Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Raima Napoleão
Matilde Matiquite
Nampula,
14 de Junho de 2023
Introdução
já se vem há mais de 30 anos que o sonho de “Saúde para todos” foi lançado em Alma
Ata, apoiado pela estratégia, “Cuidados de Saúde Primários” (CSP) como forma mais
eficaz e eficiente para atingir esse objectivo.1
Moçambique não difere muito de outros países, em que a presença do pai é necessária
na família, pois, ele oferece o apoio moral e emocional à mãe, para que possa inserir na
vida da criança o senso de ordem e autoridade e em relação ao nível cultural
destacaram-se a mudança dos hábitos alimentares, restrições na forma de vestir, sentar,
abstinência da actividade sexual. As mães adoptam um determinado tipo de dieta, onde
evitam uns alimentos e são aconselhadas o consumo de outros, mas que esta situação
depende muito e em grande medida da condição social e das possibilidades
económicas.3
2
Transição para parental idade
A parentalidade está descrita como “assumir as responsabilidades de ser mãe e/ou pai;
comportamentos destinados a facilitar a incorporação de um recém-nascido na unidade
familiar, comportamento para optimizar o crescimento e desenvolvimento das crianças;
interiorização das expectativas dos indivíduos, famílias, amigos e sociedade quanto aos
comportamentos de papel parental adequados ou inadequados.1, 8
3
A paternidade é um método que ocorre a partir de práticas de cuidados introduzidos na
relação entre pais e filhos, através de uma fase indicada por alterações emocionais,
modificações e conhecimentos que o pai busca para expressar seu papel 1.
Aspectos Socioculturais
Na actualidade verificam que os pais participam de forma activa e efectiva na vida dos
filhos, não somente como únicos provedores financeiros do lar. A sociedade exalta o
papel da mulher como mãe e responsável pela gestação, na mesma proporção o papel do
pai também tem sido indispensável, para a autor realização e desenvolvimento sadio de
todos os aspectos da personalidade dos filhos.2
Assim sendo, a parentalidade poderá ser entendida como modelo cultural, fruto dos
modelos familiares, que por sua vez, transformam-se em prol das exigências sociais,
económicas, políticas e religiosas, com impacto no decorrer da gravidez, nascimento e
pós-parto. As mesmas podem afectar a forma como a grávida se sente, a forma como se
comporta perante a gravidez e o parto e o modo como educa o seu filho 5
4
comportamentos, evitando interpretações erróneas que podem limitar a resposta
necessária aos desejados cuidados culturalmente adaptados 6
Esta fase ocorre à medida que a mulher vai interiorizando o novo papel, através
do sentido de harmonia, confiança, satisfação, competência e vinculação, que vai
adquirindo à medida que o desempenha.8
O primeiro passo para mudar essa relação pode vir da mãe, que precisa dar mais
liberdade para o companheiro exercer seu papel na rotina da família;
Velar pela saúde do filho e harmonia familiar, desde a alimentação mamilar e
dela, usar roupas confortáveis e aconselha-se o uso de sutiã, adequado,
proporcionando maior sustentação das mamas, prevenindo flacidez, além de
impedir que o “leite empedre”. O uso de cintas não é obrigatório, embora exista
o mito de que elas são necessárias.8
O ideal é que se beba muito líquido, matéria-prima para produção do leite,
dando preferência para suco de frutas, leite e água, evitando sempre o consumo
de bebidas alcoólicas. Não fumar ou utilizar drogas ilícitas, principalmente se
estiver amamentando, é outro factor de suma importância
Ser Pai Hoje tem um principal papel na educação dos filhos, apoio a mãe, dando-lhe
suporte e segurança afectiva e económica.
O pai não deve se preocupar por não saber fazer nada deve tirar a licença de
paternidade e aproveitar esses dias (geralmente, são cinco, mas há empresas que
oferecem 20 ou mais) para se dedicar exclusivamente ao bebê.
O pai pode continuar se encarregando do banho, além de trocar as fraldas e
também as roupas do bebê, conseguindo algumas pausas valiosas na cansativa
rotina de amamentar um recém-nascido.
Acompanhar e incentivar a amamentação. Ele pode estar ao seu lado nesse
momento e depois da mamada, e também pode segurar o bebê.
6
Planificar e realizar as actividades educativas no Posto de Saúde (PS) e na
comunidade;
Realizar de visitas domiciliárias;
Promover o saneamento e de higiene ambiental da aldeia;
Reportar à Unidade Sanitária (US) sobre as doenças epidémicas que ocorrem na
aldeia;
Prestar cuidados curativos aos doentes - Coordenar e supervisar o trabalho dos
activistas;
Participar no Conselho de Líderes Comunitários (CLC) - Controlar e seguimento
de doentes com alta da US de referência;
Adquirir e controlar os medicamentos do Kit C
7
Referir os doentes com SIDA a US de referência (hospital-dia, e outros serviços
de rede integrada)
Fazer visitas aos doentes com SIDA e outras doenças crónicas
Dar assistance aos doentes com SIDA e outras doenças crónicas
Aconselhar as famílias sobres os cuidados a ter com os doentes com SIDA e
outras doenças cronicas ( apoio emocional)
Dar apoio na toma de medicamentos
Dar apoio na orientação nutricional
8
Referencia Bibliográfica
1. Dal-Rosso, G. R., Silva, S. O., Pieszak, G. M., Ebling, S. B. D., & Silveira, V.
N. Experiências Narradas por Homens no Exercício da Paternidade: Rompendo
Paradigmas. Revista de Enfermagem UFSM, 9(3), 1-18. 2019.
2. Santos, S. S., Morais, R. C. M., Silveira, A. O., Medeiros, C. C., & Franzo, M.
A. H. A construção da paternidade ao nascimento do filho atermo e saudável.
Revista Família, Ciclos de Vida e Saúde no Contexto Social., 9(2), 767-778.
2021
3. Save the children. Crenças, Atitudes e práticas Sócio-Culturais relacionadas
com cuidados ao recém-nascido: estudo em Chibuto, Búzi e Angoche. Maputo:
KULA. 2007
4. Silva, P. S. D., Comerlato, L. P., Wendling, M. I., & Frizzo, G. BFatores que
influenciam a transição para a parentalidade adotiva: uma revisão
sistemática. Contextos clínicos. São Leopoldo: UNISINOS, 2018. p. 319-334.
5. Hernandez, J. A. E., & Hutz, C. S. Transição para a parentalidade: ajustamento
conjugal e emocional. Psico, 40(4), 2010. Recuperado de
https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistapsico/article/view/1490.
6. Kruel, C. S., & Lopes, R. D. C. S. Transição para a parentalidade no contexto de
cardiopatia congênita do bebê: Psicologia: Teoria e Pesquisa, 28, 35-43, 2012
7. MISAU , Estratégia de Envolvimento Comunitário, 2004
8. Vanessa Filipa Leite Ramos Cunha, Cuidados de Enfermagem Promotores da
Vinculação do Pai e Bebé no Parto e Pós-parto, ESEL, 2013. Disponivel em
papel parental no primeiro mes pos parto - Pesquisa Google, acesso aos 12 de
Junho de 2023