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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTA – UNINTA

CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA: ANÁLISE INSTITUCIONAL

RESENHA CRÍTICA

Ana Beatriz Guimarães


Domenico Trévia de Oliveira Coutinho
Fernanda Siqueira de Paula
Francisca Lara Martins Peres
Francisco de Sousa Cordeiro
Germana Carvalho Lino

1. REFERÊNCIAS
Escavador - Félix Miguel Nascimento Guazina. Informações coletadas do Lattes em
30/04/2022. Disponível em: <https://www.escavador.com/sobre/5686336/felix-miguel-
nascimento-guazina>. Acesso em: 28 nov. 2022.
Escavador - Jusiene Denise Lauermann. Informações coletadas do Lattes em 02/05/2022.
Disponível em: <https://www.escavador.com/sobre/5686305/jusiene-denise-lauermann>.
Acesso em: 28 nov. 2022.
LAUERMANN, Jusiene Denise; GUAZINA, Félix Miguel Nascimento. Para além dos muros
institucionais: problematizando os discursos dos egressos do sistema prisional. Barbaroi, Santa
Cruz do Sul, n. 38, p. 178-197, jun. 2013. Disponível em
http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-
65782013000100010&lng=pt&nrm=iso . Acesso em: 28 nov. 2022.
MENDONÇA FILHO, M. Fragmentos para uma história do confinamento do presente no
Brasil. Jornal do Conselho Regional de Psicologia do Rio de Janeiro – CRP/RJ, 2005.
Disponível em: <http://www.crprj.org.br/publicacoes/jornal/jornal08-sistema-prisional.pdf> .
Acesso em: 28 nov. 2022.
2. CREDENCIAIS DOS AUTORES – TEÓRICO
O artigo conta com a escrita de 2 autores, Jusiene Denise Lauermann e Félix Miguel
Nascimento Guazina. Jusiene possui Mestrado em Psicologia pela Universidade Federal de
Santa Maria, Especialização em Família na Contemporaneidade pela Universidade Franciscana,
Graduação em Licenciatura em Sociologia pela Universidade Federal de Santa Maria,
Graduação em Psicologia pela Universidade Franciscana e Graduação em Ciências Sociais pela
Universidade Federal de Santa Maria, de 2012 a 2015 foi Membro do Grupo de Pesquisa Saúde,
Minorias Sociais e Comunicação (SMIC) registrado no Diretório de Grupos de Pesquisa do
CNPq e certificado pela UFSM e durante todo o ano de 2008 foi Membro do Grupo de Estudos
e Pesquisas em Cultura, Gênero e Saúde (GEPACS) registrado no Diretório de Grupos de
Pesquisa do CNPq e certificado pela UFSM. A mesma, também foi orientada em suas pesquisas
por Félix Miguel Nascimento. Félix possui doutorado em Psicologia pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Mestrado em Psicologia pela Pontifícia
Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Especialização em Psicologia Clínica: saúde
comunitária pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul e Graduação em Psicologia pelo
Centro Universitário Franciscano, foi discente em diversas Universidades, incluindo as que
possui formações, no ano de 2003 Desenvolveu o Projeto de Pesquisa: O Lúdico a Serviço da
Promoção de Saúde Mental no Hospital, sob a Orientação da Professora do Curso de Psicologia
Eliani Venturini Viero e em 2012 foi Professor do Curso I - Aperfeiçoamento em Crack e Outras
Drogas. Público-alvo: Profissionais da Atenção Básica e Estratégia da Saúde da Família
Promovido pelo Centro Regional de Referência e Enfrentamento ao Crack e Outras Drogas.
Carga Horário - 120h Disciplinas Ministradas Política Nacional de Saúde Mental Rede de
Atenção em Saúde Mental Complicações da intoxicação e abstinência ao crack, ao álcool e
cocaína. Condutas gerais e tratamento medicamentoso de intoxicação pelo uso abusivo e
abstinência ao álcool e outras drogas. Critérios clínicos para internação de usuário de crack e
outras drogas, entre outros.

