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CURSO DE NUTRIÇÃO

BERNARDO FELIPE BARBOSA LOPES


JAQUELINE GALVÃO GOMES
PAMELA BRITO DENICOLI

OS EFEITOS DO CONSUMO DE FODMAP’S E A RELAÇÃO DA MICROBIOTA


INTESTINAL QUANTO AOS SINTOMAS DA SÍNDROME DO INTESTINO
IRRITÁVEL.

Belo Horizonte
2020
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BERNARDO FELIPE BARBOSA LOPES


JAQUELINE GALVÃO GOMES
PAMELA BRITO DENICOLI

OS EFEITOS DO CONSUMO DE FODMAP’S E A RELAÇÃO DA MICROBIOTA


INTESTINAL QUANTO AOS SÍNTOMAS DA SINDROME DO INTESTINO
IRRITÁVEL.

Projeto de Pesquisa apresentado ao curso de


Nutrição da Faculdade de Minas como requisito
parcial à disciplina Trabalho de Conclusão de
Curso – TCC.

Orientador: Prof. Dr. Rafael Texeira de Mattos

Belo Horizonte
2020
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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 4
2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................. 6
3 PROBLEMA / HIPÓTESE .............................................................................................. 7
4 OBJETIVOS .................................................................................................................... 8
4.1 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 8
4.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS ....................................................................................... 8
5 REFERENCIAL TEÓRICO ............................................................................................. 9
5.1 MICROBIOTA INTESTINAL ........................................................................................ 9
5.1.1 Definição de microbiota intestinal ............................................................................ 9
5.1.2 Evolução de uma disbiose ...................................................................................... 11
5.1.3 Terapêutica ligada a SII e suas associações alimentares .................................... 12
5.2 FODMAP’S ................................................................................................................. 14
5.2.1 Definição de FODMAP’S ........................................................................................ 14
5.2.2 Principais características e classes de compostos ............................................... 15
5.2.3 Mecanismos de ação e influência nos sintomas gastrointestinais ........................ 17
5.2.4 Características de intervenção alimentar a base de dieta com FODMAP ........... 17
6 METODOLOGIA ........................................................................................................... 19
6.1 TIPO DE PESQUISA ................................................................................................. 19
6.2 AMOSTRA POPULACIONAL .................................................................................... 19
6.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS .............................................................. 19
6.4 ASPECTOS ÉTICOS ................................................................................................. 21
6.5 ANÁLISE DE DADOS ................................................................................................ 21
7 CRONOGRAMA ........................................................................................................... 22
REFERÊNCIAS ............................................................................................................... 23
APÊNDICE A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ................................ 28
APÊNDICE B – Escala de Bristol ................................................................................. 29
ANEXO A – Ficha de Inquérito Nacional de Disbiose – INDIS (Parte 1) ................. 30
ANEXO B – Ficha de Inquérito Nacional de Disbiose – INDIS (Parte 2) ................. 31
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1 INTRODUÇÃO

A alimentação pode caracterizar um fator comportamental de grande


importância para a qualidade de vida das pessoas (ALMEIDA et al., 2009). Sendo ela
considerada uma necessidade fisiológica, no qual o ato de se alimentar representa a
precisão que o ser humano tem para manter o equilíbrio do corpo, através da ingestão
de nutrientes oriundos dos alimentos consumidos (LOURENÇO; SZCZEREPA, 2016).
Nos dias atuais, percebe-se que o perfil de doenças tem se modificado no
decorrer das décadas, se apresentando de forma diferenciada quando comparada as
enfermidades infecciosas mais comuns em anos anteriores. Hoje existe uma maior
probabilidade do surgimento de doenças alérgicas, autoimunes, crônicas não
transmissíveis e que tem evoluído devido à falta de práticas saudáveis da alimentação,
portanto sugere-se ações para a prevenção do surgimento dessas doenças. Sendo
assim, é possível relatar que o fato de se manter o equilíbrio da microbiota intestinal
pode representar uma ação preventiva e terapêutica a favor do não surgimento de tais
doenças. (MAIA et al.,2018).
Conceitua-se microbiota intestinal como uma variedade de micro-organismos
vivos sendo predominantemente as bactérias anaeróbias, que tem o papel de
colonizar o intestino logo após o nascimento do indivíduo. Admite-se que é um dos
ecossistemas mais complexos, com aproximadamente 1000 bactérias distintas, e que
tende a se estabelecer por volta dos dois anos de idade do indivíduo, sendo este
influenciado por diversos fatores, inclusive o alimento (BARBOSA et al., 2010).
A microbiota intestinal é uma realidade complexa, não só pela diversidade de
espécies de microrganismos que habitam o intestino, como também pela forma como
eles interagem entre si e o hospedeiro (LOZUPONE et al., 2012). Atualmente está
cada vez mais confirmado a existência de uma relação entre o intestino e a saúde
através do conceito de permeabilidade intestinal. Percebe-se que durante o processo
da alimentação, a absorção dos nutrientes pode não acontecer, devido a diversas
razões que por fim, podem vir a alterar a permeabilidade da mucosa do intestino,
ocasionado uma disbiose intestinal. A integridade da parede intestinal é mantida com
o suporte do uso de uma alimentação adequada, pois caso ocorra um
comprometimento na integridade da parede intestinal, a permeabilidade pode ser
alterada de modo que permita a entrada de patógenos e antígenos no organismo
(ALMEIDA et al., 2009).
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As alterações na microbiota intestinal têm sido diretamente relacionadas com


