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Sawamotoe outros Medicina BioPsicoSocial (2017) 11:14

DOI 10.1186/s13030-017-0099-3

PESQUISAR Acesso livre

Preditores de sucesso na manutenção da perda de peso

a longo prazo: um acompanhamento de dois anos
Ryoko Sawamoto1*, Takehiro Nozaki1, Tomoe Nishihara1, Tomokazu Furukawa1, Tomokazu Hata1, Gen Komaki2
e Nobuyuki Sudo1

Abstrato

Fundo:A recuperação do peso é um problema comum após a intervenção para perda de peso, com a maioria das pessoas que procuram
tratamento para obesidade capaz de perder peso, mas poucas são capazes de sustentar as mudanças de comportamento necessárias para
evitar a recuperação subsequente do peso. A identificação de fatores que predizem quais pacientes manterão com sucesso a perda de peso
ou que estão em risco de recuperar o peso após a intervenção para perda de peso é necessária para melhorar as atuais estratégias de
manutenção de peso. O objetivo do presente estudo é identificar fatores associados à manutenção bem-sucedida da perda de peso por
mulheres com sobrepeso ou obesidade que concluíram o tratamento cognitivo-comportamental (TCC) em grupo para perda de peso.

Métodos:Noventa mulheres com sobrepeso ou obesidade completaram uma intervenção de perda de peso de 7 meses. Os dados de 86 que
completaram pesquisas de acompanhamento 12 e 24 meses após o término do tratamento foram analisados. Depressão, ansiedade,
compulsão alimentar, dependência alimentar e comportamentos alimentares foram avaliados antes e depois da intervenção para perda de
peso. Os participantes que perderam pelo menos 10% de seu peso inicial durante a intervenção para perda de peso e mantiveram a perda
no acompanhamento de 24 meses foram definidos como bem-sucedidos.

Resultados:A intervenção foi bem-sucedida para 27 participantes (31,3%) e malsucedida para 59 (68,6%). A análise de regressão logística
múltipla extraiu maior redução de peso durante a intervenção de perda de peso, uma pontuação de desinibição mais baixa e uma pontuação
de dependência alimentar baixa no final da intervenção de perda de peso como associados à manutenção bem-sucedida da perda de peso.

Conclusão:Os resultados sugerem que uma maior redução de peso durante a intervenção de perda de peso e níveis mais baixos de
desinibição e dependência alimentar no final da intervenção de perda de peso previram a manutenção bem-sucedida da perda de
peso.

Registro de teste:Nome do registro do estudo: Desenvolvimento e validação de tratamentos eficazes para perda de peso e
manutenção da perda de peso usando terapia cognitivo-comportamental para pacientes obesos.
ID de registro: UMIN000006803
Registrado em 1º de janeiro de 2012.
URL: https://upload.umin.ac.jp/cgi-open-bin/ctr/ctr_view.cgi?recptno=R000008052

Palavras-chave:Obesidade, Manutenção do peso, Terapia cognitivo-comportamental, Compulsão alimentar, Desinibição, Dependência alimentar

* Correspondência:rsawamoto3286@gmail.com
1Departamento de Medicina Psicossomática, Escola de Pós-Graduação em Ciências
Médicas, Universidade de Kyushu, 3-1-1 Maidashi, Higashi-ku, Fukuoka 812-8582,
Japão
A lista completa de informações do autor está disponível no final do artigo

