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DIETOTERAPIA
DA DIABETES MELLITUS
Prof.(a) Ms.(a). Jaqueline Moreira
E-mail: jaquemoreira@unar.edu.br
ARARAS/SP
SETEMBRO/2021
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
O PÂNCREAS ENDÓCRINO
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
REGULAÇÃO DA GLICEMIA
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
REGULAÇÃO DA GLICEMIA
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
DIABETES MELLITUS
DM 1 DM 2
Hiperglicemia
Genética x Ambiente
Processo autoimune
Deficiência de insulina
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
Pâncreas
SECREÇÃO DEFICIENTE
DE INSULINA
Captação de glicose e
síntese de glicogênio
Hiperglicemia diminuídas
Fígado
Lipólise aumentada
Tecido adiposo Músculo
Produção hepática
de glicose aumentada
RESISTÊNCIA À INSULINA
Adaptado de De Fronzo. Diabetes 1988
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
(ADA, 2012)
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
Epidemiologia
❖Estudos populacionais das últimas décadas → prevalência de DMG varia de 1
a 37,7%, com uma média mundial de 16,2%.
Epidemiologia
❖ Estima-se que a prevalência de DMG no SUS seja de aproximadamente 18% →
critérios diagnósticos atualmente propostos na Literatura.
Fatores de Risco
FATORES DE RISCO PARA HIPERGLICEMIA NA GESTAÇÃO
Idade materna avançada (aumento progressivo do risco com o aumentar da idade)
Antecedentes obstétricos:
• 2 ou mais perdas gestacionais prévias • Macrossomia (RN anterior com peso ≥ 4kg)
• DMG • Óbito fetal/neonatal sem causa determinada
• Polidrâmnio • Malformação fetal
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FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
Fisiopatologia
(VOET, 2013).
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
(PORTH, 2010).
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
▪Anabolismo facilitado:
Alterações Maternas
Alterações Maternas
❖3º TRIMESTRE:
▪Início → rápida elevação das necessidades de insulina → tendência à cetose e
cetoacidose;
▪Próximo ao termo → estabilização do diabetes e tendência à hipoglicemia
(atenção para insuficiência placentária);
Complicações Gestacionais
Complicações Fetais
Cardíacas:
❖ ANOMALIAS CONGÊNITAS:
▪ Transposição de grandes vasos
▪3 a 6 vezes maior que na população geral. ▪ Comunicação interventricular
▪ Coarctação da aorta
▪Hiperglicemia → efeito negativo na organogênese →
liberação de radicais livres → danos à vesícula vitelínica. Nervosas:
▪ Anencefalia ▪ Hidrocefalia
▪ ▪ Espinha bifída
Meningocele
Renais:
▪ Agenesia renal
Regressão caudal
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
Complicações Fetais
❖DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO:
▪Macrossomia fetal:
Complicações Fetais
❖DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO:
▪Sofrimento fetal
Complicações Neonatais
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FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
Complicações Neonatais
❖HIPOCALCEMIA
❖HIPERBILIRRUBINEMIA
❖POLICITEMIA
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FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Pele
Hirsutismo
Pletora facial
Hipertricose
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Composição
corporal
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
❖ Metabolismo energético:
▪ Obesidade
▪ Hipertensão arterial
▪ Diabetes mellitus tipo 2
▪ Síndrome metabólica
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
Deficiência de vitamina D
Diabetes mellitus
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
Polidipsia Emagrecimento
Poliúria
Polifagia
Fraqueza
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
COMPLICAÇÕES AGUDAS
✓Crises hiperglicêmicas agudas
✓ Hipoglicemias
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
HIPOGLICEMIAS
✓Glicemia 60 mg/dl
✓ Glicemia de 50-55mg/dl → sintomas neuroglicopênicos, neurogênicos e
alterações cognitivas
✓Diabéticos tipo 1 e 2 → hipoglicemias iatrogênicas
- doses excessivas de insulina ou agentes secretagogos
- omissão de refeições ou lanches e jejum noturno
- consumo de álcool
- exercício físico
- aumento da sensibilidade à insulina
- depuração da insulina diminuída (insuficiência renal)
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
❑ Diabetes tipo 2:
- Início: mecanismos homeostáticos intactos
- Avanço da doença:
1. resposta do glucagon à hipoglicemia → deficiente
2. limiar glicêmico para resposta autonômica→ reduzido
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
❖ Complicações crônicas:
Hiperglicemia
crônica
Glicação de
Compostos poliois
proteínas
Danos teciduais
Neuropatia
Retinopatia Neuropatia autonômica
Nefropatia periférica
Distúrbios
gastrintestinais,
Cegueira Falência renal Úlcera de pé, genitounirário,
amputações cardiovascular,
disfunções sexuais
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
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FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
Inibidores da a-glicosidase
Insulina: Quando?
