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UNIVERSIDADE PAULISTA

AMANDA DA SILVA CAMPOS N588JD-5


FELIPE DUARTE MIRANDA DE OLIVEIRA N6187C5
GIOVANNA MARY FERNANDES MARIANNO N574267
PAMELA FONSECA MENDES N609273
PEDRO FARIA DE OLIVEIRA N5711F0
PEDRO HENRIQUE D A FLORESN550JD8

OBESIDADE:
Vegetarianismo

Trabalho apresentado à disciplina de


Atividades Práticas Supervisionadas do
1ª semestre, do Curso de Nutrição da
Universidade Paulista, campus Tatuapé.

Orientadora:Prof.ª Christina Montuori

SÃO PAULO
2020
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RESUMO

Este trabalho tem como objetivo abordar temas específicos que envolvem a
obesidade, seus prejuízos a saúde, impacto social, métodos de diagnóstico,
prevenção e combate etc, utilizando como pesquisa, artigos e teses cientificas.
Também é abordado os possíveis impactos positivos ou negativos da implantação
de uma dieta vegetariana como intuito de ferramenta de combate/prevenção.
A obesidade é uma doença crônica gerada pelo excesso de gordura corporal
ocasionando problemas à saúde, como diabetes e hipertensão. Esse problema, de
acordo com os dados da Vigitel, atinge 21% das mulheres e 19,5% da população
masculina brasileira.
Ademais, foi realizado uma pesquisa com pessoas de diferentes hábitos alimentares
e rotinas diárias, e também uma atividade educacional, para poder descobrir quais
dúvidas estes indivíduos possuem sobre o tema, para poderem serem abordadas
com o intuito de sana-las. .

Palavras-chaves: Doença crônica não transmissível; Obesidade e sua relação com o


vegetarianismo; A epidemia da obesidade na atualidade; Dieta vegetariana pode ser
relacionada a obesidade
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SUMÁRIO

1 Introdução ............................................................................................................... 4
2 Objetivos ................................................................................................................. 6
3 Métodos................................................................................................................... 7
4 Desenvolvimento .................................................................................................... 8
5 Conclusão ............................................................................................................. 25
Referências .............................................................................................................. 26
Anexos ..................................................................................................................... 30
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1. INTRODUÇÃO

O vegetarianismo é um tipo de alimentação que busca restringir o consumo


de alimentos de origem animal. Existem, dentro da alimentação vegetariana, alguns
tipos de classificações como: Ovolactovegetarianismo, onde ainda é consumido ovo
e derivados do leite; Lactovegetarianismo, utiliza leite e derivados em sua
alimentação; Ovovegetarianismo, utiliza ovos em sua alimentação e o
Vegetarianismo estrito, onde não é utilizado nenhum produto de origem animal em
sua alimentação. Além disso, há o veganismo, que segundo a Vegan Society, é um
estilo de vida que visa excluir todos os tipos de exploração animal.

De acordo com uma pesquisa realizada pela Sociedade Vegetariana


Brasileira, em 2012, havia cerca de 8% de vegetarianos no país, hoje, esse número
já passa dos 75%. Também é possível notar uma diferença na forma como a
sociedade age nesse assunto, antes, vegetarianos poderiam se sentirem excluídos
por não terem um prato coerente com sua dieta em restaurantes, e veganos, não
encontrariam produtos para eles na área comercial. Agora, já existem no Brasil
cerca de 200 restaurantes veganos e vegetarianos, em restaurantes comuns,
geralmente tem um prato disponível para essa clientela, e nas prateleiras de
mercados, podemos ver muitos produtos para todo o tipo de dieta vegetariana desde
leites vegetais –como o de amêndoas- até hambúrgueres de soja.

Ademais, dietas vegetarianas podem reduzir significativamente o risco de


desenvolver enfermidades crônicas não transmissíveis, como a obesidade, por se
tratar de uma dieta com baixo consumo de lipoproteínas, colesterol (LDL) e
triglicerídeos; e rica em fibras,porém,vale ressaltar que,se o indivíduo não consumir
os alimentos de forma equilibrada, pode gerar o reverso.

Assim, a “obesidade é uma doença caracterizada pelo excesso de acúmulo


de gordura corporal e normalmente está associada a outros problemas de saúde,
comprometendo ainda mais o estado do indivíduo.” (TOCANTINS. Secretária da
Saúde)

O aumento do peso corporal é uma tendência mundial. No mundo, mais de


600 milhões de adultos estão obesos, e 1,9 bilhões estão acima do peso. E o
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número de obesos em países em desenvolvimento está rapidamente alcançando o


de países desenvolvidos. Já no Brasil, segundo pesquisa da Vigitel:

(...) a prevalência de obesidade aumentou 72,0% desde o início do


monitoramento, passando de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019 (Tabela
1). Em 2019, a prevalência de obesidade entre mulheres foi de 21,0% e
entre homens 19,5%. A prevalência de obesidade também tende a
aumentar com a idade: para os jovens de 18 a 24 anos, foi de 8,7% e entre
os adultos com 65 anos e mais, 20,9%; e a diminuir com a escolaridade:
para as pessoas com até oito anos de escolaridade, a prevalência foi de
24,2% e entre aqueles com 12 anos ou mais, 17,2%. (2019, p.21).

