Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Editora Chefe
Profª Drª Antonella Carvalho de Oliveira
Assistentes Editoriais
Natalia Oliveira
Bruno Oliveira
Flávia Roberta Barão
Bibliotecária
Janaina Ramos
Projeto Gráfico e Diagramação
Natália Sandrini de Azevedo
Camila Alves de Cremo
Luiza Alves Batista
Maria Alice Pinheiro
Imagens da Capa 2020 by Atena Editora
Shutterstock Copyright © Atena Editora
Edição de Arte Copyright do Texto © 2020 Os autores
Luiza Alves Batista Copyright da Edição © 2020 Atena Editora
Revisão Direitos para esta edição cedidos à Atena
Os Autores Editora pelos autores.
O conteúdo dos artigos e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de
responsabilidade exclusiva dos autores, inclusive não representam necessariamente a posição
oficial da Atena Editora. Permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam
atribuídos créditos aos autores, mas sem a possibilidade de alterá-la de nenhuma forma ou
utilizá-la para fins comerciais.
Todos os manuscritos foram previamente submetidos à avaliação cega pelos pares, membros
do Conselho Editorial desta Editora, tendo sido aprovados para a publicação.
Conselho Editorial
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Prof. Dr. Alexandre Jose Schumacher – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do
Paraná
Prof. Dr. Américo Junior Nunes da Silva – Universidade do Estado da Bahia
Prof. Dr. Antonio Carlos Frasson – Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Prof. Dr. Antonio Gasparetto Júnior – Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais
Prof. Dr. Antonio Isidro-Filho – Universidade de Brasília
Prof. Dr. Carlos Antonio de Souza Moraes – Universidade Federal Fluminense
Profª Drª Cristina Gaio – Universidade de Lisboa
Prof. Dr. Daniel Richard Sant’Ana – Universidade de Brasília
Prof. Dr. Deyvison de Lima Oliveira – Universidade Federal de Rondônia
Profª Drª Dilma Antunes Silva – Universidade Federal de São Paulo
Prof. Dr. Edvaldo Antunes de Farias – Universidade Estácio de Sá
Prof. Dr. Elson Ferreira Costa – Universidade do Estado do Pará
Prof. Dr. Eloi Martins Senhora – Universidade Federal de Roraima
Prof. Dr. Gustavo Henrique Cepolini Ferreira – Universidade Estadual de Montes Claros
Profª Drª Ivone Goulart Lopes – Istituto Internazionele delle Figlie de Maria Ausiliatrice
Prof. Dr. Jadson Correia de Oliveira – Universidade Católica do Salvador
Prof. Dr. Julio Candido de Meirelles Junior – Universidade Federal Fluminense
Profª Drª Lina Maria Gonçalves – Universidade Federal do Tocantins
Prof. Dr. Luis Ricardo Fernandes da Costa – Universidade Estadual de Montes Claros
Profª Drª Natiéli Piovesan – Instituto Federal do Rio Grande do Norte
Prof. Dr. Marcelo Pereira da Silva – Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Profª Drª Maria Luzia da Silva Santana – Universidade Federal de Mato Grosso do Sul
Profª Drª Paola Andressa Scortegagna – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Profª Drª Rita de Cássia da Silva Oliveira – Universidade Estadual de Ponta Grossa
Prof. Dr. Rui Maia Diamantino – Universidade Salvador
Prof. Dr. Urandi João Rodrigues Junior – Universidade Federal do Oeste do Pará
Profª Drª Vanessa Bordin Viera – Universidade Federal de Campina Grande
Prof. Dr. William Cleber Domingues Silva – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
Prof. Dr. Willian Douglas Guilherme – Universidade Federal do Tocantins
Formato: PDF
Requisitos de sistema: Adobe Acrobat Reader
Modo de acesso: World Wide Web
Inclui bibliografia
ISBN 978-65-5706-651-5
DOI 10.22533/at.ed.515200312
Atena Editora
Ponta Grossa – Paraná – Brasil
Telefone: +55 (42) 3323-5493
www.atenaeditora.com.br
contato@atenaeditora.com.br
DECLARAÇÃO DOS AUTORES
Os autores desta obra: 1. Atestam não possuir qualquer interesse comercial que constitua um
conflito de interesses em relação ao artigo científico publicado; 2. Declaram que participaram
ativamente da construção dos respectivos manuscritos, preferencialmente na: a) Concepção do
estudo, e/ou aquisição de dados, e/ou análise e interpretação de dados; b) Elaboração do artigo
ou revisão com vistas a tornar o material intelectualmente relevante; c) Aprovação final do
manuscrito para submissão.; 3. Certificam que os artigos científicos publicados estão
completamente isentos de dados e/ou resultados fraudulentos.
APRESENTAÇÃO
O presente livro “Alimento, Nutrição e Saúde 3” está composta por 19 capítulos com
vasta abordagens temáticas. Durante o desenvolvimento dos capítulos desta obra, foram
abordados assuntos interdisciplinar, na modalidade de artigos científicos, pesquisas e
revisões de literatura capazes de corroborar com o desenvolvimento cientifico e acadêmico.
O objetivo central desta obra foi descrever as principais pesquisas realizadas em
diferentes regiões e instituições de ensino no Brasil, dentre estas, cita-se: o perfil alimentar
de usuários em unidades de saúde, alimentação funcional, vitamina D no desenvolvimento
de crianças, comportamento alimentar, avaliação da composição corporal em praticantes de
treinamento resistido, o aleitamento materno e hábitos alimentares em crianças de 6 meses
a 2 anos. São conteúdos atualizados, contribuindo para o desenvolvimento acadêmico,
profissional e tecnológico.
A procura por exercícios físicos e alimentos que contribuem para o bem-estar e
prevenção de patologias do indivíduo aumentou-se nos últimos anos. Desse modo, a
tecnologia de alimentos deve acompanhar a área da nutrição com o objetivo de desenvolver
novos produtos que atendam a este público. No entanto, é preocupante o grande número de
pessoas que buscam realizar exercícios físicos e “dietas” sem o devido acompanhamento
profissional, colocando em risco a sua saúde.
O livro “Alimento, Nutrição e Saúde 3” descreve trabalhos científicos atualizados
e interdisciplinar em alimentos, nutrição e saúde. Resultados de pesquisas com objetivo
de oferecer melhores orientações nutricionais e exercícios físicos, que possam contribuir
para melhorar a qualidade de vida, obtendo uma alimentação saudável e prevenindo de
possíveis patologias.
CAPÍTULO 2................................................................................................................15
ALIMENTAÇÃO FUNCIONAL EM PACIENTES PORTADORES DE VÍRUS DA
IMUNODEFICIÊNCIA ADQUIRIDA
Clara dos Reis Nunes
Gleice Keli Barroso Falcão de Alvarenga
Fabíola Teixeira Azevedo
Thiara Mourão Fernandes da Costa
DOI 10.22533/at.ed.5152003122
CAPÍTULO 3................................................................................................................38
A INFLUÊNCIA DA VITAMINA D NO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA – REVISÃO
BIBLIOGRÁFICA
Renata Raniere Silva de Andrade
Anne Heracléia de Brito e Silva
Gerusa Cássia Santos Oliveira
Ian Cardoso de Araujo
Igor Cardoso Araújo
Thatylla Kellen Queiroz Costa
Paulo Roberto dos Santos
Pedro Henrique Castelo Branco de Brito
Laudiceia do Nascimento Gomes
Maria de Fátima Martins Nascimento
Maria Nayara Oliveira Carvalho
Teresinha de Jesus Mesquita Cerqueira
DOI 10.22533/at.ed.5152003123
CAPÍTULO 4................................................................................................................48
EXAMINANDO ASPECTOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR DA POPULAÇÃO
BRASILEIRA
Itana Nascimento Cleomendes dos Santos
DOI 10.22533/at.ed.5152003124
SUMÁRIO
CAPÍTULO 5................................................................................................................57
ESTADO NUTRICIONAL DE ADOLESCENTES INGRESSANTES EM UMA ESCOLA
PÚBLICA FEDERAL NO ESTADO DA BAHIA
Andréia Rocha Dias Guimarães
DOI 10.22533/at.ed.5152003125
CAPÍTULO 6................................................................................................................66
AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL E O PERFIL ALIMENTAR DE PRATICANTES
DE MUSCULAÇÃO
Fábio Martins Inácio Tavares
Evandro Marianetti Fioco
Edson Donizetti Verri
DOI 10.22533/at.ed.5152003126
CAPÍTULO 7................................................................................................................76
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D NO TRATAMENTO COADJUVANTE DA DEPRESSÃO
Maria Luiza Lucas Celestino
Priscilla de Oliveira Mendonça Freitas
Francisco Eudes de Sousa Júnior
Orquidéia de Castro Uchôa Moura
Camila Araújo Costa Lira
Roseane Carvalho de Souza
Daniele Campos Cunha
Ana Mayara Setúbal
Ícaro Moura Ramos
Márcia Môany Araújo Oliveira
Marcela Myllene Araújo Oliveira
Andreson Charles de Freitas Silva
DOI 10.22533/at.ed.5152003127
CAPÍTULO 8................................................................................................................90
O ALEITAMENTO MATERNO E SEU IMPACTO SOCIAL
Claudia Cristina Dias Granito Marques
Maria Laura Dias Granito Marques
DOI 10.22533/at.ed.5152003128
CAPÍTULO 9................................................................................................................99
O POTENCIAL NEUROPROTETOR DA SILIMARINA NA DOENÇA DE ALZHEIMER
Mariany de Alencar
Jorge Rafael dos Santos Junior
Mikaelly de Sousa Guedes
Joyce Gomes de Sousa
Micaelly Alves dos Santos
Francisca Taiza de Souza Gomes
Ionara Jaine Moura Oliveira
Maria Letícia Saraiva de Oliveira Milfont
Angelica Kelly Santos de Lima
Rita de Cassia Moura da Cruz
SUMÁRIO
Antonia Alicyanny Noronha
Ana Cibele Pereira Sousa
DOI 10.22533/at.ed.5152003129
CAPÍTULO 10............................................................................................................107
ASSOCIAÇÃO DA OBESIDADE, BEBIDAS ALCOÓLICAS E CARNES VERMELHAS COM
A NEOPLASIA COLORRETAL
Camylla Machado Marques
Evilanna Lima Aruda
Luana Nascimento
Mirian Gabriela Martins Pereira
Thulio César Teixeira
DOI 10.22533/at.ed.51520031210
CAPÍTULO 12............................................................................................................121
VULNERABILIDADE À DEPRESSÃO E ALTERAÇÕES DO ESTADO NUTRICIONAL EM
PACIENTES ONCOLÓGICOS
Brunna Luise do Nascimento Barboza
Débora Lisboa de Almeida Neves Silva
Iara Moraes Filgueira Pachioni
Islany Kevelly Almeida de Melo
DOI 10.22533/at.ed.51520031212
CAPÍTULO 13............................................................................................................129
EFEITO HIPOGLICEMIANTE DO ALHO (ALLIUM SATIVUM L.) NO DIABÉTICO
Anita Ferreira de Oliveira
Camila Moreira da Costa Alencar
Eric Wenda Ribeiro Lourenço
Gustavo Galdino de Meneses Barros
Mirla Ribeiro dos Santos
Hérica do Nascimento Sales Farias
Alane Nogueira Bezerra
Camila Pinheiro Pereira
Natasha Vasconcelos Albuquerque
Ana Patrícia Nogueira Aguiar
SUMÁRIO
Maria Anizete de Sousa Quinderé
DOI 10.22533/at.ed.51520031213
CAPÍTULO 14............................................................................................................134
ACONSELHAMENTO NUTRICIONAL EM PACIENTES PORTADORES DE FIBROSE
CÍSTICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA DE LITERATURA
Tanmara Kelvia Oliveira da Costa Almeida
Priscylla Tavares Almeida
Juliana Alexandra Parente Sa Barreto
Carla Maria Bezerra de Menezes
Yasmin Trindade Evangelista de Araújo
Priscille Fidelis Pacheco Hartcopff
Marjorie Correia de Andrade
Alessandra Cabral Martins
Paloma de Sousa Bezerra
Paulina Nunes da Silva
Esaú Nicodemos da Cruz Santana
Rejane Ferreira da Silva
DOI 10.22533/at.ed.51520031214
CAPÍTULO 15............................................................................................................141
ESPESSURA DO MÚSCULO ADUTOR DO POLEGAR EM PACIENTES PRÉ-
TRANSPLANTE HEPÁTICO
Ana Carolina Cavalcante Viana
Ana Filomena Camacho Santos Daltro
Anarah Suellen Queiroz Conserva Vitoriano
Synara Cavalcante Lopes
Carolina Frazão Chaves
Lília Teixeira Eufrásio Leite
Priscila Taumaturgo Holanda Melo
Renata Kellen Cavalcante Alexandrino
Helen Pinheiro
Ana Raquel Eugênio Costa Rodrigues
Priscila da Silva Mendonça
Mileda Lima Torres Portugal
DOI 10.22533/at.ed.51520031215
CAPÍTULO 16............................................................................................................148
USO DO DINAMÔMETRO COMO PREDITOR DE FORÇA MUSCULAR E DESNUTRIÇÃO
HOSPITALAR: RELATO DE CASO
Laysa Avanzo Corsi
Amanda Dorta Maestro
Carolina Augusto Rezende
Renata Perucelo Romero
DOI 10.22533/at.ed.51520031216
SUMÁRIO
CAPÍTULO 17............................................................................................................155
HÁBITOS ALIMENTARES E ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 6 MESES A 2
ANOS QUE FAZEM ACOMPANHAMENTO NA UBS ENEDINO MONTEIRO DO BAIRRO
PÊRA NO MUNICÍPIO DE COARI-AM
Juliane de Oliveira Medeiros
Karina de Melo Vasconcelos
Oziane Carvalho Fonseca
Regina dos Santos Silva
Juliana Helen Ferreira Braga
Luziane Lima Pereira
DOI 10.22533/at.ed.51520031217
CAPÍTULO 18............................................................................................................160
INSEGURANÇA ALIMENTAR MODERADA E GRAVE EM GESTANTES ADOLESCENTES
NO MUNICÍPIO DE RIO BRANCO – ACRE
Cibely Machado de Holanda
Bárbara Teles Cameli Rodrigues
Débora Melo de Aguiar
Thaíla Alves dos Santos Lima
Andréia Moreira de Andrade
Fernanda Andrade Martins
Alanderson Alves Ramalho
DOI 10.22533/at.ed.51520031218
CAPÍTULO 19............................................................................................................175
USO DE PROBIÓTICOS COMO NOVA ABORDAGEM COMPLEMENTAR NA TERAPIA
DA ACNE: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Luiza Bühler
Morgana Aline Weber
Patrícia Weimer
Rochele Cassanta Rossi
DOI 10.22533/at.ed.51520031219
SOBRE O ORGANIZADOR......................................................................................186
ÍNDICE REMISSIVO..................................................................................................187
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
doi
PERFIL ALIMENTAR DE USUÁRIOS COM E SEM
DIABETES MELLITUS DAS UNIDADES DE SAÚDE
NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO PRETO/SP
INTRODUÇÃO
No século passado ocorreram transições demográficas, nutricionais e epidemiológicas.
A transição nutricional, fenômeno epidemiológico pelo qual passa atualmente o Brasil e
demais países em desenvolvimento, caracteriza-se pela redução contínua dos casos de
déficit nutricional, como desnutrição e deficiências de micronutrientes. Ao mesmo tempo
em que se averigua um aumento vertiginoso das prevalências de excesso de peso e outras
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como diabetes mellitus (DM), hipertensão
arterial sistêmica (HAS) e doenças cardiovasculares (DCV) (TOSCANO, 2004; SCHMIDT
et al., 2011; DUNCAN et al., 2012; BRASIL, 2014a). Além disso, com o passar dos anos,
houve crescente envelhecimento da população em todo o mundo, processo que acarreta
diversas alterações fisiológicas e funcionais no organismo humano, tornando essa parcela
da população mais propensa ao desenvolvimento das DCNT (RIBEIRO et al., 2017).
Uma das quatro principais DCNT é o DM. A Federação Internacional de Diabetes
estimou em 2015 que 8,8% da população mundial com 20 a 79 anos de idade (415 milhões
de pessoas) viviam com diabetes. Se persistirem as tendências atuais, o número de
pessoas com diabetes será superior a 642 milhões em 2040. Cerca de 75% dos casos são
de países em desenvolvimento, nos quais deverá ocorrer o maior aumento dos casos de
diabetes nas próximas décadas. No Brasil, em 1980, foi estimado em 7,6% a prevalência
de diabetes na população adulta (MALERBI; FRANCO, 1992; INTERNATIONAL DIABETES
FEDERATION, 2015). No ano de 2013, a Pesquisa Nacional de Saúde estimou em 6,2%
da população maior de 18 anos de idade com diagnóstico médico de diabetes mellitus
(BRASIL, 2014b; SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES, 2017). No município de
Ribeirão Preto, interior de São Paulo, um estudo epidemiológico de base populacional,
encontrou índices de cerca de 15% da população com diabetes (MORAES et al., 2010).
METODOLOGIA
Estudo observacional transversal, realizado nas Unidades de Saúde de cinco
distritos de saúde de Ribeirão Preto no período de 2017-2018, pela Secretaria Municipal da
Saúde e Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - USP, autorizada pelo Comitê de Ética
em Pesquisa (parecer nº 1.875.599).
Ribeirão Preto, SP, cuja população segundo censo de 2010 é de 604.682 habitantes,
considerado o oitavo município mais populoso do estado. A Rede de Serviços da Atenção
Básica está organizada em cinco Distritos de Saúde (Norte, Leste, Oeste, Central e Sul), e
RESULTADOS
N %
Idade
18 a 34 anos 242 33,66
35 a 59 anos 293 40,75
60 anos ou mais 184 25,59
Sexo
Masculino 207 28,79
Feminino 512 71,21
Escolaridade
Estado Civil
Solteiro (a) 272 37,83
Classe Econômica
Tabela 1 – Distribuição numérica e percentual dos usuários das unidades de saúde segundo as
variáveis sociodemográficas e a presença ou não de DM, Ribeirão Preto - SP, 2020
Hábito alimentar
Orientado por
nutricionista
Onde realiza
as refeições
habitualmente
Número de refeições
/ dia
Usa adoçante
artificial
Hábito assistir tv ou
mexer celular durante
refeições
Tabela 2 – Distribuição numérica e percentual dos usuários das unidades de saúde segundo as
variáveis de habito alimentar e a presença ou não de DM, Ribeirão Preto - SP, 2020
Diabetes
Total p valor
Não Sim
Consumo alimentar
Mau Consumo
569 92,1% 86 85,1% 655 91,1% 0,024
Alimentar
Bom Consumo
49 7,9% 15 14,9% 64 8,9%
Alimentar
Água
Saladas cruas
Menos de 3 vezes na
186 30,1% 21 20,8% 207 28,8% 0,056
semana
3 ou mais vezes na
432 69,9% 80 79,2% 512 71,2%
semana
Legumes
Frutas
Menos de 3 vezes na
235 38,0% 24 23,8% 259 36,0% 0,006
semana
3 ou mais vezes na
383 62,0% 77 76,2% 460 64,0%
semana
Leite ou iogurte
Menos de 3 vezes na
238 38,5% 35 34,7% 273 38,0% 0,459
semana
3 ou mais vezes na
380 61,5% 66 65,3% 446 62,0%
semana
Feijão
Menos de 5 vezes na
157 25,4% 21 20,8% 178 24,8% 0,319
semana
Pelo menos 5 vezes na
461 74,6% 80 79,2% 541 75,2%
semana
2 ou menos vezes na
510 82,5% 97 96,0% 607 84,4% 0,001
semana
3 ou mais vezes na
108 17,5% 4 4,0% 112 15,6%
semana
Embutidos
2 ou menos vezes na
532 86,1% 93 92,1% 625 86,9% 0,098
semana
3 ou mais vezes na
86 13,9% 8 7,9% 94 13,1%
semana
Bolachas/biscoitos
salgados ou
salgadinhos de
pacote
2 ou menos vezes na
458 74,1% 71 70,3% 529 73,6% 0,420
semana
3 ou mais vezes na
160 25,9% 30 29,7% 190 26,4%
semana
2 ou menos vezes na
441 71,4% 90 89,1% 531 73,9% < 0,001
semana
3 ou mais vezes na
177 28,6% 11 10,9% 188 26,1%
semana
Refrigerante
2 ou menos vezes na
432 69,9% 91 90,1% 523 72,7% < 0,001
semana
3 ou mais vezes na
186 30,1% 10 9,9% 196 27,3%
semana
Tabela 3 – Distribuição numérica e percentual dos usuários das unidades de saúde segundo as
variáveis de habito alimentar e a presença ou não de DM, Ribeirão Preto - SP, 2020
DISCUSSÃO
A prevalência de DM demonstrada a partir deste estudo, correspondente a 14%,
é semelhante aos dados encontrados por Silva, Corrêa e Câmara (2015) e Moraes et al.
(2010), de 12% e 15%, respectivamente, sendo o último também realizado no Município
de Ribeirão Preto. A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios de 2008 mostra
prevalência de DM para a população adulta (≥ 18 anos) de 4,3%, e ainda, alertou para o
crescimento dessa taxa no país em um período de dez anos (BRASIL, 2008a).
Fatores como o aumento da longevidade, maior urbanização, a prevalência
crescente de obesidade e sedentarismo, assim como à maior sobrevida da pessoa com
DM, estão relacionados ao aumento do número dessa população, o que caracteriza uma
transição demográfica e, consequentemente, uma transição epidemiológica. O diagnóstico
da DM se torna mais prevalente entre indivíduos com idade mais avançada (FERREIRA;
FERREIRA, 2009; FLOR; CAMPOS, 2017). Os nossos achados evidenciaram predomínio
de idade entre 35 e 59 anos, dado semelhante ao encontrado por Silva, Corrêa e Câmara
(2015) de 50 a 70 anos, Bercke et al. (2017) 50 a 59 anos e Santos et al. (2018) com idade
média de 59,66 anos.