© O(s) autor(es). 2017Acesso livreEste artigo é distribuído sob os termos da Licença Internacional Creative Commons Attribution 4.0
(http://creativecommons.org/licenses/by/4.0/), que permite uso, distribuição e reprodução irrestritos em qualquer meio, desde que
você dê o devido crédito ao(s) autor(es) original(is) e à fonte, forneça um link para a licença Creative Commons e indique se foram
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Sawamotoe outros Medicina BioPsicoSocial (2017) 11:14
Fundo
A recuperação do peso é um problema comum após a intervenção para
perda de peso [1], com a maioria das pessoas que procuram
tratamento para obesidade capaz de perder peso, mas poucas são
capazes de sustentar as mudanças de comportamento necessárias
para evitar a recuperação subsequente do peso [2]. A identificação de
fatores que predizem quais pacientes manterão com sucesso a perda
de peso ou que estão em risco de recuperar o peso após a intervenção
para perda de peso é necessária para melhorar as atuais estratégias de
manutenção de peso.
Um grande número de estudos já abordou vários
aspectos dessa questão. Especificamente, a
compulsão alimentar, a restrição alimentar e a
desinibição estão entre as variáveis mais estudadas
no contexto da perda e manutenção do peso. No
entanto, os resultados dos estudos sobre a
associação entre essas variáveis e a manutenção da
perda de peso a longo prazo são inconsistentes [3,
4]. Isso pode ser parcialmente explicado pelo fato de
que a maioria dos estudos apenas examinou os
fatores antes da intervenção para perda de peso
para identificar os preditores pré-tratamento do
resultado do peso a longo prazo. A melhora dos
comportamentos alimentares que foram os alvos
dessas intervenções comportamentais para perda
de peso pode diferir devido ao período de perda de
peso ou à intervenção para perda de peso. Portanto,
O conceito de dependência alimentar tem recebido muita
atenção nos últimos anos. Pesquisas anteriores encontraram
semelhanças entre o vício em substâncias psicoativas e o
consumo excessivo de alimentos [5]. Gearhardt et ai.
desenvolveu a Yale Food Addiction Scale (YFAS) como uma
tentativa de operacionalizar o conceito de “dependência
alimentar” [6]. Eles avaliaram YFAS entre 81 pacientes com
transtorno de compulsão alimentar (TCAP) em busca de
tratamento e demonstraram que 57% deles tinham
dependência alimentar [7]. Ceccarini et ai. também examinou
88 pacientes com obesidade, e 34,1% deles foram
diagnosticados após tomar YFAS [8] como tendo dependência
alimentar. Embora a prevalência de dependência alimentar
seja relativamente alta em pacientes com obesidade, nenhum
estudo avaliou a associação entre dependência alimentar e
mudança de peso após uma intervenção para perda de peso.
O objetivo do presente estudo é identificar os fatores associados
à manutenção bem-sucedida da perda de peso a longo prazo após
a conclusão da terapia cognitivo-comportamental (TCC) para perda
de peso. Para conseguir isso, avaliamos os fatores pré e pós-
tratamento. Especificamente, focamos o valor prognóstico dos
comportamentos alimentares, incluindo a dependência alimentar.
Nossa hipótese é que uma ou ambas as variáveis pré e pós-
tratamento de comportamentos alimentares e dependência
alimentar podem prever a manutenção bem-sucedida da perda de
peso a longo prazo.
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Métodos
Design de estudo
Esta investigação foi parte de um estudo randomizado e
controlado que consistiu em um estudo de duas fases que
examinou duas estratégias para manter a perda de peso,
conforme relatado anteriormente [9, 10]. A fase de perda de
peso proporcionou um programa intensivo de terapia
cognitivo-comportamental para perda de peso que durou 7
meses. Os participantes que perderam pelo menos 5% de seu
peso corporal inicial durante a fase de perda de peso foram
elegíveis para um programa de 3 meses fornecido para a fase
de manutenção de peso. Nesta fase, os participantes foram
randomizados para uma de nossas duas intervenções de
manutenção da perda de peso; TCC incluindo ou não um
programa para aumentar a adesão ao exercício. Os
acompanhamentos foram feitos a cada 6 meses por 2 anos
após o término da intervenção. Todos os participantes
forneceram consentimento informado,
Elegibilidade
Todas as participantes eram mulheres de 20 a 65 anos com
Índice de Massa Corporal (IMC) de 25 kg/m2ou mais alto. Eles
foram capazes de entender e preencher questionários de
autorrelato escritos em japonês, sem assistência, e não
tinham nenhuma deficiência física que impedisse exercícios
simples. Foram excluídos do estudo aqueles que preencheram
os seguintes critérios: perda de peso superior a 5 kg nos
últimos 6 meses, diagnóstico atual de bulimia nervosa,
história pregressa de anorexia nervosa, gravidez ou
amamentação atual, planejamento de engravidar nos
próximos 24 meses, tomando qualquer tipo de medicamento
que afete o peso corporal, sofrendo de qualquer distúrbio de
saúde que afete o peso corporal, recebendo pressão nasal
contínua positiva nas vias aéreas (nCPAP) terapia para apneia
obstrutiva do sono (OSA), atualmente recebendo tratamento
para um distúrbio psiquiátrico , ou planejando se mudar nos
próximos 10 meses.
Recrutamento e entrada
Recrutamos os participantes por meio de um jornal local, do site
da universidade, de cartazes no hospital universitário e em
hospitais próximos à universidade e de um programa de televisão.
Aqueles que estavam interessados e potencialmente elegíveis
foram agendados para uma sessão de informação para aprender
mais sobre o estudo. Na sessão de informação, o investigador
principal forneceu os detalhes do estudo e respondeu às
perguntas dos participantes. Aqueles que atenderam aos critérios
de elegibilidade foram inscritos. Após a obtenção do
consentimento informado, dados demográficos, estilo de vida,
status social e histórico de saúde foram coletados.
O transtorno da compulsão alimentar periódica foi diagnosticado de
acordo com os critérios da quarta edição do Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) [11].
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Intervenção para perda de peso
Cooper et ai. originalmente desenvolveu este programa CBT
para obesidade [12]. Nós o modificamos para uso em um
programa de terapia de grupo [13] que incluía as diretrizes
clínicas sobre obesidade dos Institutos Nacionais de Saúde
dos EUA (NIH) [14], o estudo Action for Health in Diabetes
(Look AHEAD) [15] e o Programa de Prevenção do Diabetes
(DPP) [16] como uma estrutura.
Nosso programa de tratamento foi realizado em pequenos
grupos de aproximadamente 10 pessoas. Consistiu em 40 sessões
em grupo (30 sessões para a fase de perda de peso e dez sessões
para a fase de manutenção do peso, cada uma com duração de 90
minutos) e cinco sessões individuais durante um período de 44
semanas. As sessões foram realizadas uma vez por semana nas
primeiras 34 sessões, com as quatro restantes realizadas a cada
duas semanas.
Os profissionais de saúde foram dois médicos
psicoterapeutas totalmente qualificados com treinamento
especializado em TCC e dois nutricionistas certificados. Na
fase de perda de peso, todos os participantes receberam
uma TCC comum. Eles foram instruídos a manter um
diário alimentar para rastrear o consumo de todos os
alimentos e bebidas e registrar o número diário de passos
de um pedômetro. Eles também foram aconselhados a
reduzir sua ingestão alimentar em 500 calorias por dia de
sua ingestão calórica no início da terapia. Os nutricionistas
verificaram o equilíbrio nutricional das dietas dos
participantes, examinando seus diários de ingestão
alimentar e orientando os participantes sobre a
importância de comer vegetais e reduzir o consumo de
alimentos gordurosos e doces. Os participantes foram
aconselhados a aumentar seu nível de exercício físico para
uma intensidade moderada, como caminhar de 8.000 a
10.000 passos por dia até o final das 7 semanas. Além
disso, uma série de palestras sobre gerenciamento de
estresse foi realizada em oito sessões que incluíram
reestruturação cognitiva, resolução de problemas e
treinamento assertivo. Durante a fase de manutenção de
peso, todos os participantes foram instruídos a manter seu
peso corporal entre ± 2 kg de seu peso ao final da fase de
perda de peso. Eles foram randomizados para um dos dois
tipos de TCC nesta fase. Um era um grupo de exercícios
com aderência e o outro era um grupo de reforço. Os
participantes que foram randomizados para o grupo de
exercício com adesão receberam TCC com o objetivo de
aumentar sua adesão ao exercício, juntamente com
aconselhamento nutricional e instruções sobre controle do
estresse.
Medição antropométrica e de composição corporal
