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Docente:
Dr: Mariano Anli Adiame
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Discentes:
1. Acácio Vidazão
2. Ancha de lurde Antonio Niconte
3. Antônio Meneses Muacitora
4. Antônio Age Momade
5. Arlindo Castro
6. Batuli João
7. Carlota Alfredo Alexandre
8. Dalila Carlos
9. Domingas Yoasse
10. Sandra Matano
11. Teresa Alberto
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Índice
Introdução ..................................................................................................................... 4
Justificativa ................................................................................................................... 4
Objectivos ..................................................................................................................... 4
Metodologia .................................................................................................................. 4
Conclusão.................................................................................................................... 15
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Introdução
O presente trabalho da disciplina de psicologia clínica objetivou realizar uma pesquisa
sobre a coesão familiar e conflitos familiares, a complexidade da conformação dos
arranjos familiares se amplia ao longo dos anos. O cenário familiar tem se modificado
pelas crises nas sociedades decorrentes do capitalismo e responsáveis pelo surgimento de
novas estruturas familiares, nas quais os papéis assumidos historicamente por seus
membros estão sendo sacudidos pelas mudanças sociais, econômicas, culturais e
educacionais. Existem várias variáveis que determinam as diferentes composições
familiares são elas: ambientais, sociais, económicas, culturais, históricas, políticas e/ou
religiosas, estas impossibilitam a composição de uma definição completa e integradora
do conceito família.
Justificativa
Este trabalho é de extrema importância para aquisição do conhecimento e compreensão
do mesmo, visto que as constantes mudanças que ocorrem na sociedade, dos valores
inerentes ao universo das famílias constituem aspectos fundamentais à reflexão e ao
desenvolvimento de um processo de formação de psicólogos no trabalho.
Objectivos
Objectivo Geral
✓ Analisar o conhecimento sobre coesão familiar e conflitos familiares.
Objectivos Especificos
✓ Compreender a coesão familiar e conflitos familiares
✓ Caracterizar Competências parentais percebidas na coesão familiar
✓ Descrever a importância do conhecimento das causas do conflito familiar
Metodologia
Trata-se de uma pesquisa de referência bibliográfica, a fonte principal foram as fichas de
organização das informações encontradas por meio de fontes da internet, jornais e
revistas.
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1. Coesão familiar
A família assume diferentes configurações, estruturais e relacionais, que dificultam a
elaboração de um conceito único que contemple as diferentes realidades das famílias.
Existem várias variáveis que determinam as diferentes composições familiares são elas:
ambientais, sociais, económicas, culturais, históricas, políticas e/ou religiosas, estas
impossibilitam a composição de uma definição completa e integradora do conceito
família.
Olson (1999) define coesão familiar como a ligação emocional que existe entre os
membros da família, entendida também como a variação entre separação e conexão dos
membros que compõem a família.
A coesão familiar tem seu foco na relação de equilíbrio entre separação – união e
dependência – independência entre os sujeitos familiares. Dependendo do grau de coesão,
os familiares exercerão maior ou menor influência entre si, modificando direta e
indiretamente a dinâmica e o funcionamento de sua família e influenciando hábitos,
comportamentos e crenças.
Para avaliar e analisar esta dimensão devem de ser tidas em conta variáveis como: ligação
emocional, limites, envolvimento afectivo, alianças, tempo, espaço, amigos, tomada de
decisões, interesses e por fim, actividades familiares. Segundo o mesmo autor, existem 4
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níveis de coesão: desmembrado (coesão muito baixa), desligado (coesão baixa a
moderada) enredado (coesão moderada a alta) e por fim, muito enredado (coesão muito
alta).
De acordo com os autores da escala que avalia coesão familiar, a alta e a baixa coesão
não são consideradas ideais. Os integrantes das famílias com baixa coesão são muito
independentes entre si e a estrutura familiar tem pouca influência sobre esses indivíduos.
Nas famílias com alta coesão familiar, seus integrantes são extremamente dependentes e
apresentam baixa individualidade, o que também não é desejável. Dessa forma, o melhor
nível de coesão familiar é o médio, no qual os membros das famílias apresentam uma
relação mais harmoniosa e equilibrada entre separação e conexão, dependência e
independência.
Segundo Olson et al. famílias com coesão familiar ideal seriam aquelas que apresentam
níveis médios de coesão, ou seja, as famílias separadas e conectadas, onde se tem uma
melhor relação entre dependência e independência entre os indivíduos.
