MINERAIS

QUELADOS

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 O QUE SÃO MINERAIS?
Os minerais são compostos inorgânicos amplamente distribuídos na natureza. No organismo humano, atuam como micronutrientes
essenciais e estão envolvidos em uma série de funções fisiológicas necessárias para a manutenção da saúde. Dentre estas, a
participação como cofatores em reações enzimáticas envolvidas na sinalização celular, síntese de ácidos nucleicos e hormônios,
defesas antioxidantes, regulação das respostas imunes, metabolismo energético e contração muscular, além do desenvolvimento
e fortalecimentos de ossos, dentes e outros tecidos. 1–4

No corpo humano, os minerais representam em torno de 5 a 6% do peso corporal total e podem ser classificados como macro
e microminerais. Cálcio, fósforo, sódio, potássio, magnésio e cloreto são considerados macrominerais, pois estão presentes
em maior quantidade no organismo e as necessidades nutricionais são superiores a 100 mg ao dia. Já os microminerais –
também chamados de minerais traços ou oligoelementos – são aqueles necessários ao organismo em quantidade inferior a 50
mg ao dia, tais como cobre, ferro, manganês, selênio, zinco, iodo, cromo, cobalto e molibidênio. Enquanto os macronutrientes
estão envolvidos principalmente na formação estrutural do tecido ósseo e dentário, bem como na manutenção do volume e da
osmolaridade de fluidos corporais, os micronutrientes participam da regulação de reações bioquímicas e enzimáticas, além de
exercerem ação antioxidante e imunomoduladora. 3,5

Apesar das necessidades nutricionais diárias distintas, tanto os macro quanto os microelementos são importantes para a
homeostase do organismo e devem ser obtidos através de alimentação ou suplementação, uma vez que não são sintetizados
endogenamente. Os minerais podem ser encontrados em diversos alimentos de origem animal ou vegetal, assim como podem
ser sintetizados e adicionados aos alimentos industrializados. Entretanto, as técnicas utilizadas na agricultura moderna e no
processamento de alimentos podem acarretar na perda de até 90% do conteúdo de minerais, comprometendo a qualidade
nutricional dos alimentos. Com isso, tanto a ingestão inadequada de minerais quanto o prejuízo na absorção, aumento das
necessidades endógenas, estados patológicos ou uso de medicamentos podem contribuir para o desenvolvimento de diversas
doenças. Assim, a suplementação de minerais é uma intervenção importante para a obtenção de quantidades satisfatórias
destes compostos, necessários para a manutenção das funções fisiológicas e saúde do organismo. 2,4–6

LIMITAÇÕES DA SUPLEMENTAÇÃO COM MINERAIS

A suplementação de minerais auxilia na obtenção de níveis fisiológicos adequados dos mesmos, resultando em efeitos
benéficos à saúde. Entretanto, a baixa biodisponibilidade e tolerabilidade, bem como a alta reatividade química dos minerais são
características que dificultam a suplementação destes micronutrientes e podem limitar a sua eficácia terapêutica. 5

As propriedades físico-químicas dos minerais em sua forma inorgânica (sobretudo solubilidade, grau de ionização e
eletropositividade) contribuem para sua baixa absorção, biodisponibilidade e tolerabilidade quando são administrados pela via
oral na forma de sais como sulfetos, carbonatos e óxidos. Estas limitações estão relacionadas principalmente à dissociação dos
sais minerais em partículas eletricamente carregadas (íons) no pH ácido no estômago. Estas partículas possuem baixa difusão
passiva através das membranas lipídicas da mucosa gastrointestinal, limitando a absorção. Além de demandar a suplementação
com doses elevadas dos minerais, estes micronutrientes podem se acumular ao longo do trato gastrointestinal, resultando em um
efeito irritativo sobre as mucosas e na manifestação de transtornos funcionais do intestino, incluindo diarreia ou constipação. 5,6

