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que são construídas ao longo do tempo, sendo que a família é importante ao longo de
todo o desenvolvimento.
A função da família é sobretudo gerar novos seres, proporcionar-lhes apoio para uma
boa socialização, transmitir-lhes equilíbrio socio-emocional na infância, na juventude e
na fase adulta e promover o crescimento e desenvolvimento dos seus membros.
Contudo, ao longo do percurso familiar vão surgindo algumas situações de desequilíbrio
e nestes casos a principal função das famílias é sem dúvida proporcionar mudanças que
possibilitem os indivíduos adaptarem-se a novas situações.
Todavia, a família pode ser um fator de risco ou um fator de protecção.
Existem então alguns factores que influenciam o sistema familiar, sendo estes factores
internos, onde a família procura um equilíbrio entre o sujeito e a sociedade em que está
inserido e por fim os factores externos que correspondem às interacções dos indivíduos
que estão inseridos numa família com as instituições o que muitas vezes pode gerar
conflitos devido às regras sociais que estão impostas.
No entanto o sistema familiar deve promover estilos de vida mais igualitários, e não
atitudes e comportamentos rígidos e autoritários.
Existem 2ªs áreas muito importantes para a nossa saúde mental:
• O Suporte social – (família)
• Auto-regulação/capacidade de gerir as nossas emoções, sentimentos
No jovem adulto existe uma relação de afectividade e de parentalidade. Contudo na
relação tem de haver uma partilha equilibrada entre ambos, a gestão do quotidiano, as
tarefas domésticas, a questão financeira, etc, tudo isto o casal vai ter de gerir.
Surgem então os primeiros problemas em relação á família do outro, por exemplo em
casais homossexuais, há famílias que são muito intrusivas, o que pode de algum modo
ser prejudicial para o casal.
Em relação á parentalidade existem muitos adultos que adiam esse processo, porém
existem outros que não querem e outros que querem muito ter filhos.
Os casais que adiam têm muitas questões negativas associadas, por exemplo, a questão
da infertilidade devido á elevada idade, o estilo de vida que muitas das vezes é muito
stressante, os hábitos alimentares que muitas das vezes não são os melhores, etc.
Contudo nestes processos de infertilidade, o casal passa por um processo longo, o que
significa que o casal tem de ser forte e que se deve apoiar mutuamente.
Contudo nos casais que querem ter filhos um dos factores negativos que o processo de
parentalidade traz é a instabilidade do casal, por exemplo, se o casal estava habituado a
ir muitas vezes jantar fora vão ter de o poder fazer com tanta regularidade, pois o bebé
necessita de muita atenção e afecto. O bebé tem de ter o papel principal na relação da
familia. Contudo existe muitas das vezes um desequilíbrio muito grande, pois existe
sempre uma das partes do casal que cuida e se dedica mais do bebé do que outra o que
corresponde a um grande numero de divórcios logo nos primeiros tempos. Porém
quando os casais conseguem gerir bem toda esta situação com o suporte dos pais os
casais reorganizam-se e conseguem ter tempo só para eles.
Ainda assim nem tudo é fácil no processo de parentalidade, pois existem conflitos entre
os pais em relação á educação dos filhos, pois ambos podem tem estilos parentais muito
diferentes. Estes estilos correspondem aos estilos que lhes foram impostos enquanto
crianças.
Contudo é deveras importante que o casal esteja unido para poder passar valores aos
seus filhos para que estes se desenvolvam saudavelmente.
Desta forma o casal nunca se pode esquecer que para além de ser pai e mãe são um
casal, porque muitas das vezes o que acontece nos casais é que estes esquecem-se que
são um casal e acabam por se esquecer um do outro, sendo que têm um rotina mito
regular, vão buscar os filhos á escola, levam-nos á natação, vão busca-los á natação e
quando os filhos crescem muitos dos casais passam pelo ninho vazio.
Em relação aos casais que não tem filhos, a sua relação vai-se desgastando ao longo da
vida e muitas das vezes os casais vão seguindo caminhos diferentes e acabam por se
afastar.
