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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE DIREITO

RELAÇÃO DA ÉTICA E OUTRAS CIÊNCIAS E ESFERAS DO


CONHECIMENTO

NAMPULA
2023
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
FACULDADE DE DIREITO

ELIZABETE CERVEJA
FRANCISCA CHICO
MUNIR RACHIDE
REGINA SABÃO

RELAÇÃO DA ÉTICA E OUTRAS CIÊNCIAS E ESFERAS DO


CONHECIMENTO

Trabalho em grupo de carácter avaliativo da


cadeira de Ética e Deontologia Profissional,
referente ao 2 o semestre, Curso de Direito, 4 o
ano, Turma única, 1º Grupo, leccionado pelo
docente: MA.

NAMPULA
2023
Índice
Introdução............................................................................................................................... 4

A RELAÇÃO DA ÉTICA COM OUTRAS CIÊNCIAS ....................................................... 5

1. A Ética e a Psicologia......................................................................................................... 5

2. A Ética e a Sociologia ........................................................................................................ 5

3. A Ética e a Antropologia Social ......................................................................................... 6

4. A Ética e a História ............................................................................................................ 7

5. A Ética e a Economia ......................................................................................................... 7

6. A Ética e o Direito .............................................................................................................. 7

7. A Ética e o Direito Positivo................................................................................................ 8

8. A Ética e o Direito Civil ..................................................................................................... 8

9. A Ética e o Direito Processual ............................................................................................ 8

10. A Ética e a Moral.............................................................................................................. 8

11. A Ética e Direito Constitucional ...................................................................................... 8

12. A Ética e a Filosofia ......................................................................................................... 9

13. A Ética e o Direito Penal .................................................................................................. 9

Conclusão ............................................................................................................................. 11

Referências bibliográficas .................................................................................................... 12


Introdução
O presente trabalho surge no âmbito da cadeira de Ética e Deontologia
Profissional e tem como escopo na relação da ética e outras ciências e esferas do
conhecimento.

Assim sendo, a ética tem relação com outras ciências que buscam
conhecimento para explicar as regras e comportamentos morais do ser humano de maneira
racional e cientifica através da legislação própria.

Temos em destaque algumas das várias ciências que se relacionam com a


ética: Psicologia, sociologia, antropologia social, historia, economia, direito e contabilidade.

Em termos estruturais, o trabalho comporta a seguinte estrutura: elementos


pré- textuais, introdução, que é a parte que comporta a informação superficial do tema, o
desenvolvimento, a parte que faz uma abordagem profunda acerca do tema, conclusão, que
vai corresponder a parte final do trabalho, e por fim a referência bibliográfica, que é a parte
que contem a indicação dos matérias usados na elaboração do trabalho, quer no âmbito da
legislação assim como a doutrina.
Por tratar de um trabalho que traz uma interpretação bastante detalhada, no
âmbito do direito bancário material, o grupo deu a primazia ao uso de método dedutivo, uma
vez que das premissas usadas parte do geral e se resume na conclusão.
A RELAÇÃO DA ÉTICA COM OUTRAS CIÊNCIAS
Primeiramente devemos ter em conta que a ética é um conjunto de
conhecimentos extraídos da investigação do comportamento humano ou técnicas explicitas
que definem regras morais de forma racional com fundamento científico e técnico, podendo
dizer também que ela é uma reflexão da moral. 1

Assim sendo, a ética tem relação com outras ciências que buscam
conhecimento para explicar as regras e comportamentos morais do ser humano de maneira
racional e cientifica através da legislação própria.2

Temos em destaque algumas das várias ciências que se relacionam com a


ética: Psicologia, sociologia, antropologia social, historia, economia, direito e contabilidade. 3

1. A Ética e a Psicologia
Explicação psicológica do comportamento humano possibilitando a
compreensão subjectiva dos actos dos indivíduos e, deste modo, contribui para a sua
dimensão moral.4

Os agentes Morais são indivíduos concretos, incertos numa comunidade. Além


de actos morais, seus actos são também psíquicos, derivados de motivação, impulso e
consciência. Antes de produzir efeito em relação às demais pessoas, o acto moral é produzido
na psique de seu agente. Ele pode escolher entre agir estudar de agir. E cumpre conhecer os
motivos que os impulsionaram a se conduzir de uma ou outra forma.

