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SOROCABA
2014/2
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Sorocaba
2014/2
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Sumário
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4
2. REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................................6
3. JUSTIFICATIVA..................................................................................................................9
4. OBJETIVOS........................................................................................................................11
5. METODOLOGIA...............................................................................................................13
6. CRONOGRAMA................................................................................................................14
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................16
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1. INTRODUÇÃO
Este projeto de pesquisa tem como finalidade estudar os desafios encontrados pelos
egressos do sistema prisional frente à sociedade com base em pesquisas bibliográficas feitas
por nós.
Primeiramente analisamos o modo que o sistema penitenciário trabalha e como isso foi
moldado ao longo do tempo para podermos dar início ao trabalho.
O trabalho trata do que seriam a reintegração dos egressos, seus aspectos positivos e
negativos, mostrando a situação dos presídios. Também vamos discutir a importância da
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reintegração para os detentos e que a sociedade devem ser revistas como uma maneira de
ajudar na recuperação de todo um sistema.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Adorno e Bordini apontam o problema da fidedignidade dos dados como uma das
principais dificuldades no tratamento científico do tema. Vão além, ironizando a carência de
estudos sobre o assunto num país onde a problemática encontra-se freqüentemente inserida
nos pronunciamentos das autoridades incumbidas de realizar o controle e a vigilância e,
encontra-se não menos alastrada de forma alarmante pela imprensa.
No que tange ao perfil social dos reincidentes, é necessário destacar a assertiva de que
existem estigmas que atingem intensamente a condição social dos indivíduos que cruzam as
instituições, as quais compõem o sistema de justiça criminal. Assim, são deixados de lado os
traços sociais que ocasionam as diferenciações, para atentar-se a categorizações que
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Tendo em vista o enfoque crítico da presente pesquisa, nossa base teórica reside
fundamentalmente nas obras de dois autores da sociologia: o criminólogo crítico marxista
Alessandro Baratta, nascido na Itália, e o filósofo e historiador francês Michel Foucault.
direcionada a determinados grupos de indivíduos que, por inúmeras razões, cometem delitos e
a estigmatização exercida pelos efeitos da prisão, que, por sua vez, vem a ser um dos
principais fatores que impelem tais indivíduos a reincidir em práticas delituosas.
3. JUSTIFICATIVA
Após um longo tempo enfrentado dentro de uma penitenciária, isolado e sem contato
algum com a sociedade as dificuldades encontradas pelos egressos após sua saída é inevitável.
O que deveria ser uma nova oportunidade de crescer e levar uma vida digna são na
verdade uma experiência frustrante. A sociedade com seu preconceito e sua ignorância
acabam com todas as oportunidades de mudança que eles possam ter. Mesmo tendo cumprido
com a pena de forma justa o fato de ser um ex-detento o leva a um julgamento social que
muitas vezes chega a ser muito cruel.
Ao sair do presídio eles enfrentam certa instabilidade tanto da parte financeira quanto
da física, emocional e psicológica.
Já as suas condições físicas naturalmente estão debilitadas por conta das atividades
rotineiras vividas por anos, sem qualquer esforço diferenciado.
Quanto ao emocional e o psicológico são uma das coisas mais afetadas durante todo
esse tempo decorrente. A vontade de mudar de vida muitas vezes é grande, mas por conta da
falta de estrutura psicológica, e com o emocional abalado a dificuldade de se introduzir na
sociedade fica ainda maior.
de repreensão pode causar a baixa da auto-estima. Como ele pode convencer a todos que está
bem se a insegurança e o medo de não ser aceito o acompanha.
Uma das maiores revoltas que o egresso pode passar, se trata de todas as vezes em que
ele sofre uma injustiça ou preconceito por conta do que ocorreu em seu passado, como se
nada que ele faça, vá o ajudar a mudar a visão que a sociedade tem em relação a ele.
Sem possuir condições de cuidar e sustentar sua casa e sua família, sem oportunidade
de trabalho, e muitas vezes sem amigos (pois quem irá querer ser amigo de alguém que não é
confiável), a única saída encontrada é voltar ao crime, aonde o dinheiro vem fácil e as pessoas
se aproximam sem qualquer receio. Nessa situação que ele volta a se sentir de novo dentro da
sociedade, pois se encontra em um grupo (não o mais digno), mas o único que o acolheu sem
qualquer repugnância.
