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ILSI BRASIL
23-173364 CDD-613.2
Índices para catálogo sistemático:
AUTORES:
Tulio Konstantyner
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Screening nutricional pediátrico: uma ferramenta prática para o consultório / ILSI Brasil
Juliana Maldonado
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SUMÁRIO
2. A AVALIAÇÃO CLÍNICA 14
3. A AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 18
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 40
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INTRODUÇÃO
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Ferramenta Detalhes
Avaliação bastante útil na prática pediátrica. Consiste em uma entrevista rápida na qual a criança
Recordatório de 24 horas e/ou seu responsável (pai, mãe ou cuidador) recordam todos os alimentos e bebidas ingeridas nas
24 horas precedentes
Consiste no preenchimento de uma planilha estruturada, na qual deverão ser anotados todos os
Registro alimentar habitual ou
alimentos e suas quantidades, ingeridos durante três ou quatro dias alternados (dois dias de
diário alimentar
semana e um de final de semana)
Estima o número de vezes que determinado alimento ou grupo alimentar foi ingerido durante um
Frequência alimentar
determinado período
Introdução alimentar Identifica a idade em meses que os alimentos foram introduzidos na alimentação complementar
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2. A AVALIAÇÃO CLÍNICA
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Sinais e sintomas
Vitamina
Carência Excesso
Alterações visuais (cegueira noturna, ressecamento da conjuntiva e da córnea, lesão da córnea e cegueira Descamação, escamação e rachaduras
irreversível) de pele, xerose cutânea e alopecia
Beribéri (fraqueza e perda de massa muscular, neuropatia periférica, coração aumentado ou taquicardia, falta
B1 (Tiamina)
de ar, inchaço nas extremidades, perda de sensibilidade ou sensação de formigamento nos membros).
B5 Parestesia das mãos e pés, reflexos exacerbados de tendões profundos, depressão mental
Sinais de anemia (palidez cutânea, fraqueza, anorexia, taquicardia), lesões de mucosa, insônia, déficit de
B9 (Ácido fólico) NA
memória e irritabilidade
Escorbuto (petéquias, equimoses, hiperqueratose e hemorragia perifolicular, cansaço, fadiga, ausência de Diarreia, cálculos renais, cansaço e
C
ganho de peso, anorexia e irritabilidade, gengivas edemaciadas, alteração na formação dos dentes) apatia
Raquitismo (atraso do desenvolvimento e do crescimento ósseo, irritabilidade, sudorese, dor óssea, hipotonia Fraqueza, náuseas, anorexia, cefaleia,
D muscular, fronte olímpica, crânio tabes, deformidades de membros inferiores, sulco de Harrison [atrofia dor abdominal, cãibra, diarreia,
diafragmática] e alargamento das junções costocondrais [rosário raquítico] e de punhos e tornozelos) constipação, vômitos, poliúria
Diminuição dos reflexos tendíneos, ataxia espinocelular, disartria, miopatia esquelética e retinopatia Cefaleia, fadiga, náusea, fraqueza
E
pigmentada muscular
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NA: Não se Aplica (não há evidências de efeitos adversos relatados associados ao excesso de inges-
tão, o que não significa que não ocorram em potencial); IVAS: infecções das vias aéreas superiores.
Cobre Neuropatia axonal periférica, fratura óssea, palidez cutâneo-mucosa Dor epigástrica, vômito, diarreia e icterícia
Tremor, parestesia, ataxia, confusão mental, convulsão, coma, fraqueza, rigidez articular,
Fósforo Tetania, hipotonia e taquicardia
dores ósseas, osteomalácea, palidez cutâneo-mucosa, hemorragia, anorexia,
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Sinais e sintomas
Fenótipos clínicos de síndrome genéticas: sinais como hipertelorismo ocular, fácies atípica, implantação
Baixa estatura
baixa do pavilhão ocular, pescoço curto e alado, hipotonia muscular, encurtamento de membros etc.
Marasmo (magreza extrema e atrofia muscular, lesões hipocrômicas ao lado de hipercrômicas, com
descamação, perda intensa de tecido subcutâneo, abdômen proeminente, aspecto simiesco, costelas
visíveis, desaparecimento da bola de Bichat, pele frouxa sobretudo nas nádegas, irritabilidade)
Desnutrição
Kwashiorkor (edema generalizado, perda moderada do tecido subcutâneo, dor a palpação do fígado,
hepatomegalia, cabelo fraco, seco e descolorido, alterações cutâneas, apatia, anorexia)
Mista (sinais de marasmo com edema ou sinais de kwashiorkor em crianças com perda intensa de tecido
subcutâneo)
Pubarca precoce, incontinência urinária, joelho valgo, pé plano, acúmulo de gordura abdominal e problemas
psicossociais
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3. A AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
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Os pontos de corte de percentis e/ou escores-z dos índices P/I, P/E, E/I e IMC/I
e a nomenclatura adotada em cada faixa para a classificação do estado nutricional de
crianças e adolescentes, de acordo com a Organização Mundial da Saúde, estão apre-
sentados no quadro 7.