Tomando como referência a classificação proposta pelo Guia Alimentar para a
população Brasileira de 2014 dividindo os alimentos em grupos quanto ao seu grau de
processamento de fabricação, temos que em relação aos alimentos in natura/minimamente
processados houve diferença significativa no consumo de frutas e legumes cozidos, sendo
que as pessoas com DM consomem mais que os sem a doença. Nos itens consumo de
feijão, leite ou iogurte e salada crua, não houve diferença entre os grupos. O Guia Alimentar
para a população Brasileira recomenda que seja incentivado o consumo deste grupo
de alimentos para uma alimentação mais saudável (BRASIL, 2014). Além do mais, por
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, F. C. A. et al. Hábitos alimentares de indivíduos com diabetes mellitus tipo 2 atendidos pelo
programa estratégia saúde da família na cidade de Cajazeiras, Paraíba, Brasil. Revista Brasileira de
Obesidade, Nutrição e Emagrecimento, v. 12, n. 71, p. 301-309, 2018.
BERCKE, B. R. et al. Cuidado a partir da Atenção Primária: estado nutricional do portador de diabetes
mellitus. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, v. 15, n. 1, p. 229-239, 2017.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Guia
alimentar para a população brasileira. Brasília: Ministério da Saúde, 2014. 156 p.
DUNCAN, B. B. et al. Doenças crônicas não transmissíveis no Brasil: prioridade para enfrentamento e
investigação. Rev. Saúde Pública, v. 46, n. 1, p. 126-34, 2012.
MALERBI, D. A.; FRANCO, L. J. Multicenter study of the prevalence of diabetes mellitus and impaired
glucose tolerance in the urban Brazilian population aged 30-69 years. The Brazilian Cooperative Group
on the Study of Diabetes Prevalence. Diabetes Care, v. 15, n. 11, p. 1509-16, 1992.
MCKEOWN, N. M. et al. Carbohydrate nutrition, insulin resistance, and the prevalence of the metabolic
syndrome in the Framingham Offspring Cohort. Diabetes Care, v. 27, n. 2, p. 538-46, 2004.
OZCARIZ S. G. I. et al. Dietary practices among individuals with diabetes and hypertension are similar
to those of healthy people: a population-based study. BMC Public Health, v. 15, n. 1, p. 479, 2015.
SANTOS, E. M. et al. Autocuidado de Usuários Com Diabetes Mellitus: Perfil Sociodemográfico, Clínico
e Terapêutico. Rev Fund Care Online, v. 10, n. 3, p. 720-728, 2018.
SCHMIDT, M. I. et al. Chronic non-communicable diseases in Brazil: burden and current challenges. J
Lancet 2011, v. 377, n. 9781, p. 1949-61, 2011.
SILVA, S. C. S. C. T.; CORRÊA, R. D.; CÂMARA, A. M. C. S. Perfil alimentar de indivíduos com ou sem
diabetes em uma unidade básica de saúde de Belo Horizonte - MG. Rev Med Minas Gerais, v. 25, n.
1, p. 12-18, 2015.
TOSCANO, C. M. As campanhas nacionais para detecção das doenças crônicas não transmissíveis:
diabetes e hipertensão arterial. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro, v. 9, n. 4, p. 885-895, 2004.
1 | INTRODUÇÃO
Os primeiros casos de AIDS (Acquired Immunodeficiency Syndrome - Síndrome
da Imunodeficiência Adquirida) no Brasil foram descritos na década de 80. No entanto,
muitas das medidas de saúde pública tomadas nessa fase foram decididas na urgência da
situação, o que explica, em parte, a carência de documentação sobre as ações adotadas
para conter a epidemia1.
Desde então, o número de pessoas com HIV (Human Immunodeficiency Virus
– Vírus da Imunodeficiência Humana) tem aumentado de forma gradual, o que está
ocasionando uma pandemia, que tem afetado o desenvolvimento socioeconômico do país.
De fato, o Brasil ocupa o quarto lugar em diagnósticos de casos de AIDS, sendo verificado
no período de 1980 a junho de 2018, 982.129 casos notificados de AIDS, segundo o
Boletim Epidemiológico emitido pelo Ministério da Saúde de 20182. O tratamento com as
medicações tem sido de suma importância para esses pacientes, visto que eles auxiliam
para a redução de mortes no Brasil. Calcula-se que existam 830 mil pessoas vivendo com
HIV/AIDS no Brasil, dentre estas, 694 mil são diagnosticadas, 655 mil vinculadas a algum
tipo de serviço de saúde e 517 mil em tratamento com antirretrovirais3.
A partir desse contexto, ao entender que a AIDS é uma doença ainda incurável,
estuda-se de modo científico essa patologia, buscando explicações e mecanismos de cura,
visto que se trata de um agravo na situação da Saúde Pública não só no Brasil como em
todo o mundo. Diante dos avanços da ciência, as medicações para terapia antirretroviral
(TARV) possibilitaram a supressão da replicação do vírus do HIV, a melhora da qualidade
de vida e um tempo maior de vida de indivíduos que são portadores do vírus da AIDS/
HIV, levando às taxas reduzidas de morbimortalidade associadas à infecção. As utilizações
dessas medicações de terapia antirretroviral altamente ativa auxiliam para que a replicação
do HIV seja inibida, com diminuição da presença do RNA (ácido ribonucléico) do HIV no
plasma para níveis indetectáveis, assim prolongando a sobrevida dos pacientes. Porém,
em contrapartida, observou-se uma variedade de alterações metabólicas associada à
TARV e à própria infecção pelo HIV, entre elas a dislipidemia, mudanças na distribuição de
gordura corporal e resistência à insulina4.
No Brasil, é relatada a prevalência de anormalidades no metabolismo desses
pacientes, incluindo a lipodistrofia, em 65% dos casos de pacientes infectados por HIV em
acompanhamento ambulatorial e certamente relacionada com o uso de antirretrovirais5,6.
A utilização dos referidos medicamentos modifica o estado nutricional destes
indivíduos5. A evolução do HIV/AIDS tem de fato relação com o estado nutricional, tendo em
vista que o quadro de desnutrição e baixas taxas nutricionais são algumas das principais
2 | DESENVOLVIMENTO
1* Trata-se de um tipo de vírus que, como muitos outros, armazena suas informações genéticas como RNA e não como
DNA (a maioria dos outros seres vivos usa DNA) (CACHAY, 2019).
Homossexual 52.120 2.968 3.251 3.655 4.065 4.532 5.058 5.589 5.861 5.712 5.484 5.127 4.853 1.615
Bissexual 30.248 1.435 1.364 1.378 1.414 1.466 1.578 1.541 1.584 1.429 1.300 1.160 1.174 385
Heterossexual 70.843 6.597 7.087 7.488 7.642 8.114 8.339 8.424 8.539 7.746 7.083 6.344 5.916 2.080
UDI 49.710 1.291 1.174 1.065 1.050 930 907 749 724 584 537 416 337 126
Hemofílico 1.073 15 10 12 6 8 6 8 5 4 9 2 5 2
Transfusão 1.130 18 7 5 8 4 2 5 1 5 3 1 2 1
Acid. Material
2 - - - 1 1 1 1 2 - 1 - 1 1
Biológico
Transmissão
114 27 52 71 74 89 87 107 111 120 121 121 100 36
Vertical
Ignorado 45.378 3.222 3.391 3.525 3.738 3.711 3.861 3.687 3.835 3.798 3.400 3.049 2.594 1.027
Casos (n)
BRASIL
247.795
Região Centro-Oeste 17.494
Região Nordeste 42.215
Região Norte 19.781
Região Sudeste 117.415
Região Sul 50.890
Tabela 1: Distribuição dos casos de infecção pelo HIV no Brasil por regiões brasileiras (2007 –
jun./2018).
Fonte: Adaptação do Boletim Epidemiológico (2018, p. 7).
HIV Sintomáticos
HIV Assintomáticos Fase Estável Fase Aguda
(CD4 < 200 Células)
Alguns alimentos funcionais, como peixes, algas marinhas e linhaça que são ricos
em ácidos graxos ômega-3 e também os ácidos graxos ômega-6 presentes nos óleos
vegetais (soja, girassol e oliva), interferem positivamente na coagulação sanguínea, no
controle do processo inflamatório e na melhora da massa corpórea magra; alicina, aliína e o
sulfeto de dialina, presentes no alho, como função hipotensora, fibrinolítica, anticoagulante,
contribuindo ainda na redução do colesterol; além dos probióticos (bifidobactérias,
lactobacilos, etc.) e prebióticos (FOS e Inulina), encontrados em nas bebidas lácteas, nos
iogurtes, nos leites fermentados, etc, e que atuam efetivamente na microbiota intestinal, na
redução dos níveis de colesterol e no sistema imunológico50-51.
Com relação à funcionalidade dos probióticos e prebióticos na terapêutica nutricional
dos pacientes com HIV/AIDS, a composição da microbiota intestinal é alterada em uma
direção desfavorável durante a infecção crônica pelo HIV, com níveis mais altos de bactérias
oportunistas e níveis mais baixos de Bifidobacteria e Lactobacillus em comparação com
uma população saudável. Essa disbiose tem sido associada à inflamação sistêmica,
catabolismo do triptofano e translocação microbiana. Em contraste, maiores proporções
de Lactobacillus na microbiota intestinal estavam associados a uma fração mais alta de
células T CD4 + e menor translocação microbiana durante a infecção pelo HIV- 152.
Assim, a intervenção nutricional, via probióticos, pode interferir de forma satisfatória
no processo de infecção pelo HIV, além de neutralizar o processo inflamatório, estabilizando
e fortalecendo a microbiota intestinal, a partir da inibição da translocação microbiana. Os
simbióticos tendem a contribuir para o aumento da contagem de linfócitos TCD4+. Além
disso, pode ser capaz de aumentar a quantidade de espécies probióticas no intestino,
Por fim, relevante se faz mais uma vez mencionar que o acompanhamento nutricional
realizado pelo profissional Nutricionista é extremamente fundamental no decorrer do
tratamento dos pacientes soropositivos, seja na orientação, bem como, no planejamento da
terapêutica nutricional, sempre evidenciando a importância da adesão dos mesmos a uma
alimentação saudável, porém, sempre incorporando essa terapia às atividades de rotina de
toda a equipe multiprofissional54.
De fato, vários são os fatores internos e externos, não intrínsecos ao HIV/AIDS,
que podem intervir na vida dos pacientes soropositivos e que, de certa forma, podem
comprometer a qualidade da saúde dos mesmos, principalmente quanto ao equilíbrio
nutricional fundamental frente à TARV. Nesse contexto, a atuação do Nutricionista
apresenta-se extremamente relevante, tendo em vista ser um profissional que estabelecerá
o melhor manejo clínico nutricional a este paciente específico, considerando, no entanto, as
condições de saúde de cada soropositivo.
3 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
No decorrer deste estudo foi demonstrado que implementação de forma adequada,
assim como, a adesão do paciente soropositivo à terapia nutricional desde o estágio
assintomático da infecção do HIV/AIDS é considerada extremamente relevante, tendo
em vista que acompanhamento dietético e nutricional deste paciente atua de forma
preventiva contra as deficiências nutricionais que possam surgir no decorrer do tratamento
medicamentoso e no fortalecimento do estado imunológico. Além disso, a intervenção
REFERÊNCIAS
1. TEODORESCU, L. L.; TEIXEIRA, P. R. Histórias da AIDS no Brasil: as respostas governamentais
à epidemia de AIDS. Brasília: Ministério da Saúde/Secretaria de Vigilância em Saúde/Departamento de
DST, AIDS e Hepatites Virais, 2015.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Relatório de monitoramento clínico do HIV - 29/11/17. Brasilia – DF,
2017.
5. DIEHL, L. A.; DIAS, J. R.; PAES, A. C.; THOMAZINI, M. C.; GARCIA, L. R.; CINAGAWA, E.;
CARRILHO, A. J. Prevalência da lipodistrofia associada ao HIV em pacientes ambulatoriais brasileiros:
relação com síndrome metabólica e fatores de risco cardiovascular. Arq. Bras. Endocrinol. Metabol.,
v. 52, n. 4, p. 658-667, 2008.
9. SOUSA, A.; LYRA, A.; DE ARAÚJO, C. C.; PONTES, J.; FREIRE, R.; PONTES, T. A política da AIDS
no Brasil: uma revisão da literatura. Journal of Management & Primary Health Care, v. 3, n. 1, p. 62-
66, 8 jun. 2012.
11. PEREIRA, A. J.; NICHIATA, L. Y. I. A sociedade civil contra a Aids: demandas coletivas e políticas
públicas. Ciência & Saúde Coletiva, v. 16, p. 3249-3257, 2011.
12. BRITO, A. M.; CASTILHO, E. A.; SZWARCWALD, C. L. AIDS e infecção pelo HIV no Brasil: uma
epidemia multifacetada. Rev. Soc. Bras. Med. Trop. v. 34, n. 2, p .207- 217, 2001.
13. SOUZA, M. V. N.; ALMEIDA, M. V. Drogas anti-VIH: Passado, presente e perspectivas futuras.
Química Nova, v. 26, n. 3, p. 366-372, 2003.
14. CACHAY, E. R. Infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV). Manual MDS
(Merck Sharp & Dohme Corp). 2019. Disponível em https://www.msdmanuals.com/ptpt/casa/
infec%C3%A7%C3%B5es/infec%C3%A7%C3%A3o-pelo-v%C3%ADrus-daimunodefici%C3%AAncia-
humana-hiv/infec%C3%A7%C3%A3o-pelo-v%C3%ADrusda-imunodefici%C3%AAncia-humana-hiv.
Acesso em 09 jun. 2019.
15. UNAIDS. JOINT UNITED NATIONS PROGRAMME ON HIV/AIDS. Miles-to-go: closing the gaps,
breaking barriers, righting injustices: Global AIDS update 2018. Geneva; 2018. Disponível em:
https://www.unaids.org/sites/default/files/media_asset/miles-to-go_en.pdf. Acesso em: 20 set de 2019.
16. PAULA, E. P.; NERES, S.; SANTINI, E.; FILHO, A. D. R. Considerações Nutricionais para adultos
com HIV/AIDS. Revista Matogrossense de Enfermagem, v. 1, n. 2, p. 148-165, 2010.
17. GARCIA, S.; SOUZA, F. M. de. Vulnerabilidades ao HIV/AIDS no Contexto Brasileiro: iniquidades
de gênero, raça e geração. Saúde e sociedade, v. 19, supl. 2, p. 9-20, 2010.
18. MACIEL, G. A sagrada família está mesmo imune ao vírus do HIV/AIDS? Ou será que essa doença
é somente do outro? In: Cadernos da Defensoria Pública do Estado de São Paulo. Diversidade e
Igualdade Racial. Direitos humanos e combate à discriminação na perspectiva da vida com HIV/AIDS:
avanços e retrocessos. São Paulo, v. 1, p. 5-13, dez 2016.
19. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST e
AIDS. Recomendação para a terapia anti-retroviral em adultos e adolescentes infectados pelo
HIV. 2004. Disponível em: http////: www.aids.gov.br/adulto.pdf Acesso em 20 set. 2018.
23. SESA. Secretaria da Saúde do Estado do Ceará. Departamento de Saúde Pública. Coordenação
Estadual de DST/AIDS. Cartilha de Biossegurança e Quimioprofilaxia da Exposição Ocupacional
ao HIV. Fortaleza (Brasil): Secretaria da Saúde do Estado do Ceará; 2007. Disponível
em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/biosseguranca_quimioprofilaxia.pdf. Acesso em: 23 de
set. 2019.
24. SEBEN, G. et al. Adultos jovens portadores de HIV: análise dos processos subjetivos no
enfrentamento da doença. Psic: revista da Vetor Editora, v. 9, n. 1, p. 63-72, 2008.
27. VALENTE, A. M., REIS, A. F., MACHADO, D. M., SUCCI, R., CHACRA, A. R. Alterações
metabólicas da síndrome lipodistrófica do HIV. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia &
Metabologia, v. 49, n. 6, p. 871-881, 2005
28. GARCIA, R. W. D; QUINTAES, K. D.; MERHI, V. A. Nutrição e AIDS. Revista de Ciências Médicas,
v. 9, n. 2, p. 52-73, 2000.
29. PADOIN, S. M.M.; ZUGE, S. S.; DOS SANTOS, É. E. P.; PRIMEIRA, M. R.; ALDRIGHI, J. D.; DE
PAULA, C. C. (2013). Adesão à terapia antirretroviral para HIV/AIDS. Cogitare Enfermagem, v. 18, n.
3, 2013.
30. FURINI, A. A. C.; LIMA, T. A. M.; RODRIGUES, J. F.; BORGES, M. S. B.; CARMO, E. G. B.;
CECCHIM, M. C.; MACHADO, R. L. D. Análise de interações medicamentosas e alimentares em
pacientes com AIDS em uso da TARV associada à terapia de resgate. Rev. Ciênc. Farm. Básica Apl.,
v. 36, n. 3, p. 427-434, 2015.
31. CECCATO, M. D. G. B.; ACURCIO, F. A.; CÉSAR, C. C.; BONOLO, P. F.; GUIMARÃES, M. D.
Compreensão da terapia anti-retroviral: uma aplicação de modelo de traço latente. Cadernos de
Saúde Pública, v. 24, n.7, p. 1689-1698, 2008.
32. RIGHETTO, R. C.; REIS, R. K.; REINATO, L. A. F.; GIR, E. Comorbidades e coinfecções em
pessoas vivendo com HIV/Aids. Revista da Rede de Enfermagem do Nordeste, v. 15, n. 6, p. 942-
948, 2014.
34. PIMENTEL, V. R. M.; SOUSA, M. F.; RICARDI, L. M.; HAMANN, E. M. Alimentação e nutrição
no contexto da atenção básica e da promoção da saúde: a importância de um diálogo. Demetra:
Alimentação, Nutrição & Saúde, v. 8, n. 3, p. 487-498, 2013.
35. PINTO, V. P. L. Alimentação Saudável na Prevenção de doenças: “Você é o que você come!”
Pró-Visão – Programa de Educação para uma Vida Melhor. 2017. Disponível em http://www.agros.org.
br/provisao/artigo/alimentacao-saudavel-naprevencao-de-doencas-voce-e-o-que-voce-come. Acesso
em 09 jun. 2019.
36. VIDIGAL, F. Quando peixe, milho e até leite não são saudáveis. Agência Senado, 2015. In:
CNTU - Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários Regulamentados.
Disponível em: http://www.cntu.org.br/new/component/content/article?id=3660. Acesso em 02
jun. 2019.
39. FERREIRA, R. S.; IVO, M. L.; PONTES, E. R. J. C.; OLIVEIRA, S. N.; UEHARA, J. E. C. D. M.;
JÚNIOR, M. A. F. Aconselhamento Dietético em pacientes com vírus da Imunodeficiência Humana.
Rev. Enferm. UFPE online., v. 9, supl. 5, p. 8420-8427, 2015.
40. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Programa Nacional de DST/
AIDS. Manual clínico de alimentação e nutrição na assistência a adultos infectados pelo HIV. –
Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
41. ROSA, C. O. B.; COSTA, N. M. B. Alimentos Funcionais: histórico, legislação e atributos. Cap.
3. In: COSTA, N. M. B.; ROSA, C. O. B. Alimentos Funcionais - compostos bioativos e efeitos
fisiológicos. 2. ed. Rio de Janeiro: Rubio, 2016.
43. KOMATSU, T. R.; BURITI, F. C. A.; SAAD, S. M. I. Inovação, persistência e criatividade superando
barreiras. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, v. 44, n. 3, p. 329-347, 2008.
44. MORAIS, M.B; JACOB, C.M.A; o papel dos probióticos e prebióticos na prática pediátrica. Jornal
de Pediatria, v. 82, n.5, Porto Alegre, nov, 2006.
46. BRITO, J. M.; FERREIRA, A. H. C.; JUNIOR, A.; ARARIPE, M.; LOPES, J.; DUARTE, A.;
RODRIGUES, V. Probióticos, prebióticos e simbióticos na alimentação de não-ruminantes–revisão.
Revista Eletrônica Nutritime, v. 11, n. 1, p. 3070-3084, 2013.
48. FLESCH, A. G. T.; POZIOMYCK, A. K.; DAMIN, D. C. O uso terapêutico dos simbióticos. ABCD
Arq. Bras. Cir. Dig., v. 27, n. 3, p. 206-209, 2014.
49. SOUZA, C. N.; COSTA, O. L. B.; SANCHES, F. L. F. Z.; GUIMARÃES, R. C. A. Perfil nutricional de
pacientes HIV/Aids hospitalizados. Multitemas, Campo Grande, MS, v. 23, n. 53, p. 159-181, jan./abr.
2018.
52. LIMA, C. H. R., AIRES, I. O., RODRIGUES, R. R. T., OLIVEIRA, I. K. F., ARAÚJO, R. E.;TEXEIRA,
N. D. S. Revista Interdisciplinar, v. 12, n. 1, p. 88-94, jan. fev. mar. 2019.
53. DONG, K. R.; IMAI, C. M. Capítulo 38 - Tratamento Nutricional Clínico do HIV e da AIDS. In:
KRAUSE, M. V.; MAHAN, L. K. Alimentos, Nutrição e Dietoterapia. 14. ed. São Paulo: Roca, 2015.
54. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de DST, Aids e
Hepatites Virais. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Manejo da infecção pelo HIV em
adultos. 197 p., Brasília, 2013.
1 | INTRODUÇÃO
As principais causas da deficiência de vitamina D são: limitada exposição solar da
criança e a falta de vitamina D ou suplementação de vitamina D na dieta durante a gravidez
e lactação. Na China, por exemplo, as práticas culturais podem limitar a síntese de vitamina
D, pela não exposição à luz solar (ALMEIDA, A. C. F.; WEFFORT, V. R. S., 2011). A carência
da vitamina D pode acarretar: má formação dos ossos. A vitamina D é um hormônio esteroide
lipossolúvel essencial para o corpo humano, sua ausência pode ocasionar uma série de
complicações. Diante dessa assertiva surge a seguinte indagação: qual a interferência da
cultura na utilização da vitamina D para o desenvolvimento do sistema ósseo da criança?