A obesidade é um fator de risco para várias doenças dentre as quais


podemos citar: câncer, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares etc. Nos
países em desenvolvimento, essas doenças tendem a aumentar as taxas juntas,
gerando problemas ao sistema de saúde para conseguir lidar com essa carga dupla,
principalmente, de acordo com pesquisa da CFN , nos países da América Latina.

Como exemplo, há a carga dupla da má nutrição. Nove a cada dez países,


entre eles o Brasil, estão à beira de uma epidemia de saúde conhecida como “carga
dupla da má nutrição”: obesidade e desnutrição convivendo lado a lado. Há também
o fenômeno do “gordo-magro”: pessoas que parecem ter um peso saudável, mas
que carregam em seu corpo grandes quantidades de gordura escondida.

Atualmente, todos os países do mundo lutam com algum tipo de problema


nutricional.

Práticas educativas em saúde são práticas existentes em diversos espaços e


estão presentes no cotidiano da população, que tem a finalidade de educar, orientar
e ensinar os indivíduos a como se comportar para se ter saúde.

Os métodos utilizados nas práticas, segundo Bagnato MHS (2006), podem


envolver trabalhos em grupos, com pessoas da família ou com trabalhadores da
área da saúde.

Este trabalho tem como objetivo orientar a população que possui dificuldades
para entender sobre o que é obesidade e tudo que a envolve, e como ela pode estar
relacionada com o vegetarianismo.
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2. OBJETIVOS

2.1 Objetivos Gerais

• Verificar a relação entre vegetarianismo e obesidade, prevenindo-a ou


combatendo-a.

2.2 Objetivos Específicos

• Informar quais critérios são levados em conta para se diagnosticar a


obesidade.
• Mostrar quais impactos a obesidade pode causar na autoestima e na saúde
física do indivíduo e como isso prejudica sua vida pessoal.
• Relacionar a obesidade com outras doenças silenciosas.
• Indicar como o contexto socioeconômico está relacionado ao aumento dos
casos de obesidade na população.
• Apontar quais são os principais obstáculos que impedem as mudanças de
hábitos de vida e hábitos alimentares da população.
• Encontrar meios de prevenção e combate a obesidade.
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3. MÉTODOS

No intuito de tentar buscar saber o que a população pensa e sabe sobre o


assunto, fora aplicado um questionário para oito pessoas, de idades entre 23 a 50
anos com perguntas sobre a obesidade e vegetarianismo, para isso, foram utilizados
periódico científicos publicados entre 2013 a 2019. Era previsto realizar o
questionário pessoalmente, em uma roda de conversa entre o grupo e o nosso
público alvo, porém, por conta das medidas de distanciamento estabilizadas pela
OMS, decidimos mudar o cenário, passando a ser online. Ademais, está anexado
um folder explicativo, contendo algumas curiosidades sobre o fast food e como o
vegetarianismo pode implicar no desenvolvimento ou na prevenção do quadro da
obesidade, assim, o folder tem o objetivo de orientar o nosso público alvo.
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4. DESENVOLVIMENTO

CRITÉRIOS QUE SÃO LEVADOS EM CONTA PARA SE DIAGNOSTICAR A


OBESIDADE

A obesidade, de acordo com a OMS, é originada, na maioria dos casos, pelo


desbalanço energético, quando o indivíduo consome mais energia do que gasta,
resultando, assim, no ganho de peso.

A adiposidade pode ser avaliada por diferentes métodos, como medidas


antropométricas, onde são utilizadas medidas como peso, altura, circunferências, de
cintura e de quadril, e medidas de dobras ou pregas cutâneas, como a do tríceps,
para o diagnostico, análise de impedância bioelétrica (BIA), absortiometria de raios X
de dupla energia (DXA) etc.

Os métodos de medidas antropométricas são as mais utilizadas por serem de


baixo custo e simples. Alguns deles são: o índice de massa corporal (IMC),
circunferências, como de cintura (CC) e dobras cutâneas, como a do tríceps (TSF).

O IMC é um método que relaciona o peso e a altura. Para este calculo, é


utilizado uma balança, com carga máxima, de preferência, de 150kg, uma
calculadora e um estadiômetro, para medição de altura. É utilizado o valor da massa
corporal em quilogramas (Kg), dividido pelo quadrado da altura em metros
(m 2 ). Para saber se o individuo está saudável, sobrepeso ou obeso, é de comum
utilizar uma tabela de percentis, onde se considera o sexo e idade. O IMC, apesar
de ser o método mais conhecido, é limitado, pois não distingue a localização da
adiposidade e não discrimina a quantidade de massa magra do corpo (músculos e
gorduras), e massa gorda (tecido adiposo).

Feitas com fita métrica, as medidas de circunferência analisam a distribuição


de gordura corporal. As medidas podem ser feitas no quadril, cintura, abdômen,
braços, pescoço etc. Para obtenção da CC, é usada uma fita métrica no plano
horizontal sobre a cicatriz umbilical, sendo analisadas em percentis da CC conforme
sexo e idade.
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As medidas de dobras cutâneas é feita com um adipometro, que deve ser


colocado em contato direto com a pele, no caso do TSF, a pele do tríceps, e é
recomendado que o profissional meça três vezes o local.

