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O Brasil necessita reduzir o número de presos, o que evitará que infratores de baixo
risco entrem em contato com facções criminosas, as prisões devem ser reservadas para
os crimes graves e violentos, segregando da sociedade apenas as pessoas que
efetivamente possam causar riscos evidentes aos cidadãos. Em primeiro lugar, é
importante destacar que, não são os fatores externos ao sistema penal que estimulam a
superlotação de presídios. Em outras palavras, não é um aumento do crime, trata-se do
aumento nas taxas de encarceramento resultante de reformas legislativas extremamente
punitivas.
Jurista Juarez
A Lei de Execução Penal, tem como principal objetivo a ressocialização, porém não
encontra respaldo para se consolidar, sendo que a reinserção do ex-detento à sociedade
deixa claro a insuficiência de atuação do poder público e da comunidade em reinserir
esse indivíduo no meio social digno e adequado, o fato é que a prisão tem tornado
criminosos mais eficientes e perigosos a cada dia, o que ressalta um aumento nos
índices de criminalidade e reincidência. Ao destinar apenas 5% do Fundo Penitenciário
Nacional (Funpen) para medidas alternativas de cumprimento de pena, o governo
estimula a punição, ao invés da ressocialização dos condenados.
Embora a Lei de Execução Penal vise a ressocialização, dispondo aos presos
acesso a pena humanitária, garantida pela assistência médica e social, a dificuldade de
efetivação desses direitos ainda se faz presente. Além da violência entre os presos,
o sentimento de impunidade pertence à sociedade, o que desqualifica a adoção da LEP
no sistema penitenciário.
É evidente que o sistema penitenciário brasileiro está em crise, devido aos muitos
problemas encontrados em toda a estrutura carcerária e a inaplicabilidade dos
recursos previstos na lei de execuções penais, lei 7.210 de 11 de julho de 1984, como
forma de resguardar os direitos e garantias dos detentos.
Jurista Peter
Portanto, a luta contra a criminalidade deve ser reconhecida como uma das tarefas
mais importantes que cabem à sociedade, nessa luta os cidadãos devem recorrer a
diversos meios de ação, quer pré-criminosos, quer pós-criminosos. O direito criminal
deve ser considerado como um dos meios de que a sociedade pode servir-se para fazer
diminuir a criminalidade.
Jurista Andreza
O art. 3º da Constituição Federal (BRASIL, 1988), afirma que todos possuem o direito à
vida, à liberdade e à segurança pessoal. No entanto, em contradição com este normativo,
tem-se outra realidade, em que a segurança pessoal não é garantida, logo, é necessário
evidenciar a desestruturação do sistema carcerário brasileiro, a ineficácia e o descaso do
poder público em presídios superlotados e abandonados. Diante desse cenário
alarmante, uma análise precisa ser realizada em relação à dignidade da pessoa humana
no sistema prisional atual para reconhecer que a barbárie continua e que os indivíduos
são esquecidos e violados nos presídios sob a custódia do Estado.
A LEP (Lei de execução penal) foi concebida não só para proteger os direitos dos
detidos, mas também para proteger a integridade da pessoa, tendo como principal
objetivo a sua reinserção na sociedade e o combate ao crime de forma humanizada.
Entretanto, as celas são superlotadas, instáveis e insalubres, tornando as prisões um
ambiente favorável para a propagação de epidemias e doenças. Sem dúvida, os
problemas com o sistema prisional brasileiro tornam-se mais evidentes quando este é
analisado, levando descrédito ao Estado em sua função de promover o bem-estar de
todos os brasileiros e garantir a reeducação dos condenados.