Como objetivo geral da pesquisa buscou-se analisar a influência do contexto cultural
na aplicação da vitamina D para o desenvolvimento da criança. Sendo assim o referido
trabalho tem por objetivos específicos: conceituar vitaminas, identificar as consequências
provocadas pela carência de vitamina D para o organismo da criança, discorrer o papel do
fisioterapeuta na conscientização da importância da vitamina D para o organismo e relatar
como os fatores culturais podem interferir quanto à falta de concentração de vitamina D no
organismo.
Casos de deficiência da vitamina D aumentaram em número de modo significante
após a revolução industrial, mostrando que o estilo de vida das pessoas influencia
diretamente nas concentrações de vitamina D no organismo. Atualmente, tal deficiência é
vista como um problema de saúde pública em todo o mundo (OLIVEIRA et al, 2014). Sendo
Em 1922, foi denominada de D por ter sido a quarta substancia descoberta, depois
das vitaminas A, B e C. Em 1970 os pesquisadores descobriram que essa substancia
poderia ser sintetizada pelo organismo, desta forma na realidade é um hormônio e não
uma vitamina.
Conhecida como a vitamina do sol, está vitamina vem sendo estudada ultimamente,
as últimas pesquisas confirmaram os benefícios que ela traz a saúde. Hoje em dia muitas
pessoas não estão consumindo vitamina D o suficiente para a obtenção dos benefícios.
Sua maior produção se dar pela pele, a síntese da mesma se dar pela exposição da pessoa
a luz ultravioleta. Essa vitamina está ligada a saúde óssea, função muscular, saúde do
coração, imunidade, menor risco de diabetes, menor risco de certos tipos de câncer.
A vitamina D, ou colecalcifol, tem por função consiste na regulação da homoestase
do cálcio, formação e reabsorção óssea, através da sua interação com as paratireoides, os
rins e os intestinos.
É um hormônio esteroide lipossolúvel importante para o corpo humano e a falta
pode ocasionar problema. Ela é responsável por controlar 270 genes, inclusive células do
sistema cardiovascular. Sua produção se da pela exposição solar, pois os raios ultravioletas
do tipo B1(VVB) são capazes de ativar a síntese dessas substancia.
A principal fonte é representada pela formação endógena nos tecidos cutâneos após
a exposição à radiação ultravioleta. Quando exposto à radiação ultravioleta, o percurso
cutâneo desta vitamina o 7- desidrocolesterol, passa pelo processo de clivagem fotoquimica
originando a pré- vitamina D3, em 48 horas está molécula termolábil, sofrerá um arranjo
molecular dependendo da temperatura, o que resultara na formação da vitamina D3, a
mesma sofrerá um processo de isomerização muito importante para esse mecanismo, pois
evitará a superprodução desta vitamina.
Essa vitamina participa da manutenção de tecido ósseo, ela também influencia
consideravelmente no sistema imunológico, sendo interessada no tratamento de doenças
3 | IDENTIFICAR AS CONSEQUENCIAS
A consequência existente para as crianças é a desmineralização óssea (falta
de calcifediol) que provoca uma variedade de deformidades esqueléticas, classificadas
como raquitismo, e resultado ossos moles e flexíveis, que consequentemente aumenta
as chances de fratura e deformidade. A vitamina D foi identificada há 90 anos atrás, como
um agente dietético detentor de um papel importante na homeostase do cálcio e na saúde
óssea, capaz de prevenir o raquitismo. (FERREIRA, 2013).
Por volta do século XVII o primeiro relato dessa doença surgiu devido a um surto de
crianças com deformidade óssea e retardando crescimento. Devido alto desenvolvimento
das cidades industriais, ocorreram mudanças nos cenários urbanas, como a poluição. Com
isso as crianças que viviam nesse ambiente deixaram de receber luz solar.
A partir das primeiras décadas do século XX, a vitamina D como suplemento fez com
que o raquitismo fosse praticamente erradicado nos países desenvolvidos, contudo este
problema ainda se torna frequente em regiões pouco desenvolvidas.
O raquitismo pode ser dividido em dois tipos: hipocalcêmico ou hipofosfatêmico,
estes apresentam causas diferentes, porém, nos dois casos há redução de fosfato no
sangue. Segundo Ferreira (2013, p. 27):
Além desse lactante por não conter essa vitamina no organismo ficara vulnerável
podendo sofrer faturas durante a gestação, porque o bebê necessita de cálcio para se
desenvolver e absorverá o que estiver presente no organismo da mãe. Futuramente essa
mãe poderá desenvolver a osteoporose, mas cedo em sua vida.
4 | CONCLUSÃO
Ao analisarmos as evidências obtidas a partir de estudos específicos, verifica-se o
quanto a vitamina D é importante para o nosso organismo, é fundamental na regulação do
sistema imunológico, ajudando na prevenção de doenças causadas pela insuficiência de
vitamina D. A vitamina D é indispensável para diversas posições do organismo, entre elas,
a conservação do tecido ósseo, comando do sistema imunológico, sendo considerável para
o tratamento de doenças autoimunes, no método de separação celular, atua na secreção
hormonal e em muitas doenças crônicas não transmissíveis
Dentre as consequências mais comuns da deficiência de vitamina D, podemos
destacar o raquitismo, doença que surge na infância e adolescência devido a carência de
vitamina D, é caracterizado por uma mineralização dos ossos em crescimento a vitamina D
como suplemento fez com que o raquitismo fosse praticamente erradicado. A osteomalácia
é um outro tipo de deformidades óssea, apresentam em adultos e idosos, caracterizado
pelo amolecimento dos ossos, frágeis e quebradiços.
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Ane Cristina Fayão; WEFFORT, Virgínia Resende Silva. Reflexões sobre a recomendação
atual de vitamina D para crianças em diferentes países. Disponível em: http://rmmg.org/exportar-
pdf/860/v21n3s1a23.pdf. Acessado em: 26 abr 2018.
BUENO AL, Czepielewki MA. The Importannce for Growth of Dietary Intake of Calcium and Vitamin
D. J Pediatr ( Rio J). 2008; 84(5): 386-394.
GUARESCHI, Neuza Maria de Fatima. Cultura, Identidade e Diferenças. Disponível em : http ://
online.unisc.br/ser/index.php/reflex/dounload/623/45 Acessado em 31 maio 2018.
JUNIOR, Edson P. dos Santos et al. Epidemiologia da deficiência de vitamina D. Disponível em:
https://assets.itpac.br/arquivos/Revista/43/2.pdf. Acessado em: 27 abr 2018.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo; Cortez, 2007.
1 | INTRODUÇÃO
No momento atual, a partir do surgimento do SARS-CoV-2, um vírus da família
Coronaviridae, causador da atual pandemia de COVID-19, e responsável por diversos tipos
de doenças, especificamente, no que se refere a desestabilização da função respiratória,
conhecida como síndrome respiratória aguda grave, temos condições que passaram a
demandar o estabelecimento de uma nova dinâmica do modo de ser e viver. Sabe-se que,
os vários contextos de vida dos seres humanos, sejam eles: sociais, ambientais, históricos,
culturais, econômicos e emocionais, tendem a exigir diferentes posturas, enquanto ao modo
de agir e de se colocar no mundo.
Mudanças comportamentais ou procedimentais fazem parte do dia a dia dos seres
humanos, entretanto, condições adversas, além das admitidas, que impulsionam rupturas
do modo de ser e estar no mundo são refutadas das mais variadas maneiras, entre elas,
temos atualmente as condições de saúde física e mental da população, especialmente
no que diz respeito ao comportamento alimentar, que passou a exercer contornos mais
acentuados no cotidiano das pessoas, devido às novas condições de vida, que demonstram
a relação de causalidade, estabelecida no contexto de pandemia e consequentemente de
isolamento social.
Dessa forma, tem-se como finalidade analisar a relação que existe, entre os mais
variados modos de vida e o comportamento alimentar da população brasileira Discussão de
extrema importância, principalmente em tempos de reclusão social.
O comportamento alimentar é um termo bastante utilizado em estudos do campo
da Alimentação e Nutrição, e comumente relacionando às discussões sobre alimentação
saudável.
A partir disso, faz-se necessário ressaltar o que se compreende como alimentação
saudável: a alimentação saudável é entendida como “aquela que atende todas as exigências
do corpo, ou seja, não está abaixo nem acima das necessidades do nosso organismo”. E,
é aquela que é “fonte de nutrientes, e envolve diferentes aspectos, com valores culturais,
sociais, afetivos e sensoriais” (BRASIL, 2007, p.16).
Ela se utiliza de variados espaços para que a sua concretização aconteça, um
desses espaços, é a escola, fazendo-nos perceber que os determinantes do processo
saúde-doença, não se esgotam no próprio setor de saúde e com os profissionais de saúde
como os nutricionistas, mas sim, que necessitam-se ações articuladas e integradas por
parte de diferentes profissionais, tornando-se um campo de ação compartilhável, que
por sua vez, levou a criação da portaria interministerial 1.010, de 08 de maio de 2006
2 | METODOLOGIA
No intuito de contemplar o objetivo delineado para esse trabalho, - analisar a
relação que existe, entre os mais variados contextos de vida e o comportamento alimentar
da população brasileira-, adotou-se uma pesquisa de cunho exploratório e descritivo,
constituído de leitura e revisão bibliográfica. Teve como fonte de dados, o banco de dados
de dissertações e teses da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
(CAPES), no período de 2014 a 2019.
Tem-se como justificativa para o recorte temporal estabelecido, o momento em que
se publicou a segunda versão do Guia Alimentar para a população brasileira (2014), que
diferentemente da sua primeira versão publicada em 2006, passa a contemplar aspectos
sociais e culturais da alimentação da população brasileira, permitindo que concepções e
abordagens exclusivamente centradas em aspectos fisiológicos e biológicos do sujeito
sejam superadas, abrindo espaços para abordagens que levem em consideração aspectos
sociais e culturais da alimentação básica da população.
Sendo assim, com a finalidade de fazer uma análise dos resumos das dissertações
e teses da CAPES, delineou-se como critérios para tal busca: 1) no campo assunto, o
descritor de análise referente à pesquisa; 2) na área do conhecimento, a área das Ciências
da Saúde e Ciências Humanas; 3) programas de Pós-graduação em Educação e Saúde.
Utilizou-se para a pesquisa o descritor “comer”, tendo em vista a possibilidade de alcançar
mais pesquisas que abordem o comportamento alimentar.
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
A partir do descritor utilizado para a pesquisa, entre o período de 2014 a 2019, foram
encontrados 175 registros de pesquisas relacionadas ao comportamento alimentar da
população brasileira. Dentre os registros encontrados temos: 138 dissertações e 37 teses.
A pesquisa revelou, que quando mencionada a palavra “comer”, o comportamento alimentar
das pessoas estava estritamente ligado à condição de vida, que engloba aspectos, sociais,
históricos, ambientais, econômicos, emocionais, religiosos, assim como, o processo de
saúde-doença dos sujeitos.
Exemplificando a assertiva acima, temos a dissertação de Rodrigo Augusto Alves
de Figueiredo (2014) intitulada A comida que vem da mata: Aspectos etnoecológicos da
REFERÊNCIAS
BRASIL. Câmara Interministerial de Segurança Alimentar e Nutricional. Estratégia Intersetorial de
Prevenção e Controle da Obesidade: recomendações para os estados e municípios. Brasília, DF:
CAISAN, 2014. Disponível em: https://goo.gl/heZ8Bh. Acesso em: 17 out. 2019.
MORAIS, Isadora Teixeira de. Alimentação saudável e sustentável no contexto escolar infantil.
2017. 57f. Monografia (Curso de Bacharelado em Gestão Ambiental). Faculdade UNB Planaltina,
Universidade de Brasília, 2017. Disponível em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/19597/1/2017_
IsadoraTexeiradeMorais. Acesso em: 16 de out. 2019.
MORIN, Edgar. Para sair do século XX. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.
1 | INTRODUÇÃO
A adolescência compreende o período da vida que se inicia aos 10 anos de idade
e se estende até os 19 anos, ocorrendo, durante este percurso intensas transformações
físicas, psicológicas e comportamentais, coexistindo um elevado ritmo de crescimento e
importantes fenômenos maturativos (SBP, 2018). O adolescente passa por transformações
físicas e fisiológicas que modificam sua composição corporal e proporcionam crescimento
e desenvolvimento. A forma como ocorrem estas transformações varia consideravelmente
entre os indivíduos, sendo que fatores sociais, culturais e econômicos envolvidos neste
processo podem acentuar ainda mais as diferenças já existentes entre os adolescentes de
mesma idade e sexo (LOURENÇO, TAQUETTE; HASSELMANN, 2011).
Wolf et al. (2019), afirmam que, pelo fato da adolescência ser uma fase de risco
nutricional, podendo estar associado a doenças crônicas na vida adulta, tem-se priorizado
a vigilância nutricional nessa fase, para que se possa avaliar e intervir no comportamento
alimentar, prevenindo assim os prejuízos ao crescimento e à saúde desse grupo. As intensas
transformações físicas, psíquicas e sociais ocorridas neste período acabam por influenciar
o comportamento alimentar dos adolescentes, que se tornam suscetíveis a preferências
alimentares que podem acarretar hábitos inadequados e deficiências nutricionais. Com
isso o monitoramento do estado nutricional se torna importante para todas as faixas de
idade, principalmente na adolescência, onde o crescimento pode ser comprometido. Se
isso for percebido precocemente pode-se prevenir possíveis agravos à saúde e riscos de
morbimortalidade, especialmente com a crescente prevalência de sobrepeso/obesidade no
Brasil e no mundo (CONDE et al., 2018).
A avaliação do estado nutricional tem se tornado um instrumento cada vez mais
importante no estabelecimento de situações de risco, no diagnóstico nutricional e no
planejamento de ações de promoção à saúde e prevenção de doenças. Sua importância é
reconhecida por que auxilia no acompanhamento do crescimento e do estado de saúde do
adolescente, ajudando assim na detecção precoce de distúrbios nutricionais, sejam eles a
desnutrição ou a obesidade (SBP, 2009).
É possível através da avaliação do estado nutricional dos indivíduos promover a
proteção à saúde, utilizando-se de métodos antropométricos, dietéticos e bioquímicos. O
uso isolado da antropometria vem se tornando capaz de realizar diagnóstico nutricional de
adultos e crianças, sendo uma ferramenta indicadora do estado nutricional em idosos e
adolescentes (VASCONCELOS, 2007).
Através da antropometria é possível rastrear o excesso de peso, fator de risco para
doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), como também a desnutrição, fator de risco
para doenças infectocontagiosas. A avaliação constante do estado nutricional do estudante
2 | METODOLOGIA
Trata-se de um estudo transversal, de natureza descritiva, realizado com
adolescentes ingressos no ano de 2019, numa escola pública federal, localizada na área
urbana da cidade de Barreiras, Bahia, Brasil. O Município situa-se no oeste do estado da
Bahia, a 900 km da capital Salvador, com uma população estimada 156.975 habitantes
(IBGE, 2020).
A amostra do estudo foi composta por estudantes de ambos os sexos, que realizaram
matrícula no ano letivo de 2019, em um dos três cursos técnicos integrados no ensino médio:
técnico em edificações, alimentos e bebidas ou informática. Critérios de inclusão: aceitaram
participar do estudo e entregarem o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE)
assinado pelos pais ou responsáveis. Critérios de exclusão: escolares que apresentarem
alguma limitação que impedissem a aferição das medidas antropométricas ou que não
entregaram o TCLE assinado.
A coleta dos dados foi realizada no laboratório de Enfermagem da própria escola,
pela pesquisadora e por uma equipe previamente treinada para a pesquisa, com horário
previamente agendado com os estudantes. Consistiu-se, essencialmente, de uma avaliação
antropométrica, na qual foram aferidos o peso, altura, índice de massa corporal (IMC),
circunferência da (CC), circunferência do quadril (CQ) e pressão arterial (PA).
A CC foi avaliada seguindo sugestão de um estudo brasileiro feito no Rio de Janeiro
por RÉMEDIOS, et al, (2015). A relação cintura-quadril (RCQ) foi classificada seguindo
parâmetros da OMS. Posteriormente os dados de IMC foram classificados pelos pontos de
corte da WHO e a Pressão Arterial segundo FLYNN, et al (2017).
A análise dos dados quantitativos foi realizada por meio do programa estatístico
Statístical Pacckage for the Social Sciences (SPSS) for Windows versão 18.0. Os dados
foram descritos pela frequência simples das variáveis e média.
3 | RESULTADOS
Um total de 73 alunos ingressantes foram avaliados neste estudo. A análise
descritiva das participantes do estudo está apresentada na tabela 1. A faixa etária da
amostra variou entre 14 e 17 anos, com média de idade de 15 anos, 28,8% eram do curso
Idade (anos)
14 5,5 (04)
15 50,7 (37)
16 32,8 (24)
17 11 (08)
Sexo
Feminino 50,7 (37)
Masculino 49,3 (36)
Curso Técnico
Alimentos e Bebidas 28,8 (21)
Edificações 41,1 (30)
Informática 30,1 (22)
Estado nutricional (IMC)
Desnutrição 9,6 (7)
Eutrofia 76,7 (56)
Excesso de peso 13,7 (10)
Circunferência da cintura (CC)
Normal 20,6 (15)
Elevada 79,4 (58)
Relação cintura-quadril (RCQ)
Normal 58,9 (43)
Elevada 41,1 (30)
Pressão Arterial
Normal 79,4 (58)
Elevada 20,6 (15)
Observou-se que 49,3% (n=36) dos ingressantes são do sexo masculino e 50,7%
(n=37) são do sexo feminino, a amostra é relativamente proporcional em quantidades para
cada gênero. Dos estudantes do sexo masculino, 72,2% (n=26) estão eutroficos segundo
o IMC, 13,9% (n=5) estão com baixo peso e a mesma quantidade 13,9% (n=5) encontram-
se com sobrepeso. Nas ingressantes do sexo feminino encontramos 81,1% (n=30)
eutróficas, 13,5% (n=5) com sobrepeso e 5,4% (n=2) encontravam-se abaixo do peso.
Quando avaliamos a CC encontramos 83,3% (n=30) dos ingressantes do sexo masculino
com circunferência elevada e apenas 16,7% com circunferência normal; nas meninas a
circunferência da cintura elevada esteve presente em 75,7% (n=28) e a circunferência
classificada como normal em 24,3% (n=9).
Quando avaliamos a RCQ o que encontramos entre meninos e meninas foi a
prevalência de 30,5% (n=11) e 51,4% (n=19) respectivamente, classificados com alto risco
para complicações metabólicas. A avaliação da pressão arterial sistêmica evidenciou que
4 | DISCUSSÃO
A avaliação antropométrica em adolescentes é bastante dificultada, isso porque é
nessa fase em que o copo passa por transformações importantes, sendo o momento de
transição da fase infantil para a fase adulta. Outro fator importante é a falta de ponto de
cortes de referência. Alguns autores sugerem pontos de corte, porem alguns pontos como
a CC e RQC continuam sem valores consolidados como referência (GOMES, 2010).
Tem crescido o número de estudos que buscam propostas para padronização de
valores críticos para a medida de CC e RCQ por exemplo, porém ainda são poucos, e os
mesmos queixam-se sempre da inexistência de uma padronização de pontos de corte,
percentis ou de um parâmetro classificatório brasileiro para o excesso de adiposidade
abdominal de crianças e adolescentes (LOURENÇO, 2011). Alguns estudos julgam
inapropriado o uso da RCQ para esta faixa etária, já que a largura pélvica se modifica
rapidamente durante o estirão do crescimento, e o índice pode estar refletindo mais essa
variação do que, propriamente, o acúmulo de gordura (SOAR, 2004).
Talvez a inexistência destes padrões de referência seja a causa da escassez dos
estudos epidemiológicos relacionados à obesidade central, o que consequentemente,
dificulta na identificação precoce da população de risco e na adoção de políticas e estratégias
de intervenção, podendo ainda incidir em erros de estimação e combate a mesma.
O avanço epidemiológico caracterizado pelo aumento da obesidade e síndrome
metabólica nos adultos nos últimos anos, também tem atingindo as crianças e adolescente,
por isso a importância da adoção de medidas e padrões de referência que ajudem no
diagnóstico precoce (PEREIRA et al., 2010).
Com relação ao IMC já temos valores consolidados e muito utilizados, porém como
se trata de indivíduos adolescentes com o corpo em transformação, as medidas não devem
ser usadas isoladamente, é necessário relacioná-las com outras, porém no momento de
identificar a obesidade central a utilização da CC, fica limitada e a mercê dos pontos de
corte sugeridos por pesquisadores de outros países. (FERNANDÉZ et al. 2004; LI et al.,
2006, MORENO et al., 2007).
A avaliação do estado nutricional é de extrema importância e numerosos estudos
vêm demonstrando que a obesidade central, têm forte associação com disfunções
cardíacas, metabólicas e hemodinâmicas. Há evidências de que a obesidade e os demais
fatores de risco cardiovascular tendem a se agregar na infância e permanecer até a vida
adulta, sendo associadas com dislipidemias, diabetes, hipertensão arterial, entre outras,
causando problemas importantes na população em geral, tanto em aspectos fisiológicos,
5 | CONCLUSÃO
Os estudantes avaliados seguem a tendência da transição nutricional vivenciada
no país, em que há uma redução de déficits indicativos de desnutrição e um aumento
do excesso de peso. Isso é reflexo do processo de urbanização, que tem resultado no
aumento da ingestão de alimentos calóricos e na redução da atividade física. Uma limitação
do estudo é o fato de representar uma realidade específica de escolares selecionados
a partir de uma amostra de conveniência, o que impossibilita a generalização dos
resultados. E, por isso, estudos mais abrangentes devem ser realizados a partir das
hipóteses levantadas. Os achados desta pesquisa são importantes, pois proporcionam aos
profissionais de saúde visualizarem a vulnerabilidade dos adolescentes frente à transição
nutricional, e a partir de uma atitude reflexiva, implementarem estratégias de atenção
integral a saúde do adolescente. Tais estratégias devem estar voltadas para promoção
da saúde por meio do estímulo a uma nutrição adequada para toda a população e, em
especial, para os adolescentes em idade escolar. A educação nutricional no ambiente
escolar é um bom começo para adoção de hábitos alimentares saudáveis que perpetuarão
ao longo da vida desses indivíduos. Entretanto, ressalta-se a necessidade de desenvolver
estudos que possibilitem o conhecimento dos determinantes sociais relacionados à saúde
do adolescente a fim de melhor planejar as ações propostas.