imunidade, motilidade e alterações neurológicas características da Síndrome do
intestino irritável (DE NADAI,2018). Embora não exista uma etiologia totalmente
esclarecida, a Síndrome do Intestino Irritável (SII), que é considerada um distúrbio
gastrointestinal funcional, tem afetado em geral pessoas com idade entre 30 e 50 anos
que clinicamente apresentam dor ou desconforto abdominal, e mudança na frequência
das evacuações. O tratamento da SII é feito de acordo com as características clinicas
do paciente, onde se tem uma tratativa através do manejo terapêutico farmacológico
e não farmacológico. No entanto, atualmente as medidas não farmacológicas têm sido
consideradas inicialmente, onde a prática de exercícios físicos, mudanças nos hábitos
dietéticos e terapia cognitiva comportamental são sempre recomendadas ao paciente
(ANDRADE et al.,2014).
Uma mudança dietética que está sendo considerado eficaz nos últimos anos é
a redução do consumo de FODMAP’s, que é acrônimo de fermentável,
oligossacarídeos, dissacarídeos, monossacarídeos e polióis, desta forma a restrição
do consumo desse tipo de alimento demonstra respostas satisfatórias aos pacientes
portadores do SII (ANDRADE et al.,2014).
Desta forma, entende-se a necessidade de aprofundamento nos assuntos
pautados acima para que seja possível a compreensão sobre os efeitos do consumo
de Fodmap’s relacionado aos sintomas da síndrome do intestino irritável.
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2 JUSTIFICATIVA

A prevalência mundial da SII tem estimativa sendo bastante semelhantes em


muitos países, apesar das diferenças no estilo de vida. Ocorre, principalmente, entre
a faixa etária de 15 e 65 anos de idade e em mulheres, com a primeira identificação
por um médico entre a faixa etária de 30 e 50 anos. Em países da América Latina, a
sintomatologia mais predominante são os quadros de constipação. No Brasil foi
encontrado a prevalência de cerca de 24,7% nos casos de SII (QUIGLEY et al., 2015).
A síndrome do intestino irritável é uma patologia comum entre as pessoas e
que consequentemente influência na qualidade de vida dos pacientes. Por tanto,
justifica-se a elaboração deste trabalho para avaliar os fatores que interferem na
microbiota intestinal de indivíduos portadores da síndrome de intestino irritável e que
são influenciados pelo consumo FODMAP’s, uma vez que essa síndrome apresenta
sintomas que além de interferir na qualidade de vida, também interfere no
desempenho educacional e na produtividade do trabalho.
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3 PROBLEMA / HIPÓTESE

Considera-se o tema deste estudo pertinente, por tratar de um tema atual e


ainda pouco difundido como FODMAP’s, no qual estudos científicos demonstram a
interferência através do consumo de alimentos ricos em FODMAP’S afetando a
microbiota intestinal e causando ainda mais desconforto aos portadores da doença de
síndrome do intestino irritável.
Este trabalho tem como hipótese avaliar se o consumo de FODMAP’s causam
ou aumentam os transtornos intestinais como disbiose e síndrome do intestino
irritável. Além disso, cabe neste estudo realizar uma observação quanto aos padrões
alimentares a respeito do consumo de FODMAP’s e observar a presença de disbiose
dentre os indivíduos, esta análise será obtida a partir do levantamento de dados
coletados com a abordagem aplicada.
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4 OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

Compreender o efeito terapêutico do consumo de FODMAP’s relacionado a


interação da microbiota intestinal em indivíduos portadores da síndrome do intestino
irritável.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

● Descrever e compreender as características da microbiota


intestinal;
● Propor tratativas para os principais problemas encontrados nos
indivíduos portadores da síndrome do intestino irritado quanto ao consumo
alimentar;
● Conceituar FODMAP’S;
● Realizar uma pesquisa de campo com indivíduos sadios, afim de
obter informações baseado em um questionário sobre disbiose intestinal e
frequência alimentar sobre o consumo de FODMAP’s;
● Demonstrar e analisar os resultados sobre disbiose intestinal e
frequência alimentar sobre o consumo de FODMAP’s.
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5 REFERENCIAL TEÓRICO

