno, as fórmulas infantis, “leites de crescimento” e/ou
publicado e aprovado pela OMS em 1981.11 Des- compostos lácteos não são recomendados.
de então este código vem sendo aprimorado, atu-
alizado e no Brasil é chamado de NBCAL (Norma Comentários:
Brasileira de Comercialização de Alimentos para
O Guia Alimentar do MS e a Recomendação do
Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos,
Sistema de Saúde e Sociedade de Pediatria Cana-
Chupetas e Mamadeiras - Lei 11.265/2006).12
dense13 sugerem que as fórmulas infantis são uma
É responsabilidade de todos os profissionais opção para crianças não amamentadas exclusiva-
de saúde divulgar, proteger e promover a NBCAL, mente até os 9 meses de vida. A Academia Ame-
para que as informações sobre amamentação ricana de Pediatria (AAP),14 a Sociedade Europeia
e alimentação cheguem até as famílias, outros de Gastroenterologia, Hepatologia e Nutrição
profissionais que lidam com crianças e público (ESPGHAN)15 e a Sociedade Brasileira de Pediatria
em geral de maneira correta e objetiva. (SBP, 2018)16 propõem que o uso das fórmulas in-
fantis aconteça até 12 meses de idade.
A NBCAL proíbe a promoção comercial em
qualquer meio de comunicação (merchandising, Depois dessa idade, as crianças devem con-
meios eletrônicos, escritos, auditivos e visuais), tinuar recebendo uma dieta variada e o leite de
estratégias de marketing para induzir vendas vaca integral (não modificado) pode fazer parte

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de parte da alimentação delas. Não se recomen- sive para ajustes na época (introdução mais pre-
da o uso de fórmulas de “transição” (transition coce) e sequência da introdução dos alimentos.
fórmulas), “acompanhamento” (follow-on,
Conforme sugestão do Guia Alimentar do MS
follow-up fórmulas), “desmame” (weaning fór-
e da SBP, aos seis meses de vida deve-se oferecer
mulas), leites de “crescimento” e compostos lác-
a primeira refeição principal (almoço ou jantar) e
teos (toodlers ou growing-up milks ou fórmulas)
um lanche na forma de fruta in natura. A segunda
nessa fase. Esses produtos não apresentam van-
refeição principal pode ser introduzida após 30
tagens nutricionais e possuem custo maior em
dias da introdução da primeira, juntamente com
comparação ao leite de vaca não modificado.14
mais um horário (lanche) de fruta. Lactentes não
Além disso a valorização excessiva do consu- amamentados e que recebem fórmulas infantis,
mo (em tempo e quantidade) desses produtos na antes dos seis meses de vida, podem seguir as
alimentação do lactente pelas famílias e profis- mesmas recomendações dos amamentados. Por
sionais de saúde pode determinar pior qualida- sua vez, crianças em uso de leite de vaca devem
de da diversidade da dieta, redução da frequên- receber alimentação complementar a partir dos
cia das refeições, consumo de energia excessivo, quatro meses de vida, se o desenvolvimento neu-
uso prolongado de mamadeiras e prejuízo na ropsicomotor permitir e suplementação de ferro.6
formação do hábito alimentar.14