REFERÊNCIAS
BOZZA, R. et al. High Blood Pressure in Adolescents of Curitiba: Prevalence and Associated Factors.
Arq. Bras. Cardiol. São Paulo, v. 106, n. 5, p. 411-418, 2016.
LI, C. et al. Recent trends in waist circumference and waist-height ratio among US children and
adolescents. Pediatrics. v. 118, n. 5, p. 1390-1398, 2006.
MORENO, L. A. et al. Body fat distribution reference standards in spanish adolescents: the AVENA
Study. International Journal of Obesity. v. 31, n. 12, p. 1798-1805, 2007.
MORENO, L. A. et al. Secular trends in waist circumference in Spanish adolescents, 1995 to 2000-02.
Archives of Disease in Childhood. v. 90, n. 8, p. 818-819, 2005.
SANTANA, F. S. et al. Association between active commuting and elevated blood pressure in
adolescentes. Einstein (São Paulo). São Paulo, v.15, n.4, p.415-420, 2017.
SOAR, C; VASCONCELOS, Francisco de Assis Guedes de; ASSIS, Maria Alice Altenburg de. A relação
cintura quadril e o perímetro da cintura associados ao índice de massa corporal em estudo com
escolares. Cad. Saúde Pública. Rio de Janeiro, v. 20, n. 6, p. 1609-1616, Dec. 2004.
1 | INTRODUÇÃO
A Avaliação da Composição Corporal (ACC) é um método utilizado para estimar e
acompanhar as modificações dos componentes corporais, sendo preferida a utilização da
técnica de pregas cutâneas (PC) e do método da impedância bioelétrica (BIA) por tratar-se
de métodos não invasivos e de baixo custo. Quando aplicados, a atletas e praticantes de
exercícios, podem ajudar no desempenho e planejamento do treino. Tanto a técnica PC
como a de BIA são confiáveis e utilizadas para estimar indiretamente a densidade corporal
e a porcentagem de gordura, mas ambas apresentam limitações, pois o avaliador deve ser
treinado para aplicação das técnicas e escolha adequada da equação a ser utilizada para
o cálculo (Deminice; Rosa, 2009).
A ACC é o processo que irá determinar o planejamento nutricional e pode apontar
possíveis distúrbios alimentares; dessa forma um dos seus principais objetivos é conhecer
e entender os hábitos alimentares de uma determinada população ou ela como um todo.
Assim, a aplicação desse método torna-se uma ferramenta muito útil que estabelece um
vínculo entre o profissional da saúde e o paciente/cliente no amplo aspecto de identificar,
avaliar e corrigir as inadequações da alimentação e possíveis deficiências (Silva e Cols,
2003).
Quando a ACC é aplicada ao esporte, tais mudanças visam não só à garantia da
saúde de atletas (tanto amadores como profissionais), mas também a auxiliar em um
objetivo de ganho de desempenho. Estabelecer uma rotina respeitando as preferências
individuais é um desafio que se torna ainda mais complexo quando está associado ao uso de
alimentos ergogênicos, pois devem ser considerados alguns aspectos como: a modalidade,
2 | OBJETIVO
Verificar a composição corporal e o consumo alimentar, bem como a responsabilidade
pela elaboração do planejamento nutricional de praticantes de musculação da academia do
Claretiano - Centro Universitário.
3 | METODOLOGIA
O presente estudo foi realizado com os praticantes de musculação da academia
do Claretiano - Centro Universitário da cidade de Batatais/SP na forma de uma pesquisa
isolada, a fim de preservar as respostas e a identidade dos participantes. Vale frisar que o
trabalho é caracterizado como descritivo com corte transversal, sendo desenvolvido após
aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa sob o protocolo 3.331.241.
Do n participativo (Tabela 1), 24 indivíduos, do sexo masculino e com idade entre
18 e 35 anos, destes 94,12% praticam musculação há mais de 12 meses, com frequência
regular igual ou superior a cinco vezes por semana e que concordaram através do termo de
consentimento livre e esclarecido (TCLE). Foram excluídos do estudo os participantes que
apresentavam limitações ou restrições à prática de exercício físico, que tinham frequência
menor que seis meses e que não preenchessem o questionário corretamente.
A coleta dos dados foi realizada através de um formulário com 12 questões que
abordou informações relativas à prática dos exercícios como tempo de treino e duração,
utilização de suplementos ergogênicos e percepção dos seus efeitos, refeições pré e pós-
treino, quantidade de refeições diárias e o responsável pelo fornecimento das orientações
alimentares.
Para a identificação do perfil antropométrico, os participantes foram pesados
individualmente, em uma balança tarada e acondicionada em uma superfície plana. A
coleta de peso foi realizada através de uma balança Welmy®, e a altura foi mensurada
através de um estadiômetro Welmy®, em uma sala adaptada para a coleta do estudo na
própria academia do Claretiano - Centro Universitário de Batatais.
Para a coleta das dobras cutâneas foi utilizado o adipômetro Cescorf® e através
dele foram coletadas as medidas, segundo a metodologia proposta por Jackson e Pollock,
das dobras: subescapular, tricipital, bicipital, peitoral, axilar média, abdominal, supra ilíaca,
femoral média e da panturrilha. Para a coleta das circunferências foi utilizada uma trena
antropométrica Sanny® (SN-4010) de 2 metros, com a qual foram aferidas as medidas de
circunferência do tórax, cintura, abdômen, quadril, coxa direita e esquerda, braço direito e
esquerdo, antebraço direito e esquerdo e punho. Para o cálculo da estimativa da densidade
corporal foi utilizada a equação somatória de sete dobras, desenvolvida por Jackson;
Pollock (1978) e posteriormente a equação de Siri (1961) foi aplicada a fim de estimar o
percentual de gordura.
Os dados referentes ao consumo alimentar dos participantes, foram coletados
em dois momentos. O primeiro deles foi realizado por meio do recordatório de 24 horas,
em que a coleta dessas informações aconteceu durante a avaliação antropométrica. A
segunda coleta foi executada mediante ao preenchimento de um registro alimentar, o qual
o participante levou para casa e, durante a semana e de maneira aleatória, escolheu um dia
para realizar o registro dos alimentos consumidos durante aquele dia. Os dados coletados
4 | RESULTADOS
Os valores médios das variáveis de índice de massa corporal (IMC), peso e
percentual de gordura corporal (%GC) são apresentados na Tabela 2:
Ao analisar o consumo alimentar (Tabela 3), observa-se que a maioria dos indivíduos
(91,67% N=22) consumia carboidrato abaixo das recomendações mínimas de ingestão
para recuperação muscular propostas pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício
e do Esporte - SBME. Além disso, 58,33% (n=14) dos entrevistados apresentaram dieta
hiperproteica se comparada com as recomendações da SBME (2009) e apenas 4,17%
adotaram uma dieta normoproteica. Em relação à avaliação do consumo proteico por kg de
peso corporal, o consumo médio da população estudada foi de 2,02g/Kg, o que representa
um consumo acima dos 1,7g/Kg sendo esse valor a orientação proposta pela SBME (2009)
para aqueles que têm por objetivo aumento de massa muscular. Em relação ao consumo
de lipídeos, nenhum dos entrevistados ficou na faixa recomendada de 1g/Kg (ou 30% do
valor calórico total de 2000 kcal), enquanto 54,17% (n=13) apresentaram dieta hipolipídica,
45,83% apresentaram uma dieta hiperlipídica conforme diretrizes da SBME (Hernandez e
Nahas, 2009).
Notas: Recomendações calóricas para atividade leve a moderadamente ativo – 2000 a 3000
Kcal.Recomendação para consumo de carboidrato 5g a 8g/Kg/dia.Recomendação para
consumo de proteína para aumento de massa muscular 1,6g a 1,7g/Kg/dia.Recomendações
para consumo de lipídios prevalecem para a população geral, 1g/Kg/dia ou 30% do valor
calórico total (2000 kcal).
Fonte: Diretrizes da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte - SBME.
Notas: Para valores superiores a 25%, alto risco para doenças e desordens associadas à
obesidade e para valores inferiores a 5% alto risco para doenças e desordens associadas à
desnutrição.
Fonte: Adaptada de Lohman (1992) in Heyward and Stolarczyk, 1996, pg5.
5 | DISCUSSÃO
Nos dias atuais a procura pela musculação tem aumentado entre praticantes
jovens e adultos com objetivos variados que vão desde a hipertrofia até a busca por um
estilo de vida mais saudável (Junior e Cols, 2017). A prática da musculação, seja como
esporte ou apenas como exercício para evitar o sedentarismo, demanda um aporte calórico
aumentado, o que indica também a necessidade de ingestão de quantidades adequadas de
nutrientes. A preocupação excessiva do aumento do volume muscular por parte de alguns
praticantes, somada à adoção de suplementos na dieta - utilizados indiscriminadamente
com o objetivo de otimizar resultados em períodos menores de tempo denota que a falta
de orientação profissional pode acometer práticas alimentares equivocadas como dietas
hiperproteicas, valendo frisar ainda que a preferência por este tipo de dieta pode causar
danos à saúde, o que corrobora com o estudo de Bernardes e Cols (2016).
Diante dessa popularização, o presente estudo apontou que 94,44% dos participantes
apresentavam regularidade igual ou superior a cinco dias na semana e o mesmo número
apresentou frequência maior a 11 meses de prática. Esse resultado corrobora com o
estudo de Galati e cols.(2017), que descreve frequência superior a 12 meses para 80%
dos praticantes de atividade física. Diferentementedo estudo de Cardoso e col. (2017), o
qual aponta que 50% dos praticantes apresentam um tempo de prática igual ou inferior a
12 meses.
Para referenciar os macronutrientes, foram utilizadas as diretrizes da SBME (2009)
com a finalidade de estabelecer um parâmetro de referência. O consumo de uma dieta com
baixa quantidade de carboidrato, apontado neste estudo, corrobora com a análise feita por
Galati e cols. (2017) a qual apresenta uma dieta hipoglicídica em 66% dos indivíduos, o
6 | CONCLUSÃO
Os resultados obtidos no presente estudo apontam que 50% da população avaliada
denotam valores de índice de massa corporal inadequados, com valor superior ao limite da
eutrofia e apresentando assim, resultados de sobrepeso, que em números, estão entre o
menor valor de IMC (22,47Kg/m²) e o maior (30,42 Kg/m²)). Entretanto, quando avaliados
através do percentual de gordura corporal, os mesmos 50% da população estudada
apresentam percentagem entre 6% e 14,5% de gordura corporal, valores esses, segundo
adaptação de Lohman (1992) in Hayward; Stolarczyk (1996) considerados abaixo da média
para população masculina. Apenas 11,1% dos indivíduos apresentaram um percentual
de gordura superior a 25%, número que está associado ao alto risco de doenças e às
desordens associadas à obesidade.
Em relação ao consumo alimentar, notou-se que 91,67% dos indivíduos avaliados
apresentam uma dieta hipoglicídica, o que sugere atenção quanto ao consumo de
carboidratos, uma vez que estes são de fundamental importância devido à capacidade de
REFERÊNCIAS
ARAUJO, Priscila Pires de; ALBORNOZ, Sandro Emanuel; MOURA, Haline Cristina Machado de;
SANTOS, Sileno da Silva; SILVA, Regina Celia da; ALVARENGA, Mariana Lindenberg. Perfil da
composição corporal de adolescentes praticantes de basquetebol de cadeira de rodas. Revista
Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 9. n. 53. p.498-505. Set./Out. 2015. ISSN 1981-9927.
BERNARDES, Andressa Ladeira; LUCIA,Ceres Mattos Della; FARIA, Eliane Rodrigues de. Consumo
alimentar, composição corporal e uso de suplementos nutricionais por praticantes de
musculação. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 10. n. 57. p.306-318. Maio/Jun.
2016. ISSN 1981-9927.
CARDOSO, Rayssa Priscila de Quadros; VARGAS, Silva Victória dos Santos; LOPES, Wanessa
Casteluber. Consumo de suplementos alimentares dos praticantes de atividade física em
academias. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 11. n. 65. p.584-592. Set./Out.
2017. ISSN 1981-9927.
DEMINICE, Rafael; ROSA, Flávia Troncon. Pregas cutâneas vs. impedância bioelétrica na
avaliação da composição corporal de atletas: uma revisão crítica. Revista Brasileira de
Cineantropometria e Desempenho Humano 2009, 11(3): 334-340.
GALATI, Paula Cristina; GIANTAGLIA, Ana Paula Fernandes; TOLEDO, Giseli Cristina Galati.
Caracterização do consumo de suplementos nutricionais e de macronutrientes em praticantes
de atividade física em academias de Ribeirão Preto-SP. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva,
São Paulo. v. 11. n. 62. p.150-159. Mar./Abril. 2017. ISSN 1981-9927.
HERNANDEZ, Arnaldo José; NAHAS, Ricardo Munir. Modificações dietéticas, reposição hídrica,
suplementos alimentares e drogas: comprovação de ação ergogênica e potenciais riscos para a
saúde. Suplemento – Revista Brasileira de Medicina do Esporte – São Paulo. v. 15, n. 3.Mai/Jun, 2009.
JACKSON Andrew S.; POLLOCK Michael L. Generalized equations for predicting body density of
men. Br J Nutr 1978;40:497-504.
LIMA, Lizandra Menezes; LIMA, Adriana de Souza; BRAGGION, Glaucia Figueiredo. Avaliação do
consumo alimentar de praticantes de musculação. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São
Paulo. v. 9. n. 50. p.103-110. Mar./Abril. 2015. ISSN 1981-9927.
RIBAS, Marcelo Romanovitch; MACHADO, Francielle; FILHO, Jaime Shuluga; BASSAN, Julio César.
Ingestão de macro e micronutrientes de praticantes de musculação em ambos os sexos. Revista
Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo. v. 9. n. 49. p.91-99. Jan./Fev. 2015. ISSN 1981-9927.
SANTOS, Aryanne Neves dos; FIGUEIREDO, Mariana Andrade; GALVÃO, Georgia Karoline
Cavalcante; SILVA, Jordana Sirlaide Lima da; SILVA, Márcia Gabrielle Ferreira da; NEGROMONTE,
Adriana Guimarães; ALMEIDA, Ana Maria Rampeloti. Consumo alimentar de praticantes de
musculação em academias na cidade de Pesqueira-PE. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva,
São Paulo. v. 10. n. 55. p.68-78. Jan./Fev. 2016. ISSN 1981-9927
SILVA, Paulo Rodrigo Pedroso da; TRINDADE, Rafael de Souza; ROSE, Eduardo Henrique de.
Composição corporal, somatotipo e proporcionalidade de culturistas de elite do Brasil. Rev Bras
Med Esporte _ Vol. 9, Nº 6 – Nov/Dez, 2003.
INTRODUÇÃO
A depressão consiste em um transtorno psiquiátrico que pode acometer cerca de
3% a 5% da população. Trate-se de um transtorno que altera as percepções do indivíduo
de si mesmo, passando a ver seus problemas e dificuldades como eventos catastróficos
sendo impossível que chegue a uma solução. Os sintomas da depressão são descritos
como irritabilidade, apatia, perda de interesse, tristeza, atraso motor ou/e agitação, queixas
somáticas (insônia, fadiga, anorexia) e ideias agressivas (BROUWER-BROLSMA et al.,
2016; ESTEVES; GALVAN, 2006).
Em todo o mundo, a depressão afeta cerca de 121 milhões de pessoas e
consequentemente gera uma incapacidade mental e física. A depressão ocupa o quarto
lugar na lista global de doenças (JORDE et al., 2008).
Apesar de se tratar de uma doença grave que pode levar a morte, por ser considerada
muitas vezes como uma melancolia em si, o diagnóstico e o tratamento acaba não sendo
devidamente aplicados. (DE OLIVEIRA; HIRANI; BIDDULPH, 2018; ESTEVES; GALVAN,
2006; PARK et al., 2016). Acaba sendo subdiagnosticada ou quando diagnosticada
com eficiência, o tratamento é muitas vezes inadequado. Mesmo com tratamento para
a depressão, estudos demonstram que pouco mais de 10% dos casos são devidamente
diagnosticados e tratados com efetividade, um dos maiores motivos para estes números
baixos se dá pela falta de capacitação adequada dos profissionais e falta de recursos
(SOARES; CAPONI, 2011)
Nos Estados Unidos, cerca de 6,7% dos adultos têm depressão, e é a principal causa
de deficiência para os americanos entre 15 e 44 anos. Com o aumento das taxas, até o ano
de 2020, a OMS prevê que será o segundo fator de doença global mais comum. Para obter
sucesso no tratamento, é necessário o cumprimento de 60 a 80% do tempo. Entretanto,
menos de 25% das pessoas com a patologia tem adesão ao tratamento. (JORDE et al.,
2008).
Para tratamento da depressão incluem medicação antidepressiva e a psicoterapia
como coadjuvante. Geralmente, quando o tratamento não tem sucesso, está relacionado
ao não cumprimento da profilaxia (JORDE et al., 2008).
METODOLOGIA
Para o presente estudo, realizou-se uma revisão de literatura a qual utilizou as
seguintes bases de dados: PubMed, Scielo, Cochrane, Elservier, Períodico Capes e Google
Acadêmico a fim de identificar artigos científicos publicados no período de 2006 ao ano de
RESULTADOS
Após o levantamento dos artigos seguindo os critérios de inclusão pré-estabelecidos
obtivemos um total de 12 artigos. Observamos que estes por sua vez, foram publicados nos
últimos dez anos e seus dados foram apresentados no quadro a seguir:
Trata-se de um
estudo duplo-cego
Os participantes
e randomizado, com Foi possivel verificar
possuíam em dia 74,1
o intuito efeitos de associação transversal
anos e concentrações
suplementação de entre niveis mais elevados
de Vitamina D sérica
Vitamina D durante 2 anos de Vitamina D e um
de 56 a 25 nmol/L,
com 2839 participantes. menor risco de depressão.
(BROUWER- 45% dos participantes
Para avaliar o estado Durante do perido do
BROLSMA et al., apresentaram
mental dos participantes, estudo (2 anos) não foi
2016) concentrações abaixo
foi utilizado 15 itens do observado alterações nos
de 50 nmol/L. Somente
Geriatric Depression Scale sintomas da depressão,
5% dos participantes
(GDS), um questionário o que leva a necessidade
relataram sintomas de
de auto relato que utiliza de interveção antes dos
depressão.
números para medir sintomas
sintomas de depressão
em idosos.
Quadro 1. Trabalhos originais que relacionam o uso da vitamina D como um coadjuvante para a
prevenção da depressão
DISCUSSÃO
CONCLUSÃO
Conclui-se que baixos níveis de vitamina D tem uma correlação direta com sintomas
relacionados à depressão em todos os gêneros, apesar de um dos artigos verificados não
identificar essa interação.
A suplementação como alternativa coadjuvante no tratamento dos sintomas
depressivos ainda não foi identificada como fator contribuinte. Pesquisas nessa linha devem
prosseguir para analisar e evidenciar se a suplementação seria uma intervenção como
meio preventivo ou até mesmo um tratamento dos sintomas relacionados à depressão.
REFERÊNCIAS
BERTONE-JOHNSON, E. R. et al. Vitamin D supplementation and depression in the women’s health
initiative calcium and vitamin D trial. American Journal of Epidemiology, 2012.
BROUWER-BROLSMA, E. M. et al. Low vitamin D status is associated with more depressive symptoms
in Dutch older adults. European Journal of Nutrition, v. 55, n. 4, p. 1525–1534, 2016.
DE OLIVEIRA, C.; HIRANI, V.; BIDDULPH, J. P. Associations between Vitamin D Levels and Depressive
Symptoms in Later Life: Evidence from the English Longitudinal Study of Ageing (ELSA). Journals of
Gerontology - Series A Biological Sciences and Medical Sciences, v. 73, n. 10, p. 1377–1382, 2018.
HÖGBERG, G. et al. Depressed adolescents in a case-series were low in vitamin D and depression was
ameliorated by vitamin D supplementation. Acta Paediatrica, International Journal of Paediatrics, v.
101, n. 7, p. 779–783, 2012.
KJAERGAARD, M. et al. Effect of vitamin D supplement on depression scores in people with low levels
of serum 25-hydroxyvitamin D: nested case-control study and randomised clinical trial. The British
Journal of Psychiatry, 2012.
PARK, J. IL et al. Is serum 25-hydroxyvitamin D associated with depressive symptoms and suicidal
ideation in Korean adults? International Journal of Psychiatry in Medicine, v. 51, n. 1, p. 31–46,
2016.
PENCKOFER, S. et al. Vitamin D and depression: Where is all the sunshine. Issues in Mental Health
Nursing, 2010.
SANDERS, K. M. et al. Annual high-dose vitamin D 3 and mental well-being: randomised controlled trial.
The British Journal of Psychiatry, 2011.
WANG, Y. et al. Efficacy of high-dose supplementation with oral vitamin d3 on depressive symptoms in
dialysis patients with vitamin d3 insufficiency a prospective, randomized, double-blind study. Journal of
Clinical Psychopharmacology, 2016.
WILLIAMS, J. A. et al. Vitamin D levels and perinatal depressive symptoms in women at risk:
A secondary analysis of the mothers, omega-3, and mental health study. BMC Pregnancy and
Childbirth, 2016.
YALAMANCHILI, V.; GALLAGHER, J. C. Treatment with hormone therapy and calcitriol did not affect
depression in older postmenopausal women: No interaction with estrogen and vitamin D receptor
genotype polymorphisms. Menopause, 2012.
1 | INTRODUÇÃO
Desde o planejamento familiar é de suma importância incentivar amamentação
nas mulheres que tem o desejo de engravidar, devido aos inúmeros benefícios que o
mesmo oferece. Que perpassam desde as relações afetivas entre binômio (fortalecendo
o laço familiar), redução de gastos, imunização, diminui o risco de alergias, hipertensão,
colesterol e diabetes, prevenção de doenças (principalmente as respiratórias) até redução
da morbimortalidade neonatal.
Amamentar é um processo que envolve interação profunda entre mãe e filho, é uma
estratégia natural de vínculo, afeto, proteção e nutrição para a criança (BRASIL, 2009).