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Este modelo integra duas dimensões a coesão e a adaptação e por fim, contempla ainda
uma dimensão facilitadora das anteriores, a comunicação.
Os quatro níveis de adaptação são: rígido (adaptação muito baixa), estruturado (adaptação
baixa a moderada), flexível (adaptação moderada a alta) e muito flexível (adaptação muito
alta).
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2. Competências parentais percebidas
A família coesa, centrada nos filhos, é como um projeto de auto–realização de um estilo
de vida familiar. Os pais, na sua maioria consideram a experiência da paternidade como
gratificante, esclarecedora e por vezes divertida. No entanto, este papel implica várias
mudanças, nomeadamente a nível social, é ainda um papel que tem determinadas
exigências a nível intelectual, físico e emocional, uma vez, que é necessária uma total
disponibilidade no que concerne à protecção e cuidados básicos necessários, onde é
imprescindível despender muita energia (Coleman & Karraker, 1997).
Outro aspecto que influência o desempenho dos pais é o facto de actualmente não existir
uma rede de apoio, seja formal ou informal que ajude os pais a compreender e a agir de
forma adequada a situações novas e aos novos desafios com que se deparam.
A presença do pai e da mãe, na vida do filho, é essencial, mas, mais do que figuras
parentais, é fundamental uma família estruturada. Independentemente da idade ou do
género, um filho precisa de crescer com atenção, carinho, apoio, regras, noções da
realidade e dos seus limites. E, só uma família estruturada e plena consegue trabalhar
estes elementos de modo a proteger aquele que um dia será jovem, acompanhando e
respondendo às necessidades do seu desenvolvimento.
A criança que se desenvolve sem apoio emocional, sem uma escola que estimule o seu
potencial, sem atividades ocupacionais nos tempos livres e ainda com uma lacuna no seu
meio familiar, precisa de ter uma enorme autoestima e persistência para conseguir planear
um projeto de vida. Quando há uma ausência destes factores, cruciais para o
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desenvolvimento pessoal, as crianças, que entretanto entram na fase da adolescência, são
mais propicias a envergar por um túnel de problemas, nomeadamente a droga, o álcool,
gravidez precoce, entre outros caminhos de longa recuperação.
Uma família coesa é, maioritariamente, livre. É estruturada com dois pilares (pais) que,
através da comunicação, de atividades e das regras, estimulam nos seus rebentos normas
sociais e morais, limites dentro dos parâmetros razoáveis e aceitáveis, ensinam e educam.
Este é um trabalho árduo, mas com retornos, sejam eles positivos ou negativos.
O ambiente que se tem em casa é o nosso reflexo na sociedade - As pessoas constroem-
se na família - e entenda-se isto como a construção de um indivíduo equilibrado ou
desequilibrado.
Assim, o conflito pode ser entendido como uma forma de se avocar, para si, a razão, sem
a necessidade de argumentos lógicos e racionais, exceto quando as partes litigiosas
aceitam a mediação de um terceiro.
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sociedade foi evoluindo, os conflitos também foram se modificando, obrigando, com isso,
ao aprimoramento das alternativas de soluções de conflitos, a fim de garantir, de manter
ou reestabelecer o direito.
Carnut e Faquim (2014) ressaltam que as famílias determinam a saúde dos seus membros
por meio de vários processos (por exemplo, os conflitos, suporte) e esta constrói tipos de
funcionamento familiar e bem-estar dos seus membros. Ou seja, o convívio familiar tem
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grande influência no desenvolvimento e saúde dos indivíduos, bem como na formação de
sua subjetividade. Nesse sentido, entendemos que o papel da família vai muito além de
garantir os cuidados básicos, é também proporcionar um ambiente afetuoso, seguro,
respeitoso, onde se estabeleça confiança e características positivas, ou seja, não é apenas
ensinar o que é certo e errado, mas proporcionar o desenvolvimento emocional e psíquico
saudável, já que o ser humano em sua natureza necessita do outro, desde o nascimento e
em toda sua vida, para se relacionar e garantir um desenvolvimento adequado, pois é por
meio das interações que o indivíduo aprende.