Íntimas, portanto, a relação entre a ética e a psicologia. Está elucida a razão do


convencimento interno, permite se conheça o carácter e a personalidade do agente moral. 5

2. A Ética e a Sociologia
A análise adequada da conduta do homem enquanto integrante da sociedade
reclama o conhecimento da sociologia. A ética estuda o ser humano como entidade gregária,
no se contacto com os semelhantes. Esse contacto ou contágio acarreta que a criatura se

1
SGANZERLA, Anor. O sujeito ético em Hans Jonas: os fundamentos de uma ética para a civilização
tecnológica. In: SANTOS, Robinson dos; OLIVEIRA, Jelson; ZANCANARRO, Lourenço (org.). Ética para a
civilização tecnológica: em diálogo com Hans Jonas. 1 ed. São Paulo: São Camilo, 2011, v. 1, p. 115.
2
OLIVEIRA, Paulo Eduardo de. Da ética à ciência: uma nova leitura de Karl Popper. São Paulo: Paulus, 2011.
3
SANCHEZ VAZQUEZ. Adolfo. Ética. – 28ª ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p.29.
4
CAMARGO, Marculino. Fundamentos de ética geral e profissional, 2. ed. São Paulo: Vozes, 1996. p. 13-14.
5
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais. P. 68.
comporte sob o efeito de influências sociais. Já não é apenas o seu íntimo a reagir, mas o ser
que se considera partícula do imenso cosmo antropológico. 6

A moral que o condiciona é menos produção exclusiva da sua mente do que o


fruto de uma criação colectiva. Há exigências da vida social impondo normas de conduta. As
expectativas de comportamento forçam o ser humano a determinadas posturas que,
isoladamente não adoptaria.

Mas assim como se afirmou em relação á sociologia, mostra-se insuficiente


para a perfeita compreensão do fenómeno ético. A opção moral é, antes de tudo, uma opção
de consciência individual, se o homem fosse exclusivamente um ser colectivo não poderia vir
a ser moralmente responsabilizado m por qualquer ato. Somente o grupo social responderia
pela atitude de seu componente.

A criatura sempre tem uma faixa individual de discernimento para fazer suas
escolhas morais. E por isso o estudo do comportamento moral não se exaure no sociologismo
ético, tendência de se reduzir a ética a capítulo da sociologia.

3. A Ética e a Antropologia Social


O conhecimento da antropologia social facilita a distribuição entre as normas
morais permanentes ou absolutas, detectáveis em qualquer tipo de sociedade e em todos os
contextos históricos daquelas vinculada a um modelo concreto tendentes a desaparecer com
ele.7

O estudo das sociedades ditas primitivas ou desaparecidas serve também ao


perfeito delineamento do problema moral. O comportamento das sociedades que já existiram,
ou que se desenvolvem desvinculadamente do padrão sivilizatorio, fornece interesse
relevante ao exame das origens e da natureza da moral.

Conduta hoje aparentemente imorais, sacrificar o recém nascido portador de


deficiência, o idoso ou o enfermo e matar o prisioneiro, constituíam deveres para com certa
forma de vida social.8

6
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Tradução de João Dell’Anna. 22. ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2002, p. 267.
7
SGANZERLA, Anor. O sujeito ético em Hans Jonas: os fundamentos de uma ética para a civilização
tecnológica. In: SANTOS, Robinson dos; OLIVEIRA, Jelson; ZANCANARRO, Lourenço (org.). Ética para a
civilização tecnológica: em diálogo com Hans Jonas. 1 ed. São Paulo: São Camilo, 2011, v. 1, p. 117.
8
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais . P. 80.
4. A Ética e a História
As conclusões históricas devem contribuir para que a ética se desvincule de
uma concepção absoluta ou supra histórica da moral, propiciando o debate sobre a
possibilidade de um progresso moral.9

5. A Ética e a Economia
O dinheiro, ao tornar-se cada vez mais expressão absolutamente adequada e
equivalente de todos os valores, superam, numa altura meramente abstrata, toda a variedade
dos objectos.10

Ele se torna o centro do qual as coisas mais distintas, mais heterogéneas, mais
remotas encontram o seu elemento comum e se tocam (Georg Simmel).