Adicionalmente, o tempo prolongado de permanência dos minerais no trato gastrointestinal aumenta a probabilidade de
interações químicas com outros nutrientes ou moléculas, uma vez que na forma ionizada estes micronutrientes possuem alta
reatividade química. Desta forma, a absorção dos minerais também pode ser comprometida na presença de outros compostos
comumente encontrados nos alimentos (como ácido fítico, polifenois e fibras), assim como na presença de outros minerais que
competem pelo transporte através das células intestinais. 5–7

Assim, os minerais quelados ou complexados com compostos orgânicos são melhor absorvidos pelo organismo, apresentando
maior biodisponibilidade e tolerabilidade em comparação aos minerais inorgânicos ou na forma de sais. Logo, minerais quelados
tem se destacado como opções mais vantajosas para suplementação de minerais, apresentando maior eficácia terapêutica e
menor incidência de efeitos adversos que podem limitar a adesão ao tratamento. 8

O QUE SÃO MINERAIS QUELADOS?

Os quelados, quelatos ou quelatados consistem na associação, através de ligações covalente, de um mineral com um ou
mais compostos orgânicos, tais como aminoácidos, ácidos carboxílicos, proteínas ou polissacarídeos. Podem ser encontrados
naturalmente em organismos vivos (como a associação do ferro com a molécula de hemoglobina ou do magnésio na clorofila
presente nos vegetais) ou obtidos através de síntese química. 4,5

A ligação de minerais inorgânicos com moléculas de aminoácidos tem sido associada com o aumento da solubilidade, absorção,
biodisponibilidade e tolerabilidade destes micronutrientes. Embora diferentes aminoácidos possam ser utilizados como ligantes para a
obtenção de minerais quelados, a glicina é um dos mais adequados devido ao seu pequeno tamanho de partícula e de sua capacidade
de formar ligações covalentes estáveis. Além disso, a associação com ácidos carboxílicos (como o ácido málico), também promove
boa estabilidade, proteção e biodisponibilidade ao mineral, sendo uma alternativa para a obtenção de minerais quelados. Ainda, a
associação com compostos orgânicos confere ao mineral maior proteção e estabilidade, características que asseguram vantagens à
suplementação por via oral. 5

FIGURA 1 – Minerais quelados consistem na associação – através de ligações covalentes – de um mineral com um ou mais compostos orgânicos, tais como glicina,
glutamina, taurina ou ácido málico. Adaptado de www.shutterstock.com, 2021.

VANTAGENS DA SUPLEMENTAÇÃO COM MINERAIS QUELADOS

Os minerais quelados apresentam diversas vantagens em relação aos minerais inorgânicos ou sais minerais, pois suas características
físico-químicas contribuem para melhor absorção, biodisponibilidade e tolerabilidade quando administrados por via oral. Com isso,
a suplementação de minerais quelados não requer a utilização de doses elevadas para garantir que estes micronutrientes sejam
disponibilizados em quantidade adequada ao organismo, assim como está associada à menor incidência de efeitos adversos.

A associação com estes compostos orgânicos que envolvem e protegem o mineral origina uma estrutura isenta de carga elétrica e, com
isso, quando administrados pela via oral os minerais quelados não são dissociados em partículas eletricamente carregadas durante sua
passagem pelo pH ácido do estômago. Ainda, devido à sua maior estabilidade e menor reatividade química, os minerais quelados não
interagem com outros nutrientes nem se acumulam no trato gastrointestinal, o que potencializa a sua absorção e reduz a ocorrência de
transtornos funcionais do intestino. 8