4. Lactentes devem consumir uma dieta


3. Idade de introdução de alimentos diversificada, com inclusão de vários grupos
complementares. A introdução dos de alimentos desde o início (janela de
alimentos complementares pode ser iniciada oportunidade).
por volta dos seis meses (180 dias) enquanto
A dieta deve ser diversificada, contendo ali-
continuam sendo amamentados.
mentos de todos os grupos diariamente e dis-
Trata-se de uma recomendação geral, sen- tribuídos nas refeições. Os alimentos de origem
do que alguns lactentes podem se beneficiar de animal são importantes para a oferta de micro-
orientações individualizadas – levando em conta nutrientes com melhor biodisponibilidade. Im-
a necessidade da família, a ausência materna, a portante, também, reduzir o consumo de alimen-
necessidade de permanência em creche e o de- tos à base de carboidratos simples e refinados
senvolvimento neuropsicomotor – com relação ao na forma mingaus, engrossados ou adicionados a
tempo de introdução de alimentos complementa- preparações como leite.
res. Trata-se de uma fase de grande vulnerabili-
dade para deficiência de micronutrientes, espe- Comentários:
cialmente ferro. As mães devem ser estimuladas a
continuar amamentando durante essa fase. Segundo o Guia Alimentar do MS, a base da
alimentação da criança deve ser de preparações
culinárias caseiras compostas por alimentos in
Comentários:
natura e minimamente processados, incluindo
O profissional de saúde deve estar disponível todos os grupos alimentares (cereais e tubércu-
e acessível para apoiar e orientar a família em to- los, leguminosas, hortaliças, carnes e ovos), com
das as etapas desse processo, utilizando lingua- ingredientes culinários e temperos naturais. A di-
gem acessível, acolhendo dúvidas, preocupações, versidade e a frequência adequadas das refeições
dificuldades e êxitos.6 O conhecimento prévio são indicadores importantes da qualidade da ali-
das características socioeconômicas, culturais, mentação do lactente. Se a comida preparada e
hábitos alimentares da família e da comunidade consumida pela família for adequada e saudável,
em que a criança vive auxiliam na comunicação a criança a partir dos seis meses de vida pode
e orientações necessárias nesse processo, inclu- recebê-la com ajuste da consistência, quando for

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Aleitamento e alimentação complementar - Análise sobre as recomendações da Organização Mundial de Saúde – 2023

necessário. Quando a qualidade da alimentação alguns grupos de lactentes podem precisar de


do domicílio não for adequada, o profissional de estratégias de suplementação e/ou fortificação
saúde deve fazer as orientações individualizadas de alimentos, associadas a educação nutricional,
para a criança, além dos ajustes necessários para políticas públicas de produção e consumo de ali-
a melhora dos hábitos da família.14 mentos fonte de micronutrientes com adequada
biodisponibilidade. São propostas da OMS para
essas situações a suplementação em pó com
5. O consumo de alimentos não saudáveis deve
múltiplos micronutrientes na alimentação com-
ser evitado.
plementar (MMP), fortificação de farinha e cere-
Alimentos ricos em açúcar, sal, gordura trans, ais com micronutrientes e os suplementos lipídi-
bebidas açucaradas e adoçantes não devem ser cos para situações de desnutrição aguda.
consumidos pelos lactentes e crianças. O con-
sumo de suco de frutas natural deve ser evita- Comentários:
do. Orientação nutricional e aprimoramento da Os Guias Alimentares do MS e da SBP reco-
rotulagem dos alimentos são estratégias impor- mendam que a alimentação complementar seja
tantes para orientação nutricional e escolha dos variada e contenha alimentos de origem animal
alimentos a serem consumidos pelas famílias e que possuem adequada densidade e biodispo-
ofertados às crianças. nibilidade de micronutrientes para contemplar
a elevada necessidade dessa faixa etária. Além
Comentários:
disso, de acordo com o Consenso sobre Anemia
O Guia Alimentar do MS contraindica o con- Ferropriva da SBP de 202118, a suplementação
sumo de alimentos ultraprocessados, doces e profilática de ferro (1 mg de ferro elementar/kg/
açúcar nos dois primeiros anos de vida. Sugere- dia), deve ser iniciada aos 180 dias e continuada
-se que as frutas devem ser consumidas in natura até os 24 meses de vida para lactentes nascidos
(amassadas, raspadas ou cortadas), por conterem a termo, com peso adequado para a idade gesta-
nutrientes importantes para a criança, como as cional sem outros fatores de risco de deficiência.
fibras. Os sucos de frutas, mesmo naturais, não No âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS)
são recomendados. Importante oferecer água o MS do Brasil revisou e propôs, recentemente,
potável, a partir da introdução do início da ali- três programas para prevenção da deficiência de
mentação complementar. A diversidade da dieta, micronutrientes em lactentes por meio de suple-
escolha dos alimentos, forma de preparo, oferta mentação,19 são eles: Programa Nacional de Su-
e a frequência das refeições são itens fundamen- plementação de Ferro (PNSF), Programa Nacional
tais para o estabelecimento de uma alimentação de Suplementação de Vitamina A (PNSVA) e a
adequada para todos. Em 2022 entrou em vigor Fortificação da Alimentação Infantil com Micro-
no Brasil as novas regras para rotulagem de ali- nutrientes Pó (NutriSUS).
mentos que visam melhorar a informação e a O Manual de Alimentação da SBP preconiza
identificação de alimentos com alto teor de sal, suplementação de vitamina D para lactentes em
açúcar e gordura saturada.17 aleitamento materno ou em uso de fórmulas in-
fantis nas doses diárias de 400 UI e 600 UI para
6. Em alguns contextos de maior lactentes de 0 a 12 meses e 12 a 24 meses, res-
vulnerabilidade o uso de suplementos pectivamente.
nutricionais medicamentosos e fortificação
de alimentos pode ser benéfico para oferta 7. Alimentação responsiva deve
adequada de micronutrientes. ser estimulada.
Por se tratar de uma fase de elevada vulne- As práticas de alimentação devem incentivar
rabilidade para carência de micronutrientes, a criança a comer de forma autônoma, respeitan-