Na visita de entrada, um sistema de medição totalmente
automático (Fancics MX-300) foi usado para medir a altura e o
peso corporal. A medição do peso corporal foi feita uma vez por
semana pelo paciente (no dia da sessão de tratamento) em
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pela manhã com roupas leves e sem sapatos. O peso
registrado foi relatado à nossa equipe em cada sessão e
sessão de acompanhamento. O IMC foi calculado como
peso (kg)/altura (m2).
Avaliação de comorbidades relacionadas à obesidade
O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) e a hipertensão arterial (HT)
foram avaliados como comorbidades relacionadas à
obesidade. O diagnóstico de DM2 foi baseado nos seguintes
critérios da Japan Diabetes Society: glicemia de jejum ≥126
mg/dL, sintomas de diabetes mais glicemia plasmática casual
≥200 mg/dL, ou HbA1c≥6,5% [17]. Pacientes com histórico
positivo de diabetes e em uso de medicação diabética antes
da entrada também foram classificados como diabéticos,
apesar dos valores normais de glicemia de jejum ou HbA1c
durante o uso da medicação. A HT foi diagnosticada quando
um participante foi diagnosticado com HT antes da entrada e
estava recebendo terapia para HT na entrada ou quando o
valor médio de duas medições da pressão arterial sistólica foi
≥140 mmHg ou pressão diastólica foi≥ 90 mmHg na entrada
[18].
Avaliacao psicologica
Todos os participantes completaram uma bateria de inventários
psicossociais auto-relatados antes e no final da fase de perda de
peso.
Depressão
A depressão foi avaliada usando a versão japonesa do Center
for Epidemiologic Studies-Depression Scale (CES-D), para a
qual a confiabilidade teste-reteste e a validade concorrente
foram amplamente documentadas [19]. O CES-D é um
questionário de autorrelato de 20 itens. As pontuações variam
de 0 a 60, com uma pontuação mais alta indicando a presença
de sintomas depressivos [20].
Ansiedade
A ansiedade foi avaliada por meio da versão japonesa do
State-Trait Anxiety Inventory (STAI), validado por Nakazato e
Nizuguchi [21]. O IDATE é um questionário de autorrelato
composto por duas escalas: o STAI-1 avalia a ansiedade-
estado e o IDATE-2 avalia a ansiedade-traço. Cada escala é
composta por 20 itens que indicam a presença ou ausência de
sintomas de ansiedade [22].
compulsão alimentar
A compulsão alimentar foi avaliada por meio da Escala de
Compulsão Alimentar Periódica (BES) [23]. É um instrumento de 16
itens projetado para medir os sintomas comportamentais e
emocionais/cognitivos associados à compulsão alimentar.
Traduzimos o BES original para o japonês e o traduzimos de volta.
Embora ainda não padronizado, o alfa de Cronbach para a escala
global foi de 0,867 no presente estudo, portanto, consideramos
que tem boa confiabilidade.
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Comportamento alimentar
O comportamento alimentar foi avaliado usando a versão
japonesa do Three Factors Eating Questionnaire (TFEQ), para o
qual alta consistência e validade de construto foram confirmadas
para uso com pacientes obesos e com sobrepeso [24]. O TFEQ de
51 itens consiste em três fatores de comportamento alimentar;
Restrição, desinibição e fome [25]. Restrição refere-se à tendência
de algumas pessoas de restringir a ingestão de alimentos para
controlar seu peso corporal. A desinibição é o consumo excessivo
de alimentos em resposta a uma variedade de estímulos, como
emoções ou álcool. A fome refere-se à ingestão de alimentos em
resposta aos sentimentos e percepções de fome.
vício em comida
A dependência alimentar foi avaliada por meio da Yale Food
Addiction Scale (YFAS). O YFAS é uma ferramenta de 25 itens
que avalia comportamentos alimentares do tipo viciante nos
últimos 12 meses [6]. O YFAS fornece duas saídas de
pontuação; uma 'pontuação de sintomas' total e um
'diagnóstico' de dependência alimentar. O 'escore de
sintomas' foi usado no presente estudo. Traduzimos o YFAS
original para o japonês e o traduzimos de volta. Embora ainda
não padronizado, o alfa de Cronbach para a escala global foi
de 0,723 no presente estudo, portanto, consideramos ter
confiabilidade adequada.
Seguir
Após a intervenção de perda de peso e manutenção de peso de 10
meses, os participantes foram instruídos a medir e registrar seu peso
corporal toda semana e visitar o hospital a cada 6 meses para
acompanhamento. Nas sessões de acompanhamento, os participantes
mostraram o registro de seu peso corporal aos investigadores.
Nenhuma intervenção para perda ou manutenção de peso foi feita nas
sessões de acompanhamento. Os participantes que não puderam
comparecer a uma sessão de acompanhamento foram instruídos a
enviar sua folha de registro de peso corporal aos investigadores. Para
os participantes que não compareceram a uma sessão de
acompanhamento ou não enviaram a folha de registro de peso
corporal, os investigadores telefonaram ou enviaram um e-mail para
perguntar seu peso corporal.
Manutenção bem-sucedida da perda de peso
A manutenção de peso bem-sucedida no presente estudo
foi definida como ter perdido mais de 10% do peso inicial
ao final da fase de perda de peso e manter pelo menos
10% de perda nos acompanhamentos de 12 e 24 meses,
após o critérios propostos no estudo National Weigh Loss
Registry de Wing e Hill [26]. Manter uma perda de peso de
10% por pelo menos 1 ano é razoável do ponto de vista
dos benefícios à saúde, porque a perda de peso dessa
magnitude pode produzir melhorias substanciais nos
fatores de risco para diabetes e doenças cardíacas [14].
Além disso, as conclusões do National Weight
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O Registro de Controle (NWCR) sugeriu que, se os
indivíduos conseguirem manter sua perda de peso por 2
anos, eles podem reduzir o risco de recuperação
subsequente em quase 50% [27]. Portanto, no presente
estudo, acompanhamos os participantes por 2 anos após a
intervenção e os avaliamos como tendo sucesso ou
insucesso na manutenção do peso em 1 e 2 anos após o
término do tratamento.
Análise estatística
O padrão de manutenção da perda de peso foi primeiramente
analisado comparando as características dos indivíduos
considerados bem-sucedidos ou malsucedidos nos
acompanhamentos de 12 e 24 meses. Uma amostra duplat-teste
foi usado para comparações entre os dois grupos. o χ2-teste ou
teste exato de Fisher foi usado para comparar dados nominais. As
variáveis significativas (P <0,05) ou quase significância (P <0,1) na
análise univariada foram então examinados como variáveis
independentes na regressão logística múltipla direta, com a
manutenção bem-sucedida da perda de peso como variável
dependente. O procedimento de Benjamini-Hochberg foi usado
para controlar o nível de significância para aumentar a taxa de
erro tipo 1 relacionada a testes de significância múltipla [28]:
comparação após regressão logística múltipla foi feita de cada
indivíduop- valor para um corrigidop-valor, (ί/m)q,onde ί é a
classificação, m é o número total de testes eq (taxa de descoberta
falsa) é definido em 0,1. Todas as análises estatísticas foram
realizadas com o pacote de software JMP pro 13.0 (SAS Institute
Inc., Cary, Carolina do Norte, EUA). APvalor <0,05 foi considerado
significativo.
Resultados
Das 119 mulheres com sobrepeso ou obesidade que participaram,
90 completaram a intervenção de perda de peso e manutenção de
peso de 7 meses. Os dados de peso corporal de uma participante
que engravidou, uma que desistiu do estudo, uma que perdeu
contato durante um estudo no exterior e uma que recebeu
quimioterapia para doença maligna foram perdidos no
acompanhamento, deixando os dados de 86 participantes
disponíveis para análise . No seguimento de 12 meses, 34
indivíduos (39,5%) foram considerados bem-sucedidos e 52
(60,5%) malsucedidos. No seguimento de 24 meses, 27 (31,4%)
indivíduos tiveram sucesso e 59 (68,6%) não tiveram sucesso. O
tipo de intervenção de manutenção de peso não afetou os
resultados de mudança de peso no acompanhamento de 12 ou 24
meses (dados não mostrados).
Na análise do acompanhamento de 12 meses (Tabela 1), os
indivíduos bem-sucedidos perderam significativamente mais peso
durante a intervenção para perda de peso (ΔBW) do que os
indivíduos malsucedidos. Os escores de sintomas CES-D, BES,
desinibição do TFEQ e YFAS dos indivíduos bem-sucedidos no final
da intervenção para perda de peso foram significativamente
menores (P <0,05) do que os dos sujeitos malsucedidos. A
pontuação de fome dos indivíduos bem-sucedidos em
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tabela 1Análise univariada da manutenção da perda de peso no mesa 2Análise de regressão logística múltipla com manutenção bem-
seguimento de 12 meses sucedida da perda de peso por 12 meses como variável dependente