Além disso, a absorção dos minerais quelados também é influenciada por suas características de transporte através do epitélio intestinal.
Enquanto os minerais inorgânicos atravessam as membranas lipídicas da mucosa gastrointestinal exclusivamente através de difusão
passiva e com baixa capacidade de difusão por se encontrarem na forma ionizada, os minerais quelados são absorvidos através de
transporte ativo. O tamanho das moléculas permite que os minerais quelados sejam rapidamente absorvidos através de proteínas
transportadoras de aminoácidos, promovendo um aumento significativo de sua biodisponibilidade. Assim, os minerais quelados são
hidrolisados e se dissociam somente após sua absorção, sendo o mineral transportado por todo o organismo mediante associação com
carreadores específicos. 5
FIGURA 2 - Principais vantagens da suplementação com minerais quelados em comparação à suplementação com minerais inorgânicos ou sais minerais.
Adaptado de www.shutterstock.com, 2021.
 MINERAIS BISGLICINATOS DISPONÍVEIS NA ACTIVE PHARMACEUTICA
COBRE
BISGLICINATO
Auxilia na formação
de células sanguíneas
Melhora as defesas
antioxidantes endógenas
Favorece a síntese de
colágeno, melanina e
de neurotransmissores
FERRO
BISGLICINATO
Auxilia na prevenção e no
tratamento de anemias
Contribui para a síntese de
hemoglobina e mioglobina
Reduz o cansaço e a fadiga
No organismo humano, o cobre (Cu) é um micronutriente essencial para
diversos processos fisiológicos. Devido à sua propriedade de doar e
receber elétrons, este mineral participa de reações de oxirredução que
ocorrem durante a respiração mitocondrial, favorecendo o metabolismo
energético. Além disso, o cobre atua como um cofator importante para
o funcionamento de metaloenzimas e enzimas antioxidantes, incluindo
superóxido dismutase (SOD), lisil oxidase e citocromo c oxidase. Estas
enzimas, por sua vez, estão envolvidas na formação de células sanguíneas,
regulação das defesas antioxidantes do organismo, além da formação de
ligações cruzadas entre as fibras de colágeno, síntese de melanina e de
alguns neurotransmissores (como dopamina, adrenalina e noradrenalina).
Desta forma, o cobre exerce papel importante para desenvolvimento e
funcionamento de diferentes tecidos e processos fisiológicos. 9
O ferro (Fe) é um dos principais minerais envolvidos na eritropoese
(formação das hemácias) e também atua como um componente estrutural
importante das moléculas de hemoglobina e mioglobina. Desta forma,
o ferro está envolvido no transporte de oxigênio a todos os tecidos do
organismo. A deficiência de ferro é a mais comum entre todas as
carências nutricionais, e uma das principais causas de anemia, atingindo
principalmente mulheres, crianças e idosos. A anemia, por sua vez, é
caracterizada pela redução dos níveis de hemoglobina e/ou de eritrócitos
no sangue a valores inferiores àqueles necessários para suprir a demanda
de oxigênio em todos os tecidos, que leva à manifestação de uma série
de sinais e sintomas (incluindo palidez da pele, dificuldade em respirar ao
esforço, fadiga, fraqueza, apatia e baixa resistência ao frio). Desta forma,
a suplementação com ferro quelado é amplamente utilizada na prevenção
e no tratamento de anemias, bem como auxilia na redução de sinais de
cansaço e fadiga relacionados à baixa oxigenação dos tecidos. 9, 10
MAGNÉSIO
BISGLICINATO
Exerce efeito benéfico sobre
a saúde cardiovascular
Auxilia na redução da
ansiedade e tratamento
da depressão
