Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
FACULDADE DE DIREITO
NAMPULA
2023
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
FACULDADE DE DIREITO
ELIZABETE CERVEJA
FRANCISCA CHICO
MUNIR RACHIDE
REGINA SABÃO
NAMPULA
2023
Índice
Introdução............................................................................................................................... 4
1. A Ética e a Psicologia......................................................................................................... 5
Conclusão ............................................................................................................................. 11
Assim sendo, a ética tem relação com outras ciências que buscam
conhecimento para explicar as regras e comportamentos morais do ser humano de maneira
racional e cientifica através da legislação própria.
Assim sendo, a ética tem relação com outras ciências que buscam
conhecimento para explicar as regras e comportamentos morais do ser humano de maneira
racional e cientifica através da legislação própria.2
1. A Ética e a Psicologia
Explicação psicológica do comportamento humano possibilitando a
compreensão subjectiva dos actos dos indivíduos e, deste modo, contribui para a sua
dimensão moral.4
2. A Ética e a Sociologia
A análise adequada da conduta do homem enquanto integrante da sociedade
reclama o conhecimento da sociologia. A ética estuda o ser humano como entidade gregária,
no se contacto com os semelhantes. Esse contacto ou contágio acarreta que a criatura se
1
SGANZERLA, Anor. O sujeito ético em Hans Jonas: os fundamentos de uma ética para a civilização
tecnológica. In: SANTOS, Robinson dos; OLIVEIRA, Jelson; ZANCANARRO, Lourenço (org.). Ética para a
civilização tecnológica: em diálogo com Hans Jonas. 1 ed. São Paulo: São Camilo, 2011, v. 1, p. 115.
2
OLIVEIRA, Paulo Eduardo de. Da ética à ciência: uma nova leitura de Karl Popper. São Paulo: Paulus, 2011.
3
SANCHEZ VAZQUEZ. Adolfo. Ética. – 28ª ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p.29.
4
CAMARGO, Marculino. Fundamentos de ética geral e profissional, 2. ed. São Paulo: Vozes, 1996. p. 13-14.
5
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais. P. 68.
comporte sob o efeito de influências sociais. Já não é apenas o seu íntimo a reagir, mas o ser
que se considera partícula do imenso cosmo antropológico. 6
A criatura sempre tem uma faixa individual de discernimento para fazer suas
escolhas morais. E por isso o estudo do comportamento moral não se exaure no sociologismo
ético, tendência de se reduzir a ética a capítulo da sociologia.
6
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Tradução de João Dell’Anna. 22. ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2002, p. 267.
7
SGANZERLA, Anor. O sujeito ético em Hans Jonas: os fundamentos de uma ética para a civilização
tecnológica. In: SANTOS, Robinson dos; OLIVEIRA, Jelson; ZANCANARRO, Lourenço (org.). Ética para a
civilização tecnológica: em diálogo com Hans Jonas. 1 ed. São Paulo: São Camilo, 2011, v. 1, p. 117.
8
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais . P. 80.
4. A Ética e a História
As conclusões históricas devem contribuir para que a ética se desvincule de
uma concepção absoluta ou supra histórica da moral, propiciando o debate sobre a
possibilidade de um progresso moral.9
5. A Ética e a Economia
O dinheiro, ao tornar-se cada vez mais expressão absolutamente adequada e
equivalente de todos os valores, superam, numa altura meramente abstrata, toda a variedade
dos objectos.10
Ele se torna o centro do qual as coisas mais distintas, mais heterogéneas, mais
remotas encontram o seu elemento comum e se tocam (Georg Simmel).
6. A Ética e o Direito
Entre todas as formas de comportamento humano, a jurídica é que guarda
maior intimidade com a moral.13 A ética e o direito possuem uma estreita relação e, é sabido
que as duas disciplinas estudam o comportamento do homem como comportamento
normativo. De fato, ambas as ciências abordam o comportamento humano sujeito a normas,
ainda que no campo do direito se trate de normas impostas com um carácter de obrigação
exterior e, inclusive, de maneira coercitiva, ao passo que na esfera da moral as normas,
embora obrigatórias, não são impostas coercitivamente. 14
9
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais . P. 69.
10
CAMARGO, Marculino. Fundamentos de ética geral e profissional, 2. ed. São Paulo: Vozes, 1996. p. 13.
11
SANCHEZ VAZQUEZ. Adolfo. Ética. – 28ª ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p.30.
12
OLIVEIRA, Paulo Eduardo de. Da ética à ciência: uma nova leitura de Karl Popper. São Paulo: Paulus, 2011.