A BIA é um instrumento rápido, prático, minimamente invasivo e relativamente


barato, utilizado para analisar a composição corporal de indivíduos com base na
condutividade elétrica dos tecidos (Faria. 2014). Isso é possível porque Os tecidos
magros são altos condutores de corrente elétrica por apresentar uma grande
quantidade de água e eletrólitos. Enquanto a Por outro lado, a gordura possui baixa
condutividade e elevada resistência.

O DXA é considerado na prática clínica como o 'padrão ouro' para esse tipo
de avaliação pelo seu custo elevado e baixa disponibilidade no mercado, por
exemplo. Ele utiliza a quantidade de radiação absorvida pelo segmento desejado, e
calcula a diferença entre a energia emitida pela fonte de radiação e a sensibilizada
pelo detector de energia.

Porém, apesar de permitir medidas repetidas em um mesmo indivíduo, por


sua baixa exposição à radiação, não é capaz de quantificar separadamente a
gordura visceral.
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IMPACTOS QUE A OBESIDADE PODE CAUSAR NA SAÚDE FÍSICA E NA


AUTOESTIMA DO INDIVIDUO, E COMO ISSO PREJUDICA SUA VIDA PESSOAL

A obesidade tem significativo impacto na saúde, bem-estar psicológico,


longevidade e na qualidade de vida. Esta é considerada um problema de
abrangência mundial, porque atinge elevado número de pessoas e predispõe o
organismo a várias doenças e morte prematura. Ela torna mais numerosas as
chances do aumento da mortalidade e da piora dos indicadores de qualidade de vida
em mesmo grupo etário de indivíduos obesos e não obesos.

Inúmeras pesquisas indicam que doenças cardiovasculares, renais,


digestivas, diabetes mellitus, problemas hepáticos e ortopédicos estão associadas
ao excesso de gordura corporal e a incidência dessas doenças é duas vezes mais
alta entre homens obesos e quatro vezes mais altos entre mulheres obesas,
comparados à população não obesa. Ela afeta o ser humano em todos os aspectos
relacionados à sua saúde e qualidade de vida, colocando-o numa situação de
exclusão.

A obesidade não traz danos apenas à saúde física. Além do


relacionamento intrafamiliar complicado, alguns transtornos psicológicos como
depressão, ansiedade e dificuldade de ajustamento social podem ser observados
em indivíduos com obesidade, seja ela endógena ou exógena.

Vários distúrbios fisiopatológicos são causados pela obesidade,


principalmente nas pessoas com IMC acima de 30 kg/m². Podem ser citados os
distúrbios cardiovasculares (hipertensão arterial sistêmica, hipertrofia ventricular
esquerda com ou sem insuficiência cardíaca, doença cérebro-vascular, trombose
venosa profunda, entre outros), distúrbios endócrinos (diabetes mellitus tipo II,
dislipidemia, hipotireoidismo, infertilidade e outros), distúrbios respiratórios (apneia
obstrutiva do sono, síndrome da hipoventilação, doença pulmonar restritiva).

A obesidade ainda pode gerar disfunções gastrointestinais, como hérnia


de hiato e colecistite, distúrbios dermatológicos, como estrias e papilomas, distúrbios
geniturinários, como anovulação e problemas gestacionais, distúrbios músculos-
esqueléticos, como osteoartrose e defeitos posturais, neoplasias, como câncer de
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mama ou próstata, distúrbios psicossociais, como sentimento de inferioridade e


isolamento social, e outras implicações, como o aumento do risco cirúrgico e
anestésico e também a diminuição da agilidade física.

A morbimortalidade relacionada à obesidade vem aumentando de forma


alarmante, principalmente quando o IMC situa-se em pelo menos 30 kg/m² e o risco
de morte prematura duplica acima de 35 kg/m². A obesidade grau III é uma das
doenças que mais matam no mundo. Na América Latina, aproximadamente 200 mil
pessoas morrem, anualmente, em decorrência das comorbidades relacionadas à
obesidade. A taxa de mortalidade para esses obesos é 12 vezes mais alta entre
homens de 25 a 40 anos, quando comparada à de pessoas de peso normal.

Além dos riscos cardiovasculares e metabólicos associados, indivíduos


obesos são mais propensos a apresentar doenças articulares como a osteoartrite
(OA) de joelhos. Tanto a obesidade quanto a OA de joelhos estão associadas a
diversas incapacidades funcionais, principalmente em atividades de locomoção
como a marcha e o uso de escadas. Estudos apontam uma relação crescente entre
o grau de excesso de peso e as incapacidades, levando a maiores prejuízos entre
as pessoas com obesidade grave ou mórbida, isto é, com índice de massa corporal
(IMC) maior que 40 kg/cm.

