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A prisão é uma forma desumana de destituir o indivíduo de sua
personalidade e de seus referenciais familiares e de
comunidade e de estigmatizá-lo negativamente perante o meio
social, e simples ações de cunho humanitário não satisfazem ao
ideal ressocializador.
RESUMO: Muito se discute a eficácia dos métodos de ressocialização
aplicados nos complexos penitenciários brasileiros, e o sistema prisional de
não está imune a esse questionamento. Em parceria com entidades privadas,
como associações comunitárias, Organizações Não Governamentais (ONGs),
empresas e setores da Igreja, o poder público enceta campanhas de
conscientização e implementa atividades na área de educação, trabalho e
cultura no sentido de readaptar o preso para seu retorno à sociedade. No
entanto, os resultados decorrentes das práticas ressocializadoras não
condizem com as expectativas geradas pela legislação de execução penal,
porquanto o crescimento do contingente carcerário, a superlotação, a
reincidência criminal, o próprio crivo da estigmatização e o repúdio da
sociedade tornam inócuas as pretensas iniciativas ressocializadoras. Sem
contar o parco engajamento do poder público nesse sentido, bem como a
postulação da criminologia crítica segundo a qual o discurso da
ressocialização não passa de retórica oficial para cumprir a pauta ideológica
de direitos humanos. A gestão prisional também se insere nesse contexto de
baixa expectativa das políticas e métodos de ressocialização. Assim, com
essas considerações, o presente artigo objetiva verificar como se dá o
processo de ressocialização de detentos em execução penal no Brasil. E
objetivos específicos como: explicar o que vem a ser Execução Penal;
analisar a ressocialização do detento para readaptação ao meio social e
apresentar os prós e os contras do trabalho de reintegração e suas
consequências. A metodologia de pesquisa utilizou estudo bibliográfico com
apoio de artigos científicos e reportagens. Quanto à fundamentação, o
estudo recorreu a postulados de teóricos que lidam com a questão penal,
como Baratta (2011), Bitencourt (2011), Mirabete (2008), Porto (2007), Paim
(2005), Beccaria (2008) entre outros. O resultado da pesquisa demonstrou as
diretrizes legais e políticas, assim como intervenções públicas e privadas na
prática de ressocialização, porém em ações pontuais. O estudo concluiu que,
apesar da legislação de execução penal orientar todo um processo
ressocializador e de iniciativas de instituições da sociedade civil e do poder
público, a eficácia dos métodos de ressocialização do sistema prisional de
Salvador, assim como do Brasil, não conseguem atingir os objetivos
almejados.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A partir da década de 1950, o Estado brasileiro passa a avaliar
que a prisão não alcançara os objetivos de cumprimento de pena e
reabilitação do preso, já que os índices de criminalidade e de
reincidência cresciam, o que motivava a se criarem meios que
pudessem reeducar o preso e inibi-lo de futuras ações reincidentes,
além de reincorporá-lo recuperado na sociedade. Então, surgem leis e
programas reeducativos no sentido de se promoverem ações
integradas de recuperação do preso para a vida social (PORTO, 2007).
REFERÊNCIAS
BARATTA, Alessandro. Ressocialização ou Controle Social:
uma Abordagem Crítica da “Reintegração Social” do Sentenciado
(2011). Disponível em:. Acesso em: 01.06.2012.
https://jus.com.br/artigos/41528/o-sistema-penal-e-a-ressocializacao-do-preso-no-brasil