Variável Bem-sucedido Mal sucedido Pvalor Variável independente OU (IC 95%) Pvalor corrigido
Pvalor
Número 34 52
ΔBW 0,69 (0,54−0,83) <0,001 0,014*
Características físicas
Pré CES-D 1,04 (0,93−1,16) 0,52 0,10
Anos de idade) 50,6 ± 10,9 46,8 ± 11,7 0,14
Pós CES-D 0,93 (0,84−1,00) 0,085 0,057
Pré IMC (kg/m2) Pré IMC 30,7 ± 4,9 31,6 ± 4,7 0,41
Pós BES 1,16 (0,97−1,41) 0,11 0,071
≥40kg/m2(%) Pré IMC≥ 5.9 3.8 0,65
Pós-desinibição (TFEQ) 0,66 (0,46−0,91) 0,017 0,043*
35kg/m2(%) Pré PV (kg) 17.6 17.3 0,97
Pós-fome (TFEQ) 1,24 (0,85−1,84) 0,26 0,086
75,0 ± 12,1 77,9 ± 12,3 0,30
Pontuação de sintomas pós YFAS 0,51 (0,27−0,89) 0,017 0,029*
ΔPC (kg) − 13,3 ± 5,6 − 8,4 ± 2,6 <0,0001
Pré: dados no início da fase de emagrecimento Pós:
Status social (%) dados no final da fase de emagrecimento
ΔBW: Peso corporal no final da intervenção para perda de peso menos peso corporal no
Escolaridade, >12 anos Situação 50,0 46.2 0,73
início da intervenção para perda de peso
profissional, trabalhando Estado 58,8 59,6 1,0 OURazão de probabilidade,CIIntervalo de confiança,BWPeso corporal,CES-DCentro de Estudos
Epidemiológicos-Escala de Depressão,BESEscala de compulsão alimentar,TFEQQuestionário de
civil, casado 61,8 65,3 0,73 alimentação de três fatores,YFASEscala de Dependência Alimentar de Yale
*
Comorbidades relacionadas à obesidade (%) Significativo por corrigidoPvalor calculado usando o
procedimento de Benjamini-Hochberg
Diabetes mellitus tipo 2 20.6 34,6 0,16
Hipertensão 20.6 34,6 0,16
demonstrou que a manutenção bem-sucedida da perda de
Características psicológicas (pontuação)
peso foi associada a uma maior redução de peso durante a
Pré CES-D 9,7 ± 7,2 12,3 ± 6,5 0,085 intervenção para perda de peso (OR 0,69, IC 95% 0,54–0,83,P <
Pós CES-D 9,7 ± 7,2 15,0 ± 10,1 <0,01 0,001), menor pontuação de desinibição (OR 0,66, 95% CI
Pré STAI-estado 39,9 ± 7,4 41,9 ± 10,6 0,34 0,46–0,91, P = 0,017) e menor pontuação de dependência
Estado pós-IDATE 41,5 ± 10,6 42,5 ± 11,2 0,68 alimentar (OR 0,51, 95% CI 0,27–0,89, P = 0,017) no final do
peso intervenção de perda. Sua significância permaneceu
Pré STAI-traço 42,2 ± 10,8 45,2 ± 12,8 0,26
inalterada após o procedimento de Benjamini-Hochberg
Pós-IDATE-traço 42,2 ± 10,6 42,5 ± 11,2 0,68
(Tabela 2).
Pré BES 12,2 ± 6,9 13,0 ± 6,4 0,56 Na análise do seguimento de 24 meses (Tabela 3), os resultados
Pós BES 5,6 ± 4,7 8,4 ± 5,8 0,021 foram semelhantes aos do seguimento de 12 meses. Os indivíduos
Pré-restrição alimentar (TFEQ) 7,6 ± 3,8 7,6 ± 4,0 0,99 bem sucedidos perderam significativamente mais peso durante a

