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Elabore um documento sobre um caso (um julgado) relativo a qualquer uma das Leis
Penais Especiais que fazem parte da disciplina. Você tem total liberdade para escolher a
Lei e o caso. Siga os seguintes passos:
ESTUDO DE CASO JUDICIAL
1. Introdução
a. Contextualizar o caso
b. Identificar o caso: a quantidade de drogas, por si só, não é suficiente para afastar o
benefício do tráfico privilegiado.
c. Identificar Tribunal, órgão ou entidade decisora: Superior Tribunal de Justiça Habeas
Corpus n. 741191 - SP (2022/0138929-0)
d. Data da decisão: 15-5-2022
2. Os fatos
Descrever os fatos juridicamente relevantes presentes no caso;
3. História processual
Explicar como o caso chegou ao órgão decisor. Descrever os atos e fases processuais
mais significativos que levaram o caso ao órgão decisor.
4. O direito
a. Explicar a questão de direito em disputa, ou seja, a dúvida que precisou ser
enfrentada, quais direitos e deveres (constitucionais, internacionais, legais, judiciais ou
mesmo regulamentares foram mencionados no caso). Comentar e indicar os precedentes
que foram mencionados.
b. Se houve recursos, explicar as medidas recursais adotadas pelas partes e o que foi
impugnado das decisões inferiores.
Análise feita a partir da decisão proferida pelo Superior Tribunal de Justiça no Habeas
Corpus n. 741191 – SP (2022/0138929-0).
Na Comarca de Sumaré (SP), Érick de Faria Geraldo foi denunciado pela prática
do crime previsto no artigo 33, caput, da Lei n. 11.343/2006. Isso porque, o réu foi
flagrado, no interior de um automóvel de aplicativo, transportando 150 porções de
cocaína e R$ 110,00 em espécie. Os policiais militares, em continuação as diligências,
localizaram na residência do acusado 887 porções de cocaína e 41 porções de crack. A
prova produzida no decorrer da instrução processual, especialmente os depoimentos dos
policiais atuantes no Auto de Prisão em Flagrante e a confissão do réu, foram suficientes
para a comprovação da materialidade e da autoria delitiva (processo n. 1500512-
42.2020.8.26.0604).
A sentença foi julgada procedente e condenou o acusado ao cumprimento da
pena privativa de liberdade pelo período de 06 (seis) anos e 03 (três) meses de reclusão,
em regime inicial fechado, além do pagamento 625 dias-multa, no valor unitário mínimo.
Ao revisar a dosimetria da pena, o Tribunal de Justiça de São Paulo (Apelação
Criminal n. 1500512-42.2020), reduziu o aumento de pena fixado pelo magistrado
sentenciante na primeira fase, ao fundamento de que deveria prevalecer somente a
quantidade de entorpecentes apreendidos, afastando o aumento em razão da alta
lesividade da droga, por entender o relator que tal circunstância já integra o próprio tipo
penal e não pode ser usada para agravar a pena.
Na segunda fase dosimétrica, a pena foi mantida no patamar fixado em primeiro
grau. Já na última fase, assim como entendeu o Juízo da Comarca de Subaré (SP), o relator
consignou que a benesse do tráfico privilegiado não deveria ser concedida ao réu, porque
a prova dos autos foi capaz de demonstrar que o condenado se dedicava às atividades
criminosas, por oportuno extrai-se do acórdão:
Por fim, na derradeira, realmente o acusado não faz jus à aplicação do benefício
previsto no §4º, do artigo 33 da Lei de Drogas, vez que, conforme dito alhures,
a grande quantidade e variedade de entorpecentes apreendidos, são mesmo
seguros indicativos de que Érick se dedicava às das atividades criminosas, ou
seja, era mesmo traficante. Aliás, tal situação de traficância ficou devidamente
comprovada, também, pelo laudo pericial de seu telefone celular de fls. 97/108.
Referências