5.1 MICROBIOTA INTESTINAL

5.1.1 Definição de microbiota intestinal

O biossistema bacteriano residente no trato gastrointestinal dos mamíferos é


conhecido como microbiota intestinal, o qual desempenha um papel fundamental na
homeostase do organismo humano. Refere-se à uma comunidade de micro-
Organismos bastante diversificada, cuja composição tem início no nascimento,
quando o bebê tem contato primeiramente com a microbiota da mãe, e seguidamente
com a dos alimentos e do ambiente externo. Diversos fatores influenciam na qualidade
desse biossistema bacteriano, como por exemplo, a forma de nascimento do
indivíduo, se é parto normal ou cesariana, a ocorrência de aleitamento materno
exclusivo ou alimentação a base fórmulas infantis nos primeiros meses de vida. (DO
CANTO et al.,2019)
Microbiota é uma coleção de microrganismos, incluindo bactérias, arquéias,
vírus e alguns eucariotos unicelulares, está associada a todos os organismos
multicelulares da Terra. Em humanos, estimou-se que 10 14 microrganismos residem
em várias partes do corpo, como a superfície da pele e nos tratos gastrointestinal,
geniturinário e respiratório. O trato gastrointestinal, que possui o maior número de
microrganismos em humanos, é composto por compartimentos especializados, como
boca, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso (cólon), reto e
ânus. Cada um desses compartimentos possui funções fisiológicas únicas e
estruturas anatômicas. (HARRIS et al., 2012).
Existe uma relação de aspecto benéfico entre hospedeiro e microbiota no
intestino, sendo fundamental o equilíbrio que favoreça as duas partes. A microbiota
intestinal tem várias funções que são significantes e bem estabelecidas, sendo
importantes as de proteção anti-infecciosa que fornecem resistência à colonização por
micro-organismos exógenos; a imuno-modulação, que possibilita uma ativação das
defesas imunológicas e, por fim, a contribuição nutricional resultante das interações
locais e dos metabólitos produzidos oferecendo fontes energéticas e de
vitaminas.(PAIXÃO et al.,2016)
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Os microrganismos intestinais são células microbianas que mantém uma


relação simbiótica para a manutenção da saúde a partir do equilíbrio da flora intestinal.
Estima-se que exista mais de mil espécies de células microbianas que contribuem
para a manutenção da saúde daqueles que as abrigam; sendo estudadas para a
compreensão e tratamentos da síndrome metabólica e outras doenças (VALERO, Y
et al.,2015).
A microbiota presente nos intestinos realiza proteção pela capacidade de
bloquear as bactérias patogênicas que geram desequilíbrio no ambiente causando
diversas doenças no local e sistêmica. Até o momento do nascimento o intestino é
livre de bactérias, porém no nascimento propriamente de parto normal, o bebê tem
seu primeiro contato com a microbiota da mãe fortalecendo este sistema na
amamentação mantendo a microbiota diversificada. (SOARES DKNS.,2019).
A microbiota intestinal tem papel importante na manutenção da funcionalidade
do intestino, pois estimula seu desenvolvimento, mantém a renovação epitelial,
modula a resposta imune e participa do metabolismo de alguns medicamentos.Do
ponto de vista nutricional, as bactérias do intestino desempenham um papel crucial,
pois participam da eliminação de toxinas da dieta; síntese de micronutrientes
fermentação de substâncias não digeríveis; absorção de eletrólitos e minerais; e
produção de ácidos graxos de cadeia curta, que estimulam o crescimento e
desenvolvimento de enterócitos e células do cólon (FARIAS et al.,2011). A microbiota
intestinal tem ainda como função capacidade de extrair energia da fibra alimentar, ou
seja, de carboidratos não digeríveis no intestino delgado (amido resistente,
oligossacarídeos e polissacarídeos), disponibilizando-a ao organismo, em forma de
energia e evita sua perda através das fezes (VALERO, Y et al.,2015).
A microbiota saudável é definida como aquela que conserva e promove o bem-
estar e a ausência de doenças, especialmente do trato gastrointestinal. Em condições
normais, exerce influência considerável sobre uma série de reações bioquímicas do
hospedeiro tais como: transformação de fibra dietética em açúcares simples,
transformação de ácidos graxos de cadeia curta e de outros nutrientes para serem
absorvidos; produção de vitamina K, vitamina B12 e ácido fólico; participação no
metabolismo e recirculação de ácidos biliares; transformação de potenciais agentes
carcinogênicos e ativação de compostos bioativos (BESERRA,2014).
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É possível que ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) produzidos pela


microbiota saudável aumentem a secreção de GLP-1 (que melhora a sensibilidade à
insulina), aumentem a secreção de peptídeo YY (que induz saciedade) e diminuam a
deposição de gordura no tecido adiposo. Assim, Indivíduos com hábitos alimentares
ruins e estilo de vida inadequados no geral, podem sofrer quadros de disbiose
causando a diminuição das bactérias que produzem o AGCC aumentando as
bactérias patógenas e assim gerando um ambiente intestinal doente (SOARES
DKNS,2019).
A composição da microbiota intestinal pode ser alterada a partir da
alimentação, da idade e da genética. A microbiota em indivíduos saudáveis apresenta
características mais resistentes que podem superar alterações fisiológicas como a
senilidade. Tornando- se assim, um instrumento de diagnóstico e prevenção de
doenças em diversas faixas etárias (SOARES DKNS.,2019).