Para que haja um bom relacionamento familiar, pautado na coesão, é necessário se dispor
de algumas atitudes no ambiente familiar como compromisso, interajuda e apoio aos
membros da família, comunicação e expressão de sentimentos, bem como trocas
emocionais positivas, possibilitando o processo de autonomia e independência dos
sujeitos, podendo contribuir também para um maior ajustamento psíquico. No entanto, a
ausência de tais características provoca tensão no ambiente, causando o aumento dos
conflitos familiares que em seu grau elevado, torna-se um fator de risco para a saúde
mental, pois muitas vezes se torna um ciclo vicioso.
Segundo Teixeira (2020) aponta que a falta de uma boa comunicação pode atrapalhar o
relacionamento familiar, que somado aos estresses e problemas diários, muitas vezes só
pioram uma situação que já está em desgaste e isso provoca um distanciamento emocional
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entre os indivíduos que deixam de se comunicar e expressar seus incômodos e
sentimentos, podendo surgir maior incidência de conflitos, que com o tempo gera uma
lacuna nesse relacionamento, bem como a incidência de transtornos depressivos.
Teodoro et al. (2014) deixam claro que as interações familiares conflituosas e de baixa
qualidade desempenham papel significativo no desenvolvimento de problemas
emocionais e de comportamento. A qualidade do relacionamento familiar está associada
à intensidade que esses problemas emocionais e comportamentais vão se apresentar, bem
como o aumento dos sintomas de transtorno depressivo ou outros transtornos mentais e
situações de crise familiar.
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transformar-se em disputas intermináveis e perdurar por gerações, atingindo vários
membros da família. A par disso, os conflitos familiares, antes de serem conflitos de
direito, são essencialmente afetivos, psicológicos, relacionais, antecedidos de sofrimento
Considera-se mediação a atividade técnica exercida por terceiro imparcial sem poder
decisório, que, escolhido ou aceito pelas partes, as auxilia e estimula a identificar ou
desenvolver soluções consensuais para a controvérsia.
A mediação em matéria de família, sobretudo, tem objeto a família em crise, quando seus
membros se tornam vulneráveis, não para invadir ou para dirimir o conflito, mas para
oferecer-lhes uma estrutura de apoio profissional, a fim de que lhes seja aberta a
possibilidade de desenvolverem, através das confrontações, a consciência de seus direitos
e deveres, criando condições para que o conflito seja resolvido com o mínimo de
comprometimento da estrutura psicoafetividade seus integrantes.
O mediador deve estar atento aos vários momentos da comunicação entre o casal, como
no caso de separações e divórcios, em que as pessoas devem verbalizar o sofrimento desde
o início, desde o reconhecimento da desilusão, causas dessa insatisfação. Percebe-se que,
muitas vezes, a existência de ressentimentos são os que foram acumulados ao longo da
convivência, os quais nunca foram dialogados adequadamente. A discussão cuidadosa e
profunda na mediação familiar é fundamental para a adequada solução dos conflitos e
para a continuidade pacífica das relações.
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O mediador favorece o diálogo na construção de alternativas satisfatórias para ambas as
partes, segundo Dias (2015), pois a finalidade da mediação é permitir que os interessados
resgatem a responsabilidade por suas próprias escolhas.
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Conclusão
Concluiu-se que a coesão familiar apresentou uma relação gradiente com os fatores
associados, no qual as famílias com baixa coesão familiar apresentaram piores condições
socioeconômicas, maior quantidade de comportamentos prejudiciais à saúde e maior
número de lesões cariosas não tratadas e com alta coesão familiar mostraram ter melhores
condições socioeconômicas. Os conflitos de natureza familiar são mais complexos e
complicados de ser solucionados em comparação com os demais, pois as dificuldades
estão, justamente, na supervalorização desses conflitos, eis que a intensidade das emoções
envolvidas, os sentimentos egoístas e de orgulho têm uma dimensão mais alargada.
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Referências Bibliográficas
Alarcão, M. (2000). Equilíbrios familiares: Uma visão sistémica. Coimbra: Quarteto
Editora.
Álvarez-Dardet, S., Garcia, M., Garcia, J., Lara, B. & Hidalgo, J. (2010). Perfil
psicosocial de familias en situación de riesgo. Un estudio de necesidades com usuarias de
los Servicios Sociales Comunitarios por razones de preservación familiar. Anales de
Psicología.
Brasil. Ministério da Saúde (MS). Secretaria executiva. Programa Saúde da Família - PSF.
Brasília: MS; 2001.
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