Uma vez que não há cura para essas doenças crônicas, compreender
suas inter-relações e impactos sobre a capacidade funcional é essencial para que os
profissionais de saúde possam direcionar suas intervenções e planejar as
estratégias de tratamento mais adequadas a essa população de risco. Clinicamente,
esses achados refletem a diversidade de respostas a doenças crônicas como a OA
de joelhos e a obesidade. Segundo a Organização Mundial de Saúde, as doenças
podem impactar a qualidade de vida e a capacidade funcional de diversas formas,
com efeitos nas funções e estruturas do corpo, atividades funcionais e participação
social.

Fatores pessoais e ambientais também podem influenciar a


funcionalidade e incapacidade. Este estudo reforça a importância de se avaliarem as
incapacidades de forma abrangente, considerando as diferenças e necessidades
individuais dos pacientes.
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O homem pós-moderno passou das necessidades fisiológicas do corpo


por energia, que geram a fome, para o desejo psicológico de comer. Nesse processo
dois aspectos são dignos de nota: as mudanças sociais e as mudanças emocionais.
Por outro lado, as exigências do mundo moderno e a própria necessidade de poder,
reconhecimento e realização acabam por, muitas vezes, gerar no indivíduo
alterações em seu estado emocional, que tem reflexos no apetite.

A difusão de padrões de beleza gera uma pressão prescritiva sobre as


pessoas, levando-as ao exagero das distorções corporais. Emerge então, desse
contexto uma preocupação em relação às pessoas com obesidade mórbida, que
veem-se cada vez mais distantes de terem o contorno corporal atrelado aos apelos
da mídia.

A insatisfação com o corpo se deve à obesidade e a negação que surge


das restrições que este impõe a pessoa portadora desta doença crônica. Alimentam
a crença de que seu corpo é “grotesco” e “repugnante” e que as outras pessoas as
veem com hostilidade e sentimento de desaprovação. Isso pode ser compreendido
porque a alteração da imagem corporal resultante do aumento de peso pode gerar
uma desvalorização da autoimagem e do autoconceito, no obeso, diminuindo a sua
autoestima, com alta probabilidade de surgirem sintomas depressivos e ansiosos,
uma diminuição da sensação de bem-estar e um aumento da sensação de
inadequação social, com uma consequente degradação da relação interpessoal.

A obesidade presente em indivíduos obesos acaba por, frequentemente,


afetar negativamente suas autoestimas, fazendo com que evitem o convívio com
outras pessoas. O obeso, ao se sentir inadequado, pode intensificar sua relação
com a comida, substituindo a probabilidade do relacionamento afetivo, por um
relacionamento alimentício, pelo prazer da comida, reforçando os mecanismos que
levam à obesidade.

De modo geral, há, entre as pessoas portadoras de obesidade, um


sentimento de serem mal vistas em termos de inteligência e sucesso em virtude da
aparência, o que lhes provocam a sensação de que elas geram expectativas de
fracasso. Esse sentimento de incapacidade, por sua vez, acaba levando ao
afastamento social. No caso daqueles que enfrentam a obesidade mórbida a
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percepção da exclusão é mais intensa, dada pela sensação de inadequação aos


padrões sociais.

A dificuldade no uso de transportes, sendo eles ônibus, trens, aviões,


carros e etc, está muito presente no cotidiano das pessoas obesas. Na maioria dos
casos, a dimensão da poltrona padrão não comporta seus corpos, colocando-as em
situação vexatória e penalizando-as financeiramente, uma vez que, não raro, tem
que despender o valor de duas passagens para poder se locomover nesse tipo de
utilitário.

Outro problema ao meio social diz respeito às roupas, dada a dificuldade


em encontrar roupas prontas, o que significa a exclusão do obeso em lojas de
departamento e, até mesmo em algumas lojas de tamanhos grandes. Além do
vestuário, o indivíduo obeso também enfrenta dificuldades na acessibilidade e
usabilidade de produtos que são desenvolvidos para a faixa média da população, de
acordo com padrões de planejamento e urbanismo de estruturas comuns.

Apesar dos produtos alimentícios ricos em proteínas e gorduras de


origem animal serem bastante consumidos e valorizados na cultura brasileira, como
as carnes vermelhas e embutidos, algumas pessoas optam por não consumirem
alimentos de origem animal. Este número é excessivamente pequeno na população
ocidental, em particular em países em desenvolvimento como o Brasil, onde o
consumo de produtos de origem animal vem crescendo continuamente com a renda.

Estudos epidemiológicos evidenciam uma forte associação entre uma


dieta rica em vegetais e frutas e baixo risco para as doenças crônicas. Há diversas
razões biológicas plausíveis que poderiam explicar a evidência de que o consumo
de hortaliças e frutas pode retardar ou impedir o início de doenças crônicas não
transmissíveis. Estes alimentos são fontes de uma variedade de nutrientes, incluindo
vitaminas, minerais, fibras e muitas outras classes de compostos biológicos ativos.
Tais substâncias podem exercer mecanismos complementares e sobrepostos,
incluindo a modulação de enzimas de detoxicação, de estimulação do sistema
imune, de redução da agregação plaquetária, de modulação da síntese do colesterol
e do metabolismo de hormônios, de redução da pressão sanguínea, e de
antioxidante, de antibacteriano, e de efeitos antivirais, mecanismos de prevenção de
doenças em potencial.
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Um fator a ser destacado é a omissão da carne e do peixe, que pode