Entre os pilares que sustentam a magnitude da amamentação destaca-se: Cidadania,
Diversidade e Sustentabilidade (CDS), direcionando a um propósito único, que tem como
intuito conscientizar e formar a primeira identidade social: a família.
A puérpera possui direitos e deveres específicos para esta fase da vida, que são
respaldados por lei, que garante o exercício de sua cidadania. Para Morais, 2013: “[...] o
termo cidadania origina-se do latim civitas, enquanto o conceito advém da Antiguidade,
aproximando-se nas civilizações gregas das noções de liberdade, igualdade e das virtudes
[...]”.
Logo, cidadania e amamentação caminham juntas, pois amamentar está assegurado
pela legislação, que permite a mulher e o filho independentemente do nível social, desfrutar
de forma livre deste recurso fisiológico.
Nessa perspectiva, caminhamos para o segundo pilar de estudo: a diversidade.
Sabendo que o Brasil é um país miscigenado e multicultural coexiste uma diversidade de
crenças, mitos e tabus de conhecimentos empíricos e pragmáticos acerca da amamentação,
O leite materno é econômico e prático. Evita gasto com leite artificial, mamadeiras,
bicos, e materiais de limpeza. Está sempre pronto, na temperatura ideal, evita custos. Não
exige preparo e não se contamina.
2 | JUSTIFICATIVA
A relevância dessa pesquisa é demonstrar, através da revisão bibliográfica, que
o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida da criança é fator de vários
benefícios para a promoção da saúde da mãe e do bebê. Bem como, favorecer os pilares
que sustentam a magnitude da amamentação: Cidadania, Diversidade e Sustentabilidade
(CDS), direcionando a um propósito único, que tem como intuito conscientizar e formar a
primeira identidade social que é a família.
3 | OBJETIVOS
• Demonstrar como o aleitamento materno pode ser efetivo para uma sociedade
justa e equânime baseada nos conceitos de cidadania, diversidade e sustenta-
bilidade (CDS).
4 | METODOLOGIA
Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo, caracterizado como revisão bibliográfica
que será realizada através das principais bases de dados em saúde e que tenha relação
com temática, vinculadas a literatura científica e técnica da biblioteca virtual em saúde.
Os artigos e periódicos de escolha para pesquisa responderam a questão norteadora,
juntamente com os objetivos do estudo científico, constaram do período de 2007 a 2017,
exceto quando os artigos encontrados com anos anteriores tenham grande relevância para
pesquisa. Foram utilizados os seguintes descritores: aleitamento materno; diversidade
cultural; desenvolvimento sustentável.
Portanto esta pesquisa foi de abordagem qualitativa, exploratória e descritiva. O
artigo utilizado na busca eletrônica sistemático foi em ordem decrescente de acordo com
5 | RESULTADOS FINAIS
Após leitura minuciosa dos artigos, foi realizado um quadro com a identificação dos
artigos e monografias que foram utilizados nesta pesquisa.
Para tratamento dos dados, foi utilizado o método de Análise de Conteúdo, que
permite a configuração de categorias temáticas de análise. Baseado em Bardin (2010), a
análise de conteúdo será realizada seguindo as seguintes fases:
I) Pré-análise: leituras flutuantes dos materiais selecionados, para estabelecer
contato com as ideias principais e com seus significados gerais, sem pretender
sistematização, para que num movimento crescente a leitura fosse cada vez mais precisa,
viabilizando a etapa seguinte.
II) Análise temática: para Bardin (2010), o tema é uma unidade de significação,
que serve de guia para a leitura. Com base nesse contexto, está sendo feita a análise
temática, na qual se procura descobrir os núcleos temáticos, através de palavras, frases
e parágrafos, que se apresentem com frequência nos textos lidos, como forma de criar as
categorias temáticas.
III) Categorização do estudo: nesta fase, por meio da leitura exaustiva dos artigos,
e articulação entre as unidades temáticas de análise, serão criadas as categorias conforme
os temas que emergirem durante a análise, nas quais forem expressas as interpretações
e os significados necessários à construção de novos conhecimentos. As categorias são:
O aleitamento materno e a cidadania no Brasil; o aleitamento materno e a diversidade
sociocultural; e o aleitamento e a sustentabilidade.
O Aleitamento e a Sustentabilidade
O Aleitamento materno é uma prática natural, embora fortemente influenciada pela
diversidade cultural e crenças (exemplo do uso de chás), e a promoção comercial das
fórmulas infantis. O aleitamento materno vem se mostrando cada vez mais importante para
a sociedade em todos os aspectos.
Embora não quantificados financeiramente, impactos negativos no meio ambiente
estão relacionados com o aleitamento artificial, pois as fórmulas do leite artificial para
sua produção necessitam de embalagens, energia, água, além de produzir resíduos que
contribuem para a emissão de gás metano, geração de desequilíbrio com resultado direto
no efeito estufa. Metal, plásticos e toneladas de papel utilizados nas embalagens do produto
terminam nos aterros sanitários e o tempo para decomposição e maior que 100 anos. Em
contra partida o leite materno é um alimento renovável, produzido e fornecido sem poluição.
A amamentação contribui com a sustentabilidade e segurança alimentar do bebê até
o sexto mês de vida. Devendo ser considerada no desenvolvimento de metas climáticas
inteligentes, desde a produção excessiva de resíduos, não só com as embalagens do leite
6 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
A amamentação pode ser vista como uma chave para o desenvolvimento social. A
promoção do aleitamento materno de maneira ampla traz além dos benefícios já conhecidos
para a saúde para mãe e bebê, o aleitamento traz também benefícios de grandes proporções
de impacto econômico, social e ambiental.
Acredita-se que a promoção e incentivo ao aleitamento materno representem
benefícios financeiros não só para as famílias envolvidas no processo, mas também à
população em geral, uma vez que os custos decorrentes de infecções e agravos pela falta
de proteção transmitida pelo aleitamento materno são altíssimos.
O potencial de impacto social do aleitamento materno, uma vez que o ato promove
a aproximação familiar, possibilitando uma mudança de comportamento e fortalecendo os
vínculos afetivos. A prática também tem impacto ambiental, o aleitamento materno exclusivo
pode evitar a geração desnecessária de resíduos decorrentes da alimentação artificial.
Faz-se necessário que as mães recebam orientações para minimizar as principais
dificuldades encontradas no aleitamento. O incentivo ao aleitamento materno começa no
pré-natal, passando pelo curso de gestantes e chegando ao momento do parto. O ideal é
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Quenfins e APARECIDA, Gisele Fófano. Tecnologias leves aplicadas ao cuidado de
enfermagem na unidade de terapia intensiva: uma revisão de literatura. HU Revista, Juiz de Fora,
v. 42, n. 3, p. 191-196, set./out. 2016.
BONFIM, Daiana et al. Padrões de tempo médio das intervenções de enfermagem na Estratégia
de Saúde da Família: um estudo observacional. Rev. esc. enferm. USP, vol. 50, n. 1. São
Paulo, fev. 2016. Disponível em <http://dx.doi.org/10.1590/S0080-623420160000100016>.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Saúde da criança: nutrição infantil:
aleitamento materno e alimentação complementar / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Cadernos de Atenção Básica, n. 23. Brasília : Editora do
Ministério da Saúde, 2009.
MORAIS, Ingrid Agrassar. A construção histórica do conceito de cidadania: o que significa ser
cidadão na sociedade contemporânea? XI Congresso Nacional de Educação EDUCERE, 2013.
NAKANO, Ana Márcia Spanó. As vivências da amamentação para um grupo de mulheres: nos
limites de ser “o corpo para o filho” e de ser “o corpo para si”. Cadernos de Saúde Pública, v. 19,
p. S355-S363, 2003.
1 | INTRODUÇÃO
A doença de Alzheimer (DA) é uma enfermidade neurodegenerativa e irreversível
que acomete principalmente os idosos e é caracterizada, sobretudo, pelo declínio individual
das habilidades cognitivas, tendo seu início de forma traiçoeira perdurando por vários meses
e ou anos, com uma sobrevida variante entre 7 a 10 anos. Sua evolução é gradual, mas
inevitável, por meio de estágios contínuos da gravidade da demência. O indivíduo portador
da DA, apresenta manifestações clínicas como: declínio continuo e gradual da memória
3 | REVISÃO DE LITERATURA
Uma das principais cascatas patológicas associadas a DA é o acúmulo de
proteínas Aβ. Esta, tem capacidade agregativa e possuí propriedades neurotóxicas, o
que gera déficits de aprendizagem, comprometimento de memória, bem como alterações
morfológicas e disfunção colinérgica. O tratamento com silibinina após a injeção de Aβ 25-35,
em camundongos, evitou o comprometimento da memória de curto prazo e de memória de
reconhecimento induzido por Aβ, pois esse flavonoide pode agir diretamente na supressão
da agregação de Aβ ou na estabilidade de Aβ agregado, afetando assim a conformação de
Aβ no cérebro, atenuando na sua neurotoxidade no cérebro. Salienta-se que a silibinina
foi capaz de prevenir a peroxidação lipídica, constatada pela diminuição da concentração
do malonaldeído hipocampal, bem como também foi eficaz na prevenção da depleção dos
níveis de GSH no hipocampo após o tratamento com Aβ 25–35
de camundongos (LU et.,
2009).
Song e colaboradores (2018), realizaram uma investigação do papel dos
receptores de estrogênio (ERs) no efeito neuroprotetor da silibinina em ratos injetados
com Aβ1-42. Os estudos experimentais mostraram que a silibinina, principal flavonoide da
silimarina, atravessou a barreira hematoencefálica, protegendo significativamente contra
o comprometimento da memória induzida por Aβ 1-42
. Somando-se a isso, investigou-se o
efeito neuroprotetor da silibinina com foco em receptores de estrogênios (ERs) como alvos
potenciais. Notando-se que a silibinina foi capaz de diminuir os níveis de expressão de ERα
e ERβ no hipocampo contribuindo efetivamente para sua neuroproteção, graças as suas
atividades antiinflamatórias, antioxidantes e reguladoras da autofagia.
Duan et al., (2015), associaram a neuroproteção da silibinina com sua atuação como
um inibidor duplo da agregação do peptídeo AChE e Aβ. Esse composto tem a capacidade
de desintegrar a placa já formada e inibi a agregação de β ‐ amiloide, além de dificultar
CONCLUSÃO
Com base no que foi apresentado, conclui-se que a silimarina possuí um grande
potencial terapêutico no tratamento e prevenção na DA. A capacidade neuroprotetora
da silimarina é múltipla, variando de caráter antioxidante em geral, à propriedades anti-
inflamatórias e pró-estrogênicas específicas. Esse efeito da silimarina tem sido atribuído a
seu principal favonóide, a silibinina.
Além de regular a microbiota intestinal, esse composto tem efeito direto nas atividades
colinérgicas, podendo diminuir a atividade de AChE e paralelo a isso, aumenta os níveis de
ACh, o que resulta na melhora do aprendizado e no comprometimento da memória. Tendo
não somente a capacidade de diminuir carga da placa de Aβ, como também atenuando na
diminuição da ansiedade em camundongos.
Essas diversas ações da silimarina exercem um grande potencial neuroprotetor,
podendo assim atuar, como coadjuvante no tratamento e na prevenção e no tratamento da
DA, bem como em outras doenças neurodegenerativas. Contudo, são necessários mais
estudos para averiguar a eficácia desse extrato, bem como a dose adequada para seres
humanos.
REFERÊNCIAS
ABENAVOLI, L.; CAPASSO, R.; MILIC, N.; CAPASSO, F. Milk thistle in liver diseases: past, present,
future. Rev. Phytotherapy Research, v.24, n.10, p.1423-1432, 2010.
BAI, D.; JIN, G.; YIN, SHILIANG.; ZOU, D.; ZHU, Q.; YANG, Z.; LIU, X.; REN, L.; SUN, Y.; GAN, S.
Antioxidative and Anti-Apoptotic Roles of Silibinin in Reversing Learning and Memory Deficits in
APP/PS1 Mice. Rev. Neurochemical Research, v.42, n.10, p.3439–3445, 2017.
DUAN, S.; GUAN, X.; LIN, R.; LIU, X.; YAN, Y.; LIN, R.; ZHANG, T.; CHEN, X.; HUANG, J.; SUN, X.; LI,
Q.; FANG, S.; XU, J.; YAO, Z.; GU, H. Silibinin inhibits acetylcholinesterase activity and amyloid
β peptide aggregation: a dual-target drug for the treatment of Alzheimer’s diseas Rev. Neurobiol
Aging, v. 36, n.5, p.1792-807, 2015.
GALHARDI, F.; MESQUITA, K.; MONSERRAT, J.M.; BARROS, D.M. Effect of Silymarin on
biochemical parameters of oxidative stress in aged and young rat brain. Rev. Food Chem Toxicol,
v.47, n.10, p.2655–2660, 2009.
HARACH, T.; MARUNGRUANG, N.; DUTHILLEUL, N.; CHEATHAM, V.; COY, M.K.; FRISONI, G.;
NEHER, J.J.; FÅK, F.; JUCKER, M.; LASSER, T.; BOLMONT, T. Reduction of Abeta amyloid
pathology in APPPS1 transgenic mice in the absence of gut microbiota. Rev. Scientific Reports,
v.7, n:4, p.1-13, 2017.
HOLTZMAN, D.M.; JOHN, C.M.; GOATE, A. Alzheimer’s Disease: The Challenge of the Second
Century. Rev.Science translational medicine, v. 3, n. 77, p. 1-35, 2011.
JOSHI, R.; GARABADU, D.; TEJA, G.R.; KRISHNAMURTHY, S. Silibinin ameliorates LPS-induced
memory déficits in experimental animals Rev. Neurobiology of Learning and Memory, v. 116, p.117-
131, 2014.
LANE, C.A.; HARDY, J.; SCHOTT, J.M. Alzheimer’s disease. Rev. Eur J Neurol, v.25, n.1, p.59-70,
2017.
LU, P.; MAMIYA; LU, L.L.; MOURI, A.; ZOU, L.B.; NAGAI, T.; HIRAMATSU, M.; IKEJIMA, T.;
NABESHIMA, T. Silibinin prevents amyloid β peptide‐induced memory impairment and oxidative
stress in mice. Rev. British, journal of pharmacology, v. 157, n.7, p.1270-1277, 2009.
LUPER S. A review of plants used in the treatment of liver disease: part 1. Rev. Altern Med, v. 3, n.
6, p. 410-21, 1998.
MASTERS, C.L.; CAPPAI, R.; BARNHAM, K.J.; VILLEMAGNE, V.L. Molecular mechanisms for
Alzheimer’s disease: implications for neuroimaging and therapeutics. J Neurochem, v. 97, n. 6,
p.1700-25, 2006.
MURATA, N.; MURAKAMI, K.; OZAWA, Y.; KINOSHITA, N.; IRIE, K.; SHIRASAWA, T.; SHIMIZU, T.
Silymarin Attenuated the Amyloid β Plaque Burden and Improved Behavioral Abnormalities in an
Alzheimer’s Disease Mouse Model. Rev. Bioscience, Biotechnology, and Biochemistry, v. 74, n. 11, p.
2299-2306, 2010.
PEPPING J. Milk thistle: Silybum marianum. Rev. Am J Health Syst Pharm, v.56, n.12, p.1195-1197,
1999.
RAZA, S.S.; KHAN, M.M.; ASHAFAQ, M.; AHMAD, A.; KHUWAJA, G.; KHAN, A.; SIDDIQUI, M.S.;
SAFHI, M.M.; ISLAM, F. Silymarin protects neurons from oxidative stress associated damages in
focal cerebral ischemia: A behavioral, biochemical and immunohistological study in Wistar rats.
Rev. J. Neurol Sci., v.1, n.2, p.45–54, 2011.
SERRANO‐POZO, A.; FROSCH, M.P.; MASLIAH, E.; HYMAN, B.T. Neuropathological alterations in
Alzheimer disease. Rev. Cold Spring Harb Perspect Med, v.1, n.1, p.1-23, 2011.
SCHNEIDER, J.A.; ARVANITAKIS, Z.; LEURGANS, S.E.; BENNETT, D.A.; The neuropathology of
probable Alzheimer disease and mild cognitive impairment. Rev. Annals of Neurology, v.66, n.2,
p.200-208, 2009.
SHEN, L.; LIU, L.; LI, X.Y.; JI, H.F. Regulation of gut microbiota in Alzheimer’s disease mice by
silibinin and silymarin and their pharmacological implications. Rev. Appl Microbiol Biotechnol, v.
103, n.17, p.7141-7149, 2019.
SINGHAL, N.K.; SRIVASTAVA, G.; PATEL, D.K.; JAIN, S.K.; SINGH, M.P. Melatonin or Silymarin
reduces maneb‐ and paraquat‐induced Parkinson’s disease phenotype in the mouse. Rev.
Journal Pineal Res., v.50, n.2, p.97–109, 2011.
SONG, X.; LIU, B.; CUI, L. et al. Estrogen Receptors Are Involved in the Neuroprotective Effect of
Silibinin in Aβ1–42-Treated Rats. Rev. Neurochem, v. 43, n.4, p.796–805 2018.
THAKUR, S.K. Silymarin – A hepatoprotective agent. Rev. Gastroenterol Today, v.6, p.78–82, 2002.
TOTA, S.; KAMAT, P. K.; SHUKLA, R.; NATH, C.; Improvement of brain energy metabolism and
cholinergic functions contributes to the beneficial effects of silibinin against streptozotocin
induced memory impairment. Rev. Behavioural Brain Research, v. 221, n.1, p. 207-215, 2011.
WANG, C.; WANG, Z.; ZHANG, X.; ZHANG, X.; DONG, L.; XING, Y.; LI, Y.; LIU, Z.; CHEN, L.; QIAO,
H.; WANG, L.; ZHU, C. Protection by silibinin against experimental ischemic stroke: Up‐regulated
pAkt, pmTOR, HIF‐1α and Bcl‐2, down‐regulated Bax, NF‐κB expression. Rev. Neurosci Lett, v.529,
n.1, p.45–50, 2012.
WANG, M.J.; LIN, W.W.; CHEN, H.L.; CHANG, Y.H.; OU, H.C.; KUO, J.S.; HONG, J.S.; JENG, K.C.G.
Silymarin protects dopaminergic neurons against lipopolysaccharide‐induced neurotoxicity by
inhibiting microglia activation. Rev. European Journal of Neuroscience, v.16, n.11, p.2103–2112,
2002.
YIN, F.; LIU, J.; JI, X.; WANG, Y.; ZIDICHOUSKI, J.; ZHANG, J. Silibinin: A novel inhibitor of Ab
aggregation, Rev. Neurochemistry International, v. 58, n.3, p.399-403, 2011.
ZHANG, L.; WANG, Y.; XIAYU, X.; SHI, C.; CHEN, W.; SONG, N.; FU, X.; ZHOU, R.; XU, Y.F.; HUANG,
L.; ZHU, H.; HAN, Y.; QIN, C. Altered gut microbiota in a mouse model of Alzheimer’s disease.
Journal of Alzheimer’s Disease, v.60, n.4, p.1241-1257, 2017.
1 | INTRODUÇÃO
O câncer colorretal acomete o intestino grosso que se divide em cólon e reto.
Segundo a World Cancer Research Fund, é o terceiro tipo de câncer mais frequente no
mundo e a neoplasia gastrointestinal mais comum. A incidência aumenta conforme a idade,
indivíduos com mais de 50 anos são mais propensos, ainda varia de acordo com a região
geográfica, apresentado taxas mais altas em países ocidentais, como na Austrália e Nova
Zelândia. Além do mais, as mulheres apresentam maior risco de desenvolvimento de CCR.
As dietas inadequadas com alto consumo de alimentos processados e
ultraprocessados e desprovida de alimentos naturais é apontada como a segunda causa
evitável de câncer, respondendo por 35% do risco de desenvolvimento da doença. Nesse
contexto, a interferência dos hábitos alimentares na carcinogênese colorretal colaborou
para que fatores dietéticos específicos, fossem identificados e analisados
Evidências demonstram que o alto consumo de carnes vermelhas, gorduras, ferro e
álcool aumentam o risco de câncer colorretal, entretanto, a presença de fibras, vitaminas D,
2 | METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão sistemática da literatura, realizada através da busca de
artigos relevantes para o tema nas bases de dados Pubmed e Scielo entre os anos 2010
e 2020, nas línguas inglês e português. Utilizou-se como descritores “câncer colorretal”,
“fatores de risco”, “prevenção primária”, ´´obesidade ´´e ´´dieta´´. Foram encontradas 110
publicações, dessas 7 atenderam todos os critérios de inclusão previamente definidos e
foram consultado, juntamente com algumas referências dos artigos pesquisados.
4.1 Obesidade
O aumento da prevalência de obesidade devido a influência dos hábitos alimentares,
aspectos genéticos e fatores ambientais, proporcionou diversos estudos que analisam essa
condição como maior fator de risco de desenvolvimento do CCR.
A eliminação de hormônios, como a leptina, adiponectina (ApN) e a insulina,
6 | CONCLUSÃO
Neste sentido, a prevenção consiste em admissão de uma alimentação saudável,
restrita em carnes vermelhas e gorduras saturadas, consumo mínimo de bebidas alcoólicas,
com alto consumo de frutas, hortaliças e grãos reduz o risco de câncer colorretal, em
conjunto com a realização regular de atividade física e prevenção da obesidade.
Desse modo, é importante salientar que outros fatores ambientais vêm sendo
amplamente estudados como potenciais fatores de risco para o desenvolvimento do câncer
colorretal, como o tabagismo, certos medicamentos, ação hormonal, paridade, entre outros.
Devido a isso, existem ainda muitas questões a serem investigadas
Além do mais, indivíduos acima de 50 anos de idade devem realizar exames de
rotina anualmente para detecção de sangue nas fezes, principalmente os que apresentam
moderado ou alto risco de desenvolvimento desta enfermidade com base em história
genética e presença de fatores de risco. Estes cuidados constituem importantes fatores
para a detecção precoce, contribuindo, assim, para a redução da morbidade e mortalidade
por câncer colorretal.
