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Índice

1. Introdução...........................................................................3

2. Fisiologia Feminina (Hormônios)......................................4

3. Fases do Ciclo Menstrual Feminino.................................5

4. Estratégias Nutricionais para Redução da TPM.............9

5. Estratégias Nutricionais para o Período Pré e Pós


Menopausa........................................................................14

6. A Relação Entre Candidíase de Repetição e


Nutrição.............................................................................16

7. SOP, Endometriose e Nutrição.......................................17

8. Como Aumentar a Fertilidade Feminina........................19

9. Relação da Microbiota com a Saúde Feminina.............21

10. Tríade da Mulher Atleta e Principais Cuidados............22

11. Impáctos Negativos do Uso de Contraceptivos Orais


no Organismo...................................................................23
Introdução
Olá, neste novo E-book da Simple Pharma trabalharemos sobre os
diversos aspectos de saúde da mulher, trazendo varias informações
teóricas e praticas para você, profissional da saúde, aperfeiçoar a sua
prática clínica e também para quem se interessar pelo assunto.

Sabemos da importância da alimentação e de ativos nutricionais para um


funcionamento adequando do nosso organismo. A ciência hoje aponta
diversas estratégias alimentares e suplementares das quais podem ser
utilizadas para benefícios da saúde e do estado nutricional da mulher.
Discutiremos algumas dessas estratégias ao longo do E-book. Descubra
quais são elas, os momentos em que elas podem ser utilizadas e
aprimore seu conhecimento.

E-book
Estratégias Nutricionais e Ativos para a 3
SAÚDE DA MULHER
Fisiologia Feminina
Hormônios
Os hormônios sexuais são produzidos a partir da secreção de hormônios
peptidicos pelo hipotálamo e pela adeno-hipófise. Estes hormônios
controlam a secreção pelos ovários de estrogênio e progesterona,
conhecidos como hormônios sexuais femininos. Estes hormônios estão
diretamente relacionados entre si e são produzidos a partir do mesmo
precursor esteroide, o colesterol. E apesar de estarem presentes em
ambos os sexos, o estrogênio e a progesterona são predominantes nas
mulheres.

O estrogênio é o hormônio responsável pelo desenvolvimento das


características sexuais primárias nas mulheres, além também de
características como o desenvolvimento de mamas e o padrão de
distribuição de gordura corporal nos quadris e na parte superior da coxa.
A progesterona, por sua vez, atua na preparação do útero para receber o
embrião, ativando as células que revestem a sua parede e irrigando o
endométrio.

Além disso, a reprodução feminina é um processo fisiológico cíclico.


Diversos outros hormônios, como o GnRH (hormônio liberador de
gônadotrofina); o hormônio folículo estimulante (FSH); o hormônio
luteinizante (LH); entre outros, participam de maneira específica em cada
etapa do ciclo menstrual feminino, no qual vamos estudar a seguir.

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SAÚDE DA MULHER
Fases do
Ciclo Menstrual
Feminino
O ciclo menstrual feminino é um ciclo mensal, no qual ocorre a produção
de gametas. Composto por três fases, é influenciado por diversos
hormônios, entre eles o GnRH, FSH, LH, estrogênio, progesterona, inibina
e AMH do ovário.

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SAÚDE DA MULHER
Fase Folicular
A primeira etapa do ciclo, conhecida como fase folicular, é a fase que
apresenta a maior duração, podendo variar de 10 a 21 dias e tem seu
início no primeiro dia de menstruação. Além disso, essa fase tem o
estrogênio, produzido pelos folículos, como hormônio dominante nesta
etapa. Devido a uma alça de retroalimentação, o estrogênio continua a
ser produzido mesmo com os níveis de FSH e LH reduzidos.

Conforme o estrogênio atinge seu ponto máximo, próximo ao final da


fase folicular, ocorre um aumento nos níveis de progesterona e inibina
levando, em seguida, a um pico de LH, que será essencial para a fase de
ovulação, e também um aumento de FSH, porém com menor magnitude.