aumentar o risco de deficiências nutricionais. A dieta vegana (estritamente de origem
vegetal), em particular, apresenta um enorme risco de deficiência de vitaminas B12
e B2 e de outros minerais, tais como cálcio, ferro e zinco. A dieta lacto-vegetariana
apresenta algum risco de deficiência de vitamina B12 e, possivelmente, de ferro,
visto que as melhores fontes e em quantidades adequadas para prevenir a anemia
ferropriva estão presentes na carne vermelha e vísceras. Por outro lado, uma dieta
vegetariana bem balanceada ou uma dieta onívora com quantidades moderadas de
produtos de origem animal, substituindo parcialmente a carne vermelha por peixe,
junto com consumo de grandes quantidades de produtos vegetais não refinados, é
possível ser mais protetora para a saúde que as dietas vegetarianas estritas.
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OBESIDADE E SUA RELAÇÃO COM OUTRAS DOENÇAS SILENCIOSAS

A obesidade é uma doença caracterizada pelo acúmulo de gorduras corporal


que pode motivar grandes problemas de saúde. Decorrente a dados da IBGE, o
Brasil tem acerca de 27 milhões de pessoas consideradas obesas, somando o total
de indivíduos acima do peso, a quantidade pode chegar até 75 milhões de pessoas.
A obesidade e o sobre peso estão diretamente ligado aos fatores ambientais, devido
as mudanças de hábitos da população com um grande alto consumo de valor
energético e a grande restrição de práticas de exercícios físicos, que se torna uma
das grandes causas da obesidade, o sedentarismo, que é a falta de atividades
físicas e o conforto que á vida moderna traz, causando o comodismo.
Segundo a organização mundial da saúde (OMS) a obesidade e a
hipertensão arterial, são os dois principais responsáveis pela maioria das mortes e
doenças em todo o mundo. Entretanto, além delas são existentes outras doenças
que pode se acarretar em uma pessoa com excesso de peso, como a diabete tipo II,
doenças do coração, bem como infarto ou ataque cardíaco, a elevação do colesterol
e até mesmo o câncer. Também pode se desenvolver um grande transtorno
psicológico como a diminuição da auto estima e a depressão, que é muito comum
em pessoas que são diagnosticadas com a doença.
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COMO O CONTEXTO SOCIOECONÔMICO ESTÁ RELACIONADO AO AUMENTO


DOS CASOS DE OBESIDADE NA POPULAÇÃO

Atualmente, a obesidade tem sido considerada a mais importante desordem


nutricional nos países desenvolvidos e em desenvolvimento, devido ao aumento da
sua incidência. A abordagem dos aspectos genéticos, metabólicos, psicossociais,
simbólicos, culturais e de estilo de vida permitiu fundamentar a obesidade enquanto
uma enfermidade plural e a necessidade de criar políticas públicas com ações
multidisciplinares e intersetoriais, que valorizem a parceria entre governo e
sociedade civil, na prevenção e combate a obesidade e promoção da saúde,
possibilitando a participação da comunidade nesse processo, através da
responsabilização e do autocuidado.
Os hábitos de vida adotados pelo homem são amplamente influenciados pelo
ambiente, atualmente considerado obeso gênico, pois induz à adoção de
comportamentos alimentares e de práticas de atividades inadequados, considerados
os principais fatores no desenvolvimento da obesidade. Dessa forma, o objetivo do
trabalho foi levantar na literatura, os fatores ambientais que poderiam cooperar com
a adoção desses comportamentos e práticas indesejáveis e a instalação e
perpetuação da obesidade. Tem se verificado que a urbanização e a globalização,
que transformam estruturas de maneira profunda, atuaram de forma a modificar a
vida cotidiana, influenciando os hábitos alimentares e a prática de atividade física,
sendo, muitas vezes, nítida a desestruturação da alimentação moderna e as
alarmantes proporções de pessoas sedentárias. Além disso, com a falta de tempo, a
conveniência e a acessibilidade, o hábito de se alimentar fora de casa tem
aumentado. Somem-se a isso, os meios de comunicação, que de certa forma, nos
impulsionam ao consumo de alimentos não saudáveis. Porém, não se sabe até onde
os fastfoods e os meios de comunicação são responsáveis no desenvolvimento da
obesidade. Percebem-se a importância e a complexidade dos fatores ambientais na
gênese obesidade e a necessidade das intervenções mais abrangentes e
contextualizadas para a efetividade de programas de prevenção e combate a
obesidade.
Apesar de ser amplamente reconhecido o papel de fatores genéticos, a
explosão da obesidade observada nos últimos cem anos não pode ser explicada por
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alterações gênicas que tenham ocorrido neste curto espaço de tempo, mas sim,
pelas mudanças ocorridas no meio ambiente consequentes ao intenso processo de
industrialização e aos avanços tecnológicos que ocorreram no mundo
contemporâneo. As determinantes que levaram ao aumento ponderal corporal se
relacionam basicamente às mudanças ambientais a que indivíduos geneticamente
suscetíveis ao ganho de peso se expuseram, aumentando a ingestão calórica e de
gorduras, reduzindo a atividade física frente ao estilo de vida característico da vida
moderna. Baseado na maior disponibilidade e menor custo dos alimentos, na
excessiva mecanização e automatização que tornam o indivíduo mais sedentário e
na maior pressão psicológica de natureza profissional e social, o homem moderno
vem sofrendo uma significativa alteração de seu comportamento de natureza obeso
genica, que será discutido no presente trabalho.
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PRINCIPAIS OBSTÁCULOS QUE IMPEDEM AS MUDANÇAS DE HÁBITOS DE