Pós-restrição alimentar (TFEQ) 16,0 ± 3,0 15,0 ± 3,2 0,14 intervenção de perda de peso (ΔBW) do que os indivíduos sem
sucesso. Os escores de sintomas CES-D, BES, desinibição e YFAS
Pré-desinibição (TFEQ) Pós- 8,9 ± 3,6 9,8 ± 3,9 0,28
dos indivíduos bem-sucedidos no final da intervenção para perda
desinibição (TFEQ) Pré-fome 5,7 ± 3,1 7,5 ± 3,6 0,025
de peso foram significativamente menores do que os dos
(TFEQ) 6,0 ± 2,9 6,4 ± 2,9 0,55 indivíduos malsucedidos. A pontuação de fome dos indivíduos
Pós-fome (TFEQ) 2,9 ± 2,5 4,1 ± 2,8 0,064 bem-sucedidos no final da intervenção para perda de peso foi
Sintoma pré YFAS 1,9 ± 1,5 2,2 ± 1,4 0,27 menor do que a dos indivíduos malsucedidos, mas não alcançou

Sintomas pós YFAS 1,7 ± 0,97 2,7 ± 1,6 0,001

significância (P = 0,095). A análise de regressão logística múltipla
mostrou que a manutenção bem-sucedida da perda de peso foi
Os dados quantitativos são apresentados como média ± DP. Os dados qualitativos são
apresentados em porcentagem. Duas amostrast-teste e χ2-Teste ou teste exato de Fisher foram associada a uma maior redução de peso durante a intervenção
usados. A intervenção foi considerada bem-sucedida para indivíduos que perderam pelo menos
para perda de peso (OR 0,84, IC 95% 0,72–0,94,P <0,01), um menor
10% de seu peso inicial durante a intervenção para perda de peso e mantiveram a perda no
acompanhamento de 12 meses. A intervenção não teve sucesso para indivíduos que não escore de desinibição (OR 0,68, IC 95% 0,48–0,94, P = 0,028) e um
atenderam aos critérios acima no acompanhamento de 12 meses baixo escore de dependência alimentar (OR = 0,60, IC 95% 0,34–
Pré: dados no início da intervenção para perda de peso Pós:
dados no final da intervenção para perda de peso
1,04, P = 0,066) no final do intervenção para perda de peso. Os
ΔBW: Peso corporal no final da intervenção para perda de peso menos peso corporal no dois primeiros níveis de significância permaneceram inalterados
início da intervenção para perda de peso
após o procedimento de Benjamini-Hochberg (Tabela 4).
IMCÍndice de massa corporal,BWPeso corporal,CES-DCentro de Estudos Epidemiológicos-Escala de
Depressão,STAIInventário de Ansiedade Traço-Estado,BESEscala de compulsão alimentar,TFEQ
Questionário de alimentação de três fatores,YFASEscala de Dependência Alimentar de Yale

Discussão
o final da intervenção para perda de peso foi menor do que Nossa análise de regressão logística múltipla em 12 e 24 meses após a
nos indivíduos sem sucesso, mas não alcançou significância (P intervenção em grupo de perda de peso da TCC demonstrou que uma
= 0,064). Análise de regressão logística múltipla grande quantidade de perda de peso durante
Sawamotoe outros Medicina BioPsicoSocial (2017) 11:14 Página 6 de 10

Tabela 3Análise univariada da manutenção da perda de peso no Tabela 4Análise de regressão logística múltipla com manutenção bem-
seguimento de 24 meses sucedida da perda de peso por 24 meses como variável dependente

Variável Bem-sucedido Mal sucedido Pvalor Variável independente OU (IC 95%) Pvalor corrigido
Pvalor
Número 27 59
ΔBW 0,84 (0,72–0,94) <0,01 0,016*
Características físicas
Pós CES-D 0,94 (0,87–1,01) 0,11 0,13
Anos de idade) 50,9 ± 10,9 46,6 ± 11,5 0,11
Pós BES 1,16 (0,97–1,39) 0,10 0,064
Pré IMC (kg/m2) Pré IMC 31,4 ± 4,9 31,1 ± 4,8 0,82
Pós-desinibição (TFEQ) 0,68 (0,48–0,94) 0,028 0,032*
≥40kg/m2(%) Pré IMC≥ 7.4 3.4 0,59
Pós-fome (TFEQ) 1,22 (0,84–1,79) 0,30 0,26
35kg/m2(%) Pré PV (kg) 14.8 18.6 0,77
Pontuação de sintomas pós YFAS 0,60 (0,34–1,04) 0,066 0,048
75,7 ± 11,8 77,1 ± 12,4 0,62
Pré: dados no início da fase de emagrecimento Pós:
ΔPC (kg) − 13,3 ± 5,7 − 9,2 ± 3,6 0,0001 dados no final da fase de emagrecimento
ΔBW: Peso corporal no final da intervenção para perda de peso menos peso corporal no
Status social (%)
início da intervenção para perda de peso
Escolaridade, >12 anos (%) 51,9 45,8 0,60 OURazão de probabilidade,CIIntervalo de confiança,BWPeso corporal,CES-DCentro de Estudos
Epidemiológicos-Escala de Depressão,BESEscala de compulsão alimentar,TFEQQuestionário de
Situação profissional, trabalhando 44.4 64,4 0,10 alimentação de três fatores,YFASEscala de Dependência Alimentar de Yale
*
(%) Estado civil, casado (%) 70,4 61,0 0,40 Significativo por corrigidoPvalor calculado usando o
procedimento de Benjamini-Hochberg
Comorbidades relacionadas à obesidade (%)

Diabetes mellitus tipo 2 22.2 30,5 0,42 A pontuação no final da intervenção para perda de peso também foi
associada à manutenção bem-sucedida da perda de peso no
Hipertensão 29.6 28.8 0,94
acompanhamento de 12 meses e fracamente associada à manutenção
Características psicológicas (pontuação)
bem-sucedida da perda de peso aos 24 meses.
Pré CES-D 9,7 ± 6,6 12,1 ± 6,8 0,12 Uma metanálise mostrou que pessoas que perderam > 20 kg
Pós CES-D 9,6 ± 7,7 14,1 ± 9,7 0,025 durante a intervenção para perda de peso mantiveram
Pré STAI-estado 39,9 ± 1,8 41,7 ± 1,2 0,43 significativamente mais perda de peso do que aquelas que perderam