Ao final da fase folicular, os altos níveis de estrogênio preparam o útero


para uma possível gestação, o endométrio cresce a uma espessura de 3
a 4 mm e o ambiente está preparado para a próxima etapa do ciclo
menstrual, a ovulação.

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SAÚDE DA MULHER
Ovulação
A ovulação, segunda etapa, ocorre cerca de 16 a 24 horas após o pico de
LH e é o período onde o ovócito é levado para a tuba uterina para ser
fecundado ou para morrer.

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SAÚDE DA MULHER
Fase Lútea
O corpo lúteo formado ao início desta etapa produz continuamente altos
níveis de progesterona, inibina e estrogênio, sendo a progesterona o
hormônio dominante dessa fase. A produção desses hormônios levará a
uma continuidade da gestação. Entretanto, se a gestação não ocorrer o
corpo lúteo sofre apoptose instantânea, reduzindo a produção de
progesterona e estrogênio e, consequentemente, aumentando a
secreção de LH e FSH. Essa mudança faz com que a camada superficial
do endométrio comece a descascar, dando iniciado o período de
menstruação. A menstruação continua por 3 a 7 dias, já na fase folicular
do próximo ciclo ovulatório.

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SAÚDE DA MULHER
Estratégias Nutricionais para
Redução da TPM
A TPM, Síndrome de Tensão Pré-menstrual, é o período que precede a
menstruação e provoca alterações hormonais nas mulheres, podendo
causar diversos sintomas físicos e psicológicos, como dores de cabeça,
excesso de fome, sonolência, distensão abdominal, irritabilidade,
ansiedade, depressão entre vários outros.

Dessa forma, o nutricionista possui um papel essencial durante esse


período, já que os padrões e comportamentos alimentares são alterados
devido as mudanças hormonais que estão acontecendo e também
devido a algumas estratégias nutricionais que podem atenuar muitos
desses sintomas, podendo então contribuir diretamente para a saúde e
bem estar da sua paciente.

A seguir vamos falar sobre algumas das estratégias mais pesquisadas


pela literatura científica que podem ser utilizadas na sua prática clínica
no dia a dia.

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SAÚDE DA MULHER
Carboidratos
O consumo de alimentos ricos em carboidratos pode levar a um aumento
na produção de serotonina, provocando uma melhora de humor e
também uma diminuição dos sintomas de depressão e de estresse. Além
também de controlar os níveis de glicose.

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SAÚDE DA MULHER
Cálcio
Existem evidências que mostram que o consumo inadequado de cálcio
pode intensificar os sintomas causados pela TPM, logo é interessante
que o consumo de alimentos fonte, como o leite e derivados, seja
encorajado, principalmente neste período. Os trabalhos apontam que a
ingestão de 1000 a 1500 mg/dia, tanto através da alimentação quanto da
suplementação é capaz de atenuar os sintomas e não apresenta nenhum
efeito deletério ao organism, visto que a UL deste mineral é bem acima.

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SAÚDE DA MULHER
Magnésio
O magnésio é outro mineral importante durante o período menstrual. Um
estudo apontou que os sintomas causados pela TPM eram maiores em
mulheres com níveis de magnésio eritrocitário inferiores. Além disso
outros trabalham mostram um efeito positivo da suplementação de
magnésio no controle dos sintomas de maneira geral, principalmente
naqueles relacionados a mudança de humor. As doses utilizadas foram
de 300-360 mg/dia e foi bem tolerada pela grande parte dos
participantes, entretanto é necessário ter atenção devido alguns
sintomas de diarréia que podem ser causados pela sua utilização.

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SAÚDE DA MULHER
Vitamina D
A associação da vitamina D e os sintomas de TPM se dá principalmente a
sua atuação no metabolismo do cálcio que, como já descrito
anteriormente, está diretamente correlacionado aos sintomas da
síndrome. Estudos mostram que mulheres que apresentam níveis
adequados de vitamina D e cálcio possuem menos riscos de desenvolver
sintomas da TPM.