VIDA E HÁBITOS ALIMENTARES DA POPULAÇÃO

Pelo fato da obesidade ser uma doença complexa e multicausal, seus


determinantes ainda não foram completamente identificados e estudados e,
provavelmente, não serão compreendidos por completo, uma vez que podem ter um
caráter dinâmico no tempo.
Atualmente, as doenças crônicas não transmissíveis representam um grande
problema de saúde pública, muitas delas são evitáveis por meio de estratégias que
podem ser executadas durante o ciclo de vida. Obesidade, diabetes, hipertensão e
entre outros, têm origem na infância e adolescência, onde os hábitos alimentares
desempenham um papel essencial. Estratégias de prevenção devem começar na
população jovem, para impedir que ela se torne uma população adulta doente que
depende de assistência crônica do estado.
A redução do habito de se alimentar em casa fez com que a rotina de comida
rápida seja constante, prezando apenas pela praticidade, sem levar em
consideração os possíveis riscos à saúde, em conjunto com a falta de atividade
física, tem contribuído para o aumento da obesidade infantil. Comprovadamente os
níveis de colesterol e triglicerídeos são reduzidos com a prática de atividade física
em conjunto com alimentação balanceada (CORONELLI; MOURA, 2003; FRANCA;
ALVES, 2006).
As crianças são vulneráveis e dependentes das condições socioeconômicas e
culturais do seu grupo familiar, e essa influencia direta impacta nos hábitos
alimentares, na escolha de alimentos, na disponibilidade de alimentos e até na
quantidade de alimentos disponíveis, podendo tornar as escolhas alimentares
equivocadas, isso em conjunto com o hábitos sedentários, acesso a tecnologia sem
controle, e atividades que não demandam grande gasto energético, favorece que o
quadro de sobrepeso e obesidade apareça e permaneça na vida da criança
(PEARSON; BIDDLE, 2011).
Segundo a Organização Mundial da Saúde, frutas e verduras são
componentes essenciais de uma dieta saudável, e o consumo diário suficiente pode
contribuir para a prevenção de doenças graves.
Em um estudo realizado por Quizán Plata et al. , 2012 onde a eficácia de um
programa de alimentação saudável foi medida nas escolas públicas de Sonora,
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observou-se que as instituições que intervieram nas campanhas educacionais


aumentaram o consumo de frutas durante o recreio, enquanto aquelas nas quais
nenhuma intervenção foi realizada, apresentaram maior risco. Após o consumo de
alimentos não saudáveis, a intervenção durou 6 meses.
Matta (2008) sugere a importância de educação alimentar e nutricional focada
em autonomia de escolha de alimentos, pensando na necessidade que as crianças
têm de entender desde muito cedo a importância de se alimentar de forma
adequada, para que se tornem adultos saudáveis. Educação essa voltada para o
publico especifico, realizada através de atividades de fácil compreensão, de acordo
com a realidade econômica e social da criança ou do grupo alvo.
Além dos hábitos alimentares, a atividade física também tem sido
amplamente discutida pela comunidade científica, principalmente devido à sua
associação inversa com doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) em adultos e
adolescentes.
Uma publicação recente mostrou que a probabilidade de ser obeso era
significativamente maior nos subgrupos classificados como baixa atividade física e
tempo de tela longo, em comparação com alta atividade física e tempo de tela baixo,
especialmente em meninos.
Pesquisas recentes realizadas na Austrália mostraram que o costume de
passar muito tempo sentado é um fator de risco para mortalidade. No caso
específico de crianças e adolescentes, estudos mostraram que ter televisão no
quarto e/ou permanecer sentado assistindo televisão por mais de duas horas / dia
está associado positivamente ao excesso de peso, e há evidências de que horas
excessivas de sentar têm associação com vários marcadores de obesidade e risco
metabólico/cardiovascular.
Os principais mecanismos que poderiam explicar a associação entre a baixa
adesão à atividades físicas e o prejuízo à saúde metabólica e cardiovascular,
apontam para reduções na atividade da lipoproteína lipase muscular (LPL) durante a
atividade sedentária. Baixos níveis de atividade da LPL parecem estar associados a
uma grande diminuição na absorção de triglicerídeos plasmáticos pelos músculos
esqueléticos, fazendo com que as gorduras sejam depositadas nos vasos ou tecido
adiposo, contribuindo para o excesso de peso.
20