Estado pós-IDATE 40,7 ± 2,1 42,5 ± 1,4 0,49 <10 kg [29]. Gow et ai. [30] também relataram que a perda de peso
precoce (3 meses) foi um forte preditor de perda de peso em 12 meses,
Pré STAI-traço 42,1 ± 9,9 45,1 ± 12,8 0,29
o que previu a perda de peso em um acompanhamento de 24 meses
Pós-IDATE-traço 42,9 ± 10,8 45,7 ± 11,6 0,29
de adolescentes com obesidade. Eles concluíram que isso pode ocorrer
Pré BES 13,3 ± 7,9 12,4 ± 5,9 0,55 porque a perda de peso precoce identifica pessoas mais motivadas e
Pós BES 5,7 ± 5,2 8,0 ± 5,6 0,076 engajadas. Da mesma forma, Vogels et al. [31] relataram que a
Pré-restrição alimentar (TFEQ) 7,6 ± 4,1 7,7 ± 3,8 0,91 recuperação do percentual de peso corporal após 2 anos de uma dieta

Pós-restrição alimentar (TFEQ) 16,0 ± 3,1 15,1 ± 3,2 0,23 de muito baixa caloria (VLDL) foi associada ao percentual de gordura
corporal perdida durante o VLDL. Eles explicaram que o resultado pode
Pré-desinibição (TFEQ) Pós- 9,6 ± 3,5 9,5 ± 3,9 0,96
ser porque quando as pessoas perdem uma grande quantidade de
desinibição (TFEQ) Pré-fome 5,7 ± 3,2 7,5 ± 3,5 0,024
gordura, o que pode ocorrer por meio de mudanças na forma do
(TFEQ) 6,4 ± 3,3 6,1 ± 2,8 0,68 corpo, eles seriam mais recompensados e dispostos a manter essa
Pós-fome (TFEQ) 2,9 ± 2,5 3,9 ± 2,8 0,095 quantidade menor de gordura. Eles também explicaram o resultado
Sintoma pré YFAS 2,0 ± 1,6 2,1 ± 1,4 0,81 por um efeito poupador de massa livre de gordura. Dulloo et al. [32]