REFERÊNCIAS
BASTOS, Telma Marisa de Andrade de Castro. Obesidade e cancro colorretal: O contributo da
dieta. 2018 . 25f. Tese (Mestrado em Ciências da Nutrição) – Faculdade de Ciências da Nutrição e
Alimentação da Universidade do Porto, Porto, 2018.
MUPPALA, S. et al. Adiponectin: Its role in obesity-associated colon and prostate cancers. Critical
Reviews in Oncology/Hematology, v.116, p. 125–133, 2017.
NORONHA, Ana Clara Amorim; et al. Evidências atuais para associação da obesidade com o
câncer colorretal. Prevenção e Promoção de Saúde 8. Ponta Grossa, v.8, p. 90 – 102, 2019.
Tayyem, R.F; et al. Consumo de carnes, leite e gordura no câncer colorretal. Jornal de Nutrição
Humana e Dietética, v.29, ed 6. 14 junh, 2016.
ZICK, S. M. et al. Phase II study of the Effects of Ginger Root Extract on Eicosanoids in Colon
Mucosa in People at Normal Risk for Colorectal Cancer. Cancer Prev Res (Phila), v. 4, n. 11, p.
1929–1937, 2012.
1 | INTRODUÇÃO
Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população
indígena brasileira corresponde a 817.963 índios, residentes em zonas rural e urbana. Na
década de 80, estados, como Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Distrito Federal, eram
conhecidos pela inexistência de índios em seus territórios. Somente na década de 90,
houve a inclusão dos índios no Censo, crescendo em 150% o número de brasileiros (IBGE,
2010).
As comunidades indígenas possuem atributos particulares e, ao mesmo tempo,
similares, envolvendo hábitos e costumes rotineiros, como cerimônias e rituais com danças
e músicas, pinturas no rosto, ocas feitas com elementos extraídos da natureza e religião,
que enfatiza forças espirituais. Os hábitos e o comportamento diante da escolha alimentar
tornaram-se uma incógnita, visto que a modernização tem influenciado povos a diversificar
o cardápio, incluindo alimentos ricos em aditivos químicos e gorduras (BRASIL, 2006).
A transição nutricional no Brasil tem afetado de forma significativa o estado nutricional
da população. Ocorre o aumento da prevalência de obesidade, doenças cardiovasculares,
entre outras Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), causando preocupações na
área de saúde, pois essas doenças são responsáveis por um alto índice de mortalidade no
país (KAC; VELASQUEZ-MELENDEZ, 2015). Nas comunidades indígenas, a subsistência
a partir de atividades como o plantio, a caça e a pesca vem ao longo dos anos sofrendo
mudanças decorrentes principalmente da instalação de novos regimes socioeconômicos e
da diminuição dos limites territoriais indígenas (LEITE, 2012).
Mudanças no perfil de morbimortalidade foram verificadas desde a primeira década
do século XX. A transição epidemiológica refere-se a mudanças em longo prazo dos
padrões de morbidade, morte e invalidez em conjunto com outras modificações, como as
2 | METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de revisão bibliográfica, realizada pela busca de caráter
exploratório em artigos científicos publicados, principalmente, em revistas indexadas
nas bases de dados Bireme, Lilacs e Scielo. O levantamento bibliográfico foi realizado
utilizando-se os seguintes descritores: População Indígena, Doença Crônica, Hipertensão,
Transição nutricional. Foi realizada a pesquisa de artigos científicos publicados do ano de
1991 a 2018, nas línguas inglesa e portuguesa. Realizou-se uma seleção prévia, na qual
ocorreu a leitura de caráter exploratório dos títulos e resumos e, em seguida, outra leitura
completa dos artigos selecionados. O registro das informações relevantes encontra-se nos
resultados do presente estudo.
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
Estudo em adultos do povo Xukuru do Ororubá adotou como parâmetro de avaliação
antropométrica o Índice de Massa Corporal (IMC) de sobrepeso maior que 24,99kg/m² e o
de obesidade maior que 29,99kg/m². Os resultados foram que, no sexo feminino, 52,2 %
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
A prevalência dos níveis aumentados de pressão arterial nos artigos pesquisados
foram significativas em indígenas brasileiros, sendo influenciado pelas modificações como
a transição nutricional, que se caracteriza principalmente pela diminuição da ingestão
de alimentos in natura e aumento de ultraprocessados e de processados. É importante
que ocorra a implantação de ações para controle e diminuição dos fatores de riscos que
contribuem para o aumento dessa incidência.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Departamento de saúde indígena. Memória da Comissão Intersetorial de Saúde Indígena.
Cisi/ CNS 2000-2006. Editora da UnB. Brasília. 2006.
BRESAN, D., BASTOS, J. L., LEITE, M. S. Epidemiology of high blood pressure among the Kaingang
people on the Xapecó Indigenous Land in Santa Catarina State, Brazil, 2013. Cadernos de Saúde
Pública, [s.l.], v. 31, n. 2, p.331-344, 2015.
COIMBRA, C. et al. The First National Survey of Indigenous People’s Health and Nutrition in Brazil:
rationale, methodology, and overview of results. Bmc Public Health, [s.l.], v. 13, n. 1, p.20-33, 2013.
FLEMING, M. et al. Blood pressure levels of the Suruí and Zoró Indians of the Brazilian Amazon: group-
and sexspecific effects resulting from body composition, health status, and age. Human Biology, [s.l] v.
63, n. 6, p. 835-861, 1991.
GIMENO, S. et al. Perfil metabólico e antropométrico de índios Aruák: Mehináku, Waurá e Yawalapití,
Alto Xingu, Brasil Central, 2000/2002. Cadernos de Saúde Pública, [s.l.], v. 23, n. 8, p.1946-1954,
2007.
IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 1991/2010. Disponível em:
<https://indigenas.ibge.gov.br/graficos-e-tabelas-2.html>. Acesso em 15 ago. 2018.
LEITE, M. S. Nutrição e Alimentação em Saúde Indígena: notas sobre a importância e a situação atual.
In: GARNELO, L. PONTES, A.L. Saúde Indígena: uma introdução ao tema. Brasília: Ministério da
Educação, v. 22, p.280. 2012.
LOURENÇO, A. et al. Nutrition transition in Amazonia: Obesity and socioeconomic change in the Suruí
Indians from Brazil. American Journal Of Human Biology, [s.l.], v. 20, n. 5, p. 564-571, 2008.
MEYERFREUND, D. et al. Age-dependent increase in blood pressure in two different Native American
communities in Brazil. Journal of Hypertension, v. 27, p. 1753-1760, 2009.
RIBAS, D. L. B. Alimentação e nutrição de povos indígenas de mato grosso do sul. São Paulo Jul\
Set 2008. Seção Notícias. Disponível em: <http\\www.crn3.org.br>. Acesso em: 10 de Jul. 2018.
TAVARES, F. et al. Níveis tensionais de adultos indígenas Suruí, Rondônia, Brasil. Ciência & Saúde
Coletiva, v. 18, n. 5, 2013
2 | REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
Destacamos a importância de um trabalho psicológico especializado para os
pacientes oncológicos, pois a própria natureza da patologia, ansiedade e angústia
acarretam invariavelmente um impacto emocional, e este, por sua vez, pode estar
associado a sintomas somáticos, trazendo a necessidade de um cuidado ético, profissional
e humanizado tanto na comunicação do diagnóstico da doença, bem como na mudança de
tratamento para cuidados paliativos, por exemplo.
A jornada do paciente oncológico deve ser cuidada de maneira integral por uma
equipe multidisciplinar, por isso, a comunicação entre os profissionais envolvidos deve ser
constante, buscando garantir um melhor prognóstico e qualidade de vida durante e depois
do tratamento. Isso serve para lembrar que as instituições de ensino em saúde, devem
preparar o estudante para esse trabalho em equipe, aproximando o máximo a teoria da
prática tal como ela é.
Dentro da equipe multidisciplinar deve haver um psicólogo, para cuidar da saúde
mental do paciente antes, durante e depois do tratamento, visto que o mesmo pode
acometer diversas comorbidades entre elas a depressão e ansiedade que são bastante
comuns em pacientes com câncer.
O paciente que recebe o diagnóstico de câncer e já se encontra com depressão
ou desenvolve a partir do diagnóstico tem riscos do tratamento não dar certo, de ficar
desanimado, podendo levar até a morte, sendo a depressão considerado um fator de
risco para o processo terapêutico oncológico. Por isso um cuidado integral e que abarque
várias ciências especializadas, torna-se um facilitador em potencial no tratamento desses
pacientes, além de ser uma garantia de direitos, é um cuidado que enxerga o ser humano
como um todo, levando em consideração os aspectos biopsicossociais do processo de
saúde e doença.
REFERÊNCIAS
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.
Controle dos cânceres do colo do útero e da mama / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção
à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – 2. ed. – Brasília: Editora do Ministério da Saúde,
2013. 124 p.: il. (Cadernos de Atenção Básica, n. 13) Disponível em: <http://189.28.128.100/dab/docs/
portaldab/publicacoes/cab13.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2020.
Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva. Estimativa 2020: incidência de câncer no
Brasil / Instituto Nacional de Câncer, José Alencar Gomes da Silva. – Rio de Janeiro: INCA, 2019.
Disponível em: <https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files/media/document/estimativa-2020-
incidencia-de-cancer-no-brasil.pdf>. Acesso em: 28 ago. 2020.
Instituto Nacional de Câncer (INCA). Estimativa 2020: Introdução. Rio de Janeiro: INCA; 2020.
Disponível em: <https://www.inca.gov.br/estimativa/introducao>. Acesso em: 27 ago. 2020.
Instituto Nacional de Câncer (INCA). Nutrição oncológica à mesa. Rede câncer, 2014. Disponível em:
<https://www.inca.gov.br/sites/ufu.sti.inca.local/files//media_root/rrc-24-assistencia-nutricao-oncologica-
a-mesa.pdf>. Acesso em: 03 set. 2020.
Instituto Nacional de Câncer (INCA). O que é câncer? Rio de Janeiro: INCA; 2019. Disponível em:
<https://www.inca.gov.br/o-que-e-cancer>. Acesso em: 27 ago. 2020.
MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. ed.
5º. São Paulo: Atlas S. A, 2003, p. 158.
PRADO, Corina; CAMPOS, Juliana. Estado nutricional de pacientes oncológicos. Estado nutricional
de pacientes oncológicos, n.14, p.63-75, out./dez. 2007.
SANTOS, Carolina Araújo dos et al. Depressão, déficit cognitivo e fatores associados à
desnutrição em idosos com câncer. Ciência & saúde coletiva, v. 20, n. 3, p. 751-760, 2015.
Sher, L. The concept of post – Traumatic mood disorder and its implications for adolescent
suicidal behavior. Minerva Pediatrica, v. 60, p. 1393-9, 2008.
1 | INTRODUÇÃO
A alimentação vem sendo base para a cura de doenças desde o início dos tempos,
mas se enfatizou este conceito com o Grego Hipócrates, citando a seguinte frase: “que o
alimento seja seu medicamento e o medicamento seja o seu alimento”. Na década de 80
surgiu no Japão a caracterização de alimento funcional, a fim de acrescentar benefícios
no sistema imunológico, ou prevenir/retardar o surgimento de doenças crônicas (BASHO;
BIN, 2010).
Os alimentos funcionais demonstram especificidades nutricionais extras, ou seja,
propriedades além das nutricionais básicas. Quando adicionados à dieta tradicional,
exercem funções regulatórias no organismo, favorecendo o retardo do surgimento de
doenças como a Hipertensão Arterial Sistêmica, Diabetes Mellitus, Câncer e Cardiopatias
(MORAES; COLLA, 2006).
Considerado uma tendência negativa de saúde, o Diabetes Mellitus vem sendo
considerado uma desordem crônica mundial, aumentando o número de casos e,
consequentemente, os níveis de morbi-mortalidade. A condição mais frequente atual é o
tipo 2, onde os hábitos de vida influenciam diretamente no seu surgimento, sendo assim,
crescente o nível de crianças e adolescentes portadores dessa patologia (MARMITT et al.,
2015).
O alto nível de glicemia é comum entre as duas condições clínicas, sendo elas
diferenciadas pela insulina. O tipo I pode ser caracterizado como insulinodependente, já
que ocorre a ausência da insulina endógena, e o tipo II decorre da ineficiência ou baixa
quantidade da insulina no organismo (ROSA; BARCELOS; BAMPI, 2012).
A ingestão diária de frutas e hortaliças traz a melhora do quadro de hiperglicemia
2 | METODOLOGIA
O presente trabalho trata-se de uma revisão bibliográfica, em que os estudos
publicados foram reunidos e sintetizados, obtendo resultados que foram evidenciados por
vários especialistas, contribuindo assim para um melhor esclarecimento dos fatos.
As pesquisas foram realizadas em diversas bases de dados científicos, sendo elas:
Scielo, Bireme, Lilacs e BVS, sobre o tema. A pesquisa foi realizada no período de junho
a agosto de 2018, consistindo na análise de 22 artigos científicos, onde 12 artigos foram
utilizados, publicados no período de 2006 a 2017. Os seguintes termos foram cruzados
no idioma português e inglês com os seguintes descritores: “Diabetes Mellitus” (Diabetes
Mellitus), “Alho” (Garlic), “Hipoglicemiante” (Hypoglycemic Agents). Uma busca manual
adicional também foi realizada pelas sugestões de “artigos relacionados” das próprias
bases de dados. Foram incluídos estudos experimentais com animais e humanos.
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
O alho (Allium sativum L.) vem sendo usufruído pelo Homem há séculos, como
especiaria ou recurso medicinal. No Egito era utilizado para evitar episódios de diarreia,
e na Grécia antiga era usado no tratamento de doenças pulmonares. Os trabalhadores
do Império Romano consumiam o alho para resistir por mais tempo o trabalho braçal.
Médicos como Plinio e Hipócrates ingeriam o mesmo como cura de infecções intestinais,
hipertensão, senescência e impotência sexual (APOLINÁRIO et al., 2008).
Ao analisar os efeitos terapêuticos do alho, foi encontrada uma gama de nutrientes,
sendo eles proteínas, ácidos graxos, carboidratos e vitaminas como a A, B1, B2 e C
(APOLINÁRIO et al., 2008). Em aproximadamente um bulbilho, ou seja, um dente de
alho foi identificado também 33 compostos organossulfurados, contendo em quantidades
quatro vezes maiores que na cebola, brócolis, entre outros (SILVA et al., 2010). Dentre
os compostos organossulfurados, pode-se citar a Aliina, Ajoeno, Alicina, Tiosulfato, Alil-
mercaptnao, Dialil-dissulfido, S-acil-cisteína e compostos gama-glutâmicos (CARDOSO;
NEPOMUCENO, 2015).
A Aliina é considerada o composto em maior abundância e melhor efeito
4 | CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com base nos estudos desta revisão bibliográfica, acredita-se que os compostos
organossulfurados, principalmente a alicina, tem a capacidade de diminuir o nível de
glicemia, podendo ser comparada com a ação da insulina.
Ainda não se sabe ao certo o mecanismo de ação efetivo do extrato de alho,
podendo agir na elevação da secreção pancreática de insulina, estimulando as células β
na sua produção ou regeneração das mesmas.
REFERÊNCIAS
APOLINÁRIO, A. C.; MONTEIRO, M. M. O.; PACHÚ, C. O.; DANTAS, I. C. Allium sativum L. Como
agente terapêutico para diversas Patologias: uma revisão. BioFar Revista de biologia e farmácia, v.
03, n. 01, 2008.
BASHO, S. M.; BIN, M. C. Propriedades dos alimentos funcionais e seu papel na prevenção e
controle da hipertensão e diabetes. Revista Interbio, v. 4, n. 1, 2010.
CHAGAS, F. C.; ZANETTI, J. F.; OLIVEIRA, V. C.; DONATTINI, R. S. Allium sativum L. na prevenção
e tratamento de doenças cardiovasculares. BioFar Revista de biologia e farmácia, v. 07, n. 02, 2012.
EIDI, A.; EIDI, M.; ESMAEILI, E. Antidiabetic effect of garlic (Allium sativum L.) in normal and
streptozotocin-induced diabetic rats. Phytomedicine, v. 13, p. 624–629, 2006.
MARMITT, D. J.; REMPEL, C.; GOETTERT, M. I.; COUTO E SILVA, A. Revisão sistemática sobre
a produção científica de plantas medicinais da renisus voltadas ao diabetes mellitus. Caderno
pedagógico, v. 12, n. 1, p. 87-99, 2015.
SANTOS, M. B.; SANTOS, C. Y.; ALMEIDA, M. A.; SANTOS, C. R. S.; SANT’ANNA, H. L. S.; SANTOS,
O. S. N.; SILVA, F.; MARTINS, G. N. Efeito inibitório in vitro de extrato vegetal de Allium sativum
sobre Aspergillus niger Tiegh. Revista Brasileira Plantas Medicinais, v. 12, n. 1, p. 13-17, 2010.
METODOLOGIA
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura que emerge como uma metodologia
que proporciona à síntese do conhecimento e a incorporação da aplicabilidade de
resultados de estudos significativos na prática, além disso, aponta lacunas que precisam
ser preenchidas com a realização de novos estudos com a finalidade de agregar resultados
preliminares por meio da investigação crítica de temáticas relevantes no campo científico
(Silva et al., 2017). A coleta dos dados foi realizada na Medical Literature Analysis and
Retrieval Sistem On-line (MEDLINE/PUBMED), na Literatura Latino-Americana e do Caribe
(LILACS) e na Scientific Electronic Library Online (SciELO). Primou-se por manuscritos
publicados em português publicados entre 2012-2020. Foram selecionados 20 artigos,
dentre eles 9 cumpriram aos requisitos a cerca do impacto que o suporte nutricional pode
repercutir na melhoria do estado nutricional em pacientes que cursam com fibrose cística,
Foram utilizando os termos: Fibrose cística. Nutrição. Foram excluídos os restantes por não
se relacionarem com a temática elencada.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foram empregados os descritores já mencionados no item anterior e restaram 20
trabalhos que faziam referência à associação dos termos procurados. Os manuscritos
foram lidos e os que faziam referência ao tema entraram na amostra, após aplicação dos
critérios de inclusão e exclusão, permaneceram 10 estudos que foram impressos para
leitura na íntegra.
A amostra final dos resultados revelou que os maus resultados na FC estão em sua
maioria ligados a subnutrição e desnutrição, devido o bloqueio dos ductos pancreáticos,
que geram prejuízos na digestão e absorção de nutrientes, em especial gorduras e
vitaminas, resultando em esteatorreia. Tendo isso em vista, é notório que o aconselhamento
nutricional é fundamental em todos os ciclos da vida, pois essa doença apresenta gastos
energéticos aumentados, havendo necessidade de triagem de risco nutricional, avaliação
nutricional precoce nesses pacientes com essa patologia para uma intervenção de sucesso
(SCHONENBERGNER et al., 2019).
O estado nutricional inadequado tem sido associado a mau prognóstico na FC,
repercutindo em diminuição da capacidade funcional de vários órgãos como pulmão,
músculo, bem como tolerância reduzida a atividades diárias. Em razão da complexidade
fisiopatológica, é reconhecido que a abordagem multidisciplinar no tratamento oferece
melhor prognóstico dos indivíduos enfermos, ressalta-se que o nutricionista é essencial
como parte integrante dessa equipe para calcular às necessidades nutricionais conforme
o quadro clínico individual para atingir alcance e manutenção ao longo da vida, levando
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Portanto, conclui-se que a terapia nutricional e acompanhamento a longo prazo se
faz fundamental em pacientes portadores de fibrose cística, visto que essa patologia é de
ordem hipercatabólica e inflamatória que contribui para aumento morbimortalidade. Nesse
sentido, conhecer o estado nutricional do paciente é imprescindível para nortear a melhor
conduta a ser aplicada, pois variam conforme o estado nutricional do paciente.
REFERÊNCIAS
NEBES FB, VASCO JFM, REZENDE J, Oliveira CRF. Pesquisa de pseudomonas aeruginosa na fibrose
cística e caracterização de cepas mucóides. Cardernos da Escola Saude, Curitiba, 2016; 1 (15): 96-
109. Disponível em: <http://revistas.unibrasil.com.br/cadernossaude/index.php/saude/article/view/245>.
Acesso em: 26 out. 2020.
ATHANAZIO RA, Silva FLVRF, VERGARA AA, RIBEIRO AF, RIELDI CA, PROCIANOY EFA, ADDE F V,
Reis FJC, Ribeiro JD, Torres LA, Fuccio MB, Epifanio M, Firmida MC, Damaceno N, Ludwig-neto N,
Maróstica PJC, Rached SZ, Melo SFO, Diretrizes brasileiras de diagnóstico e tratamento da fibrose
cística. J Bras Pneumol. São Paulo, v. 3, n. 43, p.219-245, 22 maio 2017. Disponível em: <http://
dx.doi.org/10.1590/S1806-37562017000000065>. Acesso em: 28 set 2020.
DE FREITAS, MB, Moreira, EAM; OLIVEIRA, DLO; TOMIO C; DA ROSA, JS; MORENO, Y.M.F.,
BARBOSA, E., NETO, N.L., BUCCIGROSSI,V., GUARINO, A., FRODE, T.S. Efeito da suplementação
simbiótica em crianças e adolescentes com fibrose cística: um ensaio clínico controlado
randomizado. Eur J Clin Nutr 72, 736–743 (2018). https://doi.org/10.1038/s41430-017-0043-4
PEDROSA JF, ALVIM CG, CAMARGO PAM, Ibiapina CC, Avaliação em pacientes com fibrose cística a
partir da utilização de escores radiográficos. Revista Médica de Minas Gerais, [s.l.], v. 25, n. 6, p.36-
43, dez. 2015. GN1 Genesis Network
SCHONENBERG KA, REBER E, BALLY LGT, GEISER T, LIN D, STANGA Z. Nutritional assessment in
adults with cystic fibrosis. Nutrition. 2019 Nov-Dec;67-68:110518. doi: 10.1016/j.nut.2019.05.010. Epub
2019 Jun 12. PMID: 31473521.
SIMON M, ISABEL SS. Efeito da dieta mediterrânea sobre estado inflamatório, nutricional, função
pulmonar e qualidade
Collins S. Nutritional management of cystic fibrosis - an update for the 21st century. Paediatr Respir
Rev. 2018 Mar;26:4-6. doi: 10.1016/j.prrv.2017.03.006. Epub 2017 Mar 14. PMID: 28420572.