Percentil Escore-Z P/I P/E IMC/I E/I P/I IMC/I E/I IMC/I E/I
Muito baixo Muito baixa Muito baixo Muito baixa Muito baixa
Magreza Magreza Magreza Magreza
< 0,1 < -3 peso para estatura para peso para estatura para estatura para
acentuada acentuada acentuada acentuada
idade idade idade idade idade
P/I: peso-para-idade; P/E: peso-para-estatura; IMC/I: índice de massa corporal-para-idade; E/I: esta-
tura-para-idade (E/I).
Peso
A pesagem deve ser feita com a criança despida, até 24 meses, e com roupas
leves, nas crianças maiores, sendo posicionadas de modo que o peso seja igualmente
distribuído pela superfície da balança, que deve estar calibrada. Deve-se utilizar um
pano ou papel sobre a balança, que deve ser colocado antes da calibração e ajustado
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antes de se proceder a medida. Para crianças até 24 meses, utiliza-se a balança “pesa-
-bebê”, mecânica ou digital, graduada até 15 a 16 Kg, com divisões de 5 a 10 g (Figura 3).
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Estatura
O termo estatura compreende o comprimento (medido com o indivíduo deitado)
e a altura (medida com o indivíduo em pé). Nos primeiros 24 meses de vida, a aferição
do comprimento deve ser realizada com o auxílio de régua antropométrica sobre uma
superfície plana. Para efetuar a leitura da medida, a criança deve estar em decúbito dor-
sal horizontal, descalça, com as pernas estendidas e com a cabeça livre de adereços. O
procedimento deve contar com a participação de dois examinadores (mãe e profissio-
nal). Posicionar a cabeça apoiada firmemente contra a parte fixa do equipamento, levar a
parte móvel do equipamento até a planta dos pés e fazer a leitura (Figura 5).
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Segurar a cabeça no
Plano de Frankfurt
Pressionar os joelhos
(estender as pernas)
Para medir a altura da criança com mais de 2 anos de idade, deve-se mantê-la
em pé e fazer a aferição preferencialmente com estadiômetro de parede (antropô-
metro vertical), que esteja fixado em parede lisa e sem rodapé, e posicionado a uma
distância correta do chão, de modo a garantir a leitura fidedigna da estatura.
Em pé, a criança deve estar descalça e ser colocada no centro do equipamento,
com a cabeça livre de adereços, ereta, com os braços estendidos ao longo do corpo, a
cabeça erguida, olhando para um ponto fixo na altura dos olhos, formando uma linha
estabelecida do ponto mais baixo da margem orbitária ao ponto mais alto da margem
do meato acústico externo (plano de Frankfurt).
Além disso, os calcanhares, as nádegas, os ombros e a parte posterior da cabeça
devem estar em contato com o antropômetro, as porções internas dos ossos dos calca-
nhares devem se tocar, bem como a parte interna dos joelhos. Os pés unidos formam
um ângulo reto com as pernas (Figura 6).
Para a correta interpretação da estatura, é importante a observação seriada da
criança para verificação do canal de crescimento e para o cálculo da velocidade de ga-
nho de medidas. Uma mensuração única dificilmente permitirá o diagnóstico correto.
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Figura 7. Esquema para aferição das medidas de segmento para estimativa da esta-
tura (comprimento superior do braço, tibial e do membro inferior a partir do joelho).
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Comprimento do membro inferior a partir do joelho (CJ) E = (2,69 x CJ) + 24,2 1,1
Perímetro cefálico
A medida do perímetro cefálico deve ser realizada prioritariamente durante os
três primeiros anos de vida. A medida deve ser realizada por meio de fita métrica fle-
xível, porém inelástica e inextensível, que deve passar pela glabela e pelo ponto mais
saliente do osso occipital (Figura 8).
Circunferência abdominal
A circunferência abdominal está proporcionalmente associada à presença de
gordura visceral e, portanto, relacionada ao maior risco metabólico e cardiovascular.
Existem várias formas de aferição. A mais empregada é a que utiliza o ponto médio
entre a última costela fixa e a borda superior da crista ilíaca (cintura natural), aproxi-
madamente 2 dedos acima da cicatriz umbilical (Figura 9). Especificamente, o valor da
relação circunferência abdominal dividido pela estatura (CA/E) maior que 0,5 é consi-
derado indicador de risco metabólico.