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do suas preferências, desenvolvimento, neces- adequado e as melhores evidências disponí-


sidades fisiológicas e apetite. Cuidadores que veis, com a preocupação em relação ao confli-
alimentam a criança devem disponibilizar tem- to de interesses na construção das recomen-
po e atenção durante as refeições, respeitando dações sobre alimentação complementar em
o ritmo, interagindo e estimulando que a criança lactentes saudáveis.
interaja com os alimentos.
2. As recomendações - em número de sete - da
diretriz estão alinhadas, na grande maioria
Comentários:
dos itens, com o “Guia Alimentar para Crian-
Conforme Manual do MS e da SBP sobre ali- ças Menores de 2 anos” que é a mais atual
mentação complementar, o desenvolvimento e embasada diretriz sobre alimentação de
das preferências alimentares é um processo de lactentes no país e que leva em conta as-
aprendizado ativo e progressivo. A exposição pectos socioeconômicos e culturais brasi-
frequente (8 a 10 vezes), a diversidade na pre- leiros.
paração e a apresentação sob diferentes formas
3. Os profissionais de saúde e famílias devem
facilitam a aceitação dos alimentos. O momento
usar as recomendações para ampliar as es-
das refeições também deve ser de aprendizado e
colhas alimentares da criança respeitando os
interação entre cuidadores e a criança, recomen-
aspectos socioeconômicos e culturais da fa-
da-se que os alimentos sejam oferecidos de for-
mília e o local em que ela vive. Isso propicia
ma “responsiva e sensível”, respeitando o ritmo
uma ótima oportunidade para que cada país as
e sinais de fome e saciedade do bebê. Deve-se
adote como base e faça as adaptações neces-
evitar distrações excessivas (celular, tablet, TV,
sárias.
outras telas), comportamento exageradamente
aprovadores ou reprovadores. Os cuidadores não 4. São pontos de destaque da diretriz:
devem forçar a criança a comer, não oferecer ali- a. O apoio à manutenção do aleitamento ma-
mentos na forma líquida, não adicionar leite ou terno durante o período de introdução de
suco às preparações para melhorar a aceitação. alimentação complementar;

A alimentação deve ser oferecida de colher, b. A preocupação com o marketing abusivo de


com ajuste de consistência, se necessário, com divulgação e venda de produtos que com-
auxílio e supervisão de um membro da família. petem com a amamentação e influenciam
A criança também deve experimentar e explorar de forma adversa no conhecimento do pro-
com as mãos, os alimentos oferecidos (inteiros ou fissional de saúde e nas escolhas alimenta-
parcialmente cortados), para que entre em conta- res das famílias;
to com diferentes formas, texturas e temperatura c. O alerta quanto ao uso excessivo e desne-
como parte natural de seu aprendizado sensório cessários de fórmulas infantis, compos-
motor. Deve-se estimular a interação com a co- tos lácteos e/ou “leites de crescimento”
mida, evoluindo a consistência e diversidade de em lactentes jovens, que não apresentam
acordo com seu tempo de desenvolvimento.20 vantagens nutricionais claras, apresentam
maior custo, podem interferir de forma ne-
gativa na diversidade e formação do hábito
alimentar da criança.