Portanto a suplementação da vitamina D é capaz de aumentar os níveis


séricos desta vitamina, possibilitando então uma diminuição dos
sintomas causados.

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SAÚDE DA MULHER
Estratégias Nutricionais
para o Período
Pré e Pós Menopausa
O período de menopausa consiste no término dos ciclos menstruais da
mulher, marcando o fim do seu período reprodutivo. Ocorre normalmente
entre o período de 45 a 55 anos de idade e acaba causando um aumento
no risco para algumas doenças como osteoporose ou doenças
cardiovasculares, além também de sintomas como irritabilidade,
cansaço, ondas de calor, entre outras. Essas alterações se dão,
possivelmente, devido a deficiência de estrogênio que ocorre nesse
período.

Logo, algumas intervenções e cuidados são necessários para atenuar


esses sintomas e garantir a qualidade de vida das suas pacientes. Para
isso é necessário adequar algumas recomendações nutricionais e
estimular também a prática de exercícios físicos.

Falando sobre a parte nutricional, as principais diretrizes indicam um


consumo de gorduras de até 30% das calorias totais, sendo o consumo
de gorduras saturadas menor do que 10%, e a quantidade de colesterol
ingerida menos do que 200 a 300 mg/dia, a depender do estado da
paciente. É indicado também o consumo de 10 a 25 g em fibras,
principalmente solúveis, e um consumo de 15% do valor energético total
em proteínas.

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SAÚDE DA MULHER
É importante se atentar também ao consumo dos antioxidantes
provenientes dos vegetais, das frutas, e de óleos vegetais. Estudos
apontam que níveis elevados de estresse oxidativo estão ligados a
maiores riscos para aterosclerose e e câncer. Sendo assim, trabalhos
avaliando os riscos de mulheres pós menopausa observou uma menor
mortalidade e um menor risco pra doenças em mulheres que possuíam
um consumo adequado de vitamina C, de betacarotenos, ácido fólico,
vitamina B6 e também de ácidos graxos ômega-3.

Por fim, em casos de obesidade e sobrepeso no período de menopausa,


a redução de peso provoca uma redução no risco de doenças
cardiovasculares, hipertensão, diabetes e também de câncer. Sendo
importante então uma atenção ao controle do peso neste momento.

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SAÚDE DA MULHER
A Relação Entre
Candidíase de
Repetição e Nutrição
Estima-se que a Candidíase é a segunda forma mais comum de infecção
entre as mulheres e está ligada diretamente a microbiota do organismo
da paciente. Portanto, muitos estudos avaliam a utilização de probióticos
no tratamento e prevenção da candidíase, afim de reduzir os seus
sintomas e evitar infecções recorrentes.

Uma revisão sistemática realizada recentemente mostrou que a


utilização de probióticos pode ser interessante em alguns casos,
entretanto são necessários maiores estudos controlados e de qualidade
para entendermos melhor sobre o funcionamento dos probióticos como
auxiliar no tratamento e prevenção da candidíase.

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SAÚDE DA MULHER
SOP, Endometriose e
Nutrição
A síndrome do ovariopolicístico (SOP) é uma das principais causas de
infertilidade feminina e é associada a presença de cistos no ovário,
hiperandrogenismo e disfunção menstrual. Sua prevalença em mulheres
na idade fértil é acima de 10% e, além da infertilidade, a SOP também
está associada a um quadro de resistência a insulina, hiperinsulinemia,
endometriose, maior risco para doenças cardiovasculares e diabetes
mellitus do tipo 2, sendo que mais de 50% das mulheres com SOP
apresentam obesidade.

A endometriose, por sua vez, atinge de 6 a 10% das mulheres em idade


reprodutiva e é uma doença dependente de estrogênio, por essa razão
ela é mais presente em mulheres com SOP, que já apresentam uma
descompensação maior deste hormônio. É caracterizada pela presença
do tecido endometrial fora do útero, podendo causar dores na região
pélvica e, assim como a SOP, infertilidade.
Portanto os hábitos alimentares desempenham um importante papel no
controle e e prevenção, sendo o principal objetivo da alimentação a
melhora no quadro de resistência a insulina, síndrome metabólica e
também na redução e controle de peso.