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Circunferência do pescoço
Para a avaliação do risco cardiovascular, também é possível realizar a circunfe-
rência do pescoço a partir dos 10 anos de idade (Tabela 3).
Circunferência do braço
Em 2009, a OMS e UNICEF recomendaram como critérios diagnósticos para des-
nutrição aguda grave (SAM – Severe Acute Malnutrition), em crianças de 6 a 60 meses
de idade, o uso dos seguintes parâmetros: P/E < -3 desvios-padrão, circunferência do
braço (MUAC – Mid-Upper Arm Circumference) < 115 mm e/ou a presença de edema
bilateral como sinal clínico. Os dois últimos critérios são bastante úteis em situações
ambientais adversas, que dificultam a verificação adequada do peso e da estatura.
Para a medida da circunferência do braço a criança ou adolescente deve per-
manecer em pé com o braço direito estendido paralelamente ao lado do corpo, fle-
xionar até formar ângulo reto com o antebraço. Medir a distância entre o acrômio e
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Dobras cutâneas
A medida das dobras ou pregas cutâneas possibilita estimar a quantidade de gor-
dura corporal. Para isso, utiliza-se o compasso de dobras cutâneas (plicômetro ou adi-
pômetro), que contém duas hastes que exercem pressão sobre duas camadas de pele e
gordura subcutânea, destacadas do tecido muscular adjacente. As dobras cutâneas mais
utilizadas para uma avaliação inicial são a tricipital (DCT) e subescapular (DCSE).
A DCT é medida na face posterior do braço, paralelamente ao eixo longitudi-
nal, no ponto que compreende a metade da distância entre a borda superolateral do
acrômio e o olecrano. A medida da DCSE é realizada obliquamente a 45.º em relação
ao eixo longitudinal, localizada 1 cm abaixo do ângulo inferior da escápula (Figura 11).
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A OMS fornece os percentis da DCT e DCSE para crianças de três meses a cinco
anos de idade estratificadas por sexo. Eles são apresentados em tabelas e gráficos
(who.int/childgrowth/standards/en/). Percentis < 5 e > 95 são considerados déficit e
excesso de gordura corporal, respectivamente. Valores entre 5 e 15 e entre 85 e 95 são
considerados nas faixas de risco.
O quadro 8 apresenta as equações que utilizam a soma das dobras cutâneas
tricipital e subescapular para estimar a porcentagem de gordura corporal. Elas consi-
deram o estado de maturação sexual (estágios de Tanner), a etnia e o próprio valor da
soma para determinar as constantes que devem ser utilizadas.
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Sexo feminino
Brancas ou negras com somatório das dobras menor ou igual a 35 mm
%G = 1,33 (DCT + DCSE) – 0,013 (DCT + DCSE) – 2,5
Brancas ou negras com somatório das dobras maior que 35 mm
%G = 0,546 (DCT + DCSE) + 9,7
Sexo masculino*
Brancos com somatório das dobras menor ou igual a 35 mm
Pré-púberes: %G = 1,21 (DCT + DCSE) – 0,008 (DCT + DCSE) – 1,7
Púberes: %G = 1,21 (DCT + DCSE) – 0,008 (DCT + DCSE) – 3,4
Pós-púberes: %G = 1,21 (DCT + DCSE) – 0,008 (DCT + DCSE) – 5,5
Negros com somatório das dobras menor ou igual a 35 mm
Pré-púberes: %G = 1,21 (DCT + DCSE) – 0,008 (DCT + DCSE) – 3,5
Púberes: %G = 1,21 (DCT + DCSE) – 0,008 (DCT + DCSE) – 5,2
Pós-púberes: %G = 1,21 (DCT + DCSE) – 0,008 (DCT + DCSE) – 6,8
Brancos ou negros com somatório das dobras maior que 35 mm
%G = 0,783 (DCT + DCSE) + 1,6
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Sexo
Classificação
Masculino (%) Feminino (%)
Extremamente baixa <6 < 12
Baixa 6 a 10 12 a 15
Adequada > 10 a 20 > 15 a 25
Alta > 20 a 25 > 25 a 30
Muito alta > 25 a 31 > 30 a 36
Extremamente alta > 31 > 36
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partir de 2 anos. cDiminui em situações de estresse, inflamação e trauma, motivo pelo qual é conside-
rada uma proteína negativa da fase aguda. dVitaminas e minerais.
RN: Recém-nascido; TSH: Hormônio estimulador da tireoide; IGF-1: fator de crescimento insulina-sí-
mile; IGFBP-3: proteína carreadora do IGF-1; GH: hormônio de crescimento; DEXA: absortometria
de raio X de dupla energia; CT: colesterol total; HDL-C: lipoproteína de alta densidade; LDL-C: lipo-
proteína de baixa densidade; VLDL-C: lipoproteína de muita baixa densidade; TG: triglicérides; APO:
apoproteína; TTOG: teste de tolerância oral à glicose; TRF: transferrina.