Sintomas pós YFAS 1,8 ± 1,1 2,5 ± 1,6 0,022

descreveram esse efeito, no qual a composição corporal de uma
determinada pessoa muda continuamente em direção a uma
Os dados quantitativos são apresentados como média ± DP. Os dados qualitativos são
apresentados em porcentagem. Duas amostrast-teste e χ2-teste ou teste exato de Fisher foram composição corporal mais magra durante o período de fome.
usados. A intervenção foi considerada bem-sucedida se o sujeito perdeu pelo menos 10% de seu
Recentemente, a taxa inicial de perda de peso nos primeiros 2 meses
peso inicial durante a intervenção de perda de peso e manteve a perda em 24 meses de
acompanhamento. A intervenção foi malsucedida para indivíduos que não atenderam aos critérios previu a perda de peso aos 4 e 8 anos no Estudo Look AHEAD, que
acima no final dos 24 meses examinou o impacto a longo prazo de uma intervenção intensiva no
Pré: dados no início da intervenção para perda de peso Pós:
estilo de vida na morbidade e mortalidade cardiovascular em pessoas
dados no final da intervenção para perda de peso
ΔBW: Peso corporal no final da intervenção para perda de peso menos peso corporal no com sobrepeso ou obesas com diabetes tipo 2 [33]. Como estes, houve
início da intervenção para perda de peso
alguns relatos de que a perda de peso precoce contribui para a
IMCÍndice de massa corporal,BWPeso corporal,CES-DCentro de Estudos Epidemiológicos-Escala de
Depressão,STAIInventário de Ansiedade Traço-Estado,BESEscala de compulsão alimentar,TFEQ manutenção do peso a longo prazo, enquanto alguns estudos
Questionário de alimentação de três fatores,YFASEscala de Dependência Alimentar de Yale demonstraram que expectativas de peso pré-tratamento mais
rigorosas foram associadas ao abandono da intervenção para perda de
a intervenção para perda de peso e um baixo escore de desinibição no final peso ou pior resultado de peso [34]. Portanto, pode ser útil
da intervenção para perda de peso foram associados à manutenção bem-
sucedida da perda de peso. Um sintoma baixo de YFAS
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para fazer intervenção adicional para participantes que perdem
uma pequena quantidade de peso durante a intervenção para
perda de peso. No entanto, o terapeuta não deve enfatizar demais
no início da terapia de perda de peso que os participantes que
perdem mais peso podem ser capazes de manter com sucesso o
peso perdido porque isso pode levar a um pensamento de tudo ou
nada por parte dos participantes e pode aumentar o risco de atrito
da terapia. Deve-se sempre enfatizar que a manutenção a longo
prazo do peso perdido é muito mais importante para a saúde dos
participantes do que perder rapidamente uma grande quantidade
de peso.
Quando os pacientes reduzem uma grande quantidade de peso, o
efeito ioiô ou o ciclo de peso geralmente podem ser um problema
[35-37]. Foi demonstrado que o ciclo de peso aumenta a probabilidade
de ganho de peso futuro [35] e tem sido associado a um risco
aumentado de síndrome metabólica, doença cardíaca coronária,
mortalidade por todas as causas e redução da qualidade de vida [36].
No presente estudo, 10% dos indivíduos no grupo sem sucesso
perderam mais de 10% de seu peso corporal inicial durante a fase de
perda de peso e recuperaram peso para mais de 97% de seu peso
corporal inicial após 2 anos (dados não mostrados ). Esse padrão de
mudança de peso se assemelha ao efeito ioiô ou ciclagem de peso (se o
padrão for repetido) [35, 37]. Aqueles participantes que mostraram um
padrão de mudança de peso “ioiô” revelaram pontuações mais altas na
Escala de Compulsão Alimentar Periódica no final da fase de perda de
peso do que os participantes bem-sucedidos que não o fizeram (dados
não mostrados), consistente com um relatório anterior [38 ]. Em
conjunto, uma grande quantidade de perda de peso durante a
intervenção de perda de peso prediz a manutenção bem-sucedida da
perda de peso a longo prazo, no entanto, alguns participantes que
foram capazes de perder uma grande quantidade de peso, mas que
tinham uma tendência a compulsão alimentar no final intervenção de
perda pode estar em risco de ciclagem de peso.
O TFEQ é uma medida amplamente utilizada na pesquisa da
obesidade que tem sido frequentemente usada para prever o
resultado da perda de peso [39, 40]. Especificamente, a desinibição tem
sido de particular interesse para prever os resultados do tratamento.
Karlsson et ai. [40] descobriram que uma desinibição basal mais alta
previu a recuperação do peso em seu acompanhamento de 2 anos
após um tratamento de perda de peso comportamental. Da mesma
forma, Cuntz et al. [41] descobriram que a alimentação desinibida após
a conclusão de um programa de tratamento de perda de peso para
pacientes internados previu a recuperação do peso. No National Wight
Control Registry (NWCR), um registro de mantenedores de perda de
peso bem-sucedidos, a desinibição na entrada no NWCR também
mostrou prever a recuperação do peso 1 ano depois, e aqueles que
recuperaram o peso eram mais propensos a relatar aumento da
desinibição ao longo do ano [42]. No entanto, outros estudos falharam
em encontrar uma relação entre a desinibição e o resultado após a
perda de peso [40]. Niemeier e cols. [43] sugeriram que uma razão
para os resultados contraditórios podem ser as propriedades
psicométricas da própria escala de desinibição. Eles descobriram que a
construção da desinibição, medida pelo TFEQ, tem dois fatores:
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desinibição interna (isto é, comer em resposta a sugestões cognitivas e
emocionais) e desinibição externa (isto é, comer em resposta a sugestões
ambientais). Além disso, eles demonstraram em duas amostras de participantes
com obesidade que níveis mais baixos de desinibição interna foram associados a
menor recuperação de peso após a intervenção para perda de peso, mas que a
desinibição externa não foi preditiva de mudança de peso. Butryn et ai. [44]
também relataram que os participantes que experimentaram a maior diminuição
na desinibição interna durante seu programa de perda de peso baseado em
substituição de refeições de 3 meses tiveram mais sucesso em manter sua perda
de peso durante o período de manutenção de peso (do mês 4 ao 12). A mudança
na desinibição externa não foi um preditor significativo da manutenção do peso.
Embora não tenhamos avaliado a desinibição interna ou externa, o escore de
desinibição no final da intervenção previu a manutenção bem-sucedida da perda
de peso, e os escores no início da intervenção não previram a mudança de peso.
Em nosso grupo CBT, os participantes receberam instrução em reenquadramento
cognitivo, técnicas de resolução de problemas e treinamento de assertividade e
foram treinados para aplicar essas técnicas em sua vida real [13]. Os escores
médios de desinibição de nossos participantes melhoraram significativamente
após a intervenção para perda de peso ( técnicas de resolução de problemas e
treinamento de assertividade e foram treinados para aplicar essas técnicas à sua
vida real [13]. Os escores médios de desinibição de nossos participantes
melhoraram significativamente após a intervenção para perda de peso ( técnicas
de resolução de problemas e treinamento de assertividade e foram treinados para
aplicar essas técnicas à sua vida real [13]. Os escores médios de desinibição de
nossos participantes melhoraram significativamente após a intervenção para
perda de peso (p <0,0001, dados não mostrados). Se a suscetibilidade à desinibição
interna estiver causalmente relacionada à recuperação do peso, os resultados do
tratamento da obesidade a longo prazo podem ser melhorados gastando mais
tempo de intervenção ensinando estratégias para reduzir a ingestão de alimentos
em resposta a sugestões internas [42]. Além disso, para os participantes cujas
pontuações de desinibição ainda são altas no final da intervenção para perda de
peso, deve-se considerar uma intervenção prolongada com foco na melhoria da
desinibição interna.
O vício em comida, que foi avaliado usando o YFAS,
foi relatado como associado a depressão, afeto
negativo, desregulação emocional, psicopatologia
de transtorno alimentar, transtorno de déficit de
atenção/hiperatividade e baixa autoestima [7, 45].
Poucos estudos avaliaram a relação entre
dependência alimentar e o resultado da intervenção
para perda de peso. Quaresma et al. [46]