É importante ressaltar que a perda de 5% do peso pode melhorar a


resistência a insulina da paciente, os altos níveis de hormônios
androgênios, a função do sistema reprodutivo e a infertilidade. O
controle total de calorias ingeridas, principalmente advindas de
carboidratos refinados, açucares, e gorduras saturadas, visto que estes
macronutrientes, quando ingeridos de forma exagerada, podem piorar a
sensibilidade a insulina e o controle de peso da paciente.

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SAÚDE DA MULHER
É preciso avaliar possíveis deficiências de alguns nutrientes importantes
como a vitamina D e Ácidos graxos ômega-3. Alguns estudos mostram a
relação da vitamina D com diversas vias metabólicas, incluindo da
insulina. Por isso um deficiência desse micronutriente pode agravar o
quadro da paciente. Em relação aos ácidos graxos ômega-3, diversos
trabalhos mostram uma redução nas desordens metabólicas quando
inseridos em quantidades adequadas no plano alimentar, sendo portanto,
um importante aliado do nutricionista no controle dos sintomas da SOP.

Por fim, quantidades reduzidas de magnésio também são comuns em


mulheres com altos níveis de testosterona, diabéticos tipo 2, e síndrome
metabólica. Por esse motivo alguns trabalhos avaliaram a a reposição
deste mineral e obtiveram resultados positivos na utilização desta
intervenção.

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SAÚDE DA MULHER
Como Aumentar a
Fertilidade Feminina
Quando falamos de infertilidade diversos fatores de estilo de vida estão
diretamente envolvidos. O sobrepeso, obesidade, atividade esportiva
intensa, consumo de álcool, entre outros, são alguns exemplos que
impactam negativamente a fertilidade da mulher.

Dessa forma, a nutrição desempenha um papel importantíssimo no


funcionamento adequado do sistema reprodutivo. Um estudo
observacional identificou que, de maneira geral, uma dieta rica em
peixes, vegetais e frutas e baixa em carboidratos foi capaz de aumentar
em 40% as chances de gravidez. Além também do ômega-3, ácido
linolênico e DHA que apresentam uma correlação positiva com a
fertilidade.

Em relação ao consumo de proteínas, estudos mostraram que o consumo


de proteínas de fontes animais estão associadas a um menor nível de
testosterona, indicando uma correlação com a síntese de hormônios
androgênicos. O consumo de proteínas de origem vegetal, entretanto,
apresentou um menor risco de infertilidade ovulatória.

Quando falamos dos carboidratos, é importante ressaltar o impacto do


seu consumo no metabolismo da glicose, na resistência a insulina e na
síndrome metabólica, que são fatores que podem influenciar
negativamente na funçao ovulatória e na fertilidade da mulher.

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SAÚDE DA MULHER
Além disso, o estressa oxidativa também é capaz de impactar na
infertilidade, por isso é importante controlar ao máximo o impacto dos
radicais livres sobre o nosso organismo. Por isso o uso de algumas
substâncias antioxidantes podem ser interessantes para aumentar a
fertilidade nas mulheres. Entre os principais antioxidantes a serem
utilizados são a glutationa, a vitamina C, vitamina E, coenzima Q10, o
resveratrol, licopeno, entre outros.

Por fim temos a utilização da suplementação de folato, que se mostra


eficiente no aumento das chances de gravidez e na redução da
infertilidade. É uma das suplementações mais utilizadas para estas
situações e pode ser uma estratégia interessante.

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SAÚDE DA MULHER
Relação da Microbiota com a
Saúde Feminina
Nos últimos anos tem sido muito estudado a relação dos micro-
organismos que habitam em nosso corpo e a sua relação com a nossa
saúde. Já é sabido, por exemplo, que o número de bactérias e micróbios
no nosso organismo superam o número de células humanas, além de
trazerem diversos benefícios para nossa saúde em geral.