5. O cuidado e flexibilidade quanto a época de


Considerações gerais finais
introdução, tipo de alimento, preparações
sobre a diretriz:
e forma de alimentação da criança para pro-
moção de hábitos alimentares saudáveis
1. A diretriz da OMS apresenta uma proposta com promoção da saúde em curto e longo
atualizada, prática e ampla, utilizando método prazos.

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Aleitamento e alimentação complementar - Análise sobre as recomendações da Organização Mundial de Saúde – 2023

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Diretoria Plena
Triênio 2022/2024

PRESIDENTE: DIRETORIA DE DEFESA PROFISSIONAL Anamaria Cavalcante e Silva (CE) AP - SOCIEDADE AMAPAENSE DE PEDIATRIA
Clóvis Francisco Constantino (SP) DIRETOR: Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Camila dos Santos Salomão
1º VICE-PRESIDENTE: Fabio Augusto de Castro Guerra (MG) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) BA - SOCIEDADE BAIANA DE PEDIATRIA
Edson Ferreira Liberal (RJ) DIRETORIA ADJUNTA: Rodrigo Aboudib Ferreira Pinto (ES) Ana Luiza Velloso da Paz Matos
2º VICE-PRESIDENTE: Sidnei Ferreira (RJ) Claudio Hoineff (RJ) CE - SOCIEDADE CEARENSE DE PEDIATRIA
Edson Ferreira Liberal (RJ) Sidnei Ferreira (RJ) Anamaria Cavalcante e Silva
Anamaria Cavalcante e Silva (CE)
Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ) DF - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO DISTRITO FEDERAL
SECRETÁRIO GERAL: MEMBROS: Donizetti Dimer Giambernardino (PR)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) Gilberto Pascolat (PR) Renata Belém Pessoa de Melo Seixas
1º SECRETÁRIO: Paulo Tadeu Falanghe (SP) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO CONTINUADA ES - SOCIEDADE ESPIRITOSSANTENSE DE PEDIATRIA
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Cláudio Orestes Britto Filho (PB) À DISTÂNCIA Carolina Strauss Estevez Gadelha
Ricardo Maria Nobre Othon Sidou (CE) Luciana Rodrigues Silva (BA) GO - SOCIEDADE GOIANA DE PEDIATRIA
2º SECRETÁRIO:
Anenisia Coelho de Andrade (PI) Edson Ferreira Liberal (RJ) Valéria Granieri de Oliveira Araújo
Rodrigo Aboudib Ferreira (ES)
Isabel Rey Madeira (RJ) DIRETORIA DE PUBLICAÇÕES MA - SOCIEDADE DE PUERICULTURA E PEDIATRIA
3º SECRETÁRIO: Donizetti Dimer Giamberardino Filho (PR) DO MARANHÃO
Fábio Ancona Lopez (SP)
Claudio Hoineff (RJ) Jocileide Sales Campos (CE) Silvia Helena Cavalcante de S. Godoy
DIRETORIA FINANCEIRA: Carlindo de Souza Machado e Silva Filho (RJ) EDITORES DO JORNAL DE PEDIATRIA (JPED) MG - SOCIEDADE MINEIRA DE PEDIATRIA
Sidnei Ferreira (RJ) Corina Maria Nina Viana Batista (AM) COORDENAÇÃO: Márcia Gomes Penido Machado
2ª DIRETORIA FINANCEIRA: Renato Soibelmann Procianoy (RS) MS - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO MATO GROSSO DO SUL
DIRETORIA CIENTÍFICA
Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ) MEMBROS: Carmen Lúcia de Almeida Santos