A ética se relaciona com a economia política como ciência das relações


económicas que os homens contraem no processo de produção. Esta vinculação se baseia na
relação efectiva, na vida social, entre os fenómenos económicos e o mundo moral.11

Na medida em que as relações económicas influem na moral dominante numa


determinada sociedade. O conhecimento desta moral tem de se basear nos dados e nas
conclusões da economia política. Os atos económicos não podem deixar de apresentar uma
certa conotação moral.12

6. A Ética e o Direito
Entre todas as formas de comportamento humano, a jurídica é que guarda
maior intimidade com a moral.13 A ética e o direito possuem uma estreita relação e, é sabido
que as duas disciplinas estudam o comportamento do homem como comportamento
normativo. De fato, ambas as ciências abordam o comportamento humano sujeito a normas,
ainda que no campo do direito se trate de normas impostas com um carácter de obrigação
exterior e, inclusive, de maneira coercitiva, ao passo que na esfera da moral as normas,
embora obrigatórias, não são impostas coercitivamente. 14

9
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais . P. 69.
10
CAMARGO, Marculino. Fundamentos de ética geral e profissional, 2. ed. São Paulo: Vozes, 1996. p. 13.
11
SANCHEZ VAZQUEZ. Adolfo. Ética. – 28ª ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p.30.
12
OLIVEIRA, Paulo Eduardo de. Da ética à ciência: uma nova leitura de Karl Popper. São Paulo: Paulus, 2011.
13
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais . P. 72.
14
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Tradução de João Dell’Anna. 22. ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2002, p. 269.
7. A Ética e o Direito Positivo
A intimidade nas relações Éticas e Direito conduz a um número elevado de
normas éticas inseridas em normas jurídicas positivas. Não é possível examiná-las todas, o
que constitui excelente exercício para o decorrer do estudo das ciências jurídicas. Alguns
pontos, todavia, podem ser facilmente salientados. 15

8. A Ética e o Direito Civil


O direito privado é pródigo em normas morais. Elas têm início na Lei de
introdução ao Código Civil, em dispositivo que determina ao juiz que, na aplicação da lei,
atenda aos fins sociais e que ela se dirige e as exigências do bem comum, exigências que
devem subordinar-se á ética.

Muitos dos conceitos obrigados na lei civil são nitidamente éticos, assim os de
boa-fé, presentes em inúmeros artigos do código, os bons costumes, a equidade, o estado de
casado, fidelidade conjugal e mais. 16

9. A Ética e o Direito Processual


A prerrogativa de desistir de realizar a justiça com a própria mão e entregar ao
Estado a missão de compor a lide já é uma alternativa ética. Quando surge uma controvérsia,
três soluções tornam-se possíveis: a autotutela, ou reacção directa e pessoal de quem vai
realizar justiça com as próprias mãos, a renúncia á defesa do próprio direito, conformando-se
o prejudicado por absorver o prejuízo, e o processo.17

10. A Ética e a Moral


A moral é o objecto da Ética. Mas a relação que se estabelece com a Ética, um
dos capítulos da teoria da conduta e a moralidade positiva, com fato cultural, é a mesma que
pode ser encontrada em uma doutrina científica e seu objecto. Poder-se-ia afirmar ser a moral
a matéria-prima da ética.18

11. A Ética e Direito Constitucional


Está tem relação na medida em que princípios éticos estão patentes na
Constituição como a liberdade, igualdade e justiça como valores supremos de uma sociedade

15
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais . P. 76.
16
SGANZERLA, Anor. O sujeito ético em Hans Jonas: os fundamentos de uma ética para a civilização
tecnológica. In: SANTOS, Robinson dos; OLIVEIRA, Jelson; ZANCANARRO, Lourenço (org.). Ética para a
civilização tecnológica: em diálogo com Hans Jonas. 1 ed. São Paulo: São Camilo, 2011, v. 1, p. 118.
17
OLIVEIRA, Paulo Eduardo de. Da ética à ciência: uma nova leitura de Karl Popper. São Paulo: Paulus, 2011.
18
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais . P. 67.
fraterna, pluralista e sem preconceito, fundado na harmonia social, destinado justamente aos
princípios fundamentais.19 Dentre eles a cidadania, a dignidade da pessoa humana, a
construção de uma sociedade livre, justa e solidária, e erradicação da pobreza e da
marginalizarão, a redução das desigualdades sociais, a eliminação dos preconceitos e de
qualquer forma de descriminação. 20

A solene dicção dos direitos e garantias fundamentais guarda verdadeira


identidade com os preceitos éticos. Antes de serem positivados, são deveres éticos assegurar-
se a igualdade de todos, e não submissão a tortura ou o tratamento desumano ou degradante, a
liberdade do pensamento, o direito de resposta, a inviolabilidade da liberdade de consciência
e todos os demais, naquele longo e casuístico rol.21

12. A Ética e a Filosofia


Concebida como conjunto sistemático de conhecimentos racionais e objectivos
concernentes ao comportamento moral humano, a Ética já não é mero capítulo da Filosofia. A
Ética é ciência.