Quando falamos de microbiota, nós nutricionista abordamos


principalmente sobre a importância de uma microbiota intestinal saudável
e o seu papel na manutenção da nossa saúde. Entre suas principais
funções estão a digestão de polissacarídeos, desenvolvimento do
sistema imunológico, síntese de vitaminas, armazenamento de gorduras
e também desenvolvimento de comportamento. Uma mudança na
composição da microbiota intestinal está associada a uma disbiose
patológica e também a um maior número de doenças, tanto intestinal
como extra-intestinal.

Entretanto, precisamos também destacar a importância da microbiota


vaginal tanto na saúde quanto na fertilidade da mulher. Estudos apontam
que alterações nessa região podem levar a piora nos desfechos de
gravidez, doença inflamatória pélvica, endometrite e abortos.

Mais estudos ainda são necessários para entendermos melhor as


alterações que ocorrem para que o controle seja feito de maneira
adequada, porém já se sabe da importância e necessidade de uma
microbiota saudável para saúde da mulher.

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SAÚDE DA MULHER
Tríade da Mulher Atleta
e Principais Cuidados
A tríade da mulher atleta consiste na inter-relaçao entre a energia
disponível, saúde óssea, e a disfunção menstrual que atinge
principalmente mulheres fisicamente ativas, podendo acometer a saúde
da atleta tanto no curto quanto no longo prazo. É importante então que a
prevenção e o diagnóstico breve sejam realizados para evitar piores
prejuízos.

Quando falamos sobre baixa disponibilidade de energia estamos nos


referindo a um balanço negativo entre energia ingerida e a energia gasta,
seja através de restrições alimentares ou também por um aumento no
gasto energético total. A literatura apontam que uma baixa
disponibilidade de energia se dá pela ingestão energética < 30 Kcal/ Kg
MLG por dia, resultando no aparecimento da disfunção menstrual e na
aixa densidade mineral óssea.

Sendo assim, o papel do nutricionista no controle e prevenção é de


extrema importância. Algumas das condutas a serem tomadas podem ser
a educação nutricional, intervenções alimentares junto a um plano
alimentar e também o monitoramento da evolução da atleta. A nutrição
adequada é essencial e pode fazer a diferença no desfecho da saúde da
mulher atleta.

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Impáctos Negativos do Uso de
Contraceptivos Orais
no Organismo
Os contraceptivos orais são bastante utilizados nos dias de hoje e tem
um impacto enorme no metabolismo e no organismo das mulheres que
fazem uso desse medicamento. É preciso sempre muita cautela e
orientações adequadas para fazer o uso do anticoncepcional de maneira
correta.

As indicações para o uso do anticoncepcional oral são principalmente


voltadas para mulheres com algum distúrbio como endometriose ou para
evitar a recorrência do endometrioma. Entretanto, devido as
características do anticoncepcional é possível que haja alguns efeitos
deletérios que precisamos estar atentos.

De maneira geral, os contraceptivos orais reduzem os níveis de


testosterona livre, essa redução pode provocar diminuição da libido ou
dificultar o ganho de massa muscular, porém os dados ainda não são
unânimes em relação aos seus efeitos.

Seu uso pode levar também a um aumento no risco de tromboembolia


venosa causado pela mudança no balanço hemostático causado pelo
medicamento contendo altos níveis de estrogênio. Estudos são
necessários ainda para compreender a fisiopatologia relacionada ao
medicamento, e também para elucidar as diferentes respostas em cada
um dos indivíduos.

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SAÚDE DA MULHER
Além disso, diversos trabalhos avaliam o seu efeito no metabolismo do
ferro, na saúde óssea, na pressão sanguínea e em complicações
arteriais. Apesar de serem necessários mais dados em relação aos seus
impactos negativos no organismo da mulher, a literatura indica a
necessidade de cuidado e responsabilidade na prescrição desse grupo
de medicamentos, devido as grandes alterações que podem ser
provocadas e o seu impacto no metabolismo.

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