DIRETOR: Crésio de Aragão Dantas Alves (BA)
3ª DIRETORIA FINANCEIRA: Dirceu Solé (SP) MT - SOCIEDADE MATOGROSSENSE DE PEDIATRIA
Donizetti Dimer Giambernardino (PR) Paulo Augusto Moreira Camargos (MG) Paula Helena de Almeida Gattass Bumlai
DIRETORIA CIENTÍFICA - ADJUNTA João Guilherme Bezerra Alves (PE)
DIRETORIA DE INTEGRAÇÃO REGIONAL Luciana Rodrigues Silva (BA) PA - SOCIEDADE PARAENSE DE PEDIATRIA
Marco Aurelio Palazzi Safadi (SP) Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS: Magda Lahorgue Nunes (RS)
Giselia Alves Pontes da Silva (PE) PB - SOCIEDADE PARAIBANA DE PEDIATRIA
Dirceu Solé (SP) Maria do Socorro Ferreira Martins
COORDENADORES REGIONAIS Dirceu Solé (SP)
Luciana Rodrigues Silva (BA)
NORTE: Antonio Jose Ledo Alves da Cunha (RJ) PE - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE PERNAMBUCO
GRUPOS DE TRABALHO Alexsandra Ferreira da Costa Coelho
Adelma Alves de Figueiredo (RR) EDITORES REVISTA
Dirceu Solé (SP)
NORDESTE: Residência Pediátrica PI - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO PIAUÍ
Luciana Rodrigues Silva (BA)
Marynea Silva do Vale (MA) Ramon Nunes Santos
MÍDIAS EDUCACIONAIS EDITORES CIENTÍFICOS:
SUDESTE: PR - SOCIEDADE PARANAENSE DE PEDIATRIA
Luciana Rodrigues Silva (BA) Clémax Couto Sant’Anna (RJ)
Marisa Lages Ribeiro (MG) Victor Horácio de Souza Costa Junior
Edson Ferreira Liberal (RJ) Marilene Augusta Rocha Crispino Santos (RJ)
SUL: Rosana Alves (ES) RJ - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
EDITORA ADJUNTA: Cláudio Hoineff
Cristina Targa Ferreira (RS) Ana Alice Ibiapina Amaral Parente (ES) Márcia Garcia Alves Galvão (RJ)
RN - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO-OESTE: PROGRAMAS NACIONAIS DE ATUALIZAÇÃO CONSELHO EDITORIAL EXECUTIVO: Manoel Reginaldo Rocha de Holanda
Renata Belem Pessoa de Melo Seixas (DF) Sidnei Ferreira (RJ)
PEDIATRIA - PRONAP RO - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE RONDÔNIA
Fernanda Luisa Ceragioli Oliveira (SP) EDITORES ASSOCIADOS: Wilmerson Vieira da Silva
COMISSÃO DE SINDICÂNCIA Danilo Blank (RS)
TITULARES: Tulio Konstantyner (SP) RR - SOCIEDADE RORAIMENSE DE PEDIATRIA
Claudia Bezerra Almeida (SP) Paulo Roberto Antonacci Carvalho (RJ) Erica Patricia Cavalcante Barbalho
Jose Hugo Lins Pessoa (SP) Renata Dejtiar Waksman (SP)
Marisa Lages Ribeiro (MG) NEONATOLOGIA - PRORN RS - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DO RIO GRANDE DO SUL
Renato Soibelmann Procianoy (RS) DIRETORIA DE ENSINO E PESQUISA Sérgio Luis Amantéa
Marynea Silva do Vale (MA) Angelica Maria Bicudo (SP)
Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) Clea Rodrigues Leone (SP) SC - SOCIEDADE CATARINENSE DE PEDIATRIA
Vilma Francisca Hutim Gondim de Souza (PA) TERAPIA INTENSIVA PEDIÁTRICA - PROTIPED COORDENAÇÃO DE PESQUISA Nilza Maria Medeiros Perin
Werther Bronow de Carvalho (SP) Cláudio Leone (SP) SE - SOCIEDADE SERGIPANA DE PEDIATRIA