5.1.2 Evolução de uma disbiose

Trata-se de uma desordem na microbiota caracterizada por um desajuste da


colonização bacteriana, onde ocorre o predomínio de bactérias nocivas sobre as
benéficas. (RODRIGUES 2016). Processos de disbiose, ou seja, um rompimento no
equilíbrio normal entre microbiota intestinal e hospedeiro, tem sido associado além da
obesidade, com estados de subnutrição, doença inflamatória intestinal, desordens
neurológicas e câncer (LOZUPONE et al., 2012).
O acúmulo de maus-tratos com a função intestinal afeta o equilíbrio da
microbiota intestinal, fazendo com que as bactérias nocivas aumentem, configurando
uma situação de risco. Portanto, o desequilíbrio da microbiota intestinal, disbiose,
pode ser caracterizada pela incidência de maior proliferação de microrganismos
patógenos como: Candida, C. difficile, Clostridium, Pseudomonas, Citrobacter spp,
Proteus spp e Enterococcus. Ao mesmo tempo que ocorre o aumento de agentes
patogênicos, a colonização de agentes benéficos também sofre alterações
importantes, devido à redução significativa de comensais como Lactobacillus e
Bifidobacterium, ocasionando então o desequilíbrio da microbiota intestinal
(ALVARENGA,2016).
Um dos fatores que tem importante contribuição para o desequilíbrio da
microbiota intestinal é a má digestão, em que o estômago produz ácido suficiente para
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extinguir as bactérias patogênicas ingeridas na maioria das vezes com alimentos.


Além disso, outros fatores que também têm importância clínica são o abuso do
laxante, o consumo excessivo de alimentos crus, exposição com frequência a toxinas
ambientais, disponibilidade de material fermentável e o estado imunológico do
hospedeiro (PAIXÃO et al.,2016).
Os antibióticos são responsáveis por atingir tanto as bactérias nocivas quanto
as benéficas, favorecendo o crescimento de fungos que produzem toxinas que irritam
diretamente a mucosa intestinal. O aumento da permeabilidade intestinal favorece a
absorção das toxinas pelo organismo. Outros fármacos envolvidos na causa da
disbiose são os anti-inflamatórios hormonais e não-hormonais, e os laxantes
(SANTOS, 2011).
O consumo excessivo de alimentos processados, a excessiva exposição a
toxinas ambientais, as doenças consumptivas, como câncer e síndrome da
imunodeficiência adquirida (AIDS), as disfunções hepatopancreáticas, o estresse e a
diverticulose também podem levar ao surgimento da disbiose. Outros fatores que
podem ser citados como causas são: a idade, o tempo de trânsito e pH intestinal, a
disponibilidade de material fermentável e o estado imunológico do hospedeiro
(FERREIRA,2014).
As bactérias do trato gastrointestinal utilizam material fermentável como
substrato energético, tais como as fibras. Dessa forma, uma baixa na disponibilidade
desse material ocasiona uma diminuição das bactérias benéficas e,
consequentemente, afeta o equilíbrio intestinal, deixando-o suscetível a agentes
patógenos (FERREIRA,2014).
A ausência de alguns nutrientes que são essenciais para o nosso organismo,
como as vitaminas, principalmente as do complexo B, os ácidos graxos essenciais e
a insuficiência de nutrientes pelo processo de absorção, pode levar à disbiose, devido
às carências nutritivas (FERREIRA,2014).
A disbiose é uma das causas que faz desenvolver no indivíduo a síndrome de
hiperpermeabilidade intestinal, é instalado um quadro inflamatório, com o avanço da
doença ao longo do tempo, ocorre um quadro de desnutrição crônica grave e
consequentemente o desenvolvimento de uma série de doenças de caráter
autoimunes e alérgicas. Manter a integridade das paredes do intestino é fundamental
para evitar o surgimento de doenças. Quando esta integridade é perdida ocorre uma
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maior permeabilidade de toxinas nas paredes do intestino e diversos microrganismos


patógenos conseguem invadir (DE ARAÚJO,2016).