Bioimpedanciometria
A impedância bioelétrica é o instrumento mais utilizado para a avaliação da
composição corporal, em condições clínicas e de campo, pois é uma técnica não in-
vasiva e de custo relativamente baixo, que estima a porcentagem corporal de massa
magra e massa gorda.
Ela baseia-se no pressuposto de que o tecido magro, que contém uma grande
quantidade de água e eletrólitos, é um bom condutor de corrente elétrica, e que a
gordura, que possui pequena quantidade de água, é um mau condutor. No entanto, os
resultados também dependem da idade, etnia, sexo, condição física e várias proprie-
dades elétricas do corpo indivíduo, como composição, hidratação e densidade. Por
isso, é muito importante aderir aos procedimentos padronizados de medida e utilizar
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Tabela 5. Valores séricos do perfil lipídico para faixa etária entre 2 e 19 anos.
Valores (mg/dL)
Lipídeo
Desejáveis Limítrofes Alterados
CT < 150 150 a 169 ≥ 170
LDL-C < 100 100 a 129 ≥ 130
HDL-C ≥ 45 — —
TG < 100 100 a 129 ≥ 130
APO B < 90 90 a 109 > 110
APO A1 > 120 110 a 120 < 110
CT: colesterol total; HDL-C: lipoproteína de alta densidade; LDL-C: lipoproteína de baixa densidade;
VLDL-C: lipoproteína de muita baixa densidade; TG: triglicérides; APO: apoproteína.
Fonte: Giuliano et al. (2005) e Kwiterovich (2008).
CT: colesterol total; HDL-C: lipoproteína de alta densidade; LDL-C: lipoproteína de baixa densidade;
TG: triglicérides; APO: apoproteína. A fração não-HDL-C = Colesterol total – HDL-C.
*Valores de colesterol total ≥ 230 mg/dL podem indicar hipercolesterolemia familiar.
Quando os valores de triglicérides forem superiores a 440 mg/dL, solicitar dosagem de triglicérides
após um jejum de 12 horas.
Fonte: Sociedade Brasileira de Pediatria (2020).
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Sexo
Idade (anos) Masculino Feminino
5a9 10 a 14 15 a 19 5a9 10 a 14 15 a 19
Percentil Colesterol total (mg/dL)
50 153 161 152 164 159 157
90 183 191 183 189 191 198
95 186 201 191 197 205 208
Triglicerídeos (mg/dL)
50 48 58 68 57 68 64
90 70 94 125 103 104 112
95 85 111 143 120 120 126
LDL-C (mg/dL)
50 90 94 93 98 94 93
90 117 123 123 125 126 129
95 129 133 130 140 136 137
HDL-C (mg/dL)
5 38 37 30 36 37 35
10 43 40 34 38 40 38
50 55 55 46 52 52 51
CT: colesterol total; HDL-C: lipoproteína de alta densidade; LDL-C: lipoproteína de baixa densidade;
TG: triglicérides.
Fonte: Daniels & Greer (2008).
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> 15 a 30, mas < 100 Possível: não está excluída na presença de inflamação, doença crônica ou PCR elevado
PCR: proteína-c-reativa.
Fonte: Pasricha et al. (2010).
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Histórico e Justificativa
Com atividades iniciadas, em 2011, como um Grupo de Trabalho ligado à For-
ça-Tarefa Nutrição Clínica, a equipe consolidou seus objetivos e metas até se tornar
uma Força-Tarefa independente, em 2016. Atualmente, sua atuação é direcionada à
nutrição da gestante e lactente, prosseguindo na Primeira Infância expandida (até os 5
anos de vida) e, posteriormente, na faixa etária escolar até o início da adolescência (10
anos), considerando as peculiaridades destes grupos na promoção da saúde.
A proposta é estimular a discussão multidisciplinar neste universo, que envolve
profissionais de diversas especialidades, e contribuir para que a informação isenta e de
qualidade seja ferramenta importante na atualização científica do profissional atuante na
saúde, que envolve o acompanhamento do crescimento e desenvolvimento da criança,
contribuindo, assim, para a saúde e qualidade do capital humano na vida adulta.
Objetivos
• Estimular a discussão de assuntos ligados às necessidades nutricionais de
crianças de 0 a 10 anos, levando conhecimento científico sobre o tema.
• Atuar como facilitador nas trocas de informações entre profissionais da área
de saúde, empresas, academia, órgãos científicos e governamentais.
• Melhoria da qualidade de vida destes grupos populacionais.
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