✓Diabéticos tipo 1.
✓Diabéticos tipo 2: diagnosticados recentemente com glicemias extremamente
elevadas; hiperglicemia persistente (>250 mg/dl); intolerantes à agentes orais;
cirurgias; portadores de doenças renal e hepática, alergias.
✓Grávidas
✓Diabético hospitalizado: a partir de glicemia de 180mg/dl persistente (ADA 2010)
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
Métodos de Administração
Caneta injetora
Injeção de Bomba de
Insulina Insulina
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
❖ Esquemas de insulinização:
▪ Convencional:
• Alimentação e atividade física estruturadas de acordo com a quantidade
de insulina.
▪ Intensivo:
• Quantidade de insulina se adequa à alimentação e atividade física.
FISIOPATOLOGIA DA DIABETES MELLITUS
✓Crianças e adolescentes:
❖Fase pré-puberal→ até 8%
❖Fase puberal→<8,5%
❖Fase final da puberdade → <7%
✓Adultos: <7%
✓Idosos: 8% ou mais (condições clínicas)
✓Gestantes:<6%
*>7%→ risco progressivo de complicações crônicas
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
OBJETIVOS
Necessidades Energéticas
Crianças e adolescentes:
- Atingir peso e estatura adequados para a idade.
Necessidades Energéticas
❖ Adultos:
✓ Sobrepeso e obeso I (IMC: 25,00-34,99 Kg/m2):
- 20-25 Kcal/Kg peso desejável
✓ Pacientes críticos:
- 20-25 Kcal/Kg peso (fase aguda)
ADA 2006; Gomes-da-Silva & Reis 2013
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Necessidades Energéticas
❖ Crianças entre 1-3 anos:
✓ 40 Kcal/2,5 cm comprimento
Carboidratos
Quanto prescrever?
✓Glicemia
✓ Lipidemia
✓ Redução, manutenção ou ganho de peso corporal
✓ Tipo de diabetes
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Carboidratos
50-60% do VET
Preferência:
Verduras
Legumes (fibras, vitaminas, minerais)
Frutas
Grãos integrais
Leguminosas
Dietas restritas em CHO (<130g/dia) → não recomendada.
Carboidratos
Tipo de carboidrato:
Conduta tradicional
Polissacarídeos X
Dissacarídeos
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Carboidratos
Crenças antigas:
- dissacarídeos→ abrupto da
glicemia
dexrina
polissacarídeos→ lento da
secretina/
enzimas glicemia
amilase pancreáticas
pancreática Pancreas
maltase
maltose
sacarase
Evidências atuais:
sacarose
lactase sacarose → glicemia = quantidade
lactose isocalóricas de amido
sacarose → 50% glicose + 50% frutose
glicose
Veia
✓- frutose
Porta
✓- galactose amido → 100% glicose
enterócito *Sacarose → até 10% do VET
SBD 2006 e ADA 2010
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Carboidratos
(ADA, 2009)
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Adoçantes Artificiais
Nomes comerciais:
Ciclamato/Sacarina (Dietil, Sucaryl, Adocyl, Assugrin, Zerocal, Doce
menor®)
Aspartame (Finn, Gold, Aspasweet, Cristaldiet)
Sucralose (Linea, Splenda)
Acesulfame e Estévia
IDA→ Ingestão Diária Aceitável
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Adoçantes Artificiais
❖Diet
✓Um ingrediente é substituído por outro. Indicado para diabéticos.
Ex: Açúcar substituído por adoçante.
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
❖Crenças
Índice Glicêmico
✓Frutose
✓Lactose
✓Gordura
✓Fibras
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Índice Glicêmico
(ADA, 2009)
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Fibras
Frutas, verduras,
legumes, cereais
integrais.
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Tipo de Fibras
Especialmente as solúvies
Fibras Solúveis
Pectina
Frutas e vegetais em
geral (5-10% pectina) Frutas cítricas e maçãs (15-30% pectina)
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Fibras Solúveis
Farinha de aveia
Gomas
Leguminosa
s
Cevada
Linhaça
Goma guar
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Fibras Solúveis
Mucilagens
Sementes de psyllium
Fibras Solúveis
b-glicanas
farelo > flocos > farinha de aveia Soja e feijão branco Trigo para
quibe
Carboidratos
❖ Situações Especiais:
✓ Pacientes críticos:
- 50% do VET (fórmula padrão NE)
- 33 a 40% do VET (fórmulas especializadas NE)
- 3 a 4g/Kg peso (NPT) – glicose
✓ Pacientes em pós-operatório:
✓ - dieta líquida e líquida restrita com ~200g/dia.