SUPLENTES:
Analiria Moraes Pimentel (PE) TERAPÊUTICA PEDIÁTRICA - PROPED COORDENAÇÃO DE GRADUAÇÃO Ana Jovina Barreto Bispo
Dolores Fernanadez Fernandez (BA) Claudio Leone (SP) COORDENAÇÃO: SP - SOCIEDADE DE PEDIATRIA DE SÃO PAULO
Rosana Alves (ES) Sérgio Augusto Cabral (RJ) Rosana Fiorini Puccini (SP) Renata Dejtiar Waksman
Silvio da Rocha Carvalho (RJ) EMERGÊNCIA PEDIÁTRICA - PROEMPED MEMBROS: TO - SOCIEDADE TOCANTINENSE DE PEDIATRIA
Sulim Abramovici (SP) Hany Simon Júnior (SP) Rosana Alves (ES) Ana Mackartney de Souza Marinho
Gilberto Pascolat (PR) Suzy Santana Cavalcante (BA)
ASSESSORES DA PRESIDÊNCIA PARA POLÍTICAS PÚBLICAS: DEPARTAMENTOS CIENTÍFICOS
DOCUMENTOS CIENTÍFICOS Ana Lucia Ferreira (RJ) • Aleitamento Materno
COORDENAÇÃO: Emanuel Savio Cavalcanti Sarinho (PE) Silvia Wanick Sarinho (PE)
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) • Alergia
Dirceu Solé (SP) Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) • Bioética
DIRETORIA E COORDENAÇÕES Luciana Rodrigues Silva (BA) • Cardiologia
COORDENAÇÃO DE RESIDÊNCIA E ESTÁGIOS EM PEDIATRIA
DIRETORIA DE QUALIFICAÇÃO E CERTIFICAÇÃO PUBLICAÇÕES COORDENAÇÃO: • Dermatologia
PROFISSIONAL Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) • Emergência
TRATADO DE PEDIATRIA • Endocrinologia
Edson Ferreira Liberal (RJ) Fábio Ancona Lopes (SP) MEMBROS:
José Hugo de Lins Pessoa (SP) • Gastroenterologia
Luciana Rodrigues Silva (BA) Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) • Genética Clínica
Maria Angelica Barcellos Svaiter (RJ) Dirceu Solé (SP) Paulo de Jesus Hartmann Nader (RS) • Hematologia
COORDENAÇÃO DE ÁREA DE ATUAÇÃO Clovis Artur Almeida da Silva (SP) Victor Horácio da Costa Junior (PR) • Hepatologia
Sidnei Ferreira (RJ) Clóvis Francisco Constantino (SP) Silvio da Rocha Carvalho (RJ) • Imunizações
Edson Ferreira Liberal (RJ) Tânia Denise Resener (RS) • Imunologia Clínica
COORDENAÇÃO DO CEXTEP (COMISSÃO EXECUTIVA DO Anamaria Cavalcante e Silva (CE) Delia Maria de Moura Lima Herrmann (AL) • Infectologia
TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PEDIATRIA) OUTROS LIVROS Helita Regina F. Cardoso de Azevedo (BA) • Medicina da Dor e Cuidados Paliativos
COORDENAÇÃO: Fábio Ancona Lopes (SP) Jefferson Pedro Piva (RS) • Medicina do Adolescente
Hélcio Villaça Simões (RJ) Dirceu Solé (SP) Sérgio Luís Amantéa (RS) • Medicina Intensiva Pediátrica
Clóvis Francisco Constantino (SP) Susana Maciel Wuillaume (RJ) • Nefrologia
COORDENAÇÃO ADJUNTA:
Aurimery Gomes Chermont (PA) • Neonatologia
Ricardo do Rego Barros (RJ)
DIRETORIA DE CURSOS, EVENTOS E PROMOÇÕES Silvia Regina Marques (SP) • Neurologia
MEMBROS: DIRETORA: Claudio Barssanti (SP) • Nutrologia
Clovis Francisco Constantino (SP) - Licenciado Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck (SP) Marynea Silva do Vale (MA) • Oncologia
Ana Cristina Ribeiro Zöllner (SP) Liana de Paula Medeiros de A. Cavalcante (PE) • Otorrinolaringologia