Kalnins D, Wilschanski M. Maintenance of nutritional status in patients with cystic fibrosis: new and
emerging therapies. Drug Des Devel Ther. 2012;6:151-61. doi: 10.2147/DDDT.S9258. Epub 2012 Jun
20. PMID: 22787388; PMCID: PMC3392141.
NERI, L. C. L. ∗ ; Taminato, M† ; SILVA, F.,, LUIS, V.R.F.Ribeiro ∗, ‡ Revisão sistemática de probióticos
para pacientes com fibrose cística: seguindo em frente, Journal of Pediatric Gastroenterology and
Nutrition: março de 2019 - Volume 68 - Edição 3 - p 394-399 doi: 10.1097 / MPG.0000000000002185
CHAVES, Célia Regina MM; CUNHA, Ana Lucia P. Avaliação e recomendações nutricionais para
crianças e adolescentes com fibrose cística. Revista Paulista de Pediatria, v. 30, n. 1, p. 131-138,
2012.
INTRODUÇÃO
A cirrose hepática caracteriza-se por processo de fibrose que envolve a mudança
na estrutura do fígado e regeneração nodular; podendo evoluir para insuficiência hepática
e carcinoma hepatocelular e levar ao transplante hepático. Dentre as principais causas de
cirrose encontram-se o alcoolismo e hepatite virais, principalmente pelo vírus C, em países
mais desenvolvidos (SCHUPPAN; AFDHAL, 2008; BLACHIER et al., 2013).
Essa condição clínica predispõe a desnutrição protéico-calórica, na qual pode ter
prevalência de até 100% dentre os pacientes que aguardam o transplante hepáticoagravando
o prognóstico do indivíduo (PLAUTH et al., 2007). A retenção hídrica, sinal clínico constante
na cirrose,pode interferir na medida de parâmetros comopeso e IMC, devendo ser realizado
o peso seco para o seu cálculo.
Dessa forma, recomenda-se o uso de dados avaliados em membros superiores,
devido a pouca interferência em caso de edema (KAWABE et al., 2008). Nessa perspectiva,
um dado antropométrico que vem sendo estudado é a Espessura do Musculo Adutor
do Polegar (EMAP). Isso se deve ao fato dessa espessura estar correlacionada com a
capacidade laborativa, e sua atrofia está relacionada à perda funcional e à desnutrição.
Além disso, essa medida antropométrica é de baixo custo, não invasiva, rápida e de fácil
aplicação (ANDRADE, LAMEU, 2007).
O EMAP tem a vantagem de possuir resultados diretos, sem haver a necessidade de
METODOLOGIA
Esse estudo é do tipotransversal com pacientes cirróticos listados para o transplante
hepático. A pesquisa foi realizada no ambulatório de transplante hepático do Hospital
Universitário Walter Cantídio de abril a setembro de 2016, após sersubmetido e aprovado
pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) da Universidade Estadual do Ceará sob número do
CAAE: 5503213.2.0000.5534e tendo por base a resolução 466/12A amostra constituiu-se,
por conveniência, de 27 pacientes. Incluiu-se na pesquisa aquelesque encontravam-se na
lista de espera para o transplante hepático, que possuíam idade entre 18 e 59 anos, que
deambulavam e que leram e assinaram o Termo de Consentimento Livree Esclarecido
(TCLE).
Foram excluídos os pacientes com amputações, acamados, com idade inferior a 18
anos e superior a 59 anos e que não assinaram o TCLE. Foram coletadas informações sócio
demográficas (sexo e idade), clínicas (doença de base, Model for End Stage Liver Disease-
MELD, escore Child-Pugh) (BRASIL, 2006; PUGH, 1973). A avaliação antropométrica foi
composta por peso atual, peso seco, Índice de Massa Corporal (IMC), altura e Espessura
do Musculo Adutor do Polegar (EMAP).
O peso foi realizado com o paciente posicionado no centro da balança, em pé, vestido
com roupas leves e descalços, foi recomendado a ficar parado para realização da leitura no
visor da balança. Aaltura foi conseguida com o avaliado em posição ereta, calcanhares e pés
juntos, nádegas e costas encostados na barra escalonada do estadiômetro. O instrumento
usado foi uma balança médica digital, com capacidade para 300Kg, com estadiômetro de
graduação de 0,5cm, da marca Filizola®(FREIBERG; ROSSI; CARAMICO, 2017).
O IMC será calculado através da seguinte fórmula:
O peso seco foi obtido pela subtração do peso atual pelos valores equivalentes a
retenção de líquido conforme o local do edema. Os valores usados para a subtração foram
os propostos por James (1989). A aferição do EMAP foi realizada com o avaliado sentado
com o braço flexionado (a aproximadamente 90°) e a mão a ser avaliada apoiada sobre o
joelho e relaxada. Aplicou-se o adipômetro (Lange®) no centro do espaço formado com a
extensão do dedo indicador e polegar.
Foram realizadas três aferições em cada mão (dominante e não dominante) e tirou-
se uma média dos valores. Usou-se o valor mediano para paciente cirúrgico de 13,4mm
(para mão dominante) e 13,1mm (para mão dominante) para ambos os sexos, conforme
Bragagnolo et al 2009). A adequaçãofoi classificada conforme tabela 2e foi alcançada com
a seguinte fórmula (LAMEU et al, 2004).
Classificação Adequação
Ausência de depleção 100%
Depleção leve 90-99%
Depleção moderada 60-90%
Depleção grave <60%
Para cálculo da média simples, porcentagem e desvio padrão foi usado o programa
Excel 2013. Os resultados foram demonstrados em tabelas.
No presente estudo de acordo com o IMC, cuja a média foi de 25,92(+5,22) Kg/m²,
59,26% dos pacientes encontraram-se eutróficos, 22,22% apresentaram-se com sobrepeso
CONCLUSÃO
Pôde-se observar que mais de 50%do número de avaliados apresentou ausência de
depleção nutricional conforme o EMAP, assim como eutrofia, de acordo com IMC.
A avaliação do EMAP é de possível realização em pacientes com cirrose candidatos
ao transplante hepático, pois mostrou-se como uma alternativa de fácil aplicabilidade
enquanto não há consenso quanto ao padrão-ouro de avaliação nutricional para essa
doença.
REFERÊNCIAS
ANDRADE, P. V.; LAMEU, E. B. Espessura do músculo adutor do polegar: um novo indicador
prognóstico em pacientes clínicos. Revista Brasileira de Nutrição Clínica, v. 22, n. 1, p. 28-35, 2007.
BELTRÃO, L.S. et al. Estado nutricional de portadores de hepatopatia crônica e sua relação com a
gravidade da doença. Revista Brasileira de Nutrição Clínica, v. 30, n. 2, p. 126-30, 2015.
BLACHIER, Martin et al. The burden of liver disease in Europe: a review of available epidemiological
data. Journal of hepatology, v. 58, n. 3, p. 593-608, 2013.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria nº. 1.160 de 29 de maio de 2006. Modifica os critérios de
distribuição de fígado de doadores cadáveres para transplante, implantando o critério de
gravidade de estado clínico do paciente. Diário Oficial da União, Brasília (DF), 31 maio 2006.
FREIBERG, C. K.; ROSSI, L.; CARAMICO, D. C. O. Antropometria e Composição. In: ROSSI, L.;
CARUSO, L.; GALANTE, A. P. Avaliação nutricional: Novas Perspectivas. 2 ed. São Paulo:
Guanabara Koogan, 2017. cap. 6.
GOTTSCHALL, C. B.A.et al. Avaliação nutricional de pacientes com cirrose pelo vírus da hepatite C:
a aplicação da calorimetria indireta. Arquivos de gastroenterologia. São Paulo. Vol. 41, n. 4, p. 220-
224, 2004.
JAMES, R. Nutritional Support in alcholic liver disease: a review. Journal of Human Nutrition, v. 5, n.
2, p. 315-23, 1989.
KAWABE, N. et al. Assessment of nutritional status of patients with hepatitis C virus‐related liver
cirrhosis. Hepatology Research, v. 38, n. 5, p. 484-490, 2008.
LAMEU, E. B. et al. Adductor policis muscle: a new anthropometric parameter. Revista do Hospital
das Clínicas, v. 59, n. 2, p. 57-62, 2004.
NUNES, F. F.et al. Avaliação nutricional do paciente cirrótico: comparação entre diversos métodos.
Scientia Medica, v. 22, n. 1, 2012.
OLIVEIRA, C. M. C. et al. Adductor pollicis muscle thickness: a promising anthropometric parameter for
patients with chronic renal failure. Journal of Renal Nutrition, v. 22, n. 3, p. 307-316, 2012.
WOLRD HEALTH ORGANIZATION. Obesity: Preventing and managing the global epidemic.
Genebra: WHO, 1997.
PLAUTH, M. et al. ESPEN guidelines on enteral nutrition: liver disease. Clinical Nutrition, v. 25, n. 2, p.
285-294, 2006.
PUGH, R. et al. Transection of the oesophagus for bleeding oesophageal varices. British Journal of
Surgery, v. 60, n. 8, p. 646-649, 1973.
SCHUPPAN, D.; AFDHAL, N. H. Liver cirrhosis. The Lancet, v. 371, n. 9615, p. 838-851, 2008.
1 | INTRODUÇÃO
O glioblastoma é a neoplasia maligna do sistema nervoso central (SNC) mais
comum, classificado como de alto grau pela Organização Mundial da Saúde em 2016.
De agravamento rápido, e sintomas similares ao acidente vascular encefálico (AVE)
(HEEMANN; HEEMANN, 2018).
Sua incidência aumenta com a idade, acometendo adultos especialmente após os
50-55 anos, com idade média de diagnóstico aos 64 anos e com mais da metade dos casos
acima dos 65 anos (THAKKAR et al., 2014).
Apesar do tratamento intensivo, o prognóstico é ruim, com média de sobrevida de
13,4 a 19,9 meses (HUNG; GARZON-MUVDI; LIM, 2017). Não havendo tratamento, a
sobrevida média é de 3 meses, evidenciando a agressividade da doença. Manifesta-se
clinicamente com déficit neurológico focal (40-60%), hipertensão intracraniana e/ou crise
convulsiva (20-40%), a cefaleia está presente em 30 a 50% dos casos (HANIF et al., 2017).
2 | OBJETIVO
O objetivo do estudo foi avaliar a eficácia da mensuração da força de preensão
palmar utilizando o dinamômetro, assim como sua, confiabilidade e precisão, como
instrumento indicador de perda força muscular e desnutrição em um paciente hospitalizado.
Comparando o peso corporal e a FPP em duas avaliações, durante a internação e estudar
3 | MÉTODOS
Trata-se de um relato de caso detalhado com parte do projeto aprovado pelo
comitê de ética em pesquisa da Irmandade da Santa Casa de Londrina nº 3.361.918,
de um paciente masculino de 60 anos com diagnóstico de glioblastoma com intervenção
cirúrgica e tempo de internação de 14 dias em um hospital terciário. Para o diagnóstico de
sarcopenia, utilizou-se a avaliação da força muscular com o uso do dinamômetro.
A FPP foi medida em quilograma-força (kgf), a coleta de dados foi realizada na
unidade de internação em que o paciente se encontrava, com o paciente sentado, com
os pés totalmente apoiados no chão, os joelhos posicionados em aproximadamente 90°,
o cotovelo flexionado formando o ângulo de 90°, com o antebraço junto ao corpo. Para
realizar a medição, utilizou-se um dinamômetro hidráulico e calibrado da marca Jamar®,
onde aplicou força máxima do aperto por cerca de 3 segundos, com descanso de 15
segundos entre uma medição e outra.
Os dados foram coletados em dois momentos, nas primeiras 48 horas de internação
e após sete dias de hospitalização. Foram realizadas três mensurações coletadas pela mão
dominante do paciente, considerado o melhor resultado das três medidas.
Os valores que discriminam o exame alterado são distintos para cada gênero,
homem e mulher, e a condição da internação. Para paciente em unidade de internação os
valores são: < 27 kg para homens e < 16 kg para mulheres. Para pacientes em unidade de
terapia intensiva (UTI) < 11 kg para homens e < 7 kg para mulheres (PARRA et al., 2019).
Além disso, avaliou-se peso atual com balança digital portátil e altura com
estadiômetro portátil.
4 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
O paciente avaliado do sexo masculino, 60 anos, hipertenso e tabagista, em
unidade de internação, diagnosticado com glioblastoma. Na primeira avaliação, o paciente
apresentou peso de 89,3kg e 1,85m de altura, com Índice de Massa Corporal (IMC) de
26,11 kg/m² e FPP de 35 kgf, com diagnóstico de sobrepeso e sem risco para sarcopenia
(>27kg) (PARRA et al., 2019).
Após sete dias de internação e no terceiro pós-operatório de derivação ventricular
externa, o paciente apresentou peso de 85,9kg, IMC de 25,11kg/m² e FPP de 25kgf,
representando uma provável sarcopenia (<27kg) segundo Parra et al. (2019), mas sem
alteração na classificação do seu IMC.
Foram utilizados os valores de referência da FPP descritos por Parra et al. (2019),
porém, especificamente para doentes neurocirúrgicos, atualmente não estão descritos
valores de referência.
5 | CONCLUSÃO
A utilização do dinamômetro mostrou-se eficaz para indicar a perda de força durante
o período de internação. O dinamômetro é reconhecido como um instrumento padrão para
REFERÊNCIAS
BATAILLE, S. et al. The diagnosis of sarcopenia is mainly driven by muscle mass in hemodialysis
patients. Clin Nutr. v. 36, n.6, p. 1654-60, 2017.
GUERRA, R.S. et al. Handgrip strength and associated factors in hospitalized patients. JPEN
Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. v. 39, n. 3, p. 322-30, 2015.
HANIF, F. et al. Glioblastoma Multiforme: A Review of its Epidemiology and Pathogenesis through
Clinical Presentation and Treatment. Asian Pac J Cancer Prev. v. 18, n. 1, p. 3-9, 2017.
LI, F. et al. Evaluation of malnutrition in patients with nervous system disease. Expert review of
Neurotherapeutics. v. 14, n. 10, p. 1229-37, 2014.
NORMAN, K. et al. Hand grip strength: outcome predictor and marker of nutritional status. Clinical
Nutrition (Edinburgh, Scotland). v. 30, n. 2, p. 135-42, 2011.
OLIVEIRA, E.N.; SANTOS, K.T.; REIS, L.A. Força de preensão manual como indicador de
funcionalidade em idosos. Revista Pesquisa em Fisioterapia [revista online]. v. 7, n. 3, p. 384-92,
2017. doi: 10.17267/2238-2704rpf.v7i3.1509
PARRA, B.F.C.S. et al. SARCPRO: Proposta de protocolo para sarcopenia em pacientes internados.
RIBEIRO, P. Sarcopenia pode ser prevenida com musculação e dieta rica em proteínas. Equipe
Multidisciplinar de Terapia Nutricional (EMTN) do Hospital Sírio-Libanês, 2017.
THAKKAR, J.P. et al. Epidemiologic and molecular prognostic review of glioblastoma. Cancer
Epidemiol Biomarkers Prev. v. 23, n. 10, p. 1985-96, 2014.
WELLER M. et al. Guideline for the diagnosis and treatment of anaplastic gliomas and
glioblastoma. Lancet Oncol. v. 15, n. 9, p. 395-403, 2014.
WHITE, J.V. et al. Consensus statement: Academy of Nutrition and Dietetics and American Society for
Parenteral and Enteral Nutrition: characteristics recommended for the identification and documentation
of adult malnutrition (undernutrition). Journal of Parenteral and Enteral Nutrition. v. 36, n. 3, p. 275-83,
2012.
1 | INTRODUÇÃO
Os maus hábitos alimentares estão relacionados aos problemas de saúde, entre eles
a obesidade, que é um problema que atinge altos índices de crescimento, fator relacionado
ao consumo de alimentos de elevada densidade calórica com redução nos níveis de
atividade física (ALMEIDA et al., 2002). O estado nutricional exerce influência nos riscos
de morbimortalidade e no crescimento e desenvolvimento infantil, o que torna importante
uma avaliação nutricional para identificar os grupos de risco e as intervenções adequadas
(CASTRO et al., 2005). Por esse motivo é importante avaliar os hábitos alimentares e
consequentemente o estado nutricional onde são aspectos fundamentais relacionados aos
2 | OBJETIVO
Geral:
Avaliar o estado nutricional de crianças de 6 meses a 2 anos de idade por meio de
indicadores antropométricos e avaliação dos hábitos alimentares do indivíduo frequentador
de unidade básica de saúde (UBS), a fim de contribuir para elaboração de estratégias
públicas de intervenção que objetivem a promoção da saúde por meio de hábitos alimentares
saudáveis nesta faixa etária.
Específicos:
3 | METODOLOGIA
É um estudo descritivo de corte transversal, realizado na cidade de Coari-Amazonas
com 10 crianças de 6 meses a 2 anos frequentadores de uma UBS no período de outubro
de 2017. Para definir o tamanho da amostra foram realizados dados de acordo com a
idade estipulada para analise em níveis de gêneros. A mesma foi selecionada por níveis
de condições socioeconômicas, para avaliar o estado nutricional com os indicadores de
estatura por idade (E/I), peso por idade (P/I), peso por estatura (P/E) e índice de massa
corporal por idade (IMC/I), referente aos métodos de avaliação do Sistema de Vigilância
Alimentar e Nutricional (SISVAN, 2011). Após, foi realizado outros parâmetros como
exames físico, questionário de frequência alimentar (QFA) e recordatório 24 horas, com o
intuito de analisar a alimentação dos mesmos.
4 | RESULTADOS
Verificou-se os níveis de condições socioeconômicos dos pais que apresentavam
renda familiar de 1 a 2 salários mínimos. Para os dados clínicos nenhum deles apresentavam
patologias e os cartões de vacina estavam atualizados. Em relação a avaliação física,
a pele estava hidratada, unhas e cabelos normais, língua, gengiva e olhos corados
5 | CONCLUSÃO
Podemos considerar que um dos principais fatores envolvidos que afetam os hábitos
alimentares e consequentemente o estado nutricional desses indivíduos são as condições
socioeconômicas das famílias, além da falta de informações dos alimentos que devem
ser ofertados nessa faixa etária, e isso desempenha uma grande influência no estado
nutricional e condições de saúde. Visto que esse é um problema frequente relacionado ao
estado nutricional das crianças, portanto, foi necessário um acompanhamento nutricional
para que como profissionais nutricionistas possamos atuar nesse problema de saúde
pública por meio de uma educação nutricional.
REFERÊNCIAS
Almeida SS, Nascimento PCBD, Quaioti TCB. Quantidade e Qualidade de produtos alimentícios
anunciados na televisão brasileira. Rev. Saúde Pública, São Paulo: 2002
INTRODUÇÃO
A segurança alimentar consiste na realização do direito de todos ao acesso
regular e permanente a alimentos seguros, nutritivos e suficientes para satisfazer as suas
necessidades dietéticas e preferências alimentares, a fim de levarem uma vida ativa e
saudável (FAO, 1996).
A insegurança alimentar é determinada, principalmente, pela pobreza e pelas
desigualdades sociais. Estudos que analisam fatores associados à insegurança alimentar
são decisivos para o planejamento de programas e políticas públicas de caráter preventivo
e promoção da saúde (FAO, 2014; PANIGASSI et al., 2008).
MÉTODOS
Este trabalho é um subprojeto de uma coorte materno-infantil de Rio Branco,
integrante do projeto guarda-chuva intitulado: Evolução dos indicadores nutricionais de
crianças do nascimento ao primeiro ano de vida, em Rio Branco – Acre.
O projeto guarda-chuva foi desenvolvido em Rio Branco, capital do Acre, que tem
348.354 habitantes (45,9% da população do Estado), distribuídos em uma área de 9.962
km² (6,5% do território do Estado), sendo que cerca de 90% reside na área urbana.
Para definição do tamanho da amostra do projeto guarda-chuva, utilizou-se o
OpenEpi (http://www.openepi.com/SampleSize/SSCohort.htm), com os parâmetros: nível
de significância bilateral(1-alpha): 95%; Poder (1- beta % probabilidade de detecção): 80%;
Razão de tamanho da amostra, Expostos/Não Expostos: 9; Razão de risco/prevalência:
2,5; resultando em amostra estimada em 1192 mães (adolescentes e adultas).
Em 2014, 22,5% dos partos realizados na capital do Acre, foram de mães
adolescentes residentes em a área urbana e rural. A população do presente estudo foi
constituída por todas as mulheres adolescentes residentes da área urbana de Rio Branco
que pariram nas duas maternidades da capital no período 06 de abril a 10 de julho de 2015.
Foram adotados como critérios de exclusão mães de crianças nascidas com
RESULTADOS
As características socioeconômicas e demográficas das 222 adolescentes gestantes
foram apresentadas na Tabela 1. Quanto as características domiciliares, 68% moravam
em rua de asfalto/cimento/paralelepípedo/tijolo, 32% moravam em rua de terra com
outros materiais ou apenas terra, 24,5% viviam em rua com esgoto a céu aberto e 37,4%
dos domicílios tinham um ou dois moradores. Quanto a características das gestantes
DISCUSSÃO
Neste estudo, a prevalência de insegurança alimentar nas gestantes adolescentes
foi de 34,8%. Quanto ao nível de severidade, 24,8% estavam em insegurança leve e 10,1%
estavam em insegurança moderada e grave, esta última estando associada a gravidez
recorrente na adolescência, ter um ou dois filhos e não consumir regularmente frutas.
No município de Rio Branco – Acre a condição socioeconômica das adolescentes
gestantes é baixa. De acordo com dados da ONU em 2013 o município apresentou o maior
IDH (0,68) da região norte em contrapartida a renda do acreano ainda não obteve aumento
significativo (BRASIL, 2015). O Brasil é um país que apresenta em seu território grandes
disparidades socioeconômicas. Facchinni e colaboradores (2014) relataram que algumas
áreas são mais privilegiadas por aspectos naturais ou por políticas de investimento em
infraestrutura, educação, saúde, dentre outros aspectos que estão ligados ao bem-estar do
cidadão. A renda média do brasileiro no ano de 2015 foi de R$ 1.113, o rendimento mensal
médio de cada acreano foi de R$ 752 em 2015, o que corresponde a um aumento em
relação ao ano anterior que foi de R$ 670, a alta ficou acima da inflação oficial registrada
no ano de 2014, mas apesar disso, o estado teve a segunda pior renda registrada na
Região Norte (BRASIL, 2015).
