Reganho de pós após bariátrica (artigo: Behavioral Predictors of Weight Regain
after Bariatric Surgery)
Obesidade é doença endócrina (CID-E66) Problema de saúde pública devido sua alta correlação com outras doenças graves (diabetes, hipertensão, doença hepática, câncer) e com menos qualidade de vida. Obesidade diminui a expectativa de vida das pessoas, pessoas obesas vivem em torno de 10 a 15 anos a menos que pessoas não obesas 6,8% das mortes no mundo são atribuídas a obesidade. A obesidade é a segunda maior causa de morte evitável do mundo (só perder para o tabagismo). Para 2025 estimasse que mais de 700 milhões de pessoas no mundo estarão acima do peso. Nos últimos 13 anos a obesidade aumentou 73% (2006-2019). Segundo a NHC (serviço de saúde da Inglaterra) - que é referência no tratamento de obesidade mundial: o tratamento para obesidade deve ser multidisciplinar e incluir o Avaliação não cirúrgica o Tratamento médico, nutricional, educador físico e psicólogo o Mudança no estilo de vida (dieta, atv física e intervenções comportamentais) o Acesso a tratamentos dietéticos e medicamentosos o A cirurgia para redução de peso (bariátrica) deve ser considerada para obesos graves quando há evidencias que o paciente se engajou em um programa especializado e estruturado de perda de peso e que todas as medidas não invasivas foram tentadas por um período considerável de tempo – ou seja, a cirurgia deve ser a última opção. Porém é comum muitas pessoas recorrerem a bariátrica antes de buscar esses outros tratamentos, isso é um problema por que a bariátrica não é a solução, e sim um tratamento já que após a cirurgia ele precisa fazer toda adequação de vida que os tratamentos convencionais requerem o O paciente precisa receber a psicoeducação necessária sobre a cirurgia, sobre as mudanças necessárias para a cirurgia (NISSE CG189). Inclusive saber que as vezes a ingestão nutricional não e suficiente e ele precisará suplementar para fazer algumas reposições Tipos de cirugia: o Banda gástrica ajustável (é a menos invasiva, feita por laparastocopia - medida apenas restritiva) – coloca um anel em volta da paetê superior do estomago criando uma pequena bolsa o que faz o alimento cair na parte de baixo mais devagar, isso gera uma saciedade precoce e a pessoa come menos. Medida reversível, é ajustável (pode apertar ou folgar). o Naypess gástrico em y de ho: (é padrão ouro, é que geralmente se faz) – é restritiva e desarbsossiva ao mesmo tempo. O médico faz grampos em uma pequena parte do estomago e separa essa pequena parte, que será usada, e faz uma ligação em forma de y para uma alça do intestino delgado para que a comida contorne a parte do estomago antigo e masse direto para o intestino. A pessoa come uma pequena quantidade e não vai absorver tudo. Porém trás algumas implicações para a saúde – o paciente não consegue ingerir por via oral todos os nutrientes que ele precisa, além de comer pouco ainda tem a desarbsoção). No primeiro ano ( +- 1 ano e meio) tem um emagrecimento grande, porém quando passa esse período o intestino novo cria novas vilosidades e passa a absorver mais. É quando começam a ocorrer os problemas. É nesse período da “lua de mel” que deve se aproveitar para mudar o comportamento e consegue alimentar. Depois de 5 anos de cirurgia menos de 70% dos pacientes conseguem manter o peso, ou seja apenas 30% consegue manter o esperado (manter o peso perdido ou amentar apenas de 5 a 10 kg nesses 5 anos). 50% dos pacientes recuperam até todo o peso perdido na cirurgia. o Duodenal site (quase não se faz mais por ser muito complexa e demorada) o Balão intragastrico – Não é cirurgia, é um procedimento feito por endoscopia, coloca um balão com azudimetileno (se o balão estourar faz xixi azul pra saber). O balão fica ocupando o espaço do estomago e da a sensação de saciedade. Costuma se usado em pacientes super obesos (IMC acima de 45) em um período de 6 meses(?), nesse tempo de se aproveitar para fazer as mudanças necessárias no estilo de vida e comportamento alimentar. É indicada para pacientes com IMC acima de 40 ou acima de 35 com ao menos uma comorbidade (ex. diabetes, hipertensão). É importante que não seja indicada como 1ª escolha. Ela é apenas um componente do tratamento multimodal que o paciente precisará fazer ao longo da vida. A cirurgia não cura a obesidade, mudanças no estilo de vida são nutricionais. O paciente precisa seguir um planejamento alimentar, ter um estilo de vida saudável, gerenciar o estresse, melhorar o sono, fazer um controle ambiental Características comportamentais de pacientes obesos: dificuldades no controle dos impulsos (dificulta o controle do impulso alimentar), comportamentos aditivos principalmente uso de álcool), falta de automonitoramento, menos acompanhamento médico pós operatório. Paciente bariátricos tem maior risco de alcoolismo, devido a redução no estomago e a absorção mais rápido (prazer na bebida, bebe menos e fica mais “alegre”). – Recomenda-se não usar álcool no pós operatório A participação em programa de acompanhamento é fundamental para um menor reganho de peso. O automonitoramento é fundamental, pois aumenta a autoconsciência do paciente