Alguns autores sugerem que comportamentos sedentários baseados na tela,


principalmente assistindo televisão, podem levar a um maior consumo de calorias
por meio de uma variedade de mecanismos que aumentam a ingestão de alimentos.
Um desses mecanismos é justamente a influência do que é transmitido na
televisão, tendo em vista que, atualmente, o consumo de alimentos não saudáveis é
fortemente influenciado pela mídia, por meio de anúncios e pela disponibilidade de
alimentos prontos para consumo, conhecidos como alimentos ultraprocessados.
Esses alimentos são produtos feitos de substâncias extraídas de alimentos ou
sintetizadas em laboratórios (corantes, saborizantes e outros aditivos). (27)
Alimentos ultraprocessados, como cereais matinais, produtos à base de carne
reconstituída, refrigerantes, barras de cereais, fastfood, entre outros, são muito
atrativos pois são extremamente saborosos, porém podem ser prejudiciais a saúde
pois contêm uma grande variedade de aditivos químicos e apresentam grandes
quantidades de gordura, açúcar e sal, alta densidade energética e baixo teor de
fibras.
O quadro psicológico também influencia no acúmulo de gordura. Segundo a
Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica
(ABESO), o estresse psicológico pode contribuir para o ganho de peso e obesidade,
considerando que a ansiedade pode levar ao aumento da ingestão de alimentos, ao
controle inadequado do apetite e à compulsão alimentar.
Os fatores que desencadeiam o estresse podem surgir em vários momentos,
a partir de pressões relacionadas à vida pessoal, social, profissional e, também, na
vida acadêmica. A vivência de mudanças, desenvolvimento, temores e angústia,
entre outras, podem funcionar como desencadeadores de estresse e de agravos na
saúde.
A atenção quanto a prevenção da obesidade é importante, pois reduz as
chances do agravamento dos quadros da doença à ponto de atingir níveis mais
críticos e difíceis de se reverter. Para muitos países, os custos diretos e indiretos dos
cuidados com a obesidade são enormes. Por um lado, a obesidade, como outras
doenças crônico-degenerativas, gera altos custos de atendimento ao paciente e sua
família durante longos períodos de tratamento. A necessidade de uma dieta especial
- geralmente mais cara que a dieta a que muitos pacientes têm acesso - e o
desempenho da atividade física - que além do tempo para sua implementação
21

também envolvem outras despesas - são traduzidos juntamente com o compra de


medicamentos, com um ônus significativo para a economia familiar.
Verifica-se que os obstáculos que dificultam a adesão a uma rotina
saudável são a grande quantidade de fatores que influenciam no desenvolvimento
de doenças crônicas não transmissíveis, tais como o hábito de comer fora de casa, o
hábito de não incluir legume e verduras na alimentação, o costume de ingerir
alimentos ultraprocessados, a falta de incentivo à hábitos saudáveis desde a
infância, o sedentarismo e o estresse.
22

MEIOS DE PREVENÇÃO E COMBATE A OBESIDADE

No guia prático da vida saudável, foi declarado que uma das grandes
preocupações hoje no Brasil e no mundo é em relação à obesidade.
(...) As pessoas têm que entender que a obesidade é uma doença crônica e
uma das doenças crônicas que mais matam no mundo, tanto por conta da
obesidade como por suas complicações. E como doença crônica, precisa de
um tratamento adequado para evitar seus efeitos devastadores (ANO.
PAGINA)
Segundo a World Health Organization (2016) as estratégias para prevenção e
controle dessa e outras patologias, são de responsabilidade do estado, da escola e
dos pais. Com isso, é possível perceber que o conhecimento sobre alimentação
saudável, desde a infância, pode prevenir o surgimento desta doença nesta fase, ou
futuramente, na fase adulta.
Metodologias ativas são um processo de formação crítica na busca de uma
maior autonomia do educando através de elementos embasados cientificamente
(BORGES & ALENCAR, 2014). Acredita-se que implementando metodologias ativas
de educação, é possível promover a construção de um novo e melhor conhecimento
acerca da alimentação saudável, favorecendo uma mudança efetiva no
comportamento dos sujeitos sobre hábitos alimentares.
Ressalta-se o importante papel da família auxiliando na compreensão de
hábitos saudáveis e despertando a importância da prevenção e tratamento da
obesidade
Uma das abordagens mais utilizadas para o combate, é a dieta, associada a
prática de exercícios físicos. O Ministério da Saúde declarou que governo brasileiro
assumiu o compromisso de deter o crescimento da obesidade na população adulta
até 2019, por meio de políticas intersetoriais de saúde e segurança alimentar e
nutricional; reduzir o consumo regular de refrigerante e suco artificial em pelo menos
30% na população adulta, até 2019; e ampliar em 17,8%, no mínimo, o percentual
de adultos que consomem frutas e hortaliças regularmente até 2019.
Critérios estabelecidos pela Portaria nº 425GM/MS, de 19 de março de
2013”.am, a atividade física regular produz efeitos saudáveis e alterações positivas
para combater ou prevenir o aparecimento das DCNTs, pois o sedentarismo aparece
como fator de risco e fator etiológico para estas doenças. Há evidência de que a
atividade física regular protege contra o ganho excessivo de peso.
23