Contribui para a melhora da
saúde osteoarticular
MANGANÊS
BISGLICINATO
Auxilia na redução da
ansiedade e tratamento
da depressão
Contribui para a melhora
da saúde osteoarticular
O magnésio (Mg) é um mineral essencial para inúmeros processos
metabólicos, além de ser um cofator importante para o funcionamento
de cerca de 300 enzimas envolvidas com o metabolismo energético
e com a síntese de neurotransmissores. Ainda, é essencial para a
regulação do tônus muscular, apresentando ação antagônica ao cálcio –
o que minimiza a sensação de dor muscular e contribui para o controle
da frequência e da pressão arterial. A deficiência de magnésio é mais
frequente durante o envelhecimento, fase em que é observada uma
redução acentuada da densidade mineral óssea e, consequentemente,
das reservas deste mineral no organismo. Além disso, a deficiência de
magnésio também pode estar associada à síndrome da má absorção e
com o baixo consumo de alimentos integrais e hortaliças. Neste sentido,
tem sido demonstrado que a suplementação com magnésio bisglicinato
pode auxiliar na manutenção da saúde óssea e cardiovascular, no controle
do metabolismo da glicose, assim como na melhora da cognição e no
tratamento de transtornos de ansiedade e depressão. 11–14
O manganês (Mn) atua como um importante cofator para a atividade
de diversas enzimas envolvidas com a saúde osteoarticular, fertilidade,
síntese de colesterol e utilização adequada da glicose. Juntamente com
outros minerais, o manganês auxilia na formação de ossos e dentes,
participa da contração muscular, facilita a neurotransmissão e exerce
efeitos hipoglicemiante e hipolipemiante. Além disso, o manganês é
essencial para a atividade da enzima superóxido dismutase (SOD),
responsável principalmente pela neutralização do ânion superóxido
produzido pelas mitocôndrias na respiração celular. A suplementação de
manganês tem sido associada principalmente a um efeito protetor contra
o desenvolvimento ou agravo de doenças metabólicas como diabetes,
dislipidemias, aterosclerose, obesidade e síndrome metabólica. 9,15
SELÊNIO
BISGLICINATO
O selênio (Se) é um mineral encontrado em resíduos de selenocisteína
Contribui para melhora ou selenometionina de diversas proteínas, chamadas de selenoproteínas.
das funções cognitivas Algumas selenoproteínas – incluindo a enzima glutationa peroxidase
(GPx) – atuam como antioxidantes e anti-inflamatórios, protegendo o
Participa da síntese de organismo contra os danos decorrentes de estresse oxidativo. Outras
selenoproteínas abundantes no organismo, por sua vez, estão envolvidas
hormônios tireoidianos principalmente em processos metabólicos, tal como a síntese de hormônios
tireoidianos. Dentre estas se encontra a iodotironina desiodinase, enzima
que catalisa a conversão do pró-hormônio tiroxina (T4) em sua forma
ativa, a tri-iodotironina (T3). Adicionalmente, evidências apontam que
diversas selenoproteínas regulam negativamente o desenvolvimento, a
progressão e a metástase de tumores. Os mecanismos quimiopreventivos
e/ou antineoplásicos do selênio estão relacionados à proteção e
estabilidade do material genético, bem como à regulação da proliferação
celular e apoptose, que dependem do funcionamento adequado do
sistema imunológico. Desta forma, o selênio é essencial para inúmeros
processos fisiológicos, e a deficiência deste mineral tem sido associada
ao desenvolvimento de infecções, neoplasias, tireoidite de Hashimoto,
doenças cardiovasculares e diabetes. 9