Souza e colaboradores (2009) sugerem que quanto menos a renda menor a
capacidade de aquisição de alimentos, sendo assim sugere-se eu quanto menor a
renda maior a insegurança alimentar. Neste estudo, 34,9% das adolescentes gestantes
entrevistadas apresentaram algum nível de insegurança alimentar, esse mesmo percentual
foi encontrado em estudo de Hoffman (HOFFMANN, 2008), quando analisa a insegurança
alimentar de domicílios no Brasil tendo como base o PNAD 2004.
No Acre, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicilio (PNAD),
a prevalência de insegurança alimentar nos domicílios em 2009 era de 47,5%, já no Pará a
prevalência era de 43,2% dos domicílios, em Rondônia 31,7% dos domicílios particulares
estavam em insegurança alimentar, Roraima com 47,6% apresentou a maior prevalência
da região Norte (BRASIL, 2014). Em um estudo realizado em Manaus no Amazonas por
Yuyama e colaboradores (2007) a insegurança alimentar esteve presente em 89,20%
nos domicílios com crianças, o que se assemelha a um estudo realizado por Oliveira e
colaboradores (OLIVEIRA et al., 2010) no município de Crato no Ceará onde as famílias
que tinham menores de 5 anos de idade apresentavam algum nível de IA.
Apesar dos inquéritos nacionais e internacionais gerais, grupos populacionais
específicos, como as gestantes, ainda carecem de informações. Os cinco estudos nacionais,
identificados em nossa revisão, que estimaram a frequência da segurança alimentar de
CONCLUSÃO
A prevalência de insegurança alimentar em gestantes adolescentes em Rio Branco
foi de 34,8%, quanto ao nível de severidade, 24,8% estavam em insegurança leve e 10,1%
estavam em insegurança moderada e grave. A insegurança alimentar moderada e grave
em gestantes adolescentes esteve associada a pertencer a classes socioeconômicas D
e E, gravidez recorrente na adolescência, não consumir regularmente frutas e priorizar
alguém quando havia pouca comida na casa.
Esses achados reforçam que a promoção do acesso a alimentos de baixo custo,
nutricionalmente adequados e seguros é fundamental para a promoção da segurança
alimentar. No contexto amazônico, é fundamental ratificar as ações voltadas à economia
doméstica nos programas de transferência de renda e desenvolver ações de educação
alimentar e nutricional durante a gestação. Seria oportuno realizar ações que estimulem
o consumo de alimentos regionais pouco consumidos, incentivando a criação de hortas
e agricultura familiar, estratégias de aproveitamento integral dos alimentos e geração de
renda informal com a comercialização desses alimentos, entre outros.
Além disso, investimentos em ações que proporcionem o aumento da escolaridade
em tempo hábil, bem como em políticas que aumentem a inserção e permanência feminina
no mercado de trabalho formal, também podem influenciar na redução da insegurança
alimentar desse grupo vulnerável.
REFERÊNCIAS
AQUINO-CUNHA, M. et al. Gestação na Adolescência: Relação com o Baixo Peso ao Nascer. Revista
Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v. 24, n. 8, set. 2002.
DEWING, S. et al. Food insecurity and its association with co-occurring postnatal depression,
hazardous drinking, and suicidality among women in peri-urban South Africa. Journal of Affective
Disorders, v. 150, n. 2, p. 460–465, set. 2013.
DHAROD, J. M.; CROOM, J. E.; SADY, C. G. Food Insecurity: Its Relationship to Dietary Intake and
Body Weight among Somali Refugee Women in the United States. Journal of Nutrition Education
and Behavior, v. 45, n. 1, p. 47–53, jan. 2013.
FACCHINI, L. A. et al. [Food insecurity in the Northeast and South of Brazil: magnitude, associated
factors, and per capita income patterns for reducing inequities]. Cadernos de saude publica, v. 30, n.
1, p. 161–174, jan. 2014.
FAO (ED.). Strengthening the enabling environment for food security and nutrition. Rome: FAO,
2014.
FISCHER, N. C. et al. Household Food Insecurity Is Associated with Anemia in Adult Mexican Women of
Reproductive Age. Journal of Nutrition, v. 144, n. 12, p. 2066–2072, 1 dez. 2014.
GAMBA, R. et al. Household Food Insecurity Is Not Associated with Overall Diet Quality Among
Pregnant Women in NHANES 1999–2008. Maternal and Child Health Journal, v. 20, n. 11, p.
2348–2356, nov. 2016.
GARG, A. et al. Influence of maternal depression on household food insecurity for low-income families.
Academic pediatrics, v. 15, n. 3, p. 305–310, 2015.
LARAIA, B. A. et al. Psychosocial factors and socioeconomic indicators are associated with household
food insecurity among pregnant women. The Journal of nutrition, v. 136, n. 1, p. 177–182, 2006.
LARAIA, B. A.; BORJA, J. B.; BENTLEY, M. E. Grandmothers, Fathers, and Depressive Symptoms
Are Associated with Food Insecurity among Low-Income First-Time African-American Mothers in North
Carolina. Journal of the American Dietetic Association, v. 109, n. 6, p. 1042–1047, jun. 2009.
LARAIA, B. A.; SIEGA-RIZ, A. M.; GUNDERSEN, C. Household Food Insecurity Is Associated with Self-
Reported Pregravid Weight Status, Gestational Weight Gain, and Pregnancy Complications. Journal of
the American Dietetic Association, v. 110, n. 5, p. 692–701, maio 2010.
LARAIA, B.; EPEL, E.; SIEGA-RIZ, A. M. Food insecurity with past experience of restrained eating is a
recipe for increased gestational weight gain. Appetite, v. 65, p. 178–184, jun. 2013.
MARANO, D. et al. Prevalence and factors associated with nutritional deviations in women in the pre-
pregnancy phase in two municipalities of the State of Rio de Janeiro, Brazil. Revista Brasileira de
Epidemiologia, v. 17, n. 1, p. 45–58, mar. 2014.
MARTIN, M. A.; LIPPERT, A. M. Feeding her children, but risking her health: The intersection of gender,
household food insecurity and obesity. Social Science & Medicine, v. 74, n. 11, p. 1754–1764, jun.
2012.
NANAMA, S.; FRONGILLO, E. A. Women?s rank modifies the relationship between household and
women?s food insecurity in complex households in northern Burkina Faso. Food Policy, v. 37, n. 3, p.
217–225, jun. 2012.
OLIVEIRA, J. S. et al. [Anemia, hypovitaminosis A and food insecurity in children of municipalities with
Low Human Development Index in the Brazilian Northeast]. Revista brasileira de epidemiologia =
Brazilian journal of epidemiology, v. 13, n. 4, p. 651–664, dez. 2010.
PARK, C. Y.; EICHER-MILLER, H. A. Iron Deficiency Is Associated with Food Insecurity in?Pregnant
Females in the United States: National Health and Nutrition Examination Survey 1999-2010. Journal of
the Academy of Nutrition and Dietetics, v. 114, n. 12, p. 1967–1973, dez. 2014.
RAMALHO, A. A. Food Insecurity during the Gestational Period and Factors Associated with Maternal
and Child Health. Journal of Nutritional Health & Food Engineering, v. 7, n. 4, 13 dez. 2017.
SANTOS, F. D. S. “Elas têm fome de quê?(In) segurança alimentar e condições de saúde e nutrição de
mulheres na fase gestacional”. 2015a.
SRABONI, E. et al. Women?s Empowerment in Agriculture: What Role for Food Security in
Bangladesh? World Development, v. 61, p. 11–52, set. 2014.
ZAPATA-LÓPEZ, N.; RESTREPO-MESA, S. L. Factors associated with maternal body mass index
in a group of pregnant teenagers, Medellin, Colombia. Cadernos de Saúde Pública, v. 29, n. 5, p.
921–934, 2013.
Variáveis n %
Tipo de pavimentação da rua do domicílio
Asfalto/cimento/paralelepípedo/tijolo 151 68,0
Terra com outros materiais ou apenas terra 71 32,0
Esgoto a céu aberto na rua
Não 166 75,5
Sim 54 24,5
Banheiro com água encanada no vaso sanitário
Não 58 26,1
Sim 164 73,9
Idade
13 anos 3 1,4
14 anos 11 5,0
15 anos 24 10,8
16 anos 40 18,0
17 anos 55 24,8
18 anos 89 40,1
Cor da pele
Branca 21 9,5
Parda 186 83,8
Outras 15 6,8
Escolaridade
Até ensino fundamental 2 81 36,5
Ensino médio completo/incompleto 134 60,4
Ensino Superior completo/incompleto 7 3,2
Situação conjugal
Não tem companheiro 49 22,1
Com Companheiro 173 77,9
Chefe da Família
Variáveis n %
Primeira gestação
Não 50 22,9
Sim 168 77,1
Tipo de atendimento pré-natal
Público 203 96,2
Privado 8 3,8
Número de consultas pré-natal
Até 6 87 40,1
6 ou mais 130 59,9
Número de filhos vivos
Nenhum 168 75,7
1 ou 2 44 19,8
3 ou mais 10 4,5
Fumante na gestação
Não 198 89,2
Sim 24 10,8
Ingestão de bebida alcoólica
Tabela 2 - Distribuição absoluta (n) e relativa (%) das características pré-natais e hábitos
durante a gestação na coorte de gestantes adolescentes. Rio Branco, Acre, 2015.
Variáveis n %
Produção de alimentos para consumo próprio
Não 171 80,7
Sim 41 19,3
O que faz quando há pouca comida na casa
Nunca houve pouca comida na casa 93 42,7
Repartem igual entre os moradores 113 51,8
Dão prioridade a alguém 12 5,5
Segurança Alimentar e Nutricional
Segurança Alimentar 147 66,2
Insegurança alimentar leve 55 24,8
Insegurança alimentar moderada 11 6,0
Insegurança alimentar grave 9 4,1
1 | INTRODUÇÃO
A preocupação com a aparência é cada vez mais evidente entre as pessoas. A nutrição
aplicada a estética está mais presente na vida da população, principalmente daqueles que
buscam melhor qualidade de vida e melhora na autoestima (WITT; SCHNIDER, 2011).
A pele é um revestimento que cobre o corpo protegendo contra agressões externas. É
formada por três camadas, epiderme, derme e hipoderme. Todas são importantes para
o corpo, e cada uma tem funções e características diferentes (SBD, 2017). Além disso,
possui comunidades microbianas compostas por bactérias e fungos (GRICE et al., 2009),
onde, dentre elas, a bactéria Propionibacterium acnes pode ser uma das causas da acne, e
está presente principalmente nos folículos pilossebaceos e ligados geralmente a infecções
(NAKATSUJI et al., 2008).
A acne vulgar é uma doença inflamatória da pele, onde ocorre uma obstrução por
oleosidade ou por células mortas, devido ao processo inflamatório das glândulas sebáceas
e folículos polissebáceos. Acontece com mais intensidade na puberdade e atinge cerca de
80% de toda população (TAYLOR; GONZALEZ; PORTER, 2011). é classificada em dois
tipos: acne não inflamatória, como comedões abertos e fechados, e acne inflamatória,
como pústulas e pápulas, podendo haver cicatrizes após a inflamação (MOURELATOS
et al., 2007). A intercorrência da acne está associada a efeitos psicológicos na vida do
indivíduo, podendo alterar o humor, impactando diretamente na autoestima, aumentando o
risco depressão, ansiedade e ideação suicida (DUNN; O’NEILL; FELDMAN, 2011).
Diversos tratamentos farmacológicos têm sido utilizados para esta patologia,
sendo a isotretinoína o principal fármaco utilizado, atuando na diminuição e secreção das
glândulas sebáceas, inibindo a inflamação e de forma secundária inibindo o crescimento de
Proprionibacterium acnes. Apesar de sua eficácia, esse medicamento implica em diversos
efeitos colaterais (KUROKAWA et al., 2009).
2 | MÉTODOS
3 | RESULTADOS E DISCUSSÃO
A aplicação da estratégia de busca nas bases de dados recuperou ao todo 70
artigos, conforme descrição detalhada na Tabela 1. Após exclusão dos estudos duplicados
e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram incluídos 10 estudos para análise
completa e extração dos dados.
PubMed 29 6
Medline 37 10
Science Direct 5 0
Scielo 0 0
Artigos Repetidos 28 6
Total 42 10
Houve melhora
Suplementação com Estudo piloto,
Fabbrocini et na aparência da
Lactobacillus SP1 (LPS1) randomizado, 20
al., 2016 acne adulta quando
em pacientes com acne duplo-cego suplementado LPS
A ingestão do
Manzhalii, Suplementação oral de Ensaio clínico probiótico E.coli Nissle
Hornuss e Escherichia coli Nissle em randomizado, se mostrou eficaz
57
Stremmel, pacientes com dermatoses controlado, no tratamento de
2016 de origem intestinal aberto dermatoses como a
acne
REFERÊNCIAS
AGHASI, Mohadeseh et al. Dairy intake and acne development: A meta-analysis of observational
studies. Clinical Nutrition, [s. l.], v. 38, n. 3, p. 1067–1075, 2019.
BHATE, K.; WILLIAMS, H. C. Epidemiology of acne vulgaris. British Journal of Dermatology, [s. l.], v.
168, n. 3, p. 474–485, 2013.
BOWE, Whitney P.; LOGAN, Alan C. Acne vulgaris, probiotics and the gut-brain-skin axis - Back to the
future? Gut Pathogens, [s. l.], v. 3, n. 1, p. 1–11, 2011.
CENGIZ, Abdurrahman Bugra et al. Effects of oral ısotretinoin on normal and wounded nasal mucosa:
an experimental study. European Archives of Oto-Rhino-Laryngology, [s. l.], v. 275, n. 12, p.
3025–3031, 2018.
DRÉNO, B. What is new in the pathophysiology of acne, an overview. Journal of the European
Academy of Dermatology and Venereology, [s. l.], v. 31, n. Suppl. 5, p. 8–12, 2017.
DUNN, L. K.; O’NEILL, J. L.; FELDMAN, S. R. Acne in adolescents: quality of life, self-esteem, mood,
and psychological disorders. Dermatology Online Journal, [s. l.], v. 17, n. 1, p. 1, 2011.
FABBROCINI, G. et al. Supplementation with Lactobacillus rhamnosus SP1 normalises skin expression
of genes implicated in insulin signalling and improves adult acne. Beneficial Microbes, [s. l.], v. 7, n. 5,
p. 625–630, 2016.
GRICE, Elizabeth A. et al. Topographical and temporal diversity of the human skin microbiome.
Science, [s. l.], v. 324, n. 5931, p. 1190–1192, 2009.
ISSA, Iyad; MOUCARI, Rami. Probiotics for antibiotic-associated diarrhea: Do we have a verdict?
World Journal of Gastroenterology, [s. l.], v. 20, n. 47, p. 17788–17795, 2014.
JUNG, Gordon W. et al. Prospective, randomized, open-label trial comparing the safety, efficacy, and
tolerability of an acne treatment regimen with and without a probiotic supplement and minocycline in
subjects with mild to moderate acne. Journal of Cutaneous Medicine and Surgery, [s. l.], v. 17, n. 2,
p. 114–122, 2013.
KUROKAWA, Ichiro et al. New developments in our understanding of acne pathogenesis and treatment.
Experimental Dermatology, [s. l.], v. 18, n. 10, p. 821–832, 2009.
MELNIK, Bodo C. Milk disrupts p53 and DNMT1, the guardians of the genome: Implications for acne
vulgaris and prostate cancer. Nutrition and Metabolism, [s. l.], v. 14, p. 1–12, 2017.
MUIZZUDDIN, Neelam et al. Physiological effect of a probiotic on skin. J Cosmet Sci, [s. l.], v. 63, n. 6,
p. 385–95, 2012.
SYZON, Orysya О.; DASHKO, Marianna О. Indicators of phagocytosis in women with acne during
comprehensive treatment that included immunotherapy and probiotics. Wiad Lek, [s. l.], v. 71, n. 1, p.
144–147, 2018.
WANG, Yanhan et al. Staphylococcus epidermidis in the human skin microbiome mediates fermentation
to inhibit the growth of Propionibacterium acnes: Implications of probiotics in acne vulgaris. Applied
Microbiology and Biotechnology, [s. l.], v. 98, n. 1, p. 411–424, 2014.
WANG, Yanhan et al. A precision microbiome approach using sucrose for selective augmentation of
Staphylococcus epidermidis fermentation against Propionibacterium acnes. International Journal of
Molecular Sciences, [s. l.], v. 17, p. 1–12, 2016.
WESTFALL, Susan; LOMIS, Nikita; PRAKASH, Satya. A novel polyphenolic prebiotic and probiotic
formulation have synergistic effects on the gut microbiota influencing Drosophila melanogaster
physiology. Artificial Cells, Nanomedicine and Biotechnology, [s. l.], v. 46, n. sup2, p. 441–455,
2018.
WITT, Juliana da Silveira Gonçalves Zanini; SCHNIDER, Aline Petter. Nutrição estética: Valorização
do corpo e da beleza através do cuidado nutricional. Ciencia e Saude Coletiva, [s. l.], v. 16, n. 9, p.
3909–3916, 2011.
YANG, Albert Jackson et al. A microtube array membrane (MTAM) encapsulated live fermenting
staphylococcus epidermidis as a skin probiotic patch against cutibacterium acnes. International
Journal of Molecular Sciences, [s. l.], v. 20, n. 14, 2019.
A
Adolescência 46, 57, 58, 64, 136, 161, 164, 165, 166, 167
Aleitamento Materno 9, 11, 90, 92, 93, 94, 95, 96, 97, 98
Alho 12, 28, 30, 129, 130, 131, 132, 133
Alimentação Saudável 9, 1, 11, 15, 17, 25, 26, 27, 32, 36, 48, 49, 50, 56, 66, 74, 107, 108,
113
Alimentos Funcionais 15, 17, 27, 28, 29, 30, 33, 36, 130, 131, 133
Alzheimer 11, 99, 100, 101, 102, 105, 106
Antropometria 57, 58, 64, 146
Avaliação Nutricional 64, 125, 127, 135, 137, 142, 145, 146, 147, 149, 156
C
Câncer 11, 23, 41, 43, 44, 107, 108, 109, 110, 111, 112, 113, 114, 121, 122, 123, 124, 125,
126, 127, 128, 130, 150
Carne Vermelha 107, 108, 109, 110
Comportamento alimentar 9, 10, 1, 48, 49, 51, 52, 53, 54, 55, 58
Composição Corporal 9, 11, 58, 63, 66, 67, 68, 71, 73, 74, 75, 152
Consumo Alimentar 3, 5, 6, 8, 12, 66, 68, 69, 70, 73, 74, 75, 119, 158, 159, 162
Crianças 9, 14, 18, 21, 41, 44, 46, 47, 50, 52, 58, 61, 62, 64, 96, 130, 136, 138, 139, 140,
155, 156, 157, 158, 162, 165
D
Depressão 11, 12, 76, 77, 78, 79, 80, 81, 82, 83, 85, 86, 87, 88, 89, 121, 122, 124, 125,
126, 127, 128, 162, 176
Desnutrição 13, 2, 16, 24, 26, 50, 52, 58, 60, 63, 72, 122, 125, 126, 128, 135, 136, 137,
138, 142, 145, 146, 148, 150, 152, 153
Diabetes Mellitus 10, 1, 2, 3, 4, 6, 12, 13, 14, 92, 130, 131, 133
Dinamômetro 148, 149, 150, 151, 152, 153
Dobras Cutâneas 69, 71, 118
Doenças Crônicas 1, 2, 12, 13, 14, 17, 25, 27, 46, 50, 58, 62, 73, 82, 83, 115, 116, 117,
118, 130
E
Enfermagem 1, 3, 4, 34, 35, 52, 54, 55, 59, 90, 98, 154
Estado Nutricional 11, 12, 14, 12, 16, 17, 24, 25, 26, 34, 35, 57, 58, 59, 60, 61, 64, 115, 116,
121, 122, 123, 125, 126, 128, 134, 136, 137, 139, 142, 143, 144, 146, 148, 150, 152, 153,
F
Fatores de Risco 12, 14, 33, 61, 62, 80, 107, 108, 109, 113
Fibrose Cística 13, 134, 135, 136, 137, 138, 139, 140
Fisioterapia 38, 39, 42, 76, 152, 153
H
Hábitos Alimentares 9, 14, 1, 4, 6, 11, 12, 15, 17, 25, 33, 50, 52, 62, 63, 66, 67, 108, 109,
115, 117, 123, 155, 156, 157, 158
Hipertensão 12, 1, 2, 4, 14, 45, 61, 91, 115, 117, 118, 120, 130, 131, 133, 149, 162
Hipoglicemiante 12, 129, 130, 131, 132
I
Imunidade 15, 17, 21, 23, 25, 43
N
Neoplasia Colorretal 12, 107, 108, 109, 110, 112
Nutrição 2, 9, 12, 15, 17, 25, 26, 31, 33, 35, 36, 37, 48, 49, 50, 54, 55, 63, 68, 74, 75, 76,
79, 91, 98, 114, 117, 120, 121, 128, 135, 137, 138, 141, 146, 148, 150, 159, 169, 176, 185
P
Pacientes oncológicos 12, 121, 122, 125, 126, 127, 128, 152
Perfil Antropométrico 66, 69
População Indígena 115, 116, 117
Prevenção Primaria 108
Q
Qualidade de vida 9, 3, 11, 15, 16, 17, 25, 33, 42, 96, 115, 117, 124, 125, 126, 127, 136,
176, 182
S
Sarcopenia 149, 150, 151, 153, 154
Saúde Mental 77, 79, 80, 127
Silimarina 11, 99, 100, 101, 102, 103, 104
T
Transição nutricional 12, 1, 2, 57, 63, 115, 116, 117, 118, 119, 120
V
Vitamina D 10, 11, 38, 39, 42, 45, 46, 47, 76, 82, 85, 86, 87