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BACHAREL EM CRIMINOLOGIA
SETE LAGOAS
2023
DJENANE APARECIDA RODRIGUES CARVALHO
SETE LAGOAS/MG
2023
RESUMO
The main function of the freedom-restricting penalty is to re-socialize the offender, preparing
him to return to live in society. However, Brazilian prisons do not provide the means
necessary for re-socialization. This is because most prisons do not have the necessary
structure to provide education, work and other activities aimed at re-educating the prisoner
and preparing him to return to his community. In addition, prison officers are not properly
prepared for the function they will perform, thus they end up practicing acts that can cause
damage to the physical and moral integrity of prisoners, which makes it even more difficult
for them to re-socialize. In the face of so many problems, there is no denying that the
Brazilian prison system is in crisis and immediate measures are needed to safeguard the
integrity of detainees. It is necessary to apply public policies in the Brazilian penitentiary
system. Apac’s are examples of success in the resocialization of detainees and are already
adopted in several Brazilian municipalities, but new measures are still necessary for the
system to return to fulfilling the main function of custodial sentences, namely: resocialization
of detainees
Keywords: Resocialization. Brazilian prisons. Public policy.
LISTA DE SIGLAS
ART Artigo
CF Constituição Federal
1. INTRODUÇÃO ..............................................................................................................06
DIREITO ............................................................................................................................12
3.PROCEDIMENTOS METODOLOGICOS…………………………………………………10
1. INTRODUÇÃO
A pena sempre deve ser vista sob dois ângulos: de um lado temos a
perspectiva do apenado e, por outro temos o Estado. Reale Júnior (2002, p. 45)
apresenta a pena sob o ponto de vista do Estado e conclui que essa é "uma
forma necessária de controle social, para garantir respeito a determinados
valores, garantia que se reafirma pela execução da pena, quando este valor é
afrontado por uma ação delituosa"; já na visão do apenado, a pena é considerada
um castigo injusto, uma punição desnecessária e desproporcional ao delito
cometido. (REALE JÚNIOR, 2002, p. 45)
A pena deve ser aplicada com proporcionalidade, ou seja, não se pode
aplicar uma pena desproprocional ao delito cometido, pois esse visa,
primordialmente, ressocializar o criminoso e prevenir novos delitos através de
seu caráter preventivo.
Depois de dois Séculos de constatada a falência das penas privativas de
liberdade, em termos de medidas retributivas e preventivas, está na hora de se
buscar meios eficazes e humanos para se aplicar uma sanção ao delinqüente.
Afinal, diante da evolução no campo dos direitos humanos, nada mais necessário
11
cumprir a pena a ele imposta, não podendo a sanção penal passar para seus
descendentes.
O princípio da individualização da pena, muito ligado ao da pessoalidade
da pena, impõe ao julgador que este fixe a pena conforme a cominação legal,
além de aplicar os dispositivos da Lei de Execução Penal ao cumprimento da
pena imposta, principalmente respeitando os direitos do preso previstos na LEP
e na Constituição.
Num Estado Democrático de Direito, é inaceitável que os direitos dos
presos sejam tão desrespeitados e nenhuma atitude seja tomada pelo Estado ou
pela sociedade. Afinal, não cabe somente ao Estado a proteção da pessoa
humana, mas também a todos aqueles que compõem a sociedade.
Obviamente que aquele que cometeu um delito deverá receber uma
sanção, posto que este seja um poder e dever do Estado que visa manter a paz
social na sociedade. No entanto, o condenado tem direitos, dentre os quais,
muitos deles fundamentais; ou seja, ele não deixa de ser um cidadão brasileiro
e continua, como tal, portador de todos os direitos garantidos em Lei e pela
Constituição Federal.
Assim, a pena privativa de liberdade deverá ser aplicada apenas em
último caso e em locais onde seja possível assegurar os direitos do detento.
Todos eles têm direito a uma vida digna nos presídios brasileiros e não somente
uma sobrevida, tratados como animais, enjaulados em celas super lotadas e sem
o mínimo de dignidade. Afinal, o detento ali está para pagar pelo seu erro, mas,
ao mesmo tempo, se ressocializar, pois a prisão não é eterna – não existe prisão
perpétua no ordenamento jurídico brasileiro – e este, um dia, voltará a viver em
sociedade.
1
CNJ, Conselho Nacional de Justiça. Notícias. BNMP 2.0 revela o perfil da população carcerária
brasileira. Disponível em: http://www.cnj.jus.br/noticias/cnj/87316-bnmp-2-0-revela-o-perfil-da-
populacao-carceraria-brasileira. Acesso em: 05 set. 2020.
16
3
O TEMPO. APAC, O outro lado da recuperação. Infográficos. Disponível em:
https://www.otempo.com.br/infogr%C3%A1ficos/apac-o-outro-lado-da-recupera%C3%A7%C3%A3o-
1.734194 Acesso em 06 set. 2020.
19
dos presos. Em Minas Gerias, foi implantado pelo Tribunal de Justiça (TJMG), o
Programa “Novos Rumos na Execução Penal”, buscando a humanização no
cumprimento das penas privativas de liberdade mediante a aplicação do método
APAC.
Já a Secretaria de Administração Prisional (SEAP-MG) implantou no
sistema prisional o programa “Trabalhando a Cidadania” que tem como objetivo
promover a ressocialização dos indivíduos privados de liberdade, por meio de
ações planejadas e coordenadas, de modo a oferecê-los qualidade de vida, com
apoio efetivo da comunidade.
O trabalho é um direito social constitucionalmente protegido e privar
o preso deste direito é mais que desqualificá-lo para a nova vida que passará a
viver quando se vir fora das grades e do sistema prisional. É colocá-lo em uma
linha tênue entre o desemprego (devido a sua baixa qualificação) e a
criminalidade, que é vista por muitos como uma forma rápida de se conseguir
dinheiro e status.
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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
4. ANÁLISE DE DADOS
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
6. REFERÊNCIAS
MIRABETE, Julio Fabbrini. Manual de Direito Penal. 17. ed. São Paulo: Atlas,
2001