5.1.3 Terapêutica ligada a SII e suas associações alimentares

A síndrome do intestino irritável (SII) é uma condição funcional crônica,


caracterizada por dor abdominal e / ou desconforto e função evacuatória alterada
(diarréia, constipação). Os pacientes também podem apresentar distensão abdominal,
consistência fecal alterada e sensação de evacuação incompleta (LOPES et al.,2019).
Os gatilhos alimentares são comuns, com até nove em cada 10 indivíduos
relatando que os alimentos geram sintomas. Dois terços dos indivíduos com SII
iniciam restrições alimentares para melhorar os sintomas e, portanto, o gerenciamento
da dieta é uma opção importante no tratamento médico (MCKENZIE, Y. A. et.,2016).
As alterações na microbiota intestinal têm sido diretamente relacionadas com
imunidade, motilidade e alterações neurológicas características da SII. A comunicação
entre o intestino e o sistema nervoso central é bidirecional e, em parte, também é
modulada pela microbiota intestinal. Outros estudos admitem que a SII pode ser
precedida por estressores que afetam a microbiota e através da alteração da
sensibilidade visceral e alterações de inervação autonômica, diminuem o limiar de dor
e alteram o fluxo sanguíneo na mucosa retal, características observadas na SII (DE
NADAI,2018).
A SII é o distúrbio gastrointestinal funcional mais prevalente nos países
desenvolvidos. Estima-se que o SII afete 10% a 15% da população adulta e prejudique
fortemente a qualidade de vida, a produtividade do trabalho e a função social, além
de infligir custos substanciais aos sistemas de saúde (PINN D et al.,2013).
A fisiopatologia da SII ainda não é totalmente compreendida, mas sabe-se que
é multifatorial e complexa. É caracterizada por anormal motilidade GI e quando esta é
elevada há um aumento da dor abdominal, diarreia, inflamação, permeabilidade
epitelial e hipersensibilidade visceral, com consequentes alterações na microbiota
intestinal. Pode ocorrer em qualquer faixa etária mas é mais comum entre os 20 e os
40 anos e no sexo feminino (LOPES et al.,2019).
É uma doença multifatorial, mas a alimentação e o estilo de vida mostraram ter
uma relação forte com a exacerbação de sintomas, mas não são causa direta da
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doença. É sim a interação entre os vários fatores que potenciam a doença. Tais como,
ter tido infeções GI, nascer com baixo peso, ter obesidade abdominal, ter sido
amamentado até idade inferior a 6 meses, ter baixo nível de atividade física e sofrer
de stress e ansiedade (GOMES,2019).
Certos alimentos desencadeiam os sintomas experimentados por pacientes
com SII, incluindo alimentos ricos em FODMAP’s (PORTINCASA, 2017). Embora
muitos pacientes com SII acreditem que são intolerantes a certos alimentos, isso
muitas vezes não pode ser reproduzido em um novo desafio cego com o alimento
agressor. Pacientes com SII frequentemente instituem mudanças na dieta por sua
conta, na tentativa de aliviar os sintomas (MAKHARIA et al.,2018).

5.2 FODMAP’s

5.2.1 Definição de FODMAP’S

Os FODMAP’s (fermentable oligosaccharides, disaccharides,


monosaccharides and polyols), são classificados como um conjunto de hidratos de
carbono complexos de cadeia curta que podem ser fermentados no intestino delgado
e no cólon (FERREIRA, 2018). São carboidratos encontrados em muitos legumes,
frutas, grãos, cereais, derivados de leite, em até alguns tipos de adoçantes, mel até
mesmo no agave, que quando ingeridos por sua difícil absorção ou digestão são
fermentados por bactérias já presentes na microbiota intestinal, o que pode causar
distensão abdominal, gases, constipação ou até mesmo diarreia (RIBEIRO, 2017).
Estes carboidratos ao chegar no cólon por má digestão ou má absorção pode
atrair água por um processo conhecido como osmose, o que pode causar distensão
abdominal e a diarreia. As bactérias da microbiota intestinal se alimentam destes tipos
de carboidratos não digeridos que por sua vez podem ser também classificados como
prebióticos. Este processo se chama fermentação e tem como consequência a
produção de gases (H2CH4) (WALD et al., 2016).
É possível associar o consumo de FODMAP’s com o surgimento ou principal
causa da Síndrome do intestino irritável (SII), estudos apontam que a isenção dos
mesmos em uma dieta pode apresentar melhoras de até 70% em seus mais comuns
sintomas (MAAGAARD et al., 2016).
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Contudo, é importante ressaltar que os indivíduos sensíveis a um determinado


tipo de FODMAP não é necessariamente sensível a todos os outros tipos. Em estudos
de caso que restringem o consumo de FODMAP’s a estratégia mais comumente
usada para saber qual carboidrato de cadeia curta está desencadeando os efeitos
indesejáveis é a reintrodução dos grupos de alimentos após 6-8 semanas de restrição
total, para determinar o nível de tolerância (RIBEIRO, 2017).

5.2.2 Principais características e classes de compostos

Os FODMAP’s são divididos em 5 tipos de carboidratos, dentre os englobados


temos: Os oligossacarídeos, que são monossacarídeos (3 a 6) ligados, apresentam
dois modelos dentre eles caracterizados como FODMAPs, temos os fruto-
oligossacarideos frutanos, que são junção de dois açúcares frutose, e os galactanos
geralmente encontrados em alimentos conhecido como leguminosas (MARUM, 2017).
Estes não podem ser digeridos por seres humanos, uma vez que não existe a
produção de enzimas que possam degradá-los em humanos. Sendo assim passam
por todo o sistema digestivo e apenas as bactérias presentes na microbiota intestinal
se alimentam desses também chamados probióticos (PENSABENE et al., 2019).
Outro grupo de carboidrato classificado como FODMAP são os dissacarídeos,
neste caso são encontrados grupos de carboidratos de apenas 2 açúcares, e quando
se tem a junção de galactose + glicose temos o carboidrato do leite, que leva o nome
de lactose, este por sua vez ainda é encontrado a enzima responsável por degradá-
las em humanos, enzima capaz de transformar e separar os dois monossacarídeos,
essa leva o nome de lactase, mas existe uma boa parte de adultos e crianças que não
produzem quantidade necessária de lactase para a degradação de uma refeição
baseada em laticínios, essa falta se deve a fatores genéticos, distúrbios intestinais e
até etnias. Neste caso a lactose é considerada um FODMAP, já que não é absorvida
em sua forma íntegra (BASTOS, 2015).
Os Monossacarídeos são açúcares que compõem os demais carboidratos
complexos ditos anteriormente, mas ao se tratar da frutose é possível afirmar que
quando sozinha ingerida é considerada um FODMAP, já que sua absorção é bem
mais lenta quando comparada com sua ingestão acompanhada de glicose compondo
a sucralose. Isso se deve ao fato de que a frutose sozinha é absorvida no GLUT-5
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presente na superfície das células do intestino delgado e quando ingerida na forma