Contra a autonomia científica da Ética argumenta-se que ela tão-só elabora


juízo de valores, não proposições objectivamente válidas. Essa objecção valeria apenas para
uma parte da ética: a ética normativa. Mas a ética é muito mais abrangente, não se resumindo
a editar recomendações e formular prescrições morais.

Também não é verdade que a Ética seja parcela da Filosofia especulativa,


elaborada cientificamente e sem preocupação com a realidade moral humana. 22

13. A Ética e o Direito Penal


Quase todo crime é também falta moral. Ao iniciar a vulneracao e valores
protegidos pela comunidade, até que atinja aqueles mais vitais subsistência de pacto de
convivio, o infrator percorrerá necessariamente área reservada á moral.

Essa é regra geral. Raro o delito que possa ser subtraído a qualquer aferição de
compatibilidade com parâmetros morais, por ser moralmente irrelevante. Existem aqueles em

19
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Tradução de João Dell’Anna. 22. ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2002, p. 269.
20
SANCHEZ VAZQUEZ. Adolfo. Ética. – 28ª ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p.34.
21
CAMARGO, Marculino. Fundamentos de ética geral e profissional, 2. ed. São Paulo: Vozes, 1996. p. 14.
22
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais . P. 79.
que a conotação é evidente: o homicídio. Tirar a vida de alguém não é apenas crime. É falta
moral, é contra a natureza, é só pecado em todas as religiões.

Os delitos contra os costumes são nitidamente infracções contra a moral. O


estupro, a sedução, a corrupção de menores, o atentado violento ao pudor ofendem a qualquer
noção moral costumeiramente aceita. E os crimes em que está presente a fraude, a simulação,
o artifício, todos eles constituem incursão contra a moral. Mas até delitos menores, como
contravenções, podem abrigar vulneráveis éticas. 23

23
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais . P. 79.
Conclusão
Tendo chegado ao fim do trabalho, e achados importantes das questões por ele trazido, o
grupo chegou na conclusão que a relação da ética/moral com a ciência pode ser tratada em
dois planos:

 Com relação a natureza da moral: é cabível ou não falar num carácter científico da
moral;
 Com relação ao uso social da ciência: neste caso fala-se do papel moral do homem de
ciência ou da actividade do cientista.

A moral tem uma base histórica e social, portanto, deve levar em conta a
constituição psíquica e social do homem. Neste caso abandona seu carácter ideológico.

A moral é o objecto da Ética. Mas a relação que se estabelece com a Ética, um


dos capítulos da teoria da conduta e a moralidade positiva, com fato cultural, é a mesma que
pode ser encontrada em uma doutrina científica e seu objecto. Poder-se-ia afirmar ser a moral
a matéria-prima da ética.

Onde também concluímos que a ética e o direito possuem uma estreita relação
e, é sabido que as duas disciplinas estudam o comportamento do homem como
comportamento normativo. De fato, ambas as ciências abordam o comportamento humano
sujeito a normas, ainda que no campo do direito se trate de normas impostas com um caráter
de obrigação exterior e, inclusive, de maneira coercitiva, ao passo que na esfera da moral as
normas, embora obrigatórias, não são impostas coercitivamente.
Referências bibliográficas

 NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais.
 SGANZERLA, Anor. O sujeito ético em Hans Jonas: os fundamentos de uma ética
para a civilização tecnológica. In: SANTOS, Robinson dos; OLIVEIRA, Jelson;
ZANCANARRO, Lourenço (org.). Ética para a civilização tecnológica: em diálogo
com Hans Jonas. 1 ed. São Paulo: São Camilo, 2011, v. 1.
 OLIVEIRA, Paulo Eduardo de. Da ética à ciência: uma nova leitura de Karl Popper.
São Paulo: Paulus, 2011.
 SANCHEZ VAZQUEZ. Adolfo. Ética. – 28ª ed. – Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2006.
 CAMARGO, Marculino. Fundamentos de ética geral e profissional, 2. ed. São
Paulo: Vozes, 1996.
 VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Tradução de João Dell’Anna. 22. ed. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

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