A mudança do hábito alimentar com foco no controle da ingestão de alimentos


com alta densidade energética (alimentos com alto teor de gorduras e/ou de
carboidratos) e na promoção do consumo de alimentos com baixa densidade
energética como frutas e hortaliças é ponto fundamental para a prevenção e controle
da obesidade. Porque justamente, o efeito protetor e preventivo das dietas
vegetarianas se deve a 4 possíveis mecanismos
1. Em primeiro lugar, estas dietas estão associadas a uma menor ingestão de
energia total e isso se deve a sua menor quantidade de gordura total, ausência de
proteínas de origem animal.
2. Em segundo lugar, as dietas vegetarianas se caracterizam por uma menor
ingestão de gorduras saturadas. A maior ingestão de gordura saturada resulta em
um maior risco de desenvolver obesidade, ataque cardíaco e acidente vascular
cerebral devido a que estas gorduras elevam o nível do colesterol LDL (mal
colesterol).
3. Em terceiro lugar, as dietas vegetarianas são ricas em fibras (duas vezes
mais que as dietas não-vegetarianas). Nos vegetarianos, a ingestão de fibra produz
uma sensação de saciedade, a qual, por sua vez reduz o desejo de comer entre
refeições e também o ganho de peso.
4. Finalmente, este regime alimentar está composto por carboidratos
complexos. São muito importantes devido a que sua ação, junto com outros
mecanismos do organismo, reduzem o peso corporal aumentando o metabolismo.
Em nota, o Ministério da Saúde esclareceu ainda que além do
acompanhamento na saúde básica de pessoas diagnosticadas com obesidade, o
SUS oferece cirurgias bariátricas e reparadoras a todos os cidadãos maiores de 16
anos diagnosticados com obesidade grave. Em 2015, foram realizadas 7.541
cirurgias bariátricas no âmbito do SUS. Ressaltou ainda que a cirurgia é o último
recurso para o tratamento à obesidade.
Para Beleli, Silva, Camargo, e Scopin (2011) a cirurgia bariátrica é um
procedimento eficaz para a perda de peso, porém, o reganho de peso após 2 anos
tem sido muito observado. Isto tem haver com a não mudança na rotina alimentar, o
paciente continua comendo as mesmas coisas e nas mesmas quantidades de antes.

É importante ressaltar a importância do acompanhamento de psicólogos e


nutricionistas, que irão ajudar na busca da mudança do hábito alimentar dos
24

pacientes que precisarem. Siqueira e Pontes (2010) ressaltam que, no processo de


avaliação psicológica, são investigadas “a construção que o sujeito faz sobre a
história de sua obesidade, seu posicionamento frente à cirurgia e obesidade, a
relação estabelecida com a comida e seu corpo, historia do uso de bebidas
alcoólicas e presença de doenças psiquiátricas” (Siqueira & Pontes, 2010, p. 64).

Vale ressaltar que, antes de botar qualquer abordagem em ação, o individuo


deve ir a um profissional de saúde para que este possa identificar as determinantes
do comportamento alimentar e criar um plano de ação adequado para o paciente de
acordo com as metas que este está disponível a seguir, visto que cada individuo é
diferente.
25

5. CONCLUSÃO

Neste trabalho sobre a obesidade, fora abordado sobre as principais causa


dessa doença crônica e de como ela pode trazer malefícios a saúde. Foi realizado
uma pesquisa e um questionário com 8 pessoas para pode desenvolver o trabalho e
com isso foi concluído que a obesidade é uma situação que acarreta diversos
problemas as pessoas que a possui, indo daqueles relacionados à saúde em geral
até aqueles relacionados ao meio social. Notou-se um grande número de fatores,
geralmente associados à alimentação que são utilizados em uma discussão a
respeito das causas, consequências e resoluções para esta situação, porém, a
questão em geral é complexa e ampla. Foi verificado que problemas de saúde
ocasionados pela obesidade em si são variados, tanto em quantidade quanto em
gravidade, sendo eles: Hipertensão, Diabete, problemas do coração e entre outros.
Estes causam graves consequências ao organismo e são mais comuns em
abordagens de temas relacionados á obesidade. Entretanto, uma questão de grande
importância e que merece um relevante destaque e a “desinformação”. Ela está
inserida em, praticamente, todos os contextos que trazem, de alguma forma,
consequências a um indivíduo e seu meio social. Conclui-se também que a questão
do vegetarianismo é uma das mais afetadas por ela, surgindo assim diversos mitos e
verdades relacionados, principalmente, ao emagrecimento. Este processo requer
uma significativa atenção e cuidado, pelo fato de ser individual e ter um alto grau de
amplitude. Uma má execução dele, por conta da desinformação, pode acarretar
diversas condições prejudiciais em uma pessoa, como a falta ou o excesso de
nutrientes, falhas no sistema imunológico e entre outras barreiras que acabam por
gerar mais consequências além das causadas pela obesidade. No caso do
vegetarianismo as circunstâncias são as mesmas, onde a falta de um planejamento
apropriado na execução de uma dieta pode ocasionar os problemas citados, pelo
motivo do cardápio vegetariano ser reduzido se comparado a um não vegetariano.
26

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ANEXOS
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