de sucralose é facilmente absorvida no receptor GLUT-2, que por sua vez existem em
maior abundância nas células do intestino (BASTOS, 2015).
Os polióis também denominados edulcorantes, popularmente conhecidos
como adoçantes e se encontram na classe dos álcoois de açúcar. São os de mais
difícil absorção dentre os FODMAP’s, e são absorvidos através de poros epiteliais.
Essa absorção varia de acordo com o tamanho da molécula do poliol, quanto maior
sua molécula mais difícil a sua absorção, o que faz com que o mesmo muitas vezes
não seja absorvido, caracterizando assim um prebiótico ou FODMAP (PENSABENE
et al., 2019).
Segue abaixo uma tabela com alguns alimentos separados por gênero
classificados como FODMAP’s:

Quadro 1 - Características e fontes comuns de FODMAP’s (BASTOS,2015).

Grupo de
Tipo Exemplo de alimentos
alimentos
F Fermentáveis por bactérias do cólon
Frutas: melancia, creme de maçã,
pêssegos Legumes: alcachofras,
aspargos, beterraba, couve-de-
bruxelas, brócolos, repolho, erva-doce,
Frutanos e/ou alho, cebola, ervilha, chalotas
O Oligossacarídeos
galactanos Cereais: trigo e centeio quando
consumidos em grandes quantidades,
cevada, nozes e sementes: pistachos
Legumes: grão-de-bico, lentilhas, feijão
Inulina.

D Dissacarídeos Lactose Leite: vaca, cabra, ovelha


Manteiga, iogurte e queijos

Frutas: maçãs, pêras, pêssegos,


pêssego, manga, ervilhas, melancia,
cerejas, fruta enlatada em sumo natural
Mel
Legumes: espargos, alcachofras,
M Monossacarídeos Frutose ervilhas instantâneas de açúcar.
Edulcorantes: frutose, xarope de milho
Grande dose de frutose no total: fontes
de frutas concentrados; grandes
porções de frutas, frutas secas, sumo
de frutas
A E (“and”)
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Frutas: maçãs, damascos, cerejas,


pêras, nectarinas, pêssegos, ameixas,
Sorbitol, ameixas, melancia
Manitol, Legumes: abacate, couve-flor,
P Polióis Xilitol, Eritritol, cogumelos, ervilhas
Polidextros e, Adoçantes: sorbitol (E420), manitol
Isomalte (E421), xilitol (E967), maltitol (E965),
isomalte (E953), e outros que terminam
em -ol Laxante

5.2.3 Mecanismos de ação e influência nos sintomas gastrointestinais

Os alimentos que possuem os carboidratos classificados como FODMAP’S são


em geral mal absorvidos ou não absorvidos pelo intestino e isso faz com que eles
cheguem a microbiota intestinal em forma de prebióticos, e assim servem como
alimentos para a bactérias ali presentes, embora este seja um efeito desejável por
muitos os prebióticos têm como consequência a produção de gases através da
fermentação provocada pelas bactérias colônicas, o que pode trazer também dores,
flatulências e diarreia. Estudos usando ressonância magnética nuclear serviram para
confirmar a presença de água caracterizado por osmose presente após consumo de
alimentos FODMAP’s, este efeito é um agravante para a SII (síndrome do intestino
irritável) já que associado a uma má absorção de água no intestino delgado pode
acarretar a uma diarreia, com isso o aumento de água intraluminal ocorre o aumento
de hidrogênio e de gás metano, o que gera a dor e inchaço em pessoas com quadro
de hipersensibilidade visceral, no entanto vale ressaltar que a motilidade também
sofre alteração.(BASTOS, 2015)

5.2.4 Características de intervenção alimentar a base de dieta LOW FODMAP

Hoje, para o controle e melhora nos quadros de síndrome do intestino irritável,


é vastamente utilizado uma dieta com restrição total de FODMAP’s. Em 2010 um
estudo realizado apresentou piora no quadro de pacientes com SII, usando dietas com
alto teor de FODMAP’s através de sintomas respiratórios averiguando hidrogênio e
metano. Em outro estudo em 2014 analisou o outro lado da vertente, foram ensaiados
apenas pessoas com SII e utilização dietas com restrição em FODMAP’s, como
resultado, os pacientes obtiveram melhora em seus e menores sintomas
gastrointestinais (PENSABENE et al, 2019).
18

Para a reintrodução e análise no subtipo de FODMAP’s a qual o paciente é


intolerante, é reintroduzido os grupos alimentares por vez e analisado o grau de
desconforto, através de flatulências, diarreia, constipação e até dores intestinais com
a quantidade ingerida pelo paciente, associado ao tipo de carboidrato ingerido
(FERREIRA, 2018).
19

6 METODOLOGIA

6.1 TIPO DE PESQUISA

Trata-se de uma pesquisa de campo on-line baseada em um estudo transversal


com abordagem quantitativa e caráter analítico, que será realizado através da
aplicação de questionários individuais a alunos ligados à área da saúde da Faculdade
de Minas - Faminas de Belo Horizonte / MG.
O questionário será elaborado baseando-se no Inquérito Nacional de Disbiose
(INDIS), com apoio em escala de Bristol utilizando a aparência das fezes por figuras.