3. RESUMO
No artigo redigido, os autores buscam de forma clara e objetiva compreender da melhor
maneira os discursos feitos pelos sujeito que são egressos do sistema prisional, sobre as suas
condições enquanto ex-presidiários e relacionando com os processos institucionais que acabam
por envolver a subjetividade desses sujeitos, assim como as vivências e experiências que
envolvem a saída dos mesmos do sistema prisional, a “reconstrução” de sua identidade e como
o recém liberto vai voltar a interagir e viver em meio social.
Na sociedade brasileira, a violência e a segurança pública constituem-se em campos
complexos e constantemente problematizados. O sistema prisional, encarregado da função
punitiva do Estado e, modernamente, da função reintegradora, tem se alinhado a uma lógica
produtivista de máximo aproveitamento das forças sociais (MENDONÇA FILHO, 2005).
Desenvolver um trabalho que tem seu total foco voltado aos sujeitos que, em algum
momento de suas vidas, foram mantidos encarcerados, passa pelo entendimento e
esclarecimento de uma série de ideias sobre tudo que envolve os âmbitos institucionais
prisionais, assim como todos os processos que os envolvem e as suas técnicas punitivas, de
correção, controle e de inspeção.
Por fim, compreender os inúmeros discursos subjetivos dos egressos do sistema
prisional e ouvir tudo o que envolve as suas condições subjetivas envolve uma série de fatores
e requer dos autores e de nós, estudantes, um amplo entendimento sobre a instituição prisão,
aliás, foi neste âmbito institucional que os sujeito referidos se mantiveram inseridos por todo
um período determinado e onde se deu parte de todo o seu processo subjetivo, foi nela que esses
sujeitos ficaram inseridos por um determinado período e onde se deu todo o seu processo
subjetivo.

4. APRECIAÇÃO CRÍTICA DO RESENHISTA


Os autores através do trabalho realizado, nos transmitem a realidade a respeito da vida
dos sujeitos na condição de ex-encarcerados, a visão dos mesmos sobre o sistema prisional e a
ressocialização, ainda na construção do trabalho, conseguimos perceber muitos fatores que
alteram, modificam a subjetividade das pessoas que passaram por experiências nada agradáveis
dentro das instituições prisionais, onde eles reforçam a ideia de que para entendermos pelo o
que passaram os devidos sujeitos, precisamos primeiramente entender do que se trata o sistema
prisional, entender sua função, a qual eles a qualificam como punitiva e reintegradora, para
além dessas funções é exemplificado no texto a noção das formas de subjetivar, onde pode se
incluir não somente o sujeito encarcerado mas a sociedade na sua forma de abordar esse sujeito,
o que vai ter grande influência após sua saída da instituição prisional.
A pesquisa é de grande importância, principalmente para entendermos que a “prisão”
não ressocializa, diferente do que ela propõe, o que acontece é o distanciamento desse sujeito
quando ele sai desses muros institucionais e volta para sua rotina, que muitas das vezes não é
mais a mesma, os vínculos podem estar quebrados, prejudicados por erros cometido por eles, e
que geram uma indiferença na sociedade, mesmo ele já tendo pago pelo crime cometido. Essa
indiferença, desconfiança, esse desacreditar no sujeito por parte da sociedade entre outros
sentimentos é o que segundo os autores podem interferir na sua vida social fora dos muros da
instituição, o que pode dificultar o seu desenvolvimento pessoal, profissional e social. Pelos
relatos feitos pelos entrevistados da pesquisa conseguimos analisar de forma verídica que o
sistema prisional não está preocupado com a transformação do indivíduo, principalmente pela
maneira como eles são tratados dentro das “prisões” e muito menos de que forma eles retornarão
para a sociedade. Outro fator que é relatado na pesquisa é sobre a atuação do psicólogo em meio
a essa vivência dessas pessoas enquanto encarceradas, dado o âmbito de atuação, não será
possível uma qualidade efetiva de uma atuação terapêutica para ajudar o sujeito, tendo em vista
que a atuação do psicólogo terá mais valor jurídico do que terapêutico.
Infelizmente a vida de muitos ex-presidiários será sempre regida desse estigma que é
algo naturalizado da sociedade, onde afetará constantemente a vida dessas pessoas até que a
visão da sociedade mude e os que vivenciam ainda esse momento dentro dos muros
institucionais serão afetados por essa precariedade que é o sistema prisional, que não
ressocializa, mas, traumatiza.

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