✓ - quantidade igual para refeições e lanches.
- evoluir dieta o mais rápido possível.
ADA 2008, Gomes-da-Silva & Reis 2013
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Quantidade de Lipídios
❑ Estado nutricional
❑ Fração alterada
✓ Eutróficos com lipemia normal:
- 25 a 30% do VET
✓ Eutróficos com lipidemia alterada:
- 25 a 35% do VET
✓ Obesos com lipidemia normal:
- 20 a 25% do VET
✓ Obesos com LDL-c elevado:
- 20 a 25% do VET
✓ Obesos com VLDL elevado:
- 35% do VET
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Lipídios
✓ Pacientes críticos:
- 25-30% VET
- ≤ 1,0g/Kg peso (perfil lipídico)
- NE fórmulas especializadas→ >40% do VET
- NPT: 0,11g/Kg peso/h (emulsões mistas)
- fase aguda (1º e 2º dia)→não usar lipídios
Lipídios
✓Gordura saturada < 7% do VET.
✓Colesterol <200mg/dia
(ADA, 2009)
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
✓Aumenta o LDL
✓Diminui o HDL
✓Aumenta gordura abdominal
✓Provoca resistência à insulina
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Proteínas
❑ Necessidades de Proteínas:
- 15 a 20% VET
Proteínas
❑ Necessidades de Proteínas:
(ADA, 2009)
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Proteínas
❑ Necessidades de Proteínas:
✓ Pacientes críticos:
- 1,0 g/Kg peso - catabolismo leve
- 1,2 a 1,5 g/Kg peso – catabolismo moderado
- 1,5 a 2,0 g/Kg peso – hipercatabólicos (função hepática e renal normal)
- >2,0 g/Kg peso – hemodiálise, queimaduras, fístulas (NE, NPT)
Minerais e Vitaminas
❑ Minerais:
✓ Na+: de acordo com a pressão arterial.
✓ K+: a menos que haja comprometimento renal.
Minerais e Vitaminas
❑ Vitaminas:
✓ Vitaminas C, E, caroteno, cromo → não recomendada a suplementação.
Líquidos
▪ - Oferta normal.
▪ - Limitar líquidos: doença renal.
▪ - Aumentar ingestão: desidratação.
▪ - Água pura ou mineral: sem restrição.
▪ - Refrigerantes “sem açúcar”: moderação.
▪ - Bebidas energéticas e líquidos isotônicos: não consumir.
▪ - Sucos naturais: verificar consumo de frutas.
▪ - Sucos artificiais “sem açúcar”: evitar .
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Álcool
❑ Evitar excesso de álcool
→ Aumento de triglicerídios
→ Esteatose hepática
→ Aumenta ácido úrico
→ Cetogênese e acidose metabólica
→Altera o estado mental
→Considerar as calorias: 7,1 Kcal/ Kg
Álcool
RECOMENDAÇÕES
Alimentos Industrializados
Fracionamento
❑ DM2:
✓ 6 refeições/dia→ controle metabólico
Complicações Agudas
❑ Hipoglicemia: 60 mg/dl:
▪ Diminui a secreção de insulina→ limiar de ~81mg/dl
▪ Aumento da secreção de epinefrina e glucagon → limiar de ~65 a 70mg/dl
▪ Sintomas neurogênicos e neuroglicopênicos→ limiar ~50 a 55mg/dl
Complicações agudas
❑ Conduta na hipoglicemia
❑ Casos leves: palpitações, tremores, sudorese e fome
▪ - Ingestão de 15 g de carboidratos (1/2 copo de suco de frutas ou de refrigerante não
dietético ou 1 copo de leite).
❑ Casos moderados: sonolência, cansaço, tontura, cefaleia, confusão mental,
transtorno de comportamento, visão turva
▪ - Dose adicional de 15 g além das 15g.
❑ Casos intensos: perda da consciência
▪ - Evitar administração oral de carboidratos.
▪ - Solução endovenosa de glicose.
▪ - Glucagon 1mg (SC ou IM).
DIETOTERAPIA DA DIABETES MELLITUS
Complicações agudas
Complicações agudas
Tratamento