ZINCO
BISGLICINATO
Embora seja encontrado em maior quantidade nos músculos e ossos, o
Participa da síntese de zinco (Zn) está presente em praticamente todas as células do organismo
ácidos nucleicos e participa de diversos processos fisiológicos. O zinco é um mineral
importante para a atividade de metaloenzimas envolvidas na síntese de
Modula a ação da insulina ácidos nucleicos, tais como DNA e RNA polimerases. Desta forma, as
necessidades nutricionais deste mineral são maiores durante a infância
em razão de seu envolvimento no metabolismo proteico, na promoção
Estimula as respostas do da replicação e da diferenciação celular normal e, consequentemente,
sistema imunológico no crescimento e desenvolvimento de diferentes tecidos do organismo.

O zinco também atua como um cofator para ativação da enzima antioxidante

SOD e participa da síntese de metalotioneína, uma proteína de baixo peso
molecular que também auxilia na proteção contra danos oxidativos. Ainda,
está envolvido na síntese, no armazenamento e na liberação de insulina,
além de contribuir para absorção e a atividade das vitaminas do complexo
B, e auxiliar no transporte e no metabolismo da vitamina A.

Evidências apontam que a suplementação de zinco promove uma

melhora da imunidade e participa da regulação das respostas do sistema
imunológico. 9, 16
 OUTROS MINERAIS COMPLEXADOS DISPONÍVEIS NA ACTIVE PHARMACEUTICA

CITRATO
DE ZINCO
Fonte de zinco para o
organismo
Atividade antioxidante
Potencializa o efeito da
aplicação de toxina botulínica
O zinco é um mineral inorgânico presente em praticamente todas as
células do organismo humano. Encontrado em maiores concentrações
nos músculos e nos ossos, o zinco é fundamental para a atividade
de metaloenzimas envolvidas na síntese de ácidos nucleicos (como o
RNA e o DNA), bem como na ativação de enzimas antioxidantes. Ainda,
contribui para a síntese, o armazenamento e a secreção da insulina pelo
pâncreas, além de regular a proliferação e a atividade de células do sistema
imunológico. Desta forma, a suplementação com citrato de zinco contribui
para a obtenção de quantidades satisfatórias de zinco, necessárias para a
manutenção de diversas funções fisiológicas no corpo humano. 16

Embora esteja presente em inúmeros alimentos, o zinco elementar

apresenta baixa absorção e biodisponibilidade quando administrado pela
via oral. Assim, o citrato de zinco – que consiste em três moléculas de
zinco complexadas com duas moléculas de ácido cítrico – foi desenvolvido
para favorecer a absorção e aumentar a biodisponibilidade deste mineral.
Ainda, estudos vêm apontando que o aumento da concentração de zinco
no organismo previne contra a degradação rápida da toxina botulínica,
prolongando o efeito de paralisia muscular e retardando o aparecimento de
rugas e linhas de expressão. 17,18

