Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURSO DE PSICOLOGIA
GRANJA
2022
Resumo:
O presente relatório tem por objetivo realizar uma discussão baseada no tema: TOC –
Transtorno Obsessivo Compulsivo: Definição, qualidade de vida no transtorno obsessivo
compulsivo e as contribuições da psicologia nesta discussão. O seguinte texto é baseado em
artigos e textos relevantes que trataram do assunto citado. A dissertação deste relatório tem
como objetivo o esclarecimento do assunto abordado e a obtenção da nota parcial da disciplina
de Psicopatologia Infantil do curso de Psicologia do Centro Universitário INTA – UNINTA. O
transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) foi considerado pela Organização Mundial da Saúde
como a décima causa de anos e anos vividos com considerável incapacidade pelos sujeitos
acometidos por tal transtorno, no entanto, as pesquisas e estudos voltados ao que diz respeito a
qualidade de vida dos sujeito dentro desse transtorno ainda são consideradas, de forma relativa,
raras.
Muitos médicos ainda não foram capazes de compreender de forma completa o fator
que se faz principal e que se faz presente por trás do transtorno obsessivo-compulsivo, porém,
as consideradas principais teorias que tentam compreender as causas do TOC nos direcionam a
três fatores: a biologia, a genética e o meio ambiente. Por outro lado, alguns pesquisadores
chegam a acreditar que o TOC é resultante de alterações que ocorrem no corpo ou no cérebro
do sujeito, já outros estudos nos direcionam para uma predisposição genética.
O transtorno não tem cura, no entanto, os tratamentos que são disponíveis para o
transtorno podem ser de considerável ajuda para o controle de sintomas e evitar que os mesmos
cheguem a interferir ainda mais na qualidade de vida do paciente, normalmente o tratamento
se faz necessário durante toda a vida da pessoa, seja por medicação ou abordagens como
psicoterapia, no entanto, o tratamento se apresenta muito mais eficaz quando medicalização e
terapia se fazem em conjunto.
Quando falamos nas questões voltadas para saúde mental, existem incontáveis desafios
a serem considerados, pois as próprias transformações causadas pelas psicopatologias podem
dificultar e até mesmo distorcer quando se trata de avaliarmos de forma subjetiva os diferentes
aspectos de qualidade de vida dos sujeitos acometidos ou não por elas, apesar das dificuldades
que se apresentam, o campo de estudos de qualidade de vida em saúde mental apresenta uma
crescente valorização, pois esses estudos nos trazem uma visão muito mais ampla dos
transtornos e dos impactos causados na vida de quem os porta. (Katschnig, 2006).
Diversos estudos nos apresentam e mostram que a qualidade de vida dos sujeitos
portadores no transtorno obsessivo compulsivo é considerada bem pior em diversos fatores
quando comparamos, aos resultados obtidos em pesquisas com populações gerais.
Segundo estudo de Eisen et al. (2006), 34% dos 197 adultos com transtorno obsessivo
compulsivo eram considerados incapazes de trabalhar fora, 5% eram considerados incapazes
de exercer qualquer atividade doméstica e 14% estavam recebendo auxílio-doença. Os
resultados que diferenciaram os pacientes portadores do transtorno dos sujeitos de comparação
da população geral foram observados no que diz respeito as dimensões de saúde mental e
limitação de papéis no que se tratava de problemas emocionais e vitalidade.
Bobes, J.; González, M.P.; Bascarán, M.T.; Arango, C.; Saiz, P.A.; Bousono, M.l. - Quality of
life and disability in patients with obsessive-compulsive disorder. Eur Psychiatry 16: 239-245,
2001. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rpc/a/QTWCBC36F8G5GWrT9WW9c9R/?lang=pt#>.
deMathis, M.A.; Diniz, J.B.; Rosário, M.C.; Torres, A.R.; Hoexter, M.; Hasler, G., et al. - What
is the optimal way to subdivide obsessive-compulsive disorder? CNS Spectr 11(10): 762-779,
2006. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rpc/a/QTWCBC36F8G5GWrT9WW9c9R/?lang=pt#>
Eisen, J.L.; Mancebo, M.A.; Pinto,A.; Coles, M.E.; Pagano, M.E.; Stout. R., et al. - Impact of
obsessive-compulsive disorder on quality of life. Compr Psychiatry 47: 270-275, 2006.
Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rpc/a/QTWCBC36F8G5GWrT9WW9c9R/?lang=pt#>.
Katschnig, H. - Quality of life in mental disorders: challenges for research and clinical practice.
World Psychiatry 5(3): 139-145, 2006. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rpc/a/QTWCBC36F8G5GWrT9WW9c9R/?lang=pt#>.
Rapaport, M.H.; Clary, C.; Fayyad, R.; Endicott, J. - Quality-of-life impairment in depressive
and anxiety disorders. Am J Psychiatry 162: 1171-1178, 2005. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rpc/a/QTWCBC36F8G5GWrT9WW9c9R/?lang=pt#>.
Stengler-Wenzke, K.; Kroll, M.; Matschinger, H.; Argermeyer, M.C. - Subjective quality of life
of patients with obsessive-compulsive disorder. Soc Psychiatry Psychiatr Epidemiol 1-7, 2006.
Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rpc/a/QTWCBC36F8G5GWrT9WW9c9R/?lang=pt#>.
Sabino, Aline. (2002) O que é Transtorno obsessivo-compulsivo?. Minha Vida – Saúde: TOC
(Transtorno Obsessivo-Compulsivo): o que é e sintomas. Publicado em 5 de Dezembro de 2014
e revisado em 27 de Outubro de 2022. Disponível em:
<https://www.minhavida.com.br/saude/temas/transtorno-obsessivo-compulsivo>.
Torres, A.R.; Smaira, S.I. - Quadro clínico do transtorno obsessivo-compulsivo. Rev Bras
Psiquiatria 23(supl II): 6-9, 2001. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rpc/a/QTWCBC36F8G5GWrT9WW9c9R/?lang=pt#>.
Weissman, M.M.; Bland, R.C.; Canino, G.J.; Greenwald, S.; Hwu, H.; Lee, C.K., et al. - The
cross national epidemiology of obsessive compulsive disorder. J Clin Psychiatry 55(supl 3): 5-
10, 1994. Disponível em:
<https://www.scielo.br/j/rpc/a/QTWCBC36F8G5GWrT9WW9c9R/?lang=pt#>.