Carla Príncipe Pires C. Vianna Braga (RJ) MEMBROS:
Ricardo Queiroz Gurgel (SE) • Pediatria Ambulatorial
Cristina Ortiz Sobrinho Valete (RJ) COORDENAÇÃO DAS LIGAS DOS ESTUDANTES • Ped. Desenvolvimento e Comportamento
Grant Wall Barbosa de Carvalho Filho (RJ) Paulo César Guimarães (RJ) COORDENADOR:
Cléa Rodrigues Leone (SP) • Pneumologia
Sidnei Ferreira (RJ) Lelia Cardamone Gouveia (SP) • Prevenção e Enfrentamento das Causas Externas
Silvio Rocha Carvalho (RJ) Paulo Tadeu de Mattos Prereira Poggiali (MG)
MUSEU DA PEDIATRIA na Infância e Adolescência
COMISSÃO EXECUTIVA DO EXAME PARA OBTENÇÃO DO COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE REANIMAÇÃO NEONATAL (MEMORIAL DA PEDIATRIA BRASILEIRA) • Reumatologia
TÍTULO DE ESPECIALISTA EM PEDIATRIA AVALIAÇÃO Maria Fernanda Branco de Almeida (SP) COORDENAÇÃO: • Saúde Escolar
SERIADA Ruth Guinsburg (SP) Edson Ferreira Liberal (RJ) • Sono
• Suporte Nutricional
COORDENAÇÃO: COORDENAÇÃO DO CURSO DE APRIMORAMENTO MEMBROS: • Toxicologia e Saúde Ambiental
Eduardo Jorge da Fonseca Lima (PE) EM NUTROLOGIA PEDIÁTRICA (CANP) Mario Santoro Junior (SP)
Luciana Cordeiro Souza (PE) Virgínia Resende Silva Weffort (MG) José Hugo de Lins Pessoa (SP) GRUPOS DE TRABALHO
MEMBROS: Sidnei Ferreira (RJ) • Atividade física
PEDIATRIA PARA FAMÍLIAS Jeferson Pedro Piva (RS) • Cirurgia pediátrica
João Carlos Batista Santana (RS)
Victor Horácio de Souza Costa Junior (PR) COORDENAÇÃO GERAL: • Criança, adolescente e natureza
Edson Ferreira Liberal (RJ) DIRETORIA DE PATRIMÔNIO • Doença inflamatória intestinal
Ricardo Mendes Pereira (SP) COORDENAÇÃO:
Mara Morelo Rocha Felix (RJ) COORDENAÇÃO OPERACIONAL: • Doenças raras
Nilza Maria Medeiros Perin (SC) Claudio Barsanti (SP) • Drogas e violência na adolescência
Vera Hermina Kalika Koch (SP) Edson Ferreira Liberal (RJ)
Renata Dejtiar Waksman (SP) • Educação é Saúde
Maria Tereza Fonseca da Costa (RJ) • Imunobiológicos em pediatria
DIRETORIA DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS MEMBROS: Paulo Tadeu Falanghe (SP) • Metodologia científica
Nelson Augusto Rosário Filho (PR) Adelma Alves de Figueiredo (RR)
Sergio Augusto Cabral (RJ) Marcia de Freitas (SP) • Oftalmologia pediátrica
AC - SOCIEDADE ACREANA DE PEDIATRA • Ortopedia pediátrica
Nelson Grisard (SC) Ana Isabel Coelho Montero
REPRESENTANTE NA AMÉRICA LATINA Normeide Pedreira dos Santos Franca (BA) • Pediatria e humanidades
Ricardo do Rego Barros (RJ) AL - SOCIEDADE ALAGOANA DE PEDIATRIA • Políticas públicas para neonatologia
PORTAL SBP Marcos Reis Gonçalves • Saúde mental
INTERCÂMBIO COM OS PAÍSES DA LÍNGUA PORTUGUESA Clovis Francisco Constantino (SP) AM - SOCIEDADE AMAZONENSE DE PEDIATRIA • Saúde digital
Marcela Damasio Ribeiro de Castro (MG) Edson Ferreira Liberal (RJ) Adriana Távora de Albuquerque Taveira • Saúde Oral

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