MALATO DE
MAGNÉSIO
O magnésio (Mg) é um mineral essencial para um grande número de
Melhora o desempenho processos metabólicos no organismo. Ainda, exerce efeito antiarrítmico,
esportivo contribui para a manutenção do tônus vascular e regulação da
contratilidade muscular, assim como promove a melhora do metabolismo
Reduz a dor e a fraqueza da glicose. Desta forma, a deficiência de magnésio pode favorecer a
instalação de um quadro de estresse oxidativo e inflamação, bem como
muscular promover a disfunção endotelial e potencializar a agregação plaquetária,
hiperglicemia e resistência à insulina. O ácido málico (ou malato), por
Contribui para o sua vez, é um composto essencial para a produção de energia (ATP)
gerenciamento da glicemia no organismo, e a deficiência deste composto tem sido associada
ao desenvolvimento de fibromialgia – síndrome caracterizada pela
manifestação de dor musculoesquelética crônica e generalizada. Desta
forma, a suplementação com malato de magnésio (ou magnésio dimalato)
contribui não apenas para a manutenção dos benefícios associados
aos níveis adequados de magnésio no organismo, como também pode
contribuir para o aumento da síntese de ATP, reduzir a fraqueza muscular
e auxiliar no tratamento de sintomas associados à fibromialgia. 11–14
MAGNÉSIO
GLICIL GLUTAMINA
Favorece a síntese proteica
Contribui para melhora das
funções cognitivas
Auxilia no manejo da glicemia
TAURATO DE
MAGNÉSIO
Auxilia na redução da
pressão arterial
Exerce efeito cardioprotetor
Adjuvante na prevenção e
tratamento da catarata
O magnésio (Mg) é um mineral essencial para inúmeros processos
metabólicos no organismo humano. Ainda, exerce efeito antiarrítmico,
contribui para a manutenção do tônus vascular e para a regulação da
contratilidade muscular, assim como promove a melhora do metabolismo
da glicose. A glutamina, por sua vez, está envolvida na síntese proteica,
no anabolismo muscular e no metabolismo da glicose, além de atuar
como um precursor na síntese de diferentes neurotransmissores (tais
como GABA e glutamato). Desta forma, a deficiência de glutamina e/ou
de magnésio pode resultar na desregulação do metabolismo glicídico, em
distúrbios osteomusculares, prejuízo cognitivo e transtornos psiquiátricos,
incluindo a depressão. Assim, a suplementação com magnésio glicil
glutamina pode ser utilizada visando reduzir o catabolismo muscular
após a prática de exercícios físicos (efeito ergogênico) e aumentar a
disponibilidade de magnésio no sistema nervoso central, auxiliando no
tratamento de transtornos neuropsiquiátricos. 11–14
O taurato de magnésio é um complexo quelado de magnésio formado
pela associação com a taurina – um aminoácido obtido da dieta
ou produzido endogenamente a partir da cisteína e da metionina,
importante para inúmeros processos fisiológicos, incluindo a formação
do sistema nervoso central (SNC), o desenvolvimento e proteção da
retina, a modulação dos níveis de cálcio intracelular, o metabolismo
da glicose e as respostas antioxidante e anti-inflamatória. O magnésio,
por sua vez, é um mineral essencial para inúmeros processos
metabólicos no organismo, além de ser um cofator importante para o
funcionamento de cerca de 300 enzimas que regulam o metabolismo
de carboidratos, lipídeos e proteínas, e estar associado à produção
e liberação de adenosina trifosfato (ATP). Atua, também, na síntese
e estabilização de macromoléculas (como o DNA e ribossomos),
na neurotransmissão (como a síntese de neurotransmissores) e na
regulação do tônus muscular – visto que apresenta ação antagônica
ao cálcio, o que minimiza a sensação de dor muscular e contribui
para o controle dos batimentos cardíacos e da pressão arterial. Desta
forma, evidências pré-clínicas têm demonstrado que a suplementação
com taurato de magnésio exerce efeito sinérgico na modulação da
saúde cardiovascular – reduzindo a pressão arterial e exercendo efeito
cardioprotetor –, bem como pode auxiliar na prevenção e tratamento da
catarata. Adicionalmente, a suplementação com taurato de magnésio
pode contribuir para a prevenção e tratamento de condições clínicas
em que o magnésio e a taurina exercem efeito regulador importante
como, por exemplo, na diabetes e distúrbios de ansiedade. 11,12,14,19–24
 INFORMAÇÕES ADICIONAIS

RECOMENDAÇÕES FARMACOTÉCNICAS
Em geral, as doses para suplementação de minerais quelados se referem ao mineral elementar, e não ao complexo quelado. Desta
forma, para atender prescrições de minerais quelados utilizando os minerais disponibilizados pela Active Pharmaceutica é necessário
aplicar o fator de correção de teor do mineral elementar conforme informação expressa no Certificado de Análises. Esta informação
deverá ser observada a cada novo lote do insumo, pois os teores podem apresentar variação conforme o lote. Adicionalmente, se o teor
do mineral for calculado sobre a base seca, deve-se aplicar também o fator de correção de umidade. 19

1) Exemplo de cálculo para atender a uma prescrição de mineral quelado:

PRESCRIÇÃO: Zinco quelado 5 mg - 30 cápsulas

DADOS DO CERTIFICADO DE ANÁLISES:
Teor de Zinco (Base seca): 24% Perda por dessecação: 8,31%

Fator de correção Fator de correção Fator de

de umidade: de teor: correção total:

100 – 8,31 = 91,69 100/24 = 4,17 1,1 x 4,17 = 4,59

100/91,69 = 1,1

Logo: 5 mg x 4,59 = 22,95 mg x 30 cápsulas = 688,5 mg devem ser pesados para aviar a formulação.
 Estes insumos devem ser utilizados sob orientação
médica ou de outro profissional de saúde habilitado.

Informativo destinado a profissionais de saúde.

LITERATURAS CONSULTADAS

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