Mas o governo muitas vezes deixa desamparadas essas pessoas vivendo dentro de uma
sociedade, onde uma segunda chance é só introduzida na teoria, em quanto na prática se deixa
a desejar. Os direitos iguais perante todos, é totalmente descartável quando a relação é o
egresso, como se ele, por conta de um erro cometido, em que já foi cumprida a pena não
tivesse direito algum perante a sociedade em que ele pertence.
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4. OBJETIVOS
Muitas vezes é assim que os ex-presidiários voltam a cometer delitos. Com o padrão
de vida baixo, sem oportunidade de emprego por conta da discriminação (quase todos os
estabelecimentos pedem antecedentes criminais) e após a apresentação de tal, a oportunidade
se fecha, e a única saída que eles encontram é à volta para a criminalidade.
Depois que o sujeito passa um tempo na prisão, ele se sente como se estivesse
excluído. Ele vai querer fazer o possível para voltar à sua vida normal, tentando apagar os
dias terríveis de encarceramento. Na verdade, cada sujeito age de um jeito sobre a sua
condição, alguns chegam a sofrer distúrbios emocionais ou mentais severos.
Exclusão social e desigualdades são dois fatores que manifestam dentro das grades e
fora. Os sentenciados que já estão cumprindo pena, na maioria das vezes, são seres humanos
pertencentes á grupos de exclusão social, (seja por pobreza, raça ou vícios) antes mesmo de
estarem dentro do sistema prisional, ou seja, há uma exclusão social antes das grades, o que
acaba intensificando ainda mais depois que ganharem liberdade.
Outro fator que está presente na vida dos egressos (pessoas que já ganharam liberdade)
é o preconceito por conta dos policiais, quando o egresso não praticou nenhum delito em
liberdade, mas os policiais acabam confundindo-se, ou até mesmo forjando a ocorrência de
um delito só para prenderem injustamente o egresso.
De acordo com uma entrevista feita com o psicólogo de um presídio, ele falou a
respeito de como a sociedade pode ajudar o egresso: "a sociedade pode ajudar possibilitando
caminhos viáveis de reorganização pessoal para o egresso, como por exemplo, viabilizar nos
campos de educação, trabalho e convívio não preconceituoso dessas pessoas que por suas
historias tornaram-se mal vistas pela sociedade, isso se torna um desafio para o sujeito que
realmente queira se reintegrar de forma satisfatória, ou seja, o aumento de possibilidades
integrativas na sociedade poderá trazer bons resultados em muitos casos. Hoje foram criados
alguns programas como o pró-egresso que possibilita o sentenciado quando em situação de
egresso, trabalhar em empresas cadastradas pelo governo".
5. METODOLOGIA
A nossa pesquisa será feita com indivíduos que já receberam o tratamento prisional, e
agora vivem em sociedade. Procuraremos identificar os diversos desafios e preconceitos que
egresso do sistema penitenciário encontra em liberdade com a sociedade.
6. CRONOGRAMA
2014
Etapas maio jun jul ago set out nov Dez
Projetos de pesquisa
Coleta de dados
Análise e interpretação
dos dados coletados
Elaboração de sumário
(projeto de monografia)
Redação
Revisão própria
Revisão do orientador
Revisão de profissional
Depósito provisório
Defesa
Depósito definitivo
(alterações sugeridas
pelos examinadores)
2015
Etapas jan fev mar abril maio jun jul ago set out nov dez
Projetos de
pesquisa
Coleta de dados
Análise e
interpretação dos
dados coletados
Elaboração de
sumário (projeto
de monografia)
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Redação
Revisão própria
Revisão do
orientador
Revisão de
profissional
Depósito
provisório
Defesa
Depósito definitivo
(alterações
sugeridas pelos
examinadores)
2016
Etapas jan fev mar abril maio jun jul ago set out nov dez
Projetos de
pesquisa
Coleta de dados
Análise e
interpretação dos
dados coletados
Elaboração de
sumário (projeto
de monografia)
Redação
Revisão própria
Revisão do
orientador
Revisão de
profissional
Depósito
provisório
Defesa
Depósito definitivo
(alterações
sugeridas pelos
examinadores)
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7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARRETO, Mariana Leonesy da Silveira. Depois das grades: um reflexo da cultura prisional
em indivíduos libertos. Psicol. Cienc. Prof. Brasília, v.26, n.4, dez. 2006. Disponível em
<http://www.scielo.br/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S141498932006000400006&lng=en&nrm=iso>. Acesso em 19
mar. 2014.