Visto isto, quando o casal chega á velhice o seu suporte familiar é muito importante
para que não atinjam o isolamento e para que possam mais tarde vir a cuidar dos seu
futuros netos. Porém um dos problemas é a família ter emigrado e o casal não ter
momentos afectivos, etc.
A família é um sistema em constante transformação.
2. É um sistema activo, auto-regulado por regras de funcionamento que são construídas
ao longo do tempo.
3. A família é um sistema aberto em interacção com outros sistemas (contexto social)
4. O sintoma surge como um comportamento particular que funciona como mecanismo
homeostático regulador das transacções familiares
5. Deve mudar-se o sistema familiar para que o sintoma mude.
Urie Bronfenbrenner
Cinco subsistemas: (do interno ao mais externo)
Microssistema, Mesossistema, Exossistema, Macrossistema e Cronossistema:
Microssistema
Contexto mais imediato – é um padrão de atividades, papéis sociais e de inter-
relações experimentadas pela pessoa em desenvolvimento em um determinado
ambiente
Características físicas, simbólicas e sociais funcionam de forma a estimular ou
inibir as inter-relações
As interações têm a característica de se tornarem, progressivamente, mais
complexas por influência das atividades geradas nesse ambiente
A família, a escola, o grupo de pares e o local de trabalho são
exemplos desse ambiente
Exemplo: a relação entre os pais e os seus filhos, retrata o papel de cada um no
ambiente familiar. Para desempenhar tais papéis, cada um dos participantes
empenha-se em atividades específicas e conjuntas, que são estabelecidas
mediante padrões interacionais e que vão se modificando ao longo do tempo
Mesossistema
Alianças de microssistemas – compreende as relações que ocorrem entre dois
ou mais ambientes que afetam a pessoa em desenvolvimento
Exemplo: as relações que são estabelecidas entre a casa e a escola, a escola e o
local de trabalho, entre outros.
Mesossistema representa as relações que se estabelecem entre um conjunto de
microssistemas
Nas relações que vão se estabelecendo entre a família e a escola, podem ocorrer
influências mútuas entre estas instituições e, dependendo dos processos
envolvidos, de continuidade ou ruptura das relações pode também ter diferentes
impactos na aprendizagem formal dos sujeitos
Exossistema
Influências dos cenários externos – compreende as ligações entre dois ou mais
ambientes, sendo que ao menos um deles não contém a pessoa em
desenvolvimento, mas no qual ocorrem eventos que a influenciam de forma
direta.
u Por exemplo: a criança considerada em relação à sua casa e aos locais de
trabalho do pai e da mãe
Macrossistema
Cultura e os grupos como promotores de desenvolvimento – envolve o micro,
meso e o exossistema e é característico de uma determinada cultura
Referências ao sistema de crenças, conjuntos e valores, recursos materiais,
costumes, estilos de vida, entre outros.
As práticas culturais de pais de crianças pré escolares refletem padrões de
comunicação e atividades familiares regulados por normas, valores, crenças e
atitudes intrínsecas ao ambiente familiar que diferem de acordo com a
diversidade de cada sociedade.
Tempo – Cronossistema
Propriedade do ciclo de vida e ao longo da história u Cronossistema – sistema
espaço-temporal
Abrange mudanças relativas ao tempo, não somente nas características das
pessoas, como também no ambiente em que elas vivem
Exemplo: ocorrem mudanças no interior da pessoa, no curso de vida e da
estrutura familiar, no status socioeconómico, no trabalho, local de residência,
entre outros.
Estádios de Desenvolvimento
Segundo Erikson
19 aos 30 anos
Intimidade Face ao Isolamento
“descobrindo o outro para não se isolar”
O adulto jovem e saudável já está preparado psicologicamente
para ter intimidade afectiva e sexual com outra pessoa.
Independente do seu processo profissional, o indivíduo só estará
plenamente desenvolvido quando for capaz de ter intimidade com alguém.
30 a 50 anos
Produtividade/Capacidade Geradora
“aprendendo a gerar para evitar a estagnação”