examinaram a relação entre a dependência
alimentar avaliada pelo YFAS e os resultados de peso
e desgaste de adultos com sobrepeso e obesidade
que participaram da intervenção para perda de
peso. Eles relataram que nem um diagnóstico de
dependência alimentar nem o escore de sintomas
YFAS afetaram a perda de peso ou desgaste durante
o tratamento de perda de peso de 6 meses,
Da mesma forma, no presente estudo, o escore de sintomas
YFAS antes da intervenção para perda de peso não foi
associado à perda de peso durante a intervenção ou
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com atrito. Em nosso programa de intervenção, educação
sobre os efeitos nocivos do açúcar e alimentos gordurosos,
regulação de estímulos e controle do estresse foram incluídos
no programa de perda e manutenção de peso, e isso poderia
ter melhorado a dependência alimentar de nossos
participantes. Estudos de neuroimagem, que foram
recentemente usados para esclarecer a relação entre a
reatividade neural e os comportamentos do tipo viciante,
descobriram que uma maior reatividade a estímulos
alimentares nas regiões associadas à recompensa e à
motivação previu maior ganho de peso futuro [47] ou um pior
resultado em um programa de perda de peso [48]. Embora
não tenhamos feito ressonância magnética funcional (fMRI),
seus resultados apóiam nossas descobertas: os participantes
cujos sistemas de recompensa aos alimentos são altamente
ativados no final da intervenção para perda de peso correm o
risco de recuperar o peso posteriormente. Tomados em
conjunto, os dados anteriores indicam que a dependência
alimentar pode exercer um impacto na perda e manutenção
do peso a longo prazo, embora tenha menos efeito na perda
de peso a curto prazo. Assim, é importante avaliar a
dependência alimentar no final da intervenção para perda de
peso, e uma intervenção adicional deve ser considerada para
participantes com pontuação alta no YFAS.
Deve-se notar que o presente estudo tem várias limitações.
Primeiro, nosso tamanho de amostra é relativamente pequeno.
Em segundo lugar, todos os participantes eram mulheres e não
podemos generalizar nossos resultados para homens com
obesidade. Em terceiro lugar, a versão japonesa do BES e do YFAS
que usamos ainda não são padronizadas porque sua validade não
foi testada, embora tenham confiabilidade adequada. Apesar
dessas deficiências, as taxas de acompanhamento relativamente
altas e os períodos de acompanhamento de longo prazo são
pontos fortes de nosso estudo. Eles nos permitem mostrar de
forma concreta e precisa como nossos participantes mantiveram
ou recuperaram o peso após a intervenção. Além disso, até onde
sabemos, o presente estudo é o primeiro a avaliar o valor
prognóstico do YFAS para a manutenção bem-sucedida da perda
de peso após uma intervenção de perda de peso. Finalmente,
avaliamos as variáveis antes e depois da intervenção para perda
de peso e mostramos que as variáveis pós-tratamento são úteis
para prever o resultado do peso a longo prazo. Embora nenhum
dos fatores pré-tratamento tenha sido preditivo de mudança de
peso após a intervenção para perda de peso, obtivemos dicas
importantes sobre a importância de tratar os participantes para
desinibição e dependência alimentar. No presente estudo, 31,4%
dos indivíduos tiveram sucesso no seguimento de 24 meses,
mostrando um resultado melhor do que outros estudos: Cooper et
al. relataram que 8,2% de seus indivíduos que receberam 44
semanas de TCC mantiveram mais de 10% de perda de peso por 2
anos após a intervenção [2]. Em um estudo de Vogels et al., no
qual eles adotaram a mesma definição de manutenção de peso
bem-sucedida usada em nosso
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estudo, 12,6% dos indivíduos tiveram sucesso 2 anos após 6
semanas em uma dieta de muito baixa caloria (VLDL) [29]. No
entanto, no futuro, precisaremos modificar e melhorar nosso
programa de TCC para focar nos fatores que foram considerados
associados à manutenção bem-sucedida da perda de peso a longo
prazo no presente estudo, o que levará a resultados ainda
melhores para nossos pacientes. . Quando sinais de desinibição ou
dependência de certos tipos de alimentos (por exemplo, alto teor
de gordura e açúcar) ocorrem durante a intervenção para perda
de peso, deve-se considerar como lidar com eles no início do
programa. Além disso, suporte adicional ou opções alternativas
após a intervenção para perda de peso podem ser considerados
para as pessoas com risco de ganho de peso.
Conclusão
Uma maior redução de peso durante a fase de perda de peso e
uma menor pontuação de desinibição ou dependência alimentar
no final da fase de perda de peso previram a manutenção bem-
sucedida da perda de peso. Os participantes que perdem menos
peso durante a fase de perda de peso e que têm tendência à
desinibição ou dependência alimentar são vulneráveis a
recuperar o peso após a intervenção. A intervenção precoce deve
ser feita quando esses sinais são vistos, e a intervenção mais
intensiva ou prolongada e o acompanhamento frequente devem
ser considerados para esses pacientes após a fase de perda de
peso.
Abreviaturas
CAMA:Transtorno de compulsão alimentar; TCC: Tratamento cognitivo-comportamental;
DES-D: Centro de Estudos Epidemiológicos-Escala de Depressão; IMC: Índice de Massa
Corporal; DPP: Programa de Prevenção do Diabetes; DSM: Manual Diagnóstico e
Estatístico de Transtornos Mentais; fMRI: ressonância magnética funcional;
TÍTULO: Ação para a Saúde na Diabetes; n CPAP: pressão positiva contínua nasal nas vias aéreas;
NIH: Institutos Nacionais de Saúde; NWCR: Registro Nacional de Controle de Wight; AOS: Apneia
obstrutiva do sono; IDATE: Inventário de Ansiedade Traço-Estado; TFEQ: Questionário Alimentar
de Três Fatores; VLDL: Dieta muito baixa em calorias; YFAS: Escala de Dependência Alimentar de
Yale
Reconhecimento
Os autores agradecem a Junko Sakaguchi e Akemi Kugimaru, nutricionistas
registrados nacionalmente, pela orientação nutricional. Agradecemos também a
Junji Kishimoto, Ph.D., por sua contribuição para a análise estatística, Ashley N
Gearhardt pela permissão para usar o YFAS, Toshiko Adachi pela permissão para
usar a versão japonesa do TFEQ e Ayako Tomihisa & Miyuki Ito por seus auxílio na
coleta e registro de dados nos cadastros.
Financiamento
Este estudo foi financiado por uma Bolsa de Pesquisa (23-3) para Distúrbios
Nervosos e Mentais do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do Japão, uma
Bolsa de Ajuda para Pesquisa Científica (25460902) da Sociedade Japonesa para a
Promoção da Ciência , financiamento para um projeto de desenvolvimento de base
de pesquisa clínica (GAQQ250001) do Ministério da Saúde, Trabalho e Bem-Estar do
Japão e um subsídio para pesquisa científica geral do Ministério da Educação,
Cultura, Esportes, Ciência e Tecnologia no Japão (N.Sudo: No.16 K15413,
No.16H05278, No.16H06404).
Disponibilidade de dados e materiais
Os conjuntos de dados que suportam as conclusões deste artigo estão incluídos no
artigo.
Contribuições dos autores
RS participou da concepção, coleta de dados, análise estatística e redação do
manuscrito. TN participou de seu projeto, coleta de dados, análise estatística
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análise e ajudou a redigir o manuscrito. TM, TF & TH auxiliaram na intervenção de
perda e manutenção de peso. KG ajudou a redigir o manuscrito. NS concebeu o
estudo, participou de sua concepção e coordenação e ajudou a redigir o
manuscrito. Todos os autores leram e aprovaram o manuscrito final.
Interesses competitivos
Os autores declaram que não têm interesses concorrentes.
Consentimento para publicação
Todos os pacientes participantes assinaram um termo de consentimento.
Aprovação ética e consentimento para participar
O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Faculdade de Ciências
Médicas da Universidade de Kyushu.
Nota do editor
A Springer Nature permanece neutra em relação a reivindicações jurisdicionais
em mapas publicados e afiliações institucionais.
Detalhes do autor
1Departamento de Medicina Psicossomática, Escola de Pós-Graduação em Ciências
Médicas, Universidade de Kyushu, 3-1-1 Maidashi, Higashi-ku, Fukuoka 812-8582, Japão.2
Escola de Ciências da Saúde, Fukuoka, Universidade Internacional de Saúde e Bem-Estar,
Okawa, Japão.
Recebido: 23 de dezembro de 2016 Aceito: 9 de maio de 2017
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