13
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais . P. 72.
14
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Tradução de João Dell’Anna. 22. ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2002, p. 269.
7. A Ética e o Direito Positivo
A intimidade nas relações Éticas e Direito conduz a um número elevado de
normas éticas inseridas em normas jurídicas positivas. Não é possível examiná-las todas, o
que constitui excelente exercício para o decorrer do estudo das ciências jurídicas. Alguns
pontos, todavia, podem ser facilmente salientados. 15
Muitos dos conceitos obrigados na lei civil são nitidamente éticos, assim os de
boa-fé, presentes em inúmeros artigos do código, os bons costumes, a equidade, o estado de
casado, fidelidade conjugal e mais. 16
15
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais . P. 76.
16
SGANZERLA, Anor. O sujeito ético em Hans Jonas: os fundamentos de uma ética para a civilização
tecnológica. In: SANTOS, Robinson dos; OLIVEIRA, Jelson; ZANCANARRO, Lourenço (org.). Ética para a
civilização tecnológica: em diálogo com Hans Jonas. 1 ed. São Paulo: São Camilo, 2011, v. 1, p. 118.
17
OLIVEIRA, Paulo Eduardo de. Da ética à ciência: uma nova leitura de Karl Popper. São Paulo: Paulus, 2011.
18
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais . P. 67.
fraterna, pluralista e sem preconceito, fundado na harmonia social, destinado justamente aos
princípios fundamentais.19 Dentre eles a cidadania, a dignidade da pessoa humana, a
construção de uma sociedade livre, justa e solidária, e erradicação da pobreza e da
marginalizarão, a redução das desigualdades sociais, a eliminação dos preconceitos e de
qualquer forma de descriminação. 20
Essa é regra geral. Raro o delito que possa ser subtraído a qualquer aferição de
compatibilidade com parâmetros morais, por ser moralmente irrelevante. Existem aqueles em
19
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Tradução de João Dell’Anna. 22. ed. Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2002, p. 269.
20
SANCHEZ VAZQUEZ. Adolfo. Ética. – 28ª ed. – Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p.34.
21
CAMARGO, Marculino. Fundamentos de ética geral e profissional, 2. ed. São Paulo: Vozes, 1996. p. 14.
22
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais . P. 79.
que a conotação é evidente: o homicídio. Tirar a vida de alguém não é apenas crime. É falta
moral, é contra a natureza, é só pecado em todas as religiões.
23
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais . P. 79.
Conclusão
Tendo chegado ao fim do trabalho, e achados importantes das questões por ele trazido, o
grupo chegou na conclusão que a relação da ética/moral com a ciência pode ser tratada em
dois planos:
Com relação a natureza da moral: é cabível ou não falar num carácter científico da
moral;
Com relação ao uso social da ciência: neste caso fala-se do papel moral do homem de
ciência ou da actividade do cientista.
A moral tem uma base histórica e social, portanto, deve levar em conta a
constituição psíquica e social do homem. Neste caso abandona seu carácter ideológico.
Onde também concluímos que a ética e o direito possuem uma estreita relação
e, é sabido que as duas disciplinas estudam o comportamento do homem como
comportamento normativo. De fato, ambas as ciências abordam o comportamento humano
sujeito a normas, ainda que no campo do direito se trate de normas impostas com um caráter
de obrigação exterior e, inclusive, de maneira coercitiva, ao passo que na esfera da moral as
normas, embora obrigatórias, não são impostas coercitivamente.
Referências bibliográficas
NALINI, Jose Renato. Ética Geral e Profissional. Editora Revista dos Tribunais.
SGANZERLA, Anor. O sujeito ético em Hans Jonas: os fundamentos de uma ética
para a civilização tecnológica. In: SANTOS, Robinson dos; OLIVEIRA, Jelson;
ZANCANARRO, Lourenço (org.). Ética para a civilização tecnológica: em diálogo
com Hans Jonas. 1 ed. São Paulo: São Camilo, 2011, v. 1.
OLIVEIRA, Paulo Eduardo de. Da ética à ciência: uma nova leitura de Karl Popper.
São Paulo: Paulus, 2011.
SANCHEZ VAZQUEZ. Adolfo. Ética. – 28ª ed. – Rio de Janeiro: Civilização
Brasileira, 2006.
CAMARGO, Marculino. Fundamentos de ética geral e profissional, 2. ed. São
Paulo: Vozes, 1996.
VÁZQUEZ, Adolfo Sánchez. Ética. Tradução de João Dell’Anna. 22. ed. Rio de
Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.