6.2 AMOSTRA POPULACIONAL

O estudo será de uma amostra populacional composto por alunos matriculados


em cursos ligados à área da saúde na instituição Faminas durante o mês de julho de
2020.
Os critérios de inclusão contemplarão alunos de ambos os sexos, com idade
igual ou maior de 18 anos e que concordarem com o Termo de Consentimento Livre
e Esclarecido (TCLE), enquanto que o critério de exclusão será eliminar a participação
de alunos com idade inferior a 18 anos, que não estarão matriculados em cursos da
área da saúde e que por ventura não concordarem com o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido (TCLE).

6.3 INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

O instrumento para coleta de dados para este trabalho será baseado em um


formulário on-line composto por questões fechadas que serão respondidas de forma
subjetiva, com a intenção de obter como resultado uma escala de estratificação de
risco de disbiose e de avaliar a ingesta de FODMAP’s que possa interferir em
patologias, conforme descrito nos Anexos A e B. Os pontos analisados serão: perfil
do paciente, patologias e/ou condição clínica, tipo de tratamento atual, sintomas
gastrointestinais, medicamentos, tabagismo, consumo de álcool, mobilidade e a
20

frequência alimentar de alguns alimentos consumidos na dieta atual e que são


considerados FODMAP’s.
Além disso, será utilizado a escala de Bristol neste estudo para possível
detecção de constipação, com análise da aparência das fezes e que favorece mais
um indicativo de disbiose a partir da constipação (Anexo C).
Os pontos analisados serão subdivididos e classificados de acordo com o grau
de importância para o desenvolvimento de disbiose. Sendo então, o fator Perfil
contempla o fator acima de 60 anos (1 ponto); 20 a 59 anos (0 pontos); 11 a 19 anos
(0 pontos) e 0 a 10 anos (0 pontos), com pontuação máxima de 1 ponto. Já o fator
Patologias e/ou Condição Clínica é subdivido em cardiologia (1 ponto); endócrino e
metabolismo (1 ponto); gastroenterologia (1 ponto); ginecologia (1 ponto); hepatologia
(1 ponto); imunologia/alergia (1 ponto); infectologia (1 ponto); neurologia/psiquiatria (1
ponto); oncologia (1 ponto); ortopedia/reumatologia (1 ponto); pneumologia (1 ponto);
terapia intensiva (1 ponto) e não apresenta nenhuma patologia (0 pontos), no qual
permite uma pontuação máxima de 4 pontos.
O fator Tratamento Atual aborda sobre os tratamentos: cirúrgico (1 ponto);
quimioterapia/radioterapia (1 ponto); clínico (0 pontos) e outros (0 pontos), o qual
possibilita a pontuação máxima de 1 ponto. O fator Sintomas Gastrointestinais trata
sobre: diarreia (5 pontos); constipação (5 pontos); distensão abdominal (0 pontos); dor
abdominal (0 pontos) e flatulência – gases (0 pontos), onde a maior pontuação obtida
é de 5 pontos. O fator Medicamento é subdividido em 5 categorias, onde é possível
encontrar: antibiótico (4 pontos); protetor gástrico (3 pontos); laxante (1 ponto) e
antidiarreico (1 ponto), contabilizando um valor total de 8 pontos. Em relação ao
Tabagismo, são abordados: fumante (1 ponto) e não fumante (0 pontos), com
pontuação máxima de 1 ponto. O Consumo de Álcool abrange as seguintes
subdivisões: consome frequentemente (1 ponto); consome eventualmente (0 pontos)
e não consome (0 pontos). E o último fator que é a Mobilidade que contempla: não
deambula (1 ponto) e deambula (0 pontos), permitindo também uma pontuação
máxima de 1 ponto para a categoria. Em relação aos campos Informações
complementares e Recomendação de conduta para disbiose, estes não serão
utilizados, por não se tratar de pacientes que estarão em acompanhamento médico.
A identificação do grau de risco apresentado pelos participantes do estudo, será
determinado por uma escala de estratificação, no qual é baseado no somatório de
21

pontos obtidos pelo preenchimento dos campos do formulário, com pontuação mínima
de 0 pontos e pontuação máxima de 22 pontos. Onde de 0 pontos até 4 pontos,
determina que o participante tem baixo risco de disbiose, de 5 pontos até 10 pontos,
determina que o participante tem médio risco de disbiose, de 11 pontos até 16 pontos,
determina que o participante tem alto risco de disbiose, de 17 pontos até 22 pontos,
determina que o participante tem muito alto risco de disbiose.
Quanto as informações sobre a frequência alimentar de alimentos considerados
FODMAP’S será analisado se há ou não a ingestão desse tipo de alimento, no qual
caracteriza uma probabilidade maior do participante, caso este seja considerado com
algum risco de disbiose, de também desenvolver a síndrome do intestino irritável.
A escala de Bristol será utilizada em conjunto com o questionário, e os
participantes serão orientados que marquem o tipo de imagem que melhor represente
as fezes do dia anterior a realização do questionário. E o diagnóstico será determinado
de acordo com a classificação tipo de fezes escolhido e que pode variar entre tipo 1
até o tipo 7. No qual o tipo 1 em que representa as fezes mais ressecadas
diagnosticando constipação e dificuldade de defecar até tipo 7 com fezes bem
aquosas diagnosticando diarreia (AMARANTE, 2013).

6.4 ASPECTOS ÉTICOS

Por se tratar de um estudo com base na participação de seres humanos, o


estudo deverá ser submetido ao Comitê de Ética da Faculdade de Minas – FAMINAS
BH para a aprovação e desenvolvimento da pesquisa. Além disso, todos os
participantes deverão preencher o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
(TCLE) on-line, que terá informações e objetivos do estudo, para participação dos
estudantes. (Apêndice A).

6.5 ANÁLISE DE DADOS

Os dados obtidos por meio do questionário virtual, serão catalogados em


planilhas do software Excel 2016, desenvolvido pela empresa Microsoft
(MICROSOFT, 2016). Para a realização da análise dos dados, serão utilizadas
técnicas de estatística descritiva, com medidas de média, percentual e frequência.
22

7 CRONOGRAMA

Quadro 2 - Cronograma. Fonte: Elaboração própria

ETAPAS DE PESQUISA Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov.

Definição do tema x

Introdução x x

Justificativa x

Problema / Hipótese x

Objetivos (geral e específicos) x

Metodologia de pesquisa x x

Referencial Teórico x

Coleta de dados x x
Resultados e análise de
dados x

Conclusão, revisão do projeto


x

Entrega do projeto x

Defesa x
23

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARANTE, Daiana. Aspectos nutricionais na população de pacientes com


síndrome do intestino irritável atendidos no Hospital das Clínicas da Faculdade
de Medicina da Universidade de São Paulo. 2013. Tese de Doutorado.
Universidade de São Paulo. São Paulo, 2013.

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terapêutica na síndrome do intestino irritável: revisão sistemática. GED
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desequilíbrio da microbiota intestinal em pacientes de unidade e terapia
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DE ARAÚJO, Helba Idalino. A Disbiose e seu impacto nos tratamentos estéticos


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Vitoria,2016.

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do intestino irritável: uma revisão sistemática/Fecal microbiota transplant in the
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Hospitais e da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, v.
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<https://www.update.com/contents/pathophysiology-of-irritable-bowel-syndrome>
Acesso em: 17 mai. 2020.
28

APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Prezado (a) participante,

O Sr. (a) está sendo convidado (a) a participar, como voluntário (a), da pesquisa
sobre os Efeitos do consumo de FODMAP’s e a relação da microbiota intestinal quanto
aos sintomas da síndrome do intestino irritável, que visa compreender o efeito
terapêutico do consumo de FODMAP’s relacionado a interação da microbiota
intestinal em indivíduos portadores da síndrome do intestino irritável.
Na condição de estudante do curso de Nutrição da Faculdade de Minas -
FAMINAS- BH, a pesquisa será realizada através de questionário on line, após ter
sido elaborado um projeto de pesquisa e, posteriormente, ser aprovado pelo Comitê
de Ética da FAMINAS.
Os resultados obtidos serão utilizados para produção de dados para o Trabalho
de Conclusão de Curso, atividade desenvolvida pela Faculdade de Minas – FAMINAS
BH.
Para participar deste estudo você não terá nenhum custo, nem receberá
qualquer vantagem financeira. Você será esclarecido (a) sobre o estudo em qualquer
aspecto que desejar e estará livre para participar ou recusar a participação.
O pesquisador tratará a sua identidade com padrões profissionais de sigilo. Seu
nome ou o material que indique sua participação não será liberado sem a sua
permissão. Os resultados da pesquisa estarão à sua disposição quando finalizada.
Este termo de consentimento poderá ser impresso em caso de concordância
na participação como comprovante.
Declaro que concordo em participar da pesquisa.
Ao clicar no botão abaixo, o(a) Senhor(a) concorda em participar da pesquisa
nos termos deste TCLE. Caso não concorde em participar, apenas feche essa página
no seu navegador.
29

APÊNDICE B – ESCALA DE BRISTOL

Questionário sobre a aparência das fezes do último dia. Favor realizar o


preenchimento no final do dia sobre a consistência das suas fezes. Gentileza marcar
a figura que mais se aproxima das suas fezes.

Data: ___/___/___

FONTE: GUERREIRO, 2008.


30

ANEXO A – INQUERITO NACIONAL DE DISBIOSE (INDIS) PARTE I

Fonte: ALVARENGA, 2016.


31

ANEXO B – INQUERITO NACIONAL DE DISBIOSE (INDIS) PARTE II

